Climatério e Osteoporose Flashcards

1
Q

Qual é o conceito de climatério?

A

É o período que vai desde os primeiros indícios de falência ovariana até os 65 anos de idade.
Obs: O climatério não começa e nem termina com a menopausa! São conceitos diferentes.

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2
Q

De forma geral, qual é a manifestação clínica inicial do climatério?

A

Irregularidade menstrual.

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3
Q

Qual a manifestação clínica mais característica (uma das mais comuns), presente em 80% das pacientes no climatério?

A

Os fogachos (sintoma vasomotor).

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4
Q

Por que a irregularidade menstrual é uma manifestação clínica do climatério?

A

Porque, com a idade, os folículos ovarianos estão reduzidos em quantidade e envelhecidos. Consequentemente, a mulher ovula menos e passa a ter ciclos anovulatórios.

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5
Q

Qual é o marcador hormonal que indica essa redução da função ovariana em mulheres no climatério?

A

O FSH, que estará elevado nessa fase. Isso acontece porque, com poucos folículos, há pouca síntese de estrogênio e de inibina B, hormônios ovarianos que inibem o FSH. Como consequência, o FSH fica elevado (com o objetivo de estimular mais os folículos ovarianos remanescentes), o que é um marco da falência ovariana no climatério.
Obs: embora a “intenção” do aumento do FSH seja boa, ele acaba por acelerar a atresia folicular.

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6
Q

Qual é o conceito de menopausa? Como é feito o diagnóstico da menopausa?

A

Menopausa é a última menstruação da vida da mulher. O diagnóstico é clínico e retrospectivo, feito quando uma mulher com idade > 40 anos fica sem menstruar por mais de 1 ano.

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7
Q

Quais são as alterações hormonais usualmente encontradas em mulheres pós-menopausa (3)?

A
  1. FSH > 35/40 (sinaliza **esgotamento folicular).
  2. Estradiol < 20 (obs: estradiol é o principal estrogênio do menacme)
  3. HAM (hormônio anti-mulleriano) indetectável. Obs: o HAM é um marcador do n° de folículos ovarianos em desenvolvimento, logo, na menopausa, estará muito baixo.
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8
Q

Além do fogacho, quais outras condições estão presentes após a menopausa (3)?

A
  1. Atrofia genitourinária (que pode cursar com dispareunia, por exemplo)
  2. Risco muito aumentado de osteoporose.
  3. Maior risco de doenças cardiovasculares
    Obs: são consequências do hipoestrogenismo.
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9
Q

Após a menopausa, os níveis de estrogênio caem muito, mas não se esgotam. Qual o tipo de estrogênio predominante nesse período e a sua origem?

A

A estrona é o tipo de estrogênio mais prevalente após a menopausa (diferentemente do menacme, em que o estradiol predomina). A estrona é produzida a partir dos androgênios pela aromatização periférica, que ocorre, sobretudo, no tecido adiposo.

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10
Q

Por que os ovários ainda são importantes, mesmo que não produzam mais estrogênio e progesterona após a menopausa?

A

Porque os ovários continuam a produzir androgênios, que são fonte para a produção de estrona através da aromatização.

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11
Q

Quais são as principais contraindicações à terapia hormonal (TH) após a menopausa (9)?

A
  1. Câncer de mama (história atual ou prévia ou lesão precursora)
  2. Câncer de endométrio (atual ou prévio)
  3. Sangramento vaginal de causa INDETERMINADA (pode ser CA de endométrio, por ex. Se a causa for atrofia, a TH pode ser, inclusive, indicada, mas até que a causa seja descoberta ela é contraindicada).
  4. Doença coronariana ou cerebrovascular (como IAM ou AVE prévios). Nesses casos, a TH aumenta o risco de um novo evento.
  5. TVP ou TEP (é contraindicação a depender da via de administração e do tipo de progesterona utilizada)
  6. LES com alto risco de trombose.
  7. Doença hepática descompensada
  8. Porfiria
  9. Meningioma (é contraindicação ao uso de progesterona, mas pode ser utilizado o estrogênio isolado).
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12
Q

Quais são as indicações de terapia hormonal? Destas, qual a mais comum?

A
  1. Fogachos intensos, que interferem na qualidade de vida da mulher. É a indicação mais comum
  2. Atrofia genitourinária.
  3. Osteoporose (APENAS se houver indicação por outro motivo, sendo o principal os fogachos incapacitantes!)
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13
Q

Quais os esquemas de TH disponíveis (2)?

A
  1. Estrogênio isolado.
  2. Estrogênio + progesterona (combinado).
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14
Q

Qual critério é utilizado para se escolher o esquema de TH? Como é feita essa escolha?

A

A presença ou não de útero. A escolha é feita da seguinte forma:
Se a mulher tiver útero: o esquema combinado (E + P) é a escolha. Isso porque o E isolado pode causar hiperplasia e neoplasia de endométrio na mulher com útero.
Se a mulher NÃO tiver útero: o esquema isolado (apenas E) é a escolha. Isso porque, nesse caso, não há risco de câncer de endométrio, de forma que o esquema combinado não traria benefício algum (apenas mais riscos, por conter 2 hormônios!).

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15
Q

Quais as vias de administração de estrogênio disponíveis (2)?

A
  1. Oral
  2. Parenteral (ex: implante transdérmico).
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16
Q

Em que situações deve-se optar pela via parenteral em detrimento da oral?

A

Pacientes com comorbidades (como HAS, DM, tabagismo, hipertrigliceridemia, risco aumentado de trombose, doenças hepáticas).
Dica: pacientes com PAtologias em geral – preferir a via PArenteral.

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17
Q

Em que situações deve-se optar pela via oral em detrimento da parenteral?

A

Pacientes com HDL baixo e LDL alto (exceto se a paciente tiver alguma das patologias citadas anteriormente em que a via parenteral é preferível). Isso porque o estrogênio por via oral aumenta o HDL e reduz o LDL.
Dica: se a paciente tiver COlesterol alto – preferir o COmprimido.
Obs: se a paciente não tiver nenhuma condição, a escolha é dela.
Obs 2: via parenteral é mais cara.

18
Q

Quais as vias de administração de progesterona disponíveis (2)?

A
  1. Oral
  2. SIU de Levonorgestrel
    Obs: não tem critérios de escolha - depende da preferência da mulher.
19
Q

Se a paciente apresentar sintomas de atrofia genitourinária isolados (ressecamento vaginal, dispareunia), qual a via preferencial de administração de TH?

A

Estrogênio tópico (vaginal) (a absorção é mínima, de forma que é uma via mais segura de administração).
Obs: pode-se utilizar todos os dias por um período, depois reduzir para 2-3 vezes/semana, até cessar.

20
Q

Qual a única condição em que se deve evitar o uso de estrogênio vaginal (tópico) para tratamento dos sintomas de atrofia genitourinária?

A

Em pacientes com CA de mama.

21
Q

Se houver indicação, qual o melhor momento para iniciar a TH em mulheres pós-menopausa?

A

O mais precocemente possível, uma vez que, após muito tempo, a TH pode piorar o risco de doenças cardiovasculares (tanto que é contraindicada em pacientes com doença coronariana ou cerebrovascular estabelecida). Se for iniciada precocemente, ANTES da paciente ter essas comorbidades, a TH pode, inclusive, reduzir esse risco. Isso porque, quando a doença já está estabelecida o estrogênio pode instabilizar a placa de ateroma e promover um evento cardiovascular. Se a paciente não tiver doença, a tendência é de redução do risco.
Obs: em paciente com 10 anos ou mais após a menopausa (interrupção da menstruação), NÃO prescrever TH sistêmica por risco de evento cardiovascular!

22
Q

Por quanto tempo a TH deve ser mantida?

A

Pelo menor tempo possível.

23
Q

A TH é capaz de tratar e prevenir a osteoporose?

A

SIM (tanto tratar quanto prevenir).

24
Q

Por que, então, a TH não é sempre indicada para esse fim (se não houver outra indicação associada)?

A

Porque existem outras opções de prevenção e tratamento que trazem menos riscos para a paciente.

25
Q

Para entender a osteoporose é necessário entender os tipos de tecido que formam o osso. Quais são eles (2)?

A
  1. Osso cortical (compacto): é a porção mais externa, que corresponde a 80% da massa óssea.
  2. Osso trabecular: porção central, que sofre maior ação do remodelamento ósseo (mediado por osteoblastos e osteoclastos).
26
Q

Qual tecido ósseo é o que mais “sofre” na osteoporose?

A

O osso trabecular.

27
Q

Quais ossos do corpo humano têm maior proporção de tecido ósseo trabecular e que, portanto, têm maior risco de fraturas em pacientes com osteoporose (2)?

A
  1. Vértebra
  2. Fêmur (mais especificamente o colo do fêmur).
28
Q

Quais são os tipos de osteoporose (2)? Qual o mais comum?

A
  1. Primária: surge em paciente sem doença de base. É a mais comum.
  2. Secundária: surge devido a uma doença ou medicação. Ex: uso prolongado de corticoides, uso prolongado de acetato de medroxiprogesterona, tabagismo, etilismo, sedentarismo, baixa ingesta de cálcio, hiperparatireoidismo, insuficiência renal.
29
Q

Quais são os principais fatores de risco de osteoporose primária (5)?

A
  1. Idade
  2. História familiar
  3. Raça branca
  4. Biotipo magro (se tem menos tecido adiposo forma menos estrogênio por aromatização)
  5. Hipoestrogenismo
30
Q

A partir de que idade está indicada a densitometria óssea para rastreamento de osteoporose em mulheres SEM fatores de risco? E em homens?

A
  1. Mulheres: a partir de 65 anos.
  2. Homens: a partir de 70 anos.
31
Q

Qual valor do T-score na densitometria óssea indica exame normal?

A

T-score > -1.
Obs: o Z-score é utilizado para mulheres mais jovens. Para mulheres no climatério, utiliza-se o T-score.

32
Q

Qual valor do T-score na densitometria óssea indica Osteopenia?

A

T-score entre -1 e -2,5

33
Q

Qual valor do T-score na densitometria óssea indica osteoporose?

A

T-score <= 2,5.

34
Q

Quais as medidas gerais indicadas para prevenção e tratamento da osteoporose (4)?

A
  1. Dieta adequada
  2. Atividade física
  3. Cessar tabagismo e etilismo
  4. Exposição solar
35
Q

Qual a ingesta ideal de cálcio para uma mulher após os 50 anos?

A

1200 mg de Ca por dia.

36
Q

Em que consiste, poranto o tratamento não farmacológico da osteoporose (3)?

A
  1. Medidas gerais
  2. Avaliar suplementação de cálcio (se dieta insuficiente)
  3. Avaliar suplementação de vit D
37
Q

Quais são as principais indicações de tratamento farmacológico da osteoporose (4)?

A
  1. Fratura de vértebra ou de quadril
  2. T-score <= -2,5 em quadril ou vértebra lombar
  3. Baixa densidade mineral óssea (osteopenia) em paciente com fatores de risco
  4. Fratura por fragilidade
    Obs: se a paciente teve fratura por fragilidade, é possível fazer o diagnóstico clínico de osteoporose (sem densitometria óssea).
38
Q

Qual a principal classe de fármacos utilizada no tratamento da osteoporose? Como eles atuam?

A

Os bisfosfonatos, que atual inibindo a atividade osteoclástica, isto é, tem efeito anticatabólico (impede a reabsorção óssea).
Exemplos: alendronato 10 mg/dia ou 70 mg/ semana. Risedronato 5mg/dia ou 35 mg/ semana.

39
Q

Qual a principal complicação do uso de bisfosfonatos? Como evitá-la?

A

Esofagite. Para evitá-la, a paciente não deve se deitar em até 30 min após a ingesta.

40
Q

Quais são as outras opções de tratamento farmacológico da osteoporose (3)?

A
  1. TH
  2. Raloxifeno (é um SERM: modulador do receptor de estrogênio seletivo). No osso, atua de forma agonista ao receptor de estrogênio.
  3. Teriparatida (diferentemente dos bisfosfonatos, tem efeito anabólico - de formar osso)