Cirurgia Vascular Flashcards

(74 cards)

1
Q

Qual a definição de aneurisma e de ectasia de uma artéria?

A

Aneurisma: dilatação de todas as camadas da parede da artéria, atingindo um diâmetro >= 1,5x o diâmetro esperado

Ectasia: atinge o diâmetro <1,5x o esperado

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2
Q

Qual desses dois tipos de aneurisma está mais associado à aterosclerose? E qual é o de maior risco de ruptura?

A

Fusiforme está mais associado a aterosclerose
Sacular tem maior risco de ruptura

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3
Q

V ou F

Aneurismas saculares são sempre operados, independente do diâmetro.

A

Verdadeiro

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4
Q

Qual o único fator de risco para aterosclerose que não é um fator de risco para aneurisma?

A

Diabetes

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5
Q

Qual tipo de colágeno diminui e qual tipo de colágeno aumenta na fisiopatologia da formação de aneurisma de aorta?

A

Colágeno tipo III diminui
Colágeno tipo I aumenta

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6
Q

Qual é a indicação de screening de aneurisma de aorta? Que exame e com qual frequência é indicado?

A

Homens > 65 anos
Tabagistas

USG abd com doppler, se normal não precisa repetir

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7
Q

Qual é a indicação de cirurgia para aneurisma de aorta baseado no crescimento?

A

Normal é crescer 1cm ao ano ou 0,5cm em 6 meses.
Mais que isso já é indicação cirúrgica, independe do critério de diâmetro

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8
Q

A existência de trombos dentro de um aneurisma de aorta (é/não é) indicação de cirurgia, e a medida do diâmetro aórtico (deve/não deve) levar o tamanho do trombo em consideração.

A

não é
deve

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9
Q

Qual a vantagem e desvantagem das endopróteses de aorta ramificadas/fenestradas?

A

Vantagem: permitem correção endovascular de aneurismas de aorta que não poderiam ser corrigidos com prótese convencional.
Desvantagem: custo e disponibilidade, maior tempo cirúrgico, demora na fabricação.

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10
Q

Basicamente, como escolher entre reparo cirúrgico endovascular ou aberto para aneurisma de aorta?

A

Aneurisma roto: endovascular é muito melhor
Jovem/baixo risco operatório: aberto é melhor e mais durável
Alto risco operatório: endovascular é melhor

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11
Q

V ou F

Presença de aneurisma periférico associado a aneurisma de aorta indica cirurgia para correção.

A

Verdadeiro

AAA + A. poplítea, por exemplo, independente do tamanho do AAA

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12
Q

Endoleaks são complicações precoces do tratamento endovascular de aneurismas de aorta. De onde vem o sangue dos endoleaks tipo I, II e III? Quais devem ser corrigidos cirurgicamente?

A

Tipo I - falha de adesão no colo, a - proximal, b - distal, sangue vem da própria aorta.
Tipo II - refluxo de ramos, normal no pós operatório, resolvem sozinhos
Tipo III - vazamento na junção de próteses, sangue vem da própria aorta

I e III devem ser corrigidos cirurgicamente

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13
Q

Qual o quadro clínico e conduta de investigação de isquemia mesentérica no pós operatório de correção de aneurisma de aorta? Se confirmar o diagnóstico, qual a conduta?

A

Clínica: dor abdominal, distensão, constipação, 3-5ºPO
Solicitar colonoscopia / retossigmoidoscopia, se indisponível, laparotomia
Conduta: retossigmoidectomia

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14
Q

Como fazer a prevenção de isquemia medular no pós operatório de cirurgia de correção de aneurisma de aorta?

A

Realizar o procedimento em etapas e monitorar pressão liquórica e drenagem para descompressão.

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15
Q

Quando suspeitar de infecção de prótese aórtica? Qual o exame inicial e qual o exame confirmatório?

A

Hemorragia digestiva ou sepse no pós operatório tardio, devido à fistula entre prótese e o TGI.
Exame inicial = TC (ar dentro do aneurisma)
Exame confirmatório = EDA

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16
Q

Como reconstruir a aorta num pós operatório de aneurisma de aorta que evoluiu com infecção de prótese?

A

Com nova prótese embebida em antibiótico
Com veia safena ou femoral espiralada
Com doação de artéria de cadáver
Via trajeto extra-anatômico (enxerto axilo-bifemoral)

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17
Q

Como fazer o seguimento de imagem de pacientes tratados para aneurisma de aorta por cirurgia aberta e endovascular?

A

Aberta: USG de aorta e ilíacas com doppler anualmente
Endovascular: angiotomografia de aorta e ramos anualmente ou USG com microbolhas

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18
Q

Quando está indicado o reparo eletivo de aneurisma de aorta torácica?

A

Pelo diâmetro do aneurisma
Homens > 6,0cm
Mulheres > 5,5cm

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19
Q

V ou F

Devido ao menor número de ramos viscerais , nos aneurismas de aorta torácica ou aorta toracoabdominal, a indicação de tratamento endovascular é menos forte do que nos casos de aneurismas abdominais.

A

Falso

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20
Q

Quando está indicado o reparo eletivo de aneurisma de aorta abdominal?

A

Pelo diâmetro do aneurisma
Homens > 5,5cm
Mulheres > 5,0cm

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21
Q

Como é o sinal de Homans e o sinal da Bandeira? Eles são confiáveis para favorecer ou afastar o diagnóstico de TVP?

A

Homans: dor à dorsiflexão do pé
Bandeira: empastamento de panturrilha
Não são sinais confiáveis para diagnóstico de TVP

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22
Q

Qual a conduta a ser tomada num paciente com suspeita de TVP conforme a probabilidade diagnóstica?

A

USG com doppler se alta probabilidade (>=2 no escore de Wells)
D-dímero se baixa probabilidade

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23
Q

Quais os achados de TVP no USG?

A

Perda de compressibilidade venosa
Ausência de fluxo
Ausência de fasicidade com a respiração

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24
Q

Qual a conduta de paciente com alta probabilidade pré-teste de TVP mas USG doppler negativo?

A

Pedir D-dímero
Repetir USG em 24-48hrs
Anticoagulação profilática - só iniciar anticoagulação plena após diagnóstico

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25
Quando pensar em cirurgia para TVP?
Quase nunca. Somente em caso de flegmásia refratária a anticoagulação.
26
O que é flegmasia?
Isquemia secundária ao aumento de pressão venosa no membro com TVP.
27
Qual o tempo mínimo de anticoagulação numa TVP e que critérios o paciente deve ter para poder ficar apenas no tempo mínimo?
3 meses Ter causa base bem definida e resolvida Recanalização completa ao USG e estar assintomático
28
Qual paciente vai se beneficiar de heparina, e qual vai melhor com enoxaparina para anticoagulação numa TVP?
Enoxaparina principalmente gestantes, ponte para anticoagulantes orais e neoplasias Heparina pacientes renais crônicos, instáveis, necessidade de suspensão súbita breve da anticoagulação
29
Qual a causa e o quadro clínico da trombocitopenia induzida por heparina? Como fazer para manter esses pacientes anticoagulados?
Reação imune à heparina, faz agregação plaquetária formando tromboses arteriais e venosas, levando a manchas roxas na pele, e consumo de plaquetas, levando à plaquetopenia e risco de sangramento. Trocar para Fondaparinux
30
Como usar rivaroxabana para tratamento de TVP?
15mg 12/12hrs por 21 dias e 20mg após por no mínimo 3 meses
31
Quando anticoagular uma tromboflebite?
Se proximal a vasos do sistema venoso profundo. Ex. crossa da safena, veias perfurantes, crossa da cefálica/basílica na veia axilar
32
Onde normalmente ocorre obstrução vascular nos casos de obstrução aguda cardioembólica?
Nas bifurcações arteriais onde há alteração do calibre dos vasos Mais comum é na bifurcação da artéria femoral comum
33
Qual exame de imagem é necessário para diagnosticar obstrução arterial aguda cardioembólica de membros inferiores?
Nenhum. Diagnóstico é clínico.
34
Cite três alterações típicas que ocorrem depois da revascularização pela síndrome de reperfusão.
Acidose metabólica Mioglobinúria Hipercalemia
35
Em que casos e por que seria necessário amputar um membro ANTES de fazer uma revascularização neste mesmo membro?
Em casos de Rutherford III (anestesia, parestesia e inviabilidade do membro) em grande seguimento (coxa, perna) e êmbolo cardíaco impactado acima do ponto de amputação. Visa evitar as consequências da síndrome de reperfusão.
36
Qual o sinal mais precoce de síndrome compartimental após reperfusão?
Dor ao repouso e à movimentação passiva do membro
37
Qual a indicação de fasciotomia profilática no tratamento de obstrução arterial aguda?
Prevenção de síndrome compartimental. Indicada se isquemia aguda com mais de 6 horas de evolução tratadas e reperfundidas.
38
Como diferenciar pela clínica uma obstrução arterial aguda cardioembólica de uma aterotrombótica?
OAA cardioembólica é hiperaguda, com dor de forte intensidade, assimetria de membros e sem histórico de claudicação e com histórico de doença cardiovascular (FA, Flutter...) OAA aterotrombótica tem histórico de DLSP, tabagismo, claudicação prévia, ambos os membros apresentam certa isquemia, quadro mais subagudo.
39
Como indicar anticoagulação na obstrução arterial aguda cardioembólica e na aterotrombótica?
Cardioembólica; anticoagulação imediata e permanente (pela causa base) Aterotrombótica: anticoagulação imediata até a revascularização, depois antiagregante apenas
40
Cite 3 medicamentos e 2 terapias não medicamentosas que reduzem mortalidade no paciente com aterosclerose e claudicação intermitente
Medicamentosas: AAS + estatina // AAS + rivaroxabana + estatina Não medicamentosas: controle de comorbidades, cessar tabagismo
41
Como calcular o ITB e qual o valor "normal"?
ITB = PAS tornozelo / PAS braço Normal > 0,9
42
Como é o tratamento clínico da estenose carotídea?
AAS + estatina Controle de comorbidades Cessar tabagismo
43
Como deve ser o fechamento da carótida após uma endarterectomia? Primário ou secundário?
Secundário, com patch de pericárdio bovino por exemplo.
44
AVC intraoperatório na endarterectomia pode ser prevenido pelo uso de qual ferramenta?
Shunt intraoperatório
45
Principal vantagem e desvantagem da angioplastia quando comparada a endarterectomia para o tratamento de pacientes com estenose carotídea
Vantagem: mais rápido, menos invasivo, anestesia local, bom para quem tem baixo status clínico Desvantagem: menos segura neurologicamente (maior risco de AVC intraoperatório)
46
Contraindicações da angioplastia para tratamento da estenose carotídea
Calcificação de arco aórtico, carótida comum Variações anatômicas como arco bovino Oclusão aorto ilíaca ou ilíaco femoral (acesso)
47
Definição de AIT (ataque isquêmico transitório)
Déficit neurológico agudo com reversão completa em menos de 24hrs Não gera infarto cerebral em TC ou RNM
48
Na revascularização por isquemia aguda em quadros de trauma vascular contuso manejados em mais de 6 horas, devemos lembrar de realizar uma...
Fasciotomia profilática
49
Pensando no cirurgião vascular, qual é a conduta a ser tomada em casos de trauma penetrante e ausência de pulsos?
Exploração cirúrgica arterial, sem necessidade de exame de imagem.
50
Pensando no cirurgião vascular, qual é a conduta a ser tomada em casos de trauma penetrante e presença de pulsos?
Realizar exame de imagem - angioTC ou arteriografia
51
Cite alguns achados possíveis em exame de imagem de traumas vasculares penetrantes com pulso
Fístula arteriovenosa Pseudoaneurisma
52
Qual o tratamento cirúrgico indicado nos traumas vasculares em caso de ausência de pulso?
Enxerto de veia SAFENA CONTRALATERAL, o mais CURTO possível, com VEIA INVERTIDA e anastomose término-terminal.
53
No trauma contuso com Instabilidade de Joelho, qual complicação vascular pode estar presente e quais suas consequências e como evitar?
Lesão de artéria poplítea, mesmo na presença de pulsos. Pode evoluir para trombose arterial, oclusão arterial aguda e amputação de membro. Realizar angioTC ou arteriografia para avaliar presença de lesão e tratar com enxerto se existente.
54
No trauma vascular de aorta, qual o segmento mais comumente acometido e por quê?
Aorta torácia descentende na altura do ligamento arterioso, por essa fixação do ligamento que traciona a aorta durante o trauma.
55
O tratamento do trauma de aorta depende do seu grau. Quais graus de lesão podem ser manejados clinicamente e em que se baseia este tratamento?
Lesões Grau I (lesão da íntima) e Grau II (hematoma), se pequeno. Tratamento se baseia no controle de pressão e frequência cardíaca. PAS <100mmHg e FC < 100bpm
56
Qual a característica de cada grau de lesão de aorta no trauma vascular?
Grau I - lesão da camada íntima Grau II - hematoma de parede Grau III - pseudoaneurisma Grau IV - rotura livre
57
Qual é o aneurisma periférico mais comum?
Aneurima de poplítea
58
V ou F O aneurisma de poplítea tem alta associação com aneurisma de aorta.
Verdadeiro
59
V ou F O aneurisma de poplítea tem alta associação bilateralidade.
Verdadeiro
60
Qual a principal complicação do aneurisma de poplítea?
Trombose e embolização
61
V ou F A rotura é um fenômeno frequente no aneurisma de poplítea
Falso
62
Qual a técnica para manejo cirúrgico de pacientes com aneurisma de poplítea?
Ligadura e enxerto com veia safena magna.
63
Por que não é comumente indicado o tratamento com stent de aneurismas de poplítea?
Por ser área de articulação. Ruim para perviedade do stent, facilita quebras e dobras do mesmo. Só indicado em último caso para paciente que não pode ser submetido à cirurgia aberta.
64
V ou F A trombólise local com cateter microperfurado é indicado para todas as situação de oclusão arterial aguda em pacientes com aneurisma de poplítea.
Falso Contraindicado em Rutherford IIB e III
65
Qual a espessura normal da artéria poplítea e a partir de qual tamanho podemos indicar correção de aneurisma de poplítea?
Normal 1cm >1,5cm com trombos ou > 2cm
66
Quando é indicado o tratamento cirúrgico para dissecção aguda de aorta?
Aorta ascentende sempre (Stanford A) Isquemia de órgão alvo (a.mesentéria superior na luz falsa, ilíacas na luz falsa, duas renais na luz falsa...) Diâmetro >6cm para tórax e > 5,5cm para abdome (igual aneurismas) Dor ou hipertensão refratária a medicação Rotura
67
V ou F No caso de hematoma intramural de aorta, o tratamento é geralmente cirúrgico.
Falso
68
Qual a camada aórtica acometida em caso de úlcera penetrante?
Camada íntima
69
V ou F O hematoma intramural se caracteriza por uma lesão na camada média da aorta.
Verdadeiro
70
V ou F O tratamento clínico para úlcera penetrante, hematoma intramural e dissecção de aorta é o mesmo.
Verdadeiro Controle de pessão e de frequência cardíaca
71
Primeiro passo na avaliação de um paciente com suspeita de trauma de carótida
Avaliar déficits neurológicos
72
Via de regra, a conduta diante do trauma contuso de carótida é conservadora ou cirúrgica?
Conservadora Estabilizamos com anticoagulação e antiagregação para evitar trombose, exceto se contraindicação, como TCE p.ex.
73
Tipo mais comum de lesão de carótida no trauma penetrante
Transfixante Pseudoaneurisma (hematoma contido)
74
Condutas preferenciais no trauma de carótida
Contuso: conservador, anticoagulação e antiagregação se não houver contraindicação Perfurante: cirúrgico, endovascular se possível com stent revestido