CM Flashcards
(69 cards)
Aumento da bic em caso de acidose
O acúmulo de bicarbonato é mais lento do que a instalação da hipercapnia (elevação do Paco2), por isso no início discretas elevações do bicarbonato são observadas, como no caso desta questão, e com o passar o tempo o bicarbonato sérico vai aumentando. Nas primeiras horas (AGUDO) observamos que para cada 10mmHg de PaCO2 que se elevou o bicarbonato pouco se eleva, aproximadamente 1 mEq/L. Após muitas horas ou poucos dias (CRÔNICO) observamos que para cada 10 mmHg de PaCO2 que se elevou o bicarbonato eleva-se em aproximadamente 4 mEq/L.
Esta correta a associação de gasometria e etiologia em:
pH x bic x pco2 x etiologia
A)
7,33
33
55
coma barbitúricos
B)
7,20
10
25
uso de furosemida
C)
7,30
25
20
DPOC
D)
7,60
23
25
síndrome do pânico
E)
7,50
35
44
intoxicação por metanol
D)
Sempre etapas:
1º) Olhar o pH - definir se há acidemia ou alcalemia;
2°) Definir o distúrbio básico - metabólico ou respiratório;
3°) Definir a presença de resposta compensatória ou distúrbio misto;
• Lembrar que diante dos distúrbios respiratórios, a avaliação da resposta compensatória depende se estamos diante de um quadro agudo ou crônico.
A) FALSA. Coma barbitúrico. No coma barbitúrico temos uma DEPRESSÃO DO SNC e, consequentemente, uma diminuição do estímulo do sistema nervoso central para o sistema respiratório. Sendo assim, o paciente deve apresentar RETENÇÃO de CO2 e ACIDOSE RESP. Como o como barbitúrico é um evento agudo, não é esperado uma compensação metabólica. Os nossos rins demoram 2 a 5 dias para fazer a compensação metabólica. Essa afirmativa se torna falsa porque é esperado um BIC em níveis NORMAIS.
B) FALSA. Furosemida é um diurético de alça. Os diuréticos de alça e os diuréticos tiazídicos causam ALCALOSE METABÓLICA. Por isso, é esperado que a gasometria de pacientes que usem diuréticos de alça apresente uma alcalose metabólica. Nessa gasometria da afirmativa B, temos uma acidose metabólica. Um pH baixo com bicarbonato baixo caracteriza uma acidose metabólica.
C) FALSA. Pacientes portadores de DPOC apresentam RETENÇÃO de CO2 e, consequentemente, ACIDOSE RESP CRÔNICA. Nas acidoses respiratórias crônicas, é esperado que o BIC ELEVADO. Com o objetivo de compensar a acidose respiratória, os nossos rins fazem retenção de bicarbonato. Essa afirmativa se torna falsa porque o bicarbonato está normal.
D) VERDADEIRA. Na síndrome do pânico temos crises de TAQUIPNEIA secundária à ansiedade apresentada. A taquipneia leva a uma ELIMINAÇÃO de CO2 e, consequentemente, uma ALCALOSE RESP. Como a crise do pânico é um evento AGUDO, não tem tempo suficiente para que os rins eliminem bicarbonato com o objetivo de compensar a alcalose respiratória.
E) FALSA. A intoxicação por metanol é associada á ACIDOSE METABÓLICA com ânion gap elevado. Na gasometria apresentada na afirmativa E temos um caso de alcalose metabólica associada a uma alcalose respiratória.
Acidose metabólica
Resposta compensatória:
PaCO2 esperado = 1,5 x [HC03-]+8 (+/-2)
Alcalose metabólica
Resposta compensatória: PaCO2 esperado = [HCO3-] + 15 (+/-2)
Acidose respiratória
Resposta compensatória:
Aguda: [HCO3-] esperado = 24 + 0,1 × (PaCO2-40) ‡ 2
Crònica: [HCO3-] esperado = 24 + 0,4 x (PaCO2-40) ‡2
Alcalose respiratória
Resposta compensatóna:
Aguda [HCO3-] esperado 24-0,2 x (PaCO2-40) +2
Crônica: [HCO3-] esperado = 240,4 x (PaCO2-40) +2
VR:: bic = 22-26 X pco2 = 35-45
- Uma pCO2 ELEVADA indica hipoventilação e acidose respiratória.
- Uma pCO2 DIMINUÍDA indica hiperventilação e alcalose respiratória.
Causas de acidose metabólica
Acidose metabólica de AG elevado:
“Surgiu um novo ácido”
•Intoxicações (metanol, etilenoglicol, aspirina)
• acidose láctica
• cetoacidose
• insuficiência renal fase avançada
Acidose metabólica de AG normal:
“Hiperclorêmicas”
• Perdas gastrointestinais de HCO3, como: Diarreia, Fístulas gastrointestinais / pancreáticas
• Perdas renais de HCO3, como: Acidose tubular renal, Fase inicial de insuficiência renal
•”latrogênica” - administração excessiva de soluções salinas (ex: correção de cetoacidose diabética)
TTO hiponatremia sintomática
NaCL 3%: 890 mL de NaCl 0,9% + 110 mL de NaCl 20%:
• 1 a 2mL/kg EV em 10 minutos.
Bicarbonato 8,4%:
• 100mL equivale a cerca de 200mL de Nacl 3% -> 3mEq/L.
Equivale a NaCl 6% (1 mEq/mL):
• Correção máxima: 8 a 10mEq (dia);
• Corrigiu demais: Demospressina 2mcg 8h/8h.
Sintomas:
• Convulsões, delirium, coma, herniação, edema pulmonar neurogênico, náuseas, vômitos, cefaleia, confusão, tontura, alteração de marcha, cãibras, hiperreflexia.
• Na identificação de uma HipoNa sintomática, o ajuste protetor deve ser feito de imediato.
Pode-se afirmar que a dosagem de hemoglobina glicada, independentemente do controle glicêmico, pode ser afetada por:
A) Excreção urinária aumentada de albumina e esteatose hepática.
B) Uremia e esteatose hepática.
C) Hemoglobinopatias e uremia.
D) Hemoglobinopatias e excreção urinária aumentada de albumina.
D
1- Condições que diminuam a meia-vida, o número de hemácias e/ou o processo de glicação, promovem uma diminuição do valor real da HbA1c:
• Anemias hemolíticas, estados hemorrágicos, gravidez, comprometimento da medula óssea, deficiência de eritropoietina, drogas.
• Altas concentrações das vitaminas C e/ou E
2- Causas de aumento real da HbA1c:
1. Anemias por deficiência de ferro, ácido fólico ou vitamina B12;
2. Uremia (hemoglobina carbamilada), uso de salicilatos (hemoglobina acetilada);
3. Hiperbilirrubinemia, alcoolismo crônico, hipertriglicereidemia;
4. Uso crônico de opiáceos;
5. Condições que aumentem o hematócrito e/ou o número de glóbulos vermelhos.
Malanoma -
Satelitose
Microsatelitose
Metástase em trânsito
- microfocos ao redor do 1º = sarelitose
(Até 2cm do 1º) - além de 2cm do 1º, descontínuos = metástase em trânsito
- se você não viu, mas o patologista disse que tinha, focos descontínuos = microsatelitose
- N1a -> clinicamente oculto (só quem viu foi o patologista)
- N1b -> clinicamente evidente
- N1x -> metástase loco-regionais
Melanoma - conduta
ABCDE -> biópsia excisional -> ampliação das margens conforme Breslow -> pesquisa do linfonodo sentinela conforme Breslow e histopatológico (antes de tirar, bx)
Breslow < 1 = ampliar margem para 01cm
Breslow > 1 = ampliar margem para 02cm
2 - Mulher, 68 anos, hipertensa e diabética, comparece a consulta médica de rotina trazendo seus exames de controle. Nega a presença de quaisquer sinais e/ou sintomas. Se encontra em uso apenas de metformina e losartana. Ao exame físico, não são observadas alterações dignas de nota.
Ao exame laboratorial, evidencia- se aumento de TSH (14,0 UI/L) com T4 livre dentro da normalidade. Com base na hipótese diagnóstica, a conduta correta é:
A) Iniciar metimazol.
B) Iniciar propiltiouracil (PTU).
C) Iniciar levotiroxina em dose alta.
D) Iniciar levotiroxina em dose baixa.
D)
Hipo SUBCLÍNICO
Aumento do TSH + T4 e T3 NORMAIS
EXAMES ALTERADOS SEMMMM CLÍNICA
- REPETIR EXAME 3-6 meses
- DEFINIR ETIOLOGIA → hashimato? anti-TPO?
TRATAR COM LEVO, se::::
• TSH >/=10
• anti -TPO +
• USG com tireoidite
• gestação eu intenção
• < 65a +1 risco CV + TSH > 7
= se tem SINTOMA → INDIVIDUALIZA -> teste terapêutico
Questão 17 - UERJ R1 2024
Paciente com síndrome de imunodeficiência do adulto (SIDA) e sem histórico de tratamento inicial, concomitantemente ao diagnóstico da doença retroviral, quadro de febre, cefaleia e diplopia. No exame físico, apresenta rigidez de nuca e alteração do Ill e Vi pares cranianos. O líquor apresenta pleocitose mononuclear, proteína aumentada, glicose baixa e GeneXpert positivo. Segundo o Ministério da Saúde (2019), nesse caso, a conduta mais adequada é iniciar:
A - RIPE e esquema antirretroviral concomitante.
B - RIPE e adicionar esquema antirretroviral, após sessenta dias.
C - RIPE e adicionar esquema antirretroviral, após duas semanas.
D - Esquema antirretroviral e adicionar RIPE, após duas semanas.
B)
Recomenda-se a realização da genotipagem do HIV pré-tratamento nos pacientes com coinfecção TB-HIV virgens de tratamento com ARV.
Quando iniciar TARV (2019):
- após 2 semanas para forma pulmonar
- após 8 semanas para neuroTB
Atualização Outubro - 2023:
- após 1 semana para forma pulmonar
- após 4-6 sem. para neuroTB, podendo ser 2 sem caso CD4 < 50 cels
Para o tratamento de pacientes com coinfecção de HIV e TB temos três cenários:
• Se o diagnóstico de ambas ocorrer AO MESMO TEMPO, sem tratamento prévio para ambas: iniciar PRIMEIRO RIPE e introduzir a TARV após a 4ª até a 6ª semana do início do tratamento;
• Diagnóstico de HIV ocorrer APÓS o diagnóstico da TB: mesma conduta do primeiro cenário;
* Diagnóstico de TB ocorrer APÓS o diagnóstico de HIV e paciente já em uso de TARV: iniciar imediatamente tratamento
Atualmente, o tratamento da diabetes mellitus conta com uma multitude de classes terapêuticas, com riscos e benefícios. Assinale a alternativa que apresenta uma classe de medicamentos que aumenta o risco de insuficiência cardíaca:
A) sulfanilureias
B) biguanidas
C) dpp-4
D) tiazolifinedionas
E) agonista de glp-1
D)
Pioglitazona -> tambem tem risco de fratura e ganho de peso
A síndrome de angústia respiratória (SARA) pode ser desencadeada por injúrias diretas ou indiretas. Assim, assinale a opção que apresenta uma injúria direta.:
A) Sepse.
B) Pancreatite
C) Superdosagem de medicamentos.
D) Traumatismo cranioencefálico.
E) aspiração de conteúdo gástrico
Causas INdiretas:
- sepse *****
- pancreatite
- super dosagem de medicamento
- TCE
Causas DIretas:
- aspiração de conteúdo gástrico
- pneumonia *****
Paciente feminina, 75 anos, refere início agudo de edema doloroso simétrico de ambas as mãos com rigidez e artralgias difusas nos cotovelos e joelhos, de início há 2 semanas e associado à fadiga e perda de peso de 5 kg em 6 semanas. Ao exame físico, notam-se contraturas de flexão com endurecimento palmar bilateral. Diante desse caso clínico, qual é a hipótese diagnóstica?
A) esclerose sistêmica
B) síndrome paraneoplasica
C) artrite reumatoide
D) lúpus eritematoso sistêmico
E) síndrome complexa regional
B)
C - não teria edema na mão inteira e o quadro seria mais insidioso e lento
• As síndromes paraneoplásicas constituem um grupo heterogêneo de manifestações clínicas
• As mais comuns são as endócrinas: Síndrome de Cushing, SIADH e Hipercalcemia da malignidade.
• A Remitting Seronegative Symmetrical Synovitis with Pitting Edema - RS3PE é uma síndrome associada tanto a neoplasias (benignas ou malignas hematológicas ou tumores sólidos) quanto a outras doenças reumatológicas (LES, Sjogren, Gota, Sarcoidose, etc)
• Caracteriza-se pela artrite simétrica de pequenas articulações e um marcado edema de extremidades possivelmente
causado por aumento de VEGF
• O diagnóstico é clínico, costuma apresentar-se com FR e anti-CCP negativos e o tratamento além da doença de base pode ser realizado com corticoterapia
• A fasceíte palmar é um importante diagnóstico diferencial dentro das síndromes paraneoplásicas e é fortemente associada ao câncer de ovário.
A artrite reativa surge após um quadro infeccioso que leva à artropatia inflamatória estéril, não superlativa e aguda em local diferente da infecção primária. Quais são os agentes etimológicos mais frequentes que podem desencadear essa doença?
A) HIV, hep A e hep B
B) hep C e treponema pallidum
C) pseudomonas aeruginosas e staphilo aureus
D) shiguella, salmonella e yersinia
E) parvovírus B19 e adenovíus
D)
• A artrite reativa (ARe) é secundária às infecções INTESTINAIS e GENITOURINÁRIAS.
• 50% das ARe são pela CHLAMYDIA trachomatis.
• A tríade uretrite, conjuntivite e artrite é denominada Síndrome de REITER.
- pode ter HLA-B27 + ——> doença mais severa e maior risco de cronificação
• TTO: erradicação da infecção e uso de AINEs/corticoides para controle sintomático.
Um homem de 56 anos procura atendimento médico por crise de artrite gotosa, apresentando sinais clássicos de podagra. Sobre o tratamento para esse caso, é correto afirmar que:
A) A colchicina está contraindicada se o paciente for portador de doença renal crônica e estiver em uso contínuo de carvedilol.
B) O uso de corticosteroides por via oral não é recomendado.
C) O alopurinol está indicado durante a crise aguda.
D) O uso de inibidores de interleucina-1 é considerado tratamento de primeira escolha.
E) A prednisona está indicada na dose de 5 mg por via oral em dias alternados.
A)
Um homem de 64 anos apresenta vômitos prolongados. Ele é submetido a uma esofagogastroduodenoscopia e é diagnosticado como apresentando uma obstrução do escape gástrico. É CORRETO afirmar que a anormalidade metabólica vista nesse tipo de paciente é:
A) Alcalose metabólica hipoclorêmica hipocalêmica.
B) Acidose metabólica hiperclorêmica hipercalêmica.
C) Acidose metabólica hiponatrêmica hipoclorêmica.
D) Alcalose metabólica hipernatrêmica. hipoclorêmica.
A)
O estômago contém principalmente o ácido clorídrico (HCI) para realizar o processo da digestão, e quando temos vômitos, estamos perdendo todo esse ácido e cloro, por isso vamos desenvolver uma alcalose hipoclorêmica, e vamos ter a perda de potássio também, gerando um hipocalemia.
Alcalose metabólica -> bic alto, então ta perdendo hidrogênio/líquidos/íons
para sustentar a alta concentração de bicarbonato no plasma, tais como: uma redução no volume do líquido extracelular ou redução do volume de sangue arterial efetivo, que existe em muitos estados edematosos, como ICC e CIRROSE, uma depleção de cloreto e HIPOcloremia, HIPOcalemia.
• O estômago é rico em ácido clorídrico, e quando temos um quadro de vômitos repetitivos, teremos a perda desse ácido, desenvolvendo um quadro de alcalose;
• Perda do trato gastrointestinal como vômitos e diarreia irão provocar a perda de potássio, e com isso um quadro de hipocalemia.
Acerca dos diferentes tipos de diabetes melito, assinale a alternativa correta:
A) O MODY (Maturity Onset Diabetes of the Young). Caracterizado por destruição indolente das células beta pancreáticas por autoanticorpos.
B) O DM1 tem causa monogênica e alta incidência familiar.
C) Pancreatite crônica etílica é a causa pouco frequente de diabetes pancreático.
D) Resistência insulínica e diabetes melito são comuns na síndrome dos ovários policísticos.
E) As estatinas elevam a glicemia e aumentam o risco de diabetes.
D)
Diabetes Mellitus tipo 1: destruição autoimune das células beta-pancreáticas.
LADA (Latent Autoimmune Diabetes in
Adults): Os critérios mais aceitos para diagnóstico de LADA são:
• Idade de diagnóstico > 30 anos;
Anticorpos positivos -> anti-GAD;
Ausência de necessidade de insulina por pelo menos 6 meses após o diagnóstico.
DM 2:
MODY: a forma monogênica mais comum de DM é o diabetes tipo MODY (Maturity Onset Diabetes of the Young), autossômico dominante. Esta forma de DM é causada por defeitos em genes que direta ou indiretamente participam da secreção de insulina. As suas principais características são:
• Hiperglicemia de início precoce (< 25 anos);
• História familiar de DM antes de 25 anos em 2 a 3 gerações;
• Autoanticorpos negativos e peptídeo C detectável (>0,6 ng/ml) após cinco anos do diagnóstico de DM.
• DM1 = destruição autoimune das células beta;
• LADA = também autoimune (Anti-GAD);
• DM2 = herança poligênica / história
familiar positiva;
• MODY = Herança monogênica / história familiar positiva.
Mulher de 74 anos, com doença renal crônica, em tratamento conservador, procura a emergência com quadro de náuseas, vômitos, dor abdominal e sonolência. Ao exame, encontra-se sonolenta, mas despertável aos chamados. A ausculta cardíaca evidenciou ruído sistodiastólico rude em borda esternal esquerda. O eletrocardiograma revelou ritmo sinusoidal e a gasometria arterial apresentou: pH = 7,26 e HCO3- = 14. A terapia mais urgente a ser instituída é:
A) hemodiálise
B) glicoinsulino terapia
C) glucanato de cálcio
D) bicarbonato de sódio
C)
RITMO SINUSOIDAL -»> HIPERcalemia
Paciente com história de DRC e sintomas relacionados à uremia, associado à acidose metabólica e ritmo sinusoidal sugere uma emergência hipercalêmica, sendo o gluconato de cálcio a melhor medida imediata a ser realizada.
Glicoinsulinoterapia e hemodiálise vem depois
• K 5,5-6,5 → Ondas T apiculadas;
• K 6,5-7,5 → Redução da onda P;
• K 7,0-8,0 → Alargamento do QRS;
• K 8,0-10 → Ritmo sinusoidal, arritmias ventriculares, assistolia.
Um paciente de 67 anos de idade, com diagnósticos prévios de diabetes, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e gota, ficou confuso com as próprias medicações e acabou suspendendo todas elas. Após dois meses sem as medicações ele procurou o pronto-socorro com queixa de edema em membros inferiores e dispneia progressiva, piorada nos últimos dois dias, associada a expectoração rósea. À avaliação clínica, apresentava-se taquidispneico, com crepitação em todos os campos pulmonares à ausculta. Quanto aos sinais vitais: PA = 195 mmHg x 100 mmHg, FC = 102 bpm, FR = 28 irpm, Sat02 = 80% em ar ambiente. Foi passada sonda vesical de demora, sem débito urinário. Os exames
laboratoriais indicaram valor de creatinina = 6,5 mg/dL, ureia = 204 mg/dL, gasometria arterial com pH = 7,23, p02 = 61mmHg, pCO2 = 56mmHg, HCO3 = 26mEq/L, SatO2 = 79% e K = 6,2 mEq/L. Em relação ao distúrbio eletrolítico apresentado, qual é a medida que estaria indicada para redução do potássio sérico?
A) poliestirenossulfonato de cálcio
B) sulfato de magnésio
C) gluconato de cálcio
D) espironolactona
A)
Gluconato de cálcio é EMERGÊNCIA
• Em situações em que temos alteração de ECG temos que iniciar a infusão de gluconato de cálcio a 10%; -> EMERGÊNCIA
• A insulina, catecolaminas e bicarbonato promovem a ENTRADA do potássio para o meio intercelular, reduzindo sua concentração sérica; -> SORCAL (resina de troca)
• A furosemida e sorcal são utilizados para ELIMINAR o potássio do organismo.
2) Homem de 30 anos, cacaueiro, do interior do Amazonas, com histórico de viagem recente aos Estados Unidos, inicia quadro súbito de febre alta de até 39ºC, associado com mialgia, cefaleia, artralgia, dor retroorbitária e fotofobia há três dias. Há relato de epistaxe e algumas petéquias. Ele nega coriza, odinofagia e sintomas respiratórios. Ao exame físico, apresenta rash cutâneo em tronco e membros inferiores. O exame laboratorial revela leucócitos = 4.000/m3, com 40% de linfócitos, plaquetas = 98.000/mm3, velocidade de hemossedimentação (VHS) = 45mm/hora, creatinina = 1,0mg/dL, bilirrubina total = 1,8mg/dL e transaminases elevadas de forma discreta. Os testes de biologia molecular (PCR) para dengue, zika e chikungunya foram negativos. O diagnóstico mais provável é de febre por infecção:
a) pelo Leptospira interrogans
b) viral pela febre amarela
c) pelo Plasmodium ovale
d) viral pelo oropouche
d)
A febre de Oropouche é uma arbovirose causada por um vírus da família Peribunyaviridae. A infecção geralmente ocorre pela picada de mosquitos infectados do gênero Culicoides. O quadro clínico da febre de Oropouche é semelhante ao da dengue, com febre, cefaleia, mialgia, artralgia, dor retroorbitária e exantema. Além dos sintomas descritos, é comum a recorrência de sintomas após poucas semanas, embora esse achado não tenha sido descrito no caso clínico. O paciente em questão apresenta um quadro clínico compatível com febre de Oropouche, especialmente considerando que vive na região amazônica, onde a doença é endêmica. Além disso, os resultados negativos para dengue, zika e chikungunya direcionam o diagnóstico para outra arbovirose.
C - malária nao tem no Brasil
13) Uma mulher de 32 anos, sem comorbidades conhecidas, procura a ginecologia por aumento de volume menstrual. Relata que sua menstruação ocorre de forma regular, mas com fluxo e duração aumentados, desde a menarca, aos 15 anos. À anamnese dirigida, refere episódios ocasionais de epistaxe e surgimento de hematomas não provocados pelo corpo desde a adolescência. Exames laboratoriais evidenciam anemia e plaquetopenia leves, tempo de atividade da protrombina (TAP) normal e tempo de tromboplastina parcial ativada (PTT) alargado. O diagnóstico mais provável, nesse caso, é:
a) hemofilia A b
) deficiência de vitamina K
c) doença de von Willebrand
d) púrpura trombocitopênica imune
Exames laboratoriais
Anemia: Pode estar presente devido à perda de sangue excessiva.
Plaquetopenia: Pode ocorrer em alguns tipos da doença de von Willebrand.
TAP NORMAL: O tempo de protrombina geralmente está normal.
PTT ALARGADO: O tempo de tromboplastina parcial ativada pode estar aumentado, pois o FvW também está envolvido na via intrínseca da coagulação.
Hemofilia A: É um distúrbio hereditário que afeta o fator VIII da coagulação. Cursa com sangramentos em articulações e músculos, além de sangramentos prolongados após traumas. O PTT também costuma estar alargado, mas o TAP é normal.
Deficiência de vitamina K: A vitamina K é essencial para a produção de fatores de coagulação. A deficiência pode causar sangramentos, mas geralmente está associada a outras condições, como má absorção intestinal ou uso de anticoagulantes.
Púrpura trombocitopênica imune (PTI): É um distúrbio autoimune em que o organismo produz anticorpos que destroem as plaquetas. Cursa com sangramentos na pele (petéquias e púrpuras), sangramentos nas mucosas e plaquetopenia. Os tempos de coagulação (TAP e PTT) costumam ser NORMAIS.
19) Um homem de 19 anos é encaminhado ao ambulatório de clínica médica devido a quadro de dor lombar. Refere início dos sintomas há seis meses. A dor é pior pela manhã e melhora ao longo do dia, com rigidez matinal de duas horas. Relata ainda episódios recorrentes de dor e vermelhidão em olho direito, que melhoram espontaneamente. Nega diarreia, corrimento genital ou artralgia de pequenas articulações. Exames laboratoriais evidenciam elevação de provas inflamatórias e leve anemia. Considerando o diagnóstico mais provável, um exame que deve ser solicitado e o tratamento inicial mais adequado, respectivamente, são:
a) HLA B27 / corticosteroide
b) colonoscopia / infliximabe
c) fator reumatoide / metotrexato
d) radiografia de sacroilíacas / anti-inflamatório não esteroidal
D)
- dor lombar -> insidioso
- rigidez matinal com duração de 30 minutos ou mais.
- dor melhora e retorna à noite ou de madrugada, inclusive podendo acordá-los.
- elevação de PCR e VHS e
- anemia de doença crônica
. O HLA-B27 é o principal fator de risco e está presente na maioria dos pacientes. No entanto, não é patognomônico e sua ausência não descarta o diagnóstico.
A - ainda que a solicitação do HLA-B27 seja adequada para maior assertividade do diagnóstico e avaliação prognóstica, glicocorticoides não são eficazes no tratamento do acometimento axial na EA.
B - a artrite enteropática é uma espondiloartrite associada à doença de Crohn e à retocolite ulcerativa e, ainda que tenha predomínio de acometimento periférico, pode cursar com sacroiliíte e espondilite. No entanto, sem qualquer menção a queixas compatíveis com doença inflamatória intestinal e com a presença da provável uveíte anterior aguda, a principal hipótese deve ser EA. Além disso, o tratamento com imunobiológicos, como o infliximabe (anti-TNF alfa), deve ser avaliado cuidadosamente levando em conta tanto a doença intestinal, quanto a articular.
D - o primeiro exame de imagem a ser solicitado para um paciente com suspeita de EA é a radiografia convencional de sacroiliíacas. O achado da sacroiliíte, somado à epidemiologia e quadro clínico, selam o diagnóstico. No entanto, em pacientes com quadro clínico clássico de início recente cuja radiografia seja normal ou deixe dúvidas quanto à presença de sacroiliíte, a ressonância magnética é o exame mais sensível para detectar alterações inflamatórias. Quanto ao tratamento, a droga de escolha inicialmente é o anti-inflamatório não esteroidal (AINE), já que a fisiopatologia da EA envolve a ação de prostaglandinas e esses medicamentos as inibem.
Assinale a alternativa que apresenta 2 tipos de bactérias que estão entre as mais frequentemente encontradas/isoladas na apendicite aguda perfurada:
A) Acinetobacter baumannii e Klebsiella pneumoniae.
B) Pseudomonas aeruginosa e Bacteroides coprosuis.
C) Escherichia coli e Bacteroides fragilis.
D) Campylobacter jejuni e Burkholoderia cepacia.
E) Acinetobacter baumannii e Escherichia coli
C)
Na aguda, independente, essas são as mais encontradas. Sendo a bacteroides mais comum na complicadada
Em um paciente com doença coronariana, qual dos seguintes agentes NÃO seria indicado para indução anestésica, por ter como efeito colateral a hipertensão?
A) tiopental
B) propofol
C) cetamina
D) etmoidato
D) midazolam
TIOPENTAL: barbitúrico -> cardiodepressor (hipotensão)
PROPOFOL: “propochoque” hipotensão, ANTICONVULSIVANTE, depressão respiratória -> GABA
CETAMINA: taquicardia e HIPERtensão
ETMOIDATO: neutro -> atua no GABA -> evitar em choque séptico
MIDAZOLAM: hipotensão e depressão respiratória
Homem, 39 nos, atopia e asma bronquica, com tosse seca + broncoespasmo + dispneia ha varios meses. Usou drtogas inalatorias, tendo boa resposta. Agora, piora das crises 2-3x por semana, acorda durante a madrugada com tosse e dispneia.
A) ipatropico + corticoide
B) formoterol + corticoide
C) formoterol + cromoglicaato de Na
D) salbutamol + ipatropico, qaundo tiver manifestaçoes clinicas
B)
tto de 3 etapa
ASMA É INFLAMAÇAO!!!!!1
*espirometria (para ver se é obstrutivo): VEF1/CVF < 75-80%
*prova broncodilatadora (para ver reversibilidade): acrescimo de 200ml no VEF1
*******questionario:
- sintomas diurnos >2x/semana
- desperrtar noturno
- terapia resgate >2x/semana
- limitaçao de atividades
** 0: asma controlada
1 ou 2: asma parcialmente controlada
3 ou 4: asma nao controlada
LABA -> longa duraaçao
SABA -> curta duraçao
ETAPA 1:
- corticoide + formoterol sob demanda
OU corticoide + SABA por demanda
-> menos de 4 dias de sintomas/semana
ETAPA 2:
- cortticoide + formoterol sob demanda
-> menos de 4 dias de sintomas/semana
ETAPA 3:
- corticoide + formoterol em dose baixa
OU corticoide + SABA sob demanda
-> despertar noturno pelo menos 1x/semana
ETAPA 4:
- corticoide + formoterol em dose intermediaria
OU corticoide em altas dose
-> despertar noturno mais de 1x/semana
ETAPA 5:
- corticoide + formoterol em alta dose + avaliar necesssidade de tiotropico ou anticorpos monoclonais
-> refratarios a etapa 4