CLÍNICA CIRÚRGICA Flashcards

1
Q

Definição de abdome agudo

A

Dor abdominal de aparecimento SÚBITO e duração mínima de 6 horas.

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2
Q

Exemplo de abdome agudo não cirúrgico mais comum

A

Pancreatite

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3
Q

Doença abdominal que mais causa abdome agudo, principalmente cirúrgico

A

Apendicite

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4
Q

Como se caracterizada a dor somática/parietal?

A

Constante, fixa e se acentua aos movimentos, logo o paciente quer ficar imóvel (peritonite)

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5
Q

Exemplo de dor somática/parietal

A

Apendicite

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6
Q

Quais são os sinais clássicos da dor somática/parietal?

A

Sinal de Blumberg (apendicite) e sinal de Murphy (colecistite)

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7
Q

Como se caracterizada a dor visceral?

A

É uma dor do tipo cólica, provocada pela distensão ou contração das vísceras ocas, com localização imprecisa, então o paciente se movimenta constantemente

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8
Q

Exemplo de dor visceral

A

Dor inicial inespecífica em torno do umbigo no início do quadro de apendicite

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9
Q

Como se caracterizada a dor referida ou irradiada?

A

Dor intra-abdominal que se manifesta em uma área anatomicamente distante da origem (compartilham os mesmos circuitos neurais).

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10
Q

Qual o sinal clássico da dor referida/irradiada?

A

Sinal de Kehr - (condução pelo nervo frênico causa dor no ombro direito devido a irritação do diafragma)

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11
Q

Qual é a epidemiologia do abdome agudo?

A

Sexo feminino com pico de incidência entre 18 a 24 anos

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12
Q

Quais exames laboratoriais devem ser pedidos?

A

Hemograma completo, EQU, amilase, beta HCG

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13
Q

Há 5 exames de imagem que provavelmente serão solicitados no abdome agudo. Quais são eles?

A
1 - Raio - x  (tórax e abdome em decúbito dorsal e ortostático) 
2 - Ultrassonografia de abdome total 
3 - Tomografia computadorizada 
4 - Ressonância magnética 
5 - Arteriografia
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14
Q

Depois dos exames de imagem, há duas condutas a serem seguidas. Quais são elas?

A

1 - Videolapascopia

2 - Laparotomia exploratória

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15
Q

Quais são as 5 etiologias do abdome agudo inflamatório?

A
  • Apendicite Aguda
  • Colecistite Aguda
  • Pancreatite Aguda (crônica agudizada)
  • Diverticulite
  • Doença Inflamatória Pélvica
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16
Q

Quais são as 4 etiologias do abdome agudo perfurativo?

A

Úlcera duodenal perfurada
Víscera oca perfurada
Apendicite perfurada
Diverticulite complicada

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17
Q

Quais são as três etiologias do abdome agudo obstrutivo?

A

1 - Aderências/bridas
2- Neoplasias de cólon
3 - Hérnias internas

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18
Q

Quais são as 4 etiologias do abdome agudo vascular?

A

1 - Trombose mesentérica
2 - Torção do ovário
3 - Infarto esplênico
4 - Torção de artérias e veias do meso

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19
Q

Quais são as 3 etiologias do abdome agudo hemorrágico?

A

1 - Gravidez ectópica (mulheres)
2 - Ruptura de aneurisma de aorta abdominal (idosos)
3 - Cisto ovariano

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20
Q

Como é o intervalo entre o início dos sintomas e a procura por atendimento médico no abdome agudo inflamatório?

A

Longo. É uma dor progressiva, que demora de 24 a 48 horas para evoluir.

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21
Q

Caracterize a dor do abdome agudo inflamatório e a sua progressão

A

Dor de início agudo com aumento progressivo de intensidade (normalmente, inicia visceral e evolui para dor parietal).

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22
Q

Quais manifestações clínicas (7) o paciente com abdome agudo inflamatório pode apresentar?

A
1 - náuseas 
2 - vômitos
3 - queda do estado geral
4 - febre
5 - redução do apetite
6 - sinais de irritação peritoneal
7 - hemograma infeccioso (leucocitose).
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23
Q

Como é a fisiopatologia da apendicite aguda?

A

Obstrução do lúmen do apêndice:
1. Fase edematosa (catarral): secreção persistente e aumento da pressão luminal;
2. Fase fibrinosa = estase e proliferação bacteriana;
3. Fase flegmonosa = edema, obstrução linfática e ulceração da mucosa;
4. Fase perfurativa ou gangrenosa = obstrução
venosa e arterial, ocorre a perfuração.

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24
Q

Explique como é a dor abdominal na apendicite aguda.

A

Dor abdominal que inicia periumbilical e que migra para FID, acompanhada de anorexia, febre e irritação peritoneal localizada

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25
Q

Como estarão os RHA na apendicite aguda?

A

RHA ausentes

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26
Q

O sinal de Blumberg é um sinal clássico encontrado no exame físico da apendicite aguda. Caracterize-o.

A

Sinal de Blumberg: Dor à descompressão brusca no ponto de McBurney.

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27
Q

O sinal de Rovsing é um sinal clássico encontrado no exame físico da apendicite aguda. Caracterize-o.

A

Sinal de Rovsing: Dor no quadrante inferior direito ao realizar a palpação do quadrante inferior esquerdo do abdome.

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28
Q

O sinal do Psoas é um sinal clássico encontrado no exame físico da apendicite aguda. Caracterize-o.

A

Sinal do Psoas: Paciente estará em decúbito lateral esquerdo. Dor à extensão da coxa direita sobre o quadril contra a resistência.

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29
Q

O sinal do Obturador é um sinal clássico encontrado no exame físico da apendicite aguda. Caracterize-o.

A

Sinal do Obturador: Dor à rotação interna do quadril direito flexionado em decúbito.

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30
Q

Qual achado podemos encontrar no hemograma completo com plaquetas da apendicite aguda?

A

Leucocitose com desvio à esquerda.

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31
Q

Qual o tratamento da apendicite aguda?

A

Apendicectomia

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32
Q

Como é realizado o diagnóstico de apendicite aguda?

A

O diagnóstico é clínico – padrão-ouro é anamnese + exame físico (sinais como Blumberg, Rovsing, Obturador e Psoas).

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33
Q

Qual a fisiopatologia da doença inflamatória pélvica?

A

Ascensão de microrganismos do trato genital inferior (gonococo e clamídia)

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34
Q

Qual o espectro de comprometimento da doença inflamatória pélvica?

A

Endometrite, salpingite, abscesso tubo-ovariano, peritonite purulenta

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35
Q

Qual a epidemiologia da doença inflamatória pélvica?

A

Mulheres com vida sexualmente ativa

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36
Q

Quais são as possíveis complicações da doença inflamatória pélvica?

A

Gravidez ectópica e infertilidade

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37
Q

Como é o quadro clínico (4) da doença inflamatória pélvica?

A

1 - Dor a palpação de abdome inferior (útero e ovário) e à mobilização do colo uterino
2 - Hipertermia vaginal, com secreção vaginal anormal
3 - Febre
4 - Massa pélvica

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38
Q

Quais são os exames e a conduta que deve ser realizada na doença inflamatória pélvica?

A

Avaliação ginecológica e ultrassom transvaginal se dúvida. Tratamento costuma ser conservador (ATB focando em gonococo e clamídia).

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39
Q

Qual é a a fisiopatologia da colangite aguda?

A

Ocorre uma obstrução biliar, acumulando bactérias na bile de estase.

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40
Q

Quais são as bactérias que normalmente fazem parte da colangite aguda?

A

E. coli, klebsiella pneumoniae, bacteroides fragilis,

enterococos

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41
Q

Faz parte do quadro clínico da colangite aguda a tríade de Charcot. Caracterize-a.

A

Icterícia, febre e dor abdominal

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42
Q

Faz parte do quadro clínico da colangite aguda a Pentade de Reynolds. Caracterize-a.

A

Pentade de Reynolds: icterícia, febre, dor abdominal, obnubilação mental (estágio letárgico, sem reação) e hipotensão = Colangite Tóxica

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43
Q

Qual a conduta a ser tomada na colangite aguda?

A

ATB e desobstrução da via biliar (80% dos pacientes respondem à terapêutica conservadora com ATB)

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44
Q

Quais indicações (4) de descompressão urgente (drenagem endoscópica por CPRE - stent) na colangite aguda?

A

1 - Dor abdominal persistente
2 - Hipotensão refratária
3 - Febre > 39ºC
4 - Confusão mental

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45
Q

Qual é a fisiopatologia da diverticulite aguda?

A

Perfuração de um divertículo pela ação erosiva de fecálito ou aumento da pressão intraluminal, levando ao quadro de peritonite

46
Q

Qual é o fator de risco da diverticulite aguda?

A

IDADE - ocorre em 1/3 da população a partir dos 50 anos e até 2/3 acima de 80 anos.

47
Q

Qual é o exame padrão-ouro da diverticulite aguda?

A

Tomografia computadorizada

48
Q

O que o raio-x pode apresentar na diverticulite aguda?

A

Pneumoperitônio

49
Q

Qual conduta é contraindicada na diverticulite aguda?

A

Colonoscopia.

50
Q

Como é realizado o tratamento clínico da diverticulite aguda?

A

Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos + ATB de largo espectro (aminoglicosídeos ou ceftriaxona + metronidazol)

51
Q

Como e quando é realizado o tratamento cirurgico da diverticulite aguda?

A

na falha do tratamento conservador, perfuração ou choque séptico – ressecção da zona lesada e colostomia

52
Q

Em relação a colecistite aguda, explique a sua fisiopatologia.

A

Obstrução do ducto cístico, que leva ao processo de inflamação da vesícula biliar. Pedra tranca e fica ali.

53
Q

Qual o quadro clínico da colecistite aguda?

A

Paciente com dor súbita em hipocôndrio direito, com náuseas, vômitos e febre baixa. Tem leucocitose também.

54
Q

Há um sinal clássico encontrado no exame físico da colecistite aguda. Qual é?

A

Sinal de Murphy: Interrompe a respiração por dor à palpação do hipocôndrio direito.

55
Q

Qual o exame de escolha na colecistite aguda?

A

Ultrassonografia

56
Q

Como é realizado o tratamento na colecistite aguda?

A

Tratamento clínico com ATB, se necessário realizar colecistectomia

57
Q

Explique a fisiopatologia da pancreatite aguda.

A

A pancreatite aguda é a inflamação do pâncreas devido a cálculos biliares ou ao álcool. Ocorre um processo inflamatório - enzimas proteolíticas começam a digerir o pâncreas - edema - aumento da PA - menos sangue chegando - hipovolemia - hipoperfusão

58
Q

Há duas principais etiologias para a pancreatite aguda. Quais são elas?

A

LITÍASE BILIAR (mais comum): cálculo passa pelo colédoco – fica na papila (duodeno) – refluxo de bile para dentro do pâncreas – ativação das enzimas no próprio pâncreas: Inflamação → edema → isquemia → necrose

ALCOOLISMO: cria rolhas proteicas que obstrui os canalículos biliares

59
Q

Quais outras possíveis etiologias para pancreatite aguda?

A

Procedimentos como CRPE e cirurgias, fármacos.

60
Q

Como é o quadro clínico (4) da pancreatite aguda?

A

1 - Dor abdominal no abdome superior, em faixa, com irradiação dorsal
2 - Náuseas, vômitos e febre
3 - Posição de prece maometana
4 - Taquicardia

61
Q

Quais são os sinais de gravidade da pancreatite aguda? CIDO…

A
1 - Choque
2 - Cianose
3 - Dispneia
4 - Oliguria 
5 - Sinais de Cullen: equimoses periumbilicais
6 - Grey-turner: equimoses nos flancos
62
Q

Quais são os 4 exames que devem ser solicitados na pancreatite aguda?

A

1 - Amilase e Lipase (3x acima)
2 - Proteína C reativa > 210: grave
3 - US: define a etiologia da pancreatite
4 - TC: pancreatites graves

Obs.: RX não auxilia muito

63
Q

Como é a conduta que deve ser seguida na pancreatite aguda?

A

1 - Por 48h: NPO, analgesia, SNG (se vômitos), hidratação, ATB
2 - Se necrose infectada ou complicações
sistêmicas: cirurgia
3 - Se confirmada litíase: colecistectomia

64
Q

Qual a definição de abdome agudo perfurativo?

A

Peritonite secundária a uma perfuração de víscera oca com extravasamento de material para a cavidade abdominal

65
Q

Como o paciente com abdome agudo perfurativo chega na emergência?

A

Branco, sudorético, urrando de dor.

66
Q

Ao pensarmos em DOR LANCINANTE, devemos lembrar de….

A

Abdome agudo perfurativo

67
Q

Ao pensarmos em ÚLCERA PÉPTICA PERFURADA, devemos lembrar de….

A

Abdome agudo perfurativo

68
Q

Quanto tempo o paciente com abdome agudo perfurativo leva para procurar atendimento médico?

A

Duas horas, pois a dor é lancinante, súbita (início bem determinado) e intensa

69
Q

Há dois sinais característicos do abdome agudo perfurativo. Quais são eles?

A

1 - Abdome em tábua: defesa abdominal, rigidez muito pronunciada
2 - Sinal de Joubert: som timpânico à percussão do hipocôndrio direito pela interposição gasosa

70
Q

O que o raio-x do abdome agudo perfurativo pode nos revelar?

A

Pneumoperitônio (ar fora das vísceras) - entre o fígado e o diafragma enxergamos ar

71
Q

Qual a conduta que deve ser tomada no abdome agudo perfurativo?

A

Laparotomia ou Laparoscopia. Lavar a cavidade e suturar a úlcera (se úlcera gástrica deve-se biopsiar)

72
Q

Paciente de 45 anos, tabagista, magrinho, etilista. Tem histórico de gastrite há muito tempo. Nunca foi tratada. Qual o diagnóstico?

A

Abdome agudo perfurativo.

73
Q

Quais são as duas etiologias mais frequentes do abdome agudo obstrutivo?

A

1 - Aderências/bridas (fibroses, aderências pós-operatórias – podem sofrer rotação e causar obstrução)
2 - Neoplasias (geralmente do intestino grosso, tumores do cólon)

74
Q

Quais são as outras seis etiologias menos frequentes do abdome agudo obstrutivo?

A

1 - Hérnias internas
2 - Volvos (rotação do intestino sobre ele mesmo – paciente com megacólon)
3 - Bolo de áscaris (zona endêmica)
4 - Fecaloma (mais em idosos, pacientes acamados)
5 - Corpo estranho (inserido pelo ânus)
6 -Intussuscepção (principal causa em crianças, intestino delgado entra sobre ele mesmo)

75
Q

Como se caracteriza o quadro clínico (6) do abdome agudo obstrutivo?

A

1 - Distensão abdominal de início súbito e não tão intensa no começo, evoluindo em torno de 24 horas.
2 - Cólicas – aumenta a peristalse e contração para tentar eliminar o que está ali – ruídos metálicos.
3 - Dilatação do intestino a montante – acima da obstrução.
4 - Náuseas e vômitos.
5 - Parada da eliminação de flatos e fezes
6 - Sinais de desidratação – perde líquido para o terceiro espaço

76
Q

Para um paciente com abdome agudo obstrutivo sempre devemos fazer uma pergunta. Qual é essa pergunta?

A

“Tem cirurgia prévia?”

Devemos perguntar, pois a cicatriz cirúrgica pode ocasionar volvos

77
Q

Por que é importante realizar o toque retal em pacientes idosos com suspeita de abdome agudo obstrutivo?

A

Para descartar fecaloma.

78
Q

Quais são os sinais patológicos do abdome agudo obstrutivo no raio-x?

A

Edema de alças e sinal do empilhamento de moedas (delgado distendido com a serosa dobrando sobre ele e segmentando-o).

79
Q

Quando o intestino delgado aparece no raio-x ele costuma ser patológico. Por quê?

A

Por que normalmente, o conteúdo do delgado é muito líquido e pouco gasoso, dificultando a visualização.

80
Q

O abdome agudo obstrutivo pode ser classificado em suboclusão e obstrução completa. O que é a suboclusão?

A

Alguma abertura ainda está eliminando flatos e fezes.

Como saber? RX ortostático mostra presença de gases no reto (coloração preta)
• 40% desses casos conseguimos tratar de forma conservadora. Se não conseguir tratar em até 48 horas, cirurgia.
• Pacientes com bridas

81
Q

O abdome agudo obstrutivo pode ser classificado em suboclusão e obstrução completa. O que é a obstrução completa ?

A

Ausência de gases ou fezes após a área acometida.

Como saber? RX ortostático NÃO mostra
presença de gases no reto (coloração branca)
• Característico de pacientes com tumor de cólon (também apresentam vômitos fecaloides)

82
Q

Quais exames laboratoriais devem ser solicitados no abdome agudo obstrutivo?

A

Gerais (hemograma, amilase, beta-HCG, EQU, eletrólitos e função renal); direcionados pela história (lipase, bilirrubina total e frações, TGO, TGP).

83
Q

Ultrassonografia não auxilia no diagnóstico de abdome agudo obstrutivo, pois há muitas fezes, gases e edema. Porém o raio-x, auxilia. Quais são os 3 achados encontrados?

A

1 - Níveis hidroaéreos: paciente em ortostase mostra o líquido (branco) abaixo e o ar acima, fazendo linhas retas
2 - Empilhamento de moedas: sinal patognomônico de processo obstrutivo
3 - Edema de alças: enxergo em contornos brancos das alças intestinais

84
Q

Se ainda tivermos dúvida diagnóstica em relação ao abdome agudo obstrutivo, qual exame devemos solicitar?

A

TC de abdome

85
Q

Paciente hígido, 50 anos. Está vomitando e não está evacuando há três dias. Abdome distendido. Nega emagrecimento. Cirurgia bariátrica prévia. Qual o diagnóstico?

A

Abdome agudo obstrutivo causado por bridas.

86
Q

Paciente, 70 anos, com história de anemia e perda de peso. Está sem evacuar há seis dias. Qual o diagnóstico?

A

Abdome agudo obstrutivo por neoplasia de cólon.

87
Q

Paciente de 99 anos, acamado, institucionalizado, sem ir ao banheiro há 15 dias. Qual é o diagnóstico?

A

Abdome agudo obstrutivo por fecaloma.

88
Q

O abdome agudo obstrutivo com obstrução completa geralmente ocorre devido a qual patologia?

A

Neoplasia

89
Q

Qual o perfil de paciente com abdome agudo obstrutivo com obstrução completa?

A

Paciente idoso com obstrução baixa, níveis de edema de alças, empilhamento de moedas e com sonda nasogástrica com secreção fecalóide

90
Q

Qual o tratamento para o paciente com abdome agudo obstrutivo com obstrução completa?

A

Hidratação, ATB e cirurgia.

91
Q

O tratamento conservador é realizado nos pacientes com abdome agudo obstrutivo com subolcusão. Qual seria esse tratamento?

A

Internação, hidratação, procinéticos, SNG, observar por 48 horas. Se melhorar nesse período, pode-se dar alta ao paciente. Se piora, a conduta é cirúrgica – láparo ou videolaparoscopia).

OBS – se a sonda drenar fecalóide, é sinal de obstrução baixa, indicando tumor – encaminhar para a cirurgia).

92
Q

Como é a dor no abdome agudo vascular /isquêmico?

A

Dor desproporcional aos achados do exame físico (dor visceral)

93
Q

Quais são os achados no exame físico do abdome agudo vascular/isquêmico?

A

Abdome distendido, flácido, RHA baixos ou ausentes e Sinal da geleia de framboesa no toque retal: fezes com sangue e muco.

94
Q

Qual o perfil do paciente com o abdome agudo vascular/isquêmico?

A

Idoso, cardiopata arrítmico, valvulopata, diabético, HAS, que tem como queixa a dor após a alimentação (aumento da irrigação intestinal pós-alimentar), gerando fobia alimentar e perda de peso.

95
Q

V ou F

O diagnóstico de abdome agudo vascular/isquêmico costuma ser precoce.

A

Falso. O diagnóstico de isquemia mesentérica costuma ser tardio (o ideal seria em até 6h – após, o intestino tende a evoluir para trombose mesentérica)

96
Q

Quais as quatro patologias mais comuns de abdome agudo na UTI?

A

1 - apendicite aguda
2 - úlcera perfurada
3 - trombose mesentérica
4 - colecistite alitiásica aguda.

97
Q

Qual é o exame de imagem padrão-ouro no abdome agudo vascular/isquêmico?

A

Arteriografia mesentérica.

98
Q

Apesar de não ser o exame de imagem padrão-ouro no abdome agudo vascular/isquêmico é o exame mais solicitado na prática. Qual é esse exame?

A

Angiotomografia de abdome.

99
Q

Qual a intensidade da dor parietal e da dor visceral no abdome agudo vascular/isquêmico?

A

Dor parietal: 2/10 - não tem sinal de irritação peritoneal

Dor visceral: 10/10

100
Q

Quais são os exames laboratoriais complementares (3) no abdome agudo vascular/isquêmico?

A

1 - Leucocitose com desvio à esquerda
2 - Amilase (menos acentuada que na
pancreatite), Lactato e D dímeros aumentados
3 - Acidose metabólica

101
Q

Qual deve ser a conduta se tivermos dúvida diagnóstica no abdome agudo vascular/isquêmico?

A

Laparoscopia ou laparotomia

102
Q

Como é o quadro clínico (7) do paciente com abdome agudo vascular/isquêmico?

A

1 - dor abdominal desproporcional aos achados do exame físico (angiotomografia em 6h para avaliar)
2 - vômitos
3 - diarreias (enterorragia – descamação da mucosa)
4 - febre
5 - hipotensão
6 - choque (fase avançada)
7 - Abdome distendido, RHA reduzidos ou ausentes

103
Q

Qual é o tratamento no abdome agudo vascular/isquêmico?

A
  • Reposição hidroeletrolítica
  • Correção da causa vascular (endoprótese e stent)
  • Se já tem necrose = ressecção cirúrgica
  • Se pega todo o delgado e metade do cólon = incompatível com a vida
104
Q

Mulher, 70 anos, atendida na emergência com dor abdominal de início súbito e de forte intensidade. Ao exame físico, seu abdome não apresentou dor à descompressão súbita ou pontos de sensibilidade. O leucograma apresentava 19.000 leucócitos com desvio à esquerda. Qual é o diagnóstico?

A

Abdome agudo vascular/isquêmico.

105
Q

Ao pensarmos em DOR ABDOMINAL DESPROPROCIONAL AO EXAME FÍSICO, devemos lembrar de….

A

Abdome agudo vascular/isquêmico

106
Q

Na cirurgia do abdome agudo vascular/isquêmico há o sinal do peteleco. O que é? Qual a sua finalidade?

A

Sinal do peteleco (peristalse do intestino) para avaliar a viabilidade da alça – se houver movimento após estímulo, alça viável; se não, alça inviável – ressecção do intestino necrosado.

107
Q

O que é irrigado pela artéria mesentérica superior?

A

Irriga todo o delgado e cólon

108
Q

Qual é o quadro clínico (5) na isquemia mesentérica?

A
  • Dor abdominal pós prandial (15 min até 3h)
  • Fobia alimentar – emagrecimento
  • Diarreia (podendo ter enterorragia ou esteatorreia)
  • Náuseas e vômitos
109
Q

Uma das causas de abdome agudo vascular/isquêmico pode ser a torção de ovário. Caracterize-a.

A

Dor lancinante, forte e abdome flácido

Solicitar: ecodoppler transvaginal

110
Q

Como se caracteriza o quadro clínico (5) do abdome agudo hemorrágico?

A
1 - Dor abdominal súbita
2 -Taquicardíaco
3 - Sudorético
4 - Mucosas pálidas
5 - Sinais de anemia
111
Q

Qual a conduta que deve ser tomada no abdome agudo hemorrágico? Dica: tem dois grupos de pacientes…

A

EM PACIENTES ESTÁVEIS, pode-se realizar TC

PACIENTES INSTÁVEIS, US e cirurgia exploratória. A ultrassonografia pode mostrar líquido livre e gravidez ectópica rota.

112
Q

Jovem, 18 anos, previamente hígida, com dor abdominal. Descorada, taquicardica com hemoglobina de 8. Qual é o diagnóstico?

A

Abdome agudo hemorrágico