Clínica 01 - Hepatologia - Síndrome Ictérica Flashcards

(72 cards)

1
Q

Profilaxia pós-contato para hepatite A:

A

< 1 ano - IG
> 1 ano - Vacina até 72h
*Indicada apenas para contatos íntimos

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2
Q

Manifestações extra-hepáticas da hepatite B (3):

A
  1. Glomerulonefrite membranosa
  2. Poliarterite Nodosa (PAN)
  3. Síndrome de Gianotti-Crosti (acrodermatite)
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3
Q

Profilaxia pré-exposição da hepatite B:

A
  • Universal: 3 doses da vacina (0-1-6 meses)
  • Imunodeprimido ou renal crônico: 4 doses dobradas
  • Anti-HBS (-) após imunização: refazer o esquema 1x
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4
Q

Quando fazer profilaxia pós-exposição na hepatite B?

A
  1. Infecção perinatal [filhos de mãe Ag-HBs (+)]
  2. Abuso sexual ou contato sexual (não vacinados)
  3. Acidentes biológicos (não vacinados)
  4. Imunodeprimidos expostos (INCLUSIVE vacinados)
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5
Q

Manifestações extra-hepáticas da Hepatite C (3):

A
  1. Glomerulonefrite Membranoproliferativa (mesangiocapilar)
  2. Crioglobulinemia
  3. Líquen Plano / Porfiria.
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6
Q

Principais fatores de risco para os cálculos biliares:

A

Cálculo Amarelo:

  1. Estrogênio
  2. Idade avançada
  3. Emagrecimento rápido
  4. Ressecção ileal / Crohn

Cálculo Preto:
1. Hemólise crônica

Cálculo Castanho:
1. Obstrução de via biliar com colonização bacteriana

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7
Q

Exame padrão ouro para diagnóstico de colelitíase:

A

USG abdominal (imagem hiperecogênica + sombra acústica posterior)

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8
Q

Quando realizar cirugia em pacientes com litíase biliar assintomática (4 indicações):

A
  1. Vesícula em porcelana
  2. Cálculo > 2,5 a 3,0 cm
  3. Associação com pólipos
  4. Anemia hemolítica
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9
Q

Exame padrão ouro para colecistite aguda:

A

Cintilografia biliar; porém a USG abdominal é mais usada!

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10
Q

Fatores preditores de coledocolitíase (fortes [2] e muito fortes [3]):

A

Muito fortes:

  1. Cálculo no colédoco a USG
  2. Clínica de colangite
  3. Bilirrubina > 4

Fortes:

  1. Dilatação no colédoco > 6mm
  2. Bilirrubina entre 1,8 e 4,0.
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11
Q

Pêntade de Reynolds (Colangite Grave):

A
  1. Febre + Calafrios
  2. Dor abdominal
  3. Icterícia
  4. Hipotensão
  5. Depressão do SNC
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12
Q

Tratamento da colangite:

A
  • Não grave: drenagem biliar eletiva (CPRE ou colecistectomia ou drenagem percutânea em até 48h) + ATB EV
  • Grave: drenagem biliar imediata (CPRE ou drenagem percutânea) + ATB EV
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13
Q

Classificação de Bismuth:

A
Tipo I - Ducto hepático comum 
Tipo II - Junção dos hepáticos 
Tipo IIIa - Hepático direito 
Tipo IIIb - Hepático esquerdo 
Tipo IV - Ambos os hepáticos
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14
Q

Qual o sinal clínico que sugere icterícia por síndrome colestática?

A

PRURIDO!

  • Pode ocorrer também na icterícia por lesão hepatocelular, mas é muito mais frequente na síndrome colestática!
  • Ocorre devido ao acúmulo de ácidos e sais biliares na pele.
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15
Q

Qual a enzima hepática mais específica do fígado?

A

ALT (TGP)!

A’L’T - L de Liver

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16
Q

Transaminases (TGO e TGP) > 10x o valor de referência (> 300 U/L) indica?

A

Síndrome hepatocelular!

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17
Q

Fosfatase alcalina > 4x o valor de referência indica?

A

Síndrome colestática!

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18
Q

TGO/TGP com valores muito elevados (geralmente > 1.000 U/L), com TGP > TGO, sugere?

A

Hepatite VIRAL AGUDA!

Exceção: coledocolitíase aguda: icterícia + dor em HCD + colúria + aumento transitório de AST/ALT para valores acima de 1.000-2.000, caindo rapidamente para valores abaixo de 300 + aumento de fosfatase alcalina.

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19
Q

Transaminases elevadas, com TGO > 2x TGP e com elevação de Gama-GT sugere?

A

Hepatite alcoólica!

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20
Q

Qual a hepatite viral aguda que mais se associa com padrão colestático?

A

Hepatite A!

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21
Q

Quais os achados histopatológicos característicos da hepatite alcoólica (3)?

A
  • Inflamação com necrose nas regiões CENTROLOBULARES (“periportAL é na virAL”)
  • Presença de Corpúsculos de Mallory
  • Infiltração NEUTROFÍLICA (polimorfonucleares –> hemograma com leucocitose)!
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22
Q

Qual o achado histopatológico característico da hepatite isquêmica?

A

Inflamação com necrose nas regiões CENTROLOBULARES (similar à hepatite alcoólica).

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23
Q

Quais os achados histopatológicos característicos das hepatites virais (2)?

A
  • Inflamação com necrose nas regiões PERIPORTAIS

- Infiltração de MONONUCLEARES (linfócitos/monócitos).

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24
Q

Qual a enzima hepática responsável pela conjugação da bilirrubina indireta em direta?

A

Glucoroniltransferase (GT).

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25
Quais as principais causas de aumento da biirrubina indireta (BI)?
HEMÓLISE e distúrbios do metabolismo da bilirrubina (Síndromes de Gilbert e Crigler-Najjar).
26
Quais as principais causas de aumento da bilirrubina direta (BD)?
COLESTASE, HEPATITE e distúrbios do metabolismo da bilirrubina (Síndromes de Rotor e Dubin-Johnson).
27
Cite 4 características da Síndrome de Gilbert.
1. GT "preguiçosa" 2. Bilirrubina < 4 3. Precipitado por jejum, estresse, álcool, exercício... 4. Melhora: fenobarbital, dieta hipercalórica 5. Doença comum (> 8% em adultos)
28
Qual a fisiopatologia da Síndrome de Crigler-Najjar e o tratamento?
Fisiopatologia: GT deficiente Tratamento: - Tipo I (total): transplante hepático - Tipo II (parcial): fenobarbital
29
Defina hepatite aguda, crônica e fulminante.
- Aguda: < 6 meses - Crônica: > 6 meses - Fulminante: manifestações exacerbadas (encefalopatia) < 8 semanas.
30
Quais as hepatites virais são transmitidas por via fecal-oral? E por via parenteral?
Fecal-oral: A e E | Parenteral: B, C e D.
31
Como diagnosticar hepatite A?
Clínica + Anti-HAV IgM positivo!
32
Qual hepatite que mais fulmina?
Hepatite B (1% dos casos)!
33
Qual hepatite que tem maior repercussão em gestantes? Qual o risco?
Hepatite E --> evolui para fulminante em ate 20% das gestantes!
34
Qual o único vírus da hepatite que apresenta DNA?
Hepatite B!
35
Para que serve o HBsAg (antígeno Austrália)?
Avaliar se tem hepatite B: - AgHBs positivo: tem hepatite B (aguda ou crônica) - AgHBs negativo: pode ou não ter hepatite B
36
O que significa Anti-HBc negativo? E positivo?
Anti-HBc negativo: nunca teve hepatite B ou está em janela imunológica Anti-HBc positivo: teve contato com o vírus - IgM positivo: hepatite B aguda - IgM negativo: hepatite B antiga (não sei se já curou..)
37
O que é o mutante pré-core? Como confirmar seu diagnóstico?
HBsAg positivo + HBeAg negativo (falha na síntese de HBeAg) | Diagnóstico: HBV-DNA aumentado
38
Formas de transmissão da hepatite B (3):
1. Sexual (mais importante) 2. Vertical - não há indicação de cesárea - tratar mãe com tenofovir VO - vacina + IG nas primeiras 12h para RN - aleitamento materno É permitido 3. Percutânea
39
Qual a taxa de cronificação da hepatite B?
- Adultos: 1-5% - Crianças: 20-30% - RN: 90%
40
Diferencie co-infecção de super-infecção nas hepatites B + D.
- Co-infecção: hepatites B + D agudas --> não aumenta risco de cronicidade - Super-infecção: hepatite B crônica + D aguda --> aumenta risco de hepatite fulminante e cirrose
41
Qual a hepatite que mais cronifica?
Hepatite C (80-90%)!
42
Diagnostico de hepatite C:
Solicitar HCV-RNA (anti-HCV não confirma diagnóstico)!
43
Indicação de tratamento para hepatite C aguda:
Tratar TODOS!
44
Mulher 45 anos, portadora de Sjogren e Hashimoto, queixa-se de icterícia, fadiga, prurido e esteatorreia. AM: fraturas ósseas no último ano. Qual o diagnóstico? Como confirmar?
Colangite Biliar Primária! Diagnóstico: - Anticorpo antimitocôndria presente - Aumento de FA e GGT
45
Qual o quadro clínico da colecistite aguda?
- Dor HCD com duração > 6 horas - Febre - Sinal de Murphy - SEM ICTERÍCIA!
46
Qual o quadro clínico da colelitíase?
- Maioria assintomáticos (80%) | - Dor em HCD < 6 horas
47
Tratamento da colecistite aguda:
1. ATB com cobertura para gram-negativos 2. Colecistectomia precoce (até 72h) OBS: casos graves (sem condição cirúrgica) --> colecistostomia percutânea
48
Cite 3 complicações da colecistite aguda:
1. Empiema 2. Gangrena --> fístula para intestino --> íleo biliar 3. Colecistite enfisematosa (ar na parede da vesícula)
49
Quadro clínico da coledocolitíase (2 achados):
1. Icterícia flutuante | 2. Vesícula não palpável
50
Qual exame de imagem inicial para coledocolitíase? Quais outros exames podem ser feitos?
Inicial: USG abdome Outros: colangioRNM, USG endoscópico, CPRE (também trata)
51
Qual o tratamento de escolha para coledocolitíase?
CPRE!
52
Quais os elementos da tríade de Charcot?
1. Febre com calafrios 2. Icterícia 3. Dor abdominal
53
Clínica dos tumores periampulares (3).
1. Icterícia PROGRESSIVA 2. Vesícula de Courvoisier (palpável e indolor) 3. Perda ponderal
54
Qual o exame padrão-ouro e o tratamento dos tumores periampulares?
Exame: TC de abdome Tratamento: Duodenopancreatectomia (cirurgia de Whipple)
55
Marcador tumoral do câncer de pâncreas e principal tipo histológico:
Marcador tumoral: CA 19.9 | Principal tipo: adenocarcinoma ductal
56
Qual o colangiocarcinoma mais comum? Quais os achados ultrassonográficos?
Colangiocarcinoma Peri-Hilar (Tumor de Klatskin) USG: vesícula murcha + dilatação de vias biliares intra-hepáticas
57
Qual o tratamento em caso de hepatite alcoólica (7 itens):
1. Abstinência total (tratar síndrome de abstinência com benzodiazepínicos) 2. Reposição de líquidos 3. Terapia nutricional 4. Profilaxia para úlcera gástrica 5. Reposição de vitaminas 6. Casos graves: corticoide (prednisolona) OU pentoxifilina por 28 dias 7. Encaminhar para programas antialcoolismo.
58
Qual o principal diagnóstico diferencial da hepatite alcoólica?
Colangite! (febre + leucocitose com predomínio de neutrófilos + dor abdominal + icterícia)
59
O que caracteriza a Síndrome de Mirizzi? Como tratar?
Cálculo impactado no ducto cístico realizando efeito de massa sobre o ducto hepático --> COLESTASE! Tratamento: colecistectomia
60
Homem, 50 anos, apresenta-se com quadro de icterícia, prurido e cirrose. AM: retocolite ulcerativa. Qual a principal suspeita? Como confirmar e tratar?
Colangite Esclerosante Primária! - Diagnóstico: p-ANCA - Tratamento: transplante hepático
61
Paciente com dor HCD com duração há 10 horas e febre; ao exame físico, interrupção da inspiração à compressão do ponto cístico. Paciente não apresenta icterícia. Qual diagnóstico e qual sinal presente no exame físico?
Diagnóstico: Colecistite aguda | Sinal de Murphy
62
Paciente com febre baixa, pródromos virais, hepatomegalia, náuseas e vômitos. Evoluiu com colúria e acolia fecal. Exames laboratoriais mostram transaminases muito elevadas e fosfatase alcalina pouco elevada. Qual diagnóstico?
Hepatite viral aguda
63
Paciente com febre, icterícia rubínica, insuficiência renal com potássio baixo e sufusão conjuntival. História de contato recente com água de enchente. Qual o diagnóstico provável?
Leptospirose
64
Paciente com hepatomegalia dolorosa e icterícia leve. Quadro teve início há alguns dias. Radiografia de tórax evidenciou derrame pleural à direita. Fosfatase alcalina pouco elevada. Qual a suspeita diagnóstica?
Abscesso hepático
65
HBsAg (+) / HBeAg (-) / Anti-HBe (+) / elevação de transaminases. Qual a suspeita? Como confirmar?
Suspeita: Mutante pré-core! | Diagnóstico: dosar DNA-HBV.
66
HBsAg (+) (3 possibilidades):
1. Hepatite B aguda 2. Hepatite B crônica 3. Estado de portador assintomático.
67
HBsAg (-):
Pode ser ("janela imunológica") / pode não ser hepatite B.
68
Anti-HBc IgM (+):
Hepatite B aguda!!!
69
HBsAg (+) / Anti-HBc IgM (-) IgG (+):
Hepatite B crônica!
70
HBsAg (-) / Anti-HBc IgM (-) IgG (+) / Anti-HBs (+):
Já teve Hepatite B e curou (cicatriz imunológica).
71
HBsAg (-) / Anti-HBc IgM (-) IgG (+) / Anti-HBs (-) (2 possibilidades):
1. Paciente é portador de Hepatite B crônica com AgHBs indetectável 2. Paciente teve Hepatite B, curou há muito tempo, o Anti-HBs desapareceu, e o Anti-HBc IgG se manteve!
72
HBsAg (-) / Anti-HBc IgM (-) IgG (-) / Anti-HBs (+):
Vacinado para Hepatite B!