Competências - teste 2 Flashcards
(52 cards)
O que é a resiliência académica?
Capacidade do estudante para lidar de forma eficiente com contratempos académicos, ansiedade e pressão do estudo.
O que disse Masten, em 2001, sobre pessoa resilientes?
Pessoas resilientes têm a capacidade de enfrentar , superar ou recuperar de graves ameaças ou barreiras académicas.
Tornar-se resiliente implica…
- manter-se envolvido e resistente, com alcance de resultados académicos, mesmo enfrentando adversidades
-lidar com pequenas mas várias adversidades, em termos motivacionais e de comportamento
Qual a origem da teoria da resiliência?
Na passagem de 1970 para 1980, pesquisadores americanos e ingleses estudaram o fenómeno de pessoas que permaneciam saudáveis apesar de expostas a severas adversidades - foram consideradas pessoas invulneráveis (mais tarde, resilientes)
Etimologicamente, a resiliência…
deriva da noção de física da resistência dos materiais (capacidade de uma material de “absorver energia na região elástica”, sendo capaz de voltar à forma original, quando finda a causa da sua deformação.
Sobre abordagem do risco e abordagem da resiliência…
Da abordagem do risco, com foco nos fatores e resultados negativos do desenvolvimento e da vulnerabilidade, à abordagem da resiliência, da força do ego, dos fatores de resistência ao stress, do estudo do coping (saber lidar com circunstâncias adversas ou stressantes).
Como surgiu o estudo da resiliência?
A resiliência tornou-se um campo de estudo dinâmico e extenso a partir da primeira pesquisa na infância. Hoje em dia, é estudada ao longo de toda a vida, em diferentes grupos etários da população.
Qual é o pressuposto da resiliência?
Os indivíduos que recuperam após um trauma significativo e continuam a ser positivos no seu funcionamento apesar das circunstâncias adversas, são resilientes por natureza.
Qual é o foco da teoria da resiliência?
A teoria da resiliência coloca o nosso foco no desenvolvimento psicológico e social positivo associado a processos sociais e a características individuais (Ungar, 2008)
Descreve a teoria da resiliência de Richardson (2002)
- O processo que leva à resiliência começa na nossa “zona de conforto” (estado de homeostase bio-psico-espiritual), ou seja, um estado de equilíbrio mental e físico.
-Posteriormente, quando um indivíduo carece de fatores de proteção adequados para protegê-lo contra fatores de stress, eventos de vida desfavoráveis e adversários, ocorre então uma perturbação do estado homeostático.
-Nesse momento, os indivíduos iniciam o processo de recuperação do equilíbrio e do bem-estar, após uma interrupção.
Neste processo existem 4 resultados possíveis:
-reintegração disfuncional
-reintegração homeostática
-reintegração com perdas
-reintegração resiliente
Quais são as 3 correntes relativas à noção de resiliência?
-corrente norte-americana
-corrente europeia
-corrente latino-americana
Descreve a corrente norte-americana relativa à noção de resiliência
Pragmática, centrada no indivíduo, avaliação da resiliência com dados observáveis e quantificáveis, com foco behaviorista ou ecológico transnacional.
A resiliência como produto da interação entre o sujeito e o meio onde está inserido.
Descreve a corrente europeia relativa à noção de resiliência
Perspetiva ética, foco psicoanalítico, valoriza a visão do sujeito na avaliação da resiliência: a resposta da pessoa é”tecida” a partir da dinâmica psicológica da pessoa, o que possibilita uma narrativa íntima e uma narrativa externa sobre a própria vida.
O que afirma a teoria da resiliência de Linkov, et al., (2013)?
-Um sistema resiliente é aquele que, quando perturbado, prepara, absorve, recupera e se adapta positivamente.
-Esta teoria sugere ainda que os fatores de proteção (e.g. capital social, apoios sociais e institucionais) são cruciais para ajudar os indivíduos a enfrentar e responder positivamente às adversidades que encontram nos seus ambientes.
-Os mecanismos de proteção são muito importantes porque fazem com que os indivíduos enfrentem bem os desafios imprevistos em casos em que outros facilmente desistiriam ou respondem negativamente.
Lee e Park (2002)
Reiteram que os estudantes que demonstram forte resiliência desenvolvem um ajustamento positivo a ambientes académicos novos e ameaçadores, como as instituições de ensino superior.
Tran et al., (2023)
A resiliência académica é um fator importante na gestão dos sintomas de burnout entre estudantes internacionais em universidades estrangeiras.
Uzoma et., (2002)
A resiliência académica está positivamente correlacionada com o desempenho académico - os alunos mais resilientes apresentam melhores mecanismos de enfrentamento em novos ambientes de aprendizagem.
Lytle e Shin (2022)
Reiteram que a resiliência é importante porque faz com que os alunos ganhem proteção contra questões desafiadoras que encontram nas universidades - aqueles que demonstram forte resiliência são capazes de ter melhores mecanismos de adaptação em novos ambientes.
Brittmann (2021)
Demonstrou que os alunos com desempenho académico mais elevado e satisfação com a vida elevada registam forte resiliência.
Kapikiran e Acun-Kapikiran (2016)
Argumentam que os alunos universitários com saúde mental estável são aqueles que demonstram resiliência elevada e isso faz com que desenvolvam competências para se ajustarem a novos ambientes de aprendizagem.
Tamannaeifa e Shahirzaei (2019)
Argumentaram que os alunos com melhores estilos de resposta aos desafios, focados na resolução de problemas, são aqueles que apresentam resiliência positiva. Além disso, os estudantes resilientes tendem a evitar o uso de estratégias de enfrentamento focados nas emoções quando enfrentam desafios difíceis em novos ambientes.
Dong et al., (2021)
Mostraram que o ajustamento e atenção plena entre os alunos do primeiro ano nas universidades depende fortemente da resiliência académica.
Maqsood et al., (2023)
Os estudantes resilientes são capazes de se envolver em atitudes positivas que, eventualmente, promovem a sua adaptação a circunstâncias desafiantes nas universidades.
Ershadi (2020)
Argumenta que o ajustamento ao trabalho escolar é determinado pelo nível de envolvimento académico e resiliência entre os alunos.