Condicionamento clássico Flashcards

(47 cards)

1
Q

O foco dos modelos comportamentais é..

A

nos comportamentos observáveis:
- o que a pessoa faz, como, quando…

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2
Q

Uma crítica que os modelos comportamentais apontam aos outros é…

A

a utilização de etiquetas diagnósticas. Nos modelos comportamentais não importa tanto o diagnóstico mas mais o comportamento observável.

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3
Q

Os modelos comportamentais procuram estabelecer relações funcionais entre…

A

variáveis do meio e comportamento, isto é, estímulos antecedentes, comportamento e consequentes.

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4
Q

Há uma ligação estreita entre avaliação e tratamento, isto é…

A

avaliação de variáveis do cliente (ex. motivação), do meio (e.g. apoio social) e do terapeuta (e.g. experiência) antes da seleção da estratégia terapêutica.

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5
Q

Estímulo incondicionado ou neutro (EI)

A

o que produz uma resposta natural, espontânea, esperada (resposta incondicionada)

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6
Q

Estímulo condicionado (EC)

A

Um estímulo que previamente era neutro mas que agora foi emparelhado, gerando uma resposta condicionada

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7
Q

Generalização do estímulo

A

produção de resposta condicionada a estímulos com algum grau de semelhança com o EC (quando > semelhança, > generalização)

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8
Q

Generalização da resposta

A

Realização de diferentes respostas ligadas entre si para o mesmo estímulo (RC de evitamento generalizada a dores de estômago, tonturas)

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9
Q

Discriminação

A

Só o EC desencadeia a RC, logo não há generalização

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10
Q

Extinção

A

Enfraquecimento da ligação ente EI e EC e consequente desaparecimento
da RC devido à apresentação repetida do EC sem o EI

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11
Q

Os 3 grandes pressupostos do condicionamento clássico são…

A
  1. explica grande parte das respostas
  2. se uma resposta é adquirida pelo CC então também pode ser revertida
  3. o comportamento mantem-se disfuncional pela resposta emocional e comportamento de evitamento
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12
Q

Inibição recíproca e contra-condicionamento

A

Procura-se enfraquecer uma resposta condicionada (e.g., medo de rato) provocado pela estimulação de uma resposta antagónica (e.g., apresentação de guloseimas na presença do rato)

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13
Q

Extinção ou habituação

A

Procura-se uma exposição repetida aos estímulos condicionados na ausência do
estímulo incondicionado, prevenindo qualquer resposta de evitamento

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14
Q

Princípios que deram origem às terapias de exposição

A

Inibição recíproca e contra-condicionamento
Extinção ou habituação

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15
Q

As terapias de exposição são tratamentos psicológicos que pretendem ajudar as pessoas a…

A

confrontar os seus medos em vez de os evitar

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16
Q

As terapias de exposição são úteis em…

A

fobias e perturbações de pânico, ansiedade social, POC, PTSD e ansiedade generalizada

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17
Q

Exposição gradual e mediatizada (também designada por dessensibilização sistemática) - qual o melhor inibidor recíproco segundo Joseph Wolpe?

A

relaxamento muscular

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18
Q

Exposição gradual e mediatizada (também designada por dessensibilização sistemática) - 3 componentes fundamentais

A
  1. treino de relaxamento muscular progressivo
  2. construção de hierarquias de cenas ansiogénicas
  3. apresentação da hierarquia com a resposta de relaxamento
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19
Q

O treino do relaxamento muscular promove…

A

a aprendizagem da resposta de relaxamento através da contração e descontração de vários grupos musculares

20
Q

Exposição gradual e mediatizada (também designada por dessensibilização sistemática) - a técnica de relaxamento muscular pode ser usada como forma de auto-controlo

21
Q

Exposição gradual e mediatizada (também designada por dessensibilização sistemática) - aspetos a ter em conta relativamente ao relaxamento muscular (3)

A
  1. que o estado de relaxamento persista após a indução
  2. expetativas do cliente têm um efeito considerável
  3. ao vivo é melhor que gravado
22
Q

Na apresentação emparelhada, podemos avançar para itens mais ansiogénicos mesmo que a ansiedade em níveis anteriores não seja ultrapassada.

23
Q

Na apresentação emparelhada, depois de apresentada cada cena e avaliada a ansiedade, induz-se o relaxamento e repete-se a cena (normalmente 3 exposições sem relatar ansiedade)

24
Q

Exposição gradual e mediatizada (também designada por dessensibilização sistemática) - controvérsias sobre os mecanismos subjacentes ao seu funcionamento (3)

A
  1. será o relaxamento fundamental? sem relaxamento é terapia de exposição gradual a qual também é eficaz
  2. resultados não estão associados ao uso de hierarquias e capacidade imagética, mas sem ela como é que se induz uma situação vívida na mente da pessoa?
  3. eficácia pode estar associada à aquisição de coping skills mais do que propriamente um contra-condicionamento
25
Exposição direta - o que é?
Exposição direta e prolongada, real ou imaginada, aos estímulos condicionados geradores das respostas emocionais mais intensas (mas inofensivos), impedindo evitamento ou qualquer resposta inibidora ou antagónica. Não é propriamente para criar uma resposta antagónica mas sim para a pessoa ver que não acontece nada com a exposição e perder a associação
26
Exposição direta - 2 tipos
1. imersão (exposição a cenas sintomáticas, como medo de aranhas) 2. implosão (exposição a cenas hipotéticas, como medo de morrer)
27
Hoje em dia o termo imersão (ou flooding em inglês) é generalizado para a exposição direta.
V
28
Terapias de exposição direta - 2 componentes
1. construção de cenas 2. exposição direta
29
Exposição direta - construção de cenas Através da análise dos medos e ansiedades do cliente (i.e., comportamento sintomático presente e acontecimentos traumáticos passados), o terapeuta procura identificar 4 grupos fundamentais de cenas...
1. cenas sintomáticas concretas (resposta sintomática) 2. cenas internas (elementos do discurso) 3. cenas hipotéticas 4. cenas dinâmicas (psicodinâmicas - morte, comportamento sexual...)
30
Exposição direta como componente da terapia - 4 aspetos
- Cliente é exposto às cenas, que são descritas de forma a provocar a maior intensidade emocional possível - Cliente tem de ser capaz de tolerar o stress (assim como terapeuta) - Não deve ser interrompida a meio, nem enquanto a ansiedade não diminuir (mas o cliente deve poder ter uma “exit strategy”, saber que pode parar, mas não deve) - Acompanhar o processo questionando as USD a cada 5-10 min
31
Exposição direta não parece ser perigosa e alguns estudos sugerem que pode ter efeitos mais prologados, principalmente em abordagem massiva
V
32
Alguma investigação aponta para a importância da ativação inicial do medo para o resultado da terapia, mas os resultados são controversos. Talvez não seja necessário expor os clientes a reações de medo extremas
V
33
Outras técnicas de exposição - através de RV : vantagens
Vantagens: custos, interatividade e segurança, flexibilidade. Treino em cenários difíceis de obter de forma real e com múltiplos níveis de dificuldade de modo a facilitar a aprendizagem
34
Outras técnicas de exposição - exposição com prevenção de resposta
Forma de terapia comportamental intensiva principalmente para perturbações obsessivo-compulsivas, que envolve exposição a situações ou pistas que desencadeiam os pensamentos recorrentes, intrusivos e perturbadores (obsessões) ou provocam comportamentos repetitivos (compulsões), seguidos da abstinência do comportamento compulsivo. Clientes encorajados a permanecer na situação que evoca medo até a necessidade de realizar o ritual desaparecer consideravelmente.
35
A exposição com prevenção de resposta usa tipicamente a exposição direta
Falso, exposição gradual
36
Evidência empírica mostra que a exposição com prevenção de resposta é apenas altamente eficaz no tratamento das perturbações obsessivo compulsivas.
Falso, outas também como fobias
37
Outras técnicas de exposição - exposição informal
Expor o cliente ao estímulo de forma informal, menos estruturada, durante a sessão. Por exemplo quando o terapeuta percebe que evita falar de algo "confronta-o" trazendo o assunto de volta.
38
Outras técnicas de exposição - exposição baseada em pistas
Muito utilizada no abuso de substâncias – apresentação de pistas ligadas ao consumo (e.g., mostrar fotos de drogas) sem consumo - enfraquece associação
39
Outras técnicas de exposição - ação oposta
Realizar uma ação oposta à habitual (numa situação de raiva, mostrar empatia em vez de gritar; ir à festa e falar com o maior número de pessoas...)
40
Outras técnicas de exposição - exposição interocetiva
Colocar a pessoa numa situação que gera os sintomas mas sem estar associado ao problema (ex. estimular a correr para subir o ritmo cardíaco)
41
A exposição interocetiva é particularmente utilizada na perturbação de pânico, mas adequada para problemas nos quais sensações corporais desconfortáveis estão relacionados com comportamentos de evitamento, escape ou perturbação excessiva
V
42
Exemplos de exercícios tipicamente usados na exposição interocetiva
- suster a respiração - respirar por uma palhinha - subir escadas - rodopiar
43
A aquisição de sintomas está mais relacionada com o condicionamento clássico, mas a manutenção é mais condicionamento operante
V, sem a "fase operante" seria de esperar a extinção
44
As terapias de exposição impedem a resposta de evitamento
V, criam espaço para a extinção
45
Mecanismos que explicam porque é que as terapias de exposição funcionam (4 conceitos-chave do condicionamento)
1. habituação (desaparecem as reações) 2. extinção (enfraquecem as associações) 3. autoeficácia (é capaz de os confrontar) 4. processamento emocional (liga a novas crenças, mais realistas)
46
outras técnicas de exposição - EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing)
Recria o que acontece naturalmente durante o sono na fase REM (Rapid Eye Movement) – quando o cérebro processa as experiências do dia-a-dia Reprocessamento de pensamentos, imagens perturbadoras através de estímulos. Sensoriais (movimentos oculares)
47
Estudos científicos indicam que EMDR é muito eficiente e que os resultados são duradouros (dezenas de RCTs mostram efeitos no tratamento de trauma)
V