Modelos sistémicos Flashcards
(180 cards)
1
Q
O conceito de família em sistémicas não pode incluir a família extensa ou alargada, i.e. , várias gerações
A
F
2
Q
O conceito de família em sistémicas pode incluir um conjunto de elementos significativos, i.e., amigos, professores, vizinhas, etc
A
V
3
Q
Uma família é um conjunto de elementos emocionalmente ligados
A
V
4
Q
A simples descrição dos elementos de uma família serve para transmitir a riqueza e complexidade relacional desta estrutura
A
F
5
Q
Uma família é um sistema porque é composta por elementos que estabelecem relações entre si.
A
V
6
Q
Uma família é um sistema porque contém subsistemas (individual, conjugal, parental, filial…) e é contida por diversos
outros sistemas, ou suprassistemas (comunidade escolar, profissional, meio sociocultural…) todos eles ligados de forma hierarquicamente organizada.
A
V
7
Q
Uma família é um sistema porque não possui limites ou fronteiras que a distinguem do seu meio.
A
F
8
Q
Podemos delimitar uma família pela história, o que une os membros, rituais, datas importantes, rituais, mentiras, segredos, como se projeta no futuro…
A
V
9
Q
Propriedades axiomáticas do sistema familiar (6)
A
Interação circular
Totalidade
Hierarquia sistémica
Princípio hologramático
Equifinalidade
Organização
10
Q
Qual a propriedade do sistema familiar:
Acção recíproca que modifica o comportamento ou a natureza dos elementos.
A
Circularidade
11
Q
Qual a propriedade do sistema familiar: um comportamento não pode ser explicado por uma forma causal, mas sim entendido no contexto das relações da família (o que cada um pensa/perceciona cada uma das relações entre cada um dos membros da família)
A
Circularidade
12
Q
Qual a propriedade do sistema familiar: O comportamento de um elemento não é suficiente para explicar o comportamento de um outro elemento e vice-versa.
A
Circularidade
13
Q
Qual a propriedade do sistema familiar: Para podermos compreender o que acontece a um dos elementos da família é necessário que cada um dos comportamentos seja equacionado no jogo complexo de implicações que o liga aos restantes.
A
Circularidade
14
Q
Qual a propriedade do sistema familiar: Afirmar que o comportamento de um indivíduo é causa do comportamento de um outro indivíduo é um erro epistemológico (é aplicar um modelo conceptual ultra-simplificado que artificialmente reduz a complexidade da realidade a relações lineares de causa-efeito).
A
Circularidade
15
Q
Qual a propriedade do sistema familiar: dizer que uma criança é má na escola porque a família não a educou adequadamente é um erro epistemológico
A
Circularidade
16
Q
Nos modelos sistémicos procuramos uma teoria sobre o funcionamento da família
A
F, Nao queremos uma teoria única sobre o funcionamento da família. O objetivo é fazer surgir tantas mais quantas possíveis hipóteses/teorias sobre a família.
17
Q
Questões circulares procuram interpretações causais
A
F, Evitam interpretações causais lineares
18
Q
Questões circulares evidenciam as ligações entre os diversos subsistemas
familiares
A
V
19
Q
Questões circulares salientam a diferença entre as perspetivas dos diversos elementos da família
A
V
20
Q
As perguntas circulares obrigam a sair da perspetiva individualista e a pessoa a colcoor-se na posição da interação. Não importa a resposta, mas sim o processo.
A
V
21
Q
As perguntas circulares procuram ter acesso às várias perspetivas sobre o mesmo facto, mas também à consonância/desacordo entre cada membro.
A
V
22
Q
Numa pergunta circular está sempre presente um outro membro da família.
A
V
23
Q
Numa pergunta circular questiona-se o que pensa do problema.
A
F, assim vamos ter respostas de causalidade linear
24
Q
“Imagine que amanhã quando acordasse todas as dificuldades tinham desaparecido. Como é que notaria que as coisas estavam diferentes.” - isto é um exemplo de uma questão…
A
milagre
25
As questões milagre são uma forma de ativar uma possível solução
V
26
Qual a propriedade do sistema familiar: princípio da Gestalt
Totalidade
27
Qual a propriedade do sistema familiar: uma família é mais que o somatório das personalidides de cada pessoa. É o que resulta da interação entre cada membro.
Totalidade
28
Princípio do sistema familiar que possui 3 grandes propriedades (emergência, não somatividade e Impossibilidade de estabelecimento de relações unilaterais)
Totalidade
29
O princípio da totalidade divide-se em 3 grandes propriedades...
- emergência
- não somatividade
- Impossibilidade de estabelecimento de relações unilaterais
30
Qual a propriedade do sistema familiar:
O todo é a globalidade que implica o aparecimento de qualidades que não possuem as suas partes.
Totalidade (emergência)
31
Qual a propriedade do sistema familiar: A vida da família é algo mais do que a soma das vidas individuais do seus componentes, pelo que tem sentido observar a interacção e equacionar o seu desenvolvimento como sistema total.
Totalidade (não somatividade)
32
Qual a propriedade do sistema familiar: O comportamento de cada um dos membros da família é indissociável do comportamento dos restantes e aquilo que lhe acontece afecta a família no seu conjunto.
Totalidade (impossibilidade de estabelecimento de relações unilaterais)
33
Qual a propriedade do sistema familiar: torna-se importante analisar o comportamento individual no contexto em que o mesmo ocorre, passando o foco de análise a ser necessariamente ecossistémico.
Totalidade (impossibilidade de estabelecimento de relações unilaterais)
34
Qual a propriedade do sistema familiar: Ao desempenhar diferentes papéis, os elementos de um sistema participam e pertencem a diferentes sistemas
Hierarquia sistémica
35
Qual a propriedade do sistema familiar: Dentro do sistema fraternal, os membros são também netos, alunos, amigos, cidadãos…
Hierarquia sistémica
36
Qual a propriedade do sistema familiar : As fronteiras dos vários sistemas são permeáveis, i.e., permitem a passagem selectiva da informação.
Hierarquia sistémica
37
Qual a propriedade do sistema familiar: A compreensão de dado sistema (desde o individual ao mais alargado) obriga à análise das relações horizontais (que ocorrem dentro do mesmo sub-sistema) e verticais (que acontecem entre sub-sistemas)
Hierarquia sistémica
38
Qual a propriedade do sistema familiar: Temos de saber o que se passa ao nível em cada sistema e como interagem entre si os sistemas.
Hierarquia sistémica
39
Qual a propriedade do sistema familiar: Podemos reconhecer uma família num indivíduo. As qualidades emergentes do todo reaparecem na parte também.
Princípio hologramático
40
Qual a propriedade do sistema familiar: As qualidades/carateristicas/dinâmicas emergem no indivíduo. Esta trangeracionalidade é transportada, seja por identificação ou contra-indentfiicação; a família de origem serviu inevitavelmente de modelo.
É o princípio que permite fazer terapia sistémica com uma só pessoa.
Princípio hologramático
41
Qual a propriedade do sistema familiar: O indivíduo é, por um lado, uma parte da família e da comunidade a que pertence. Por outro lado, nele habita e reconhece-se essa mesma família e essa mesma comunidade.
Princípio hologramático
42
Qual a propriedade do sistema familiar: O que conhecemos sobre as qualidades emergentes do todo, reaparece nas partes.
Princípio hologramático
43
Qual a propriedade do sistema familiar: Podemos assim, trabalhar sistemicamente apenas com uma pessoa, tendo como objectivo ajudá-la a compreender o que de si está no todo e o que do todo está em si, bem como pensar com ela de que forma é que esse circuito de interacções lhe permite, ou não, desenvolver-se de forma gratificante
Princípio hologramático
44
Qual a propriedade do sistema familiar: diferentes pontos de partida podem culminar no mesmo resultado. E o “mesmo” ponto de partida pode culminar em resultados diferentes.
Equifinalidade
45
Qual a propriedade do sistema familiar: Um mesmo objectivo pode ser atingido a partir de condições iniciais diferentes ou através de caminhos diferentes, i.e., a condições iniciais idênticas podem corresponder resultados diferentes e vice- versa.
Equifinalidade
46
Qual a propriedade do sistema familiar: Em termos práticos, esta propriedade leva-nos a relativizar a noção de risco e a dar particular realce à noção de resiliência, individual e familiar.
Equifinalidade
47
Qual a propriedade do sistema familiar: O desfecho negativo perante a adversidade não é inevitável, depende de vários fatores (fatores protetores).
Equifinalidade
48
Qual a propriedade do sistema familiar: Conjunto de relações que constituem o edifício familiar nos seus componentes básicos.
Organização
49
Termo em sistémica que designa: Conjunto de relações que se estabelecem em cada etapa da vida da família e que lhe vão conferindo configurações particulares sem nunca lhe modificar a identidade básica
Estrutura familiar
50
Termo em sistémica que designa: O que flui, o que se passa entre os subsistemas. Tem alguma rigidez mas evolui ao longo do tempo, ao longo do crescimento e dos eventos.
Estrutura familiar
51
Imagem que podemos ter do funcionamento deste grupo tendo em conta os seguintes parâmetros: “quem, com quem, para fazer o quê, como, quando e onde?"
Estrutura familiar
52
Numa família se a mãe diz “sempre que eu não estou é a vossa irmã que toma conta de vós”, vemos existir uma criança parentificada que partilha o sub-sistema executivo, enquanto que o sub-sistema fraternal engloba as outras crianças.
Estrutura familiar
53
Tipos de subsistemas familiares(4 exemplos)
Parental
Conjugal
Filial
Individual
54
Linhas divisórias que permitem regular a passagem de informação entre a família e o meio, assim como entre os diversos sub- sistemas.
Limites ou Fronteiras
55
visam proteger a diferenciação do sistema e dos seus membros.
Limites ou fronteiras
56
Quem faz o quê? de quem é a responsabilidade de …?
Os sistema é definido pelas funções desempenhadas e que as diferenciam dos outros sistemas.
Limites ou fronteiras
57
Que tipo de limite é este:
Delimitam o espaço e as funções de cada
membro ou sub-sistema, permitindo, contudo, a troca de influências entre os mesmos.
Claro
58
Que tipo de limite é este: há previsibilidade; cada membro sabe com o que é que pode contar, que funções cada membro tem.
Claro
59
Que tipo de limite é este: Marcados por uma enorme
permeabilidade que põe em risco a diferenciação entre os sub-sistemas.
Difusos
60
Que tipo de limite é este: Dificultam a comunicação e a
compreensão recíprocas.
Rígidos
61
Que tipo de limite é este: Não há trocas de afeto nem verbais, nem flexibilidade; as pessoas vivem de forma afastada.
Rígido
62
Com base nos tipos de limites, as famílias situam-se num contínuo entre o tipo (...) ao tipo (...).
emaranhado
desmembrado
63
A partir da diferenciação e permeabilidade dos limites, as famílias podem ser situadas num continuum que vai de um polo _1_ (fronteiras difusas) a um polo _2_ (fronteiras rígidas).
1. emaranhado
2. desmembrado
64
A partir da diferenciação e permeabilidade dos limites, as famílias podem ser situadas num continuum que vai de um polo emaranhado (fronteiras _1_) a um polo desmembrado (fronteiras _2_).
1. difusas
2. rígidas
65
Tipo de família: Dominadas por movimentos centrípetos e pelo mito da unidade familiar.
Emaranhada
66
Tipo de família: famílias com muita dificuldade no processo de independência; a emancipação é vista com dificuldade e ansiedade; há excessiva interferência na vida de cada um, há pouco espaço apra crescimento.
Emaranhada
67
Tipo de família: Exagerado nível de intercâmbios e de preocupações entre os diferentes elementos, misturando as fronteiras entre gerações, subsistemas e indivíduos.
Emaranhada
68
Tipo de família: Não é claro o papel de cada um, a não ser cuidar uns dos outros.
Emaranhada
69
Tipo de família: O sofrimento de um dos membros tem uma repercussão imediata no comportamento dos restantes.
Emaranhada
70
Tipo de família: As dores do crescimento são entendidas como uma falha do sistema. Há uma dramatização dos problemas. O sofrimento de um é o sofrimento de todos.
Emaranhada
71
Tipo de família: Solicitações de autonomia são vistas como faltas de lealdade para com o sistema familiar.
Emaranhada
72
Tipo de família: Os membros vivem virados uns para os outros
Emaranhada
73
Tipo de família: O movimento não é para dentro, mas para fora. Os membros funcionam de forma individualista, mas não é uma verdadeira autonomia
Desmembrada
74
Tipo de família: Estabelecem fronteiras excessivamente rígidas no seu interior, numa profusão de movimentos centrífugos.
Desmembrada
75
Tipo de família: Comunicação difícil entre os subsistemas e função de protecção da família diminuída.
Desmembrada
76
Tipo de família: Membros funcionam de forma individualista, num registo que não é de verdadeira autonomia mas antes de cut-off emocional: precocemente expulsa para a vida social, a nova geração não foi adequadamente socializada.
Desmembrada
77
Não existe uma diferença qualitativa entre famílias funcionais e disfuncionais: todas as famílias se situam num continuum.
V
78
É possível encontrar, numa família funcional, períodos de maior emaranhamento ou de maior desmembramento, adaptados à etapa do ciclo vital em que a família se encontra.
V
79
Numa mesma família podem existir diferentes tipos de limites entre os vários sub-sistemas ou elementos.
V
80
É fundamental, na apreciação do grau de emaranhamento ou de desmembramento de uma família, situá-la no contexto cultural de que faz parte, assim como na sua história familiar.
V
81
5 axiomas da comunicação humana
1. é impossível não comunicar
2. Toda a comunicação tem conteúdo e relação.
3. depende da pontuação das sequências
4. utilizam-se dois modos de comunicar: o verbal/digital e o não verbal/analógico.
5. Toda a troca de comunicação é simétrica ou complementar, consoante se baseia na igualdade ou na diferença
82
Qual o axioma da comunicação: Todo o comportamento é comunicação e toda a comunicação afecta o comportamento.
é impossível não comunicar
83
Qual o axioma da comunicação: Atividade ou inatividade, palavras ou silêncio, tudo possui um valor de mensagem.
é impossível não comunicar
84
Qual o axioma da comunicação: Qualquer mensagem tem 2 níveis: o informativo e um nível metacomunicativo (o tom, a entoação… o qual dá indicação do objetivo da mensagem).
Conteúdo e relação
85
Qual o axioma da comunicação: Comunicação paradoxal: o conteúdo e a relação são contraditórios – origem das dificuldades de comunicação.
Conteúdo e relação
86
Qual o axioma da comunicação: Por exemplo, uma criança entrega ao pai o boletim escolar, cujas notas são negativas. O pai diz: “Para a próxima fazes melhor”.
Conteúdo e relação:
* O conteúdo não definiu claramente o tipo de relação entre pai e filho.
* O tom em que a frase é pronunciada, dirá muito mais acerca da relação, consoante transmita ameaça ou encorajamento.
87
Qual o axioma da comunicação: Modo como os parceiros decompõem a sua comunicação numa sequência de acontecimentos.
Pontuação
88
Qual o axioma da comunicação: Ponto de vista que cada parceiro tem sobre o seu comportamento e sobre o do seu parceiro.
Pontuação
89
Qual o axioma da comunicação: ela foge porque ele agride, ele agride porque ela foge.
Pontuação
90
Qual o axioma da comunicação: Por exemplo, na família anterior a mãe da adolescente associava-se verbalmente aos comentários do pai, agredindo verbalmente a filha. Mas, ao mesmo tempo, trocava breves sorrisos de conivência com ela, às escondidas do pai.
Comunicação digital e analógica:
Assim, o conteúdo digital desenhava uma pseudo-aliança entre os pais, enquanto que o conteúdo analógico desmentia uma tal fachada e definia as relações de uma forma completamente diferente – coligação filha-mãe contra o pai
91
Qual o axioma da comunicação: quando a relação visa a igualdade, de tal forma que o comportamento de um se torna o reflexo do outro. Rivalidade, competição por minimização das diferenças.
Simetria e complementaridade (neste caso simetria)
92
Qual o axioma da comunicação: quando a relação visa a diferença, de tal forma que o comportamento de um se torna o “complemento” do outro. Solidariedade por maximização das diferenças.
Simetria e complementaridade (neste caso complementaridade)
93
Na interação complementar podemos distinguir 2 posições...
1. one-up: o indivíduo dirige e detém a responsabilidade da interação
2. o sujeito ajusta-se ao comportamento do outro e responde à sua iniciativa.
94
Axioma da complementaridade: posição one-up ou one-down?
o indivíduo dirige e detém a responsabilidade da interação
one-up
95
Axioma da complementaridade: posição one-up ou one-down?
o sujeito ajusta-se ao comportamento do outro e responde à sua iniciativa.
One-down
96
Qual o axioma da comunicação:
Luís pede à esposa que lhe corrija um relatório, acha que a esposa lhe pode fazer uma revisão segura. Esta faz e depois, mostra ao marido as correções propostas. Este aceita-as, à excepção de uma em que acha que o sentido fica alterado pela correcção. Conversam sobre isso e a mulher concorda com a perspetiva
Simetria e complementaridade, neste caso complementaridade porque demonstra os processos de one-down e one-up
97
Os modelos sistémicos assentam sobre 2 grandes pilares...
- teoria geral dos sistemas
- cibernética
98
Qual dos pilares dos modelos sistémicos: Na década de 40 Ludwig von Bertalanffy formula um conjunto de princípios válidos para diferentes sistemas, fossem eles biológicos, físico-químicos ou sociais
Teoria geral dos sistemas
99
Qual dos pilares dos modelos sistémicos: O todo é mais do que a soma das partes
Cibernética
100
Nos modelos sistémicos a mudança assenta sobre o pilar _1_ que assenta por sua vez sobre 2 grandes processos _2_
1. da cibernética
2. retroação positiva e negativa
101
A forma como a Sistémica concetualiza a mudança tem origem na teoria geral dos sistemas
F, na cibernética
102
Tipo de retroação: Mecanismo de regulação que permite, de forma autocorretiva, manter o sistema estável
negativa
103
Tipo de retroação: Corrige o efeito dos fatores, internos ou externos ao sistema, que poderiam modificar o seu equilíbrio
negativa
104
Tipo de retroação: Esta estabilidade não é sinónimo de imobilidade. Os movimentos autocorretivos implicam sempre uma certa mudança que, no entanto, não introduz alterações qualitativas no sistema
negativa
105
Tipo de retroação: Mecanismo que amplifica as mudanças que ocorrem no sistema
positiva
106
Tipo de retroação: Introduz no funcionamento do sistema, a noção de mudança qualitativa, possibilitando-lhe o crescimento e a criatividade, i.e., permitindo-lhe atingir um nível maior de complexidade
positiva
107
1ª ou 2ª cibernética: Feedback negativo responsável pela introdução de informação autocorretiva conducente ao equilíbrio do sistema = homeostase
1a
108
1a ou 2a cibernética: Em termos familiares, redundâncias (comportamentos repetidos) e regras que procuram estabilizar o sistemas.
1a
109
1a ou 2a cibernética: diz que a família funciona com movimento no sentido de voltarem sempre a um estado inicial; porém o estado inicial não é rígido nem sempre exatamente igual.
1a
110
1a ou 2a cibernética: concetualização da família como homeostática
1a
111
1a ou 2a cibernética: foco no problema trazido a terapia
1a
112
Tipo de retroação: desenvolvimento de um conjunto de modificações que conduzem à transformação do sistema = morfogénese.
positiva
113
1a ou 2a cibernética:
o sintoma é uma resposta criativa de um sistema incapaz de realizar o movimento de morfogénese exigido pela crise, dada a rigidificação do seu funcionamento homeostático.
1a
114
1a ou 2a cibernética: o sintoma = Predomínio do feedback negativo: pequenos ajustes ineficazes para a transformação necessária.
1a
115
1a ou 2a cibernética: Sintoma permite ao sistema conciliar dois aspetos aparentemente inconciliáveis: a afirmação da manutenção e a solicitação da mudança.
1a
116
1a ou 2a cibernética:
Valor comunicacional paradoxal (pedido de mudança para a não mudança): “está tudo bem connosco, apenas X precisa de mudar”
1a
117
1a ou 2a cibernética: a família acredita que é preciso mudar o problema apenas, para que volte tudo ao estado anterior.
1a
118
1a ou 2a cibernética: Ao focalizar o pedido de mudança num problema concreto e num indivíduo singular (PI ou paciente identificado), o sistema evita uma mudança no sistema familiar.
1a
119
1a ou 2a cibernética: Sintoma como sinal de disfuncionamento de todo o sistema, mas também resposta criativa.
1a
120
1a ou 2a cibernética: olhar para o aqui e agora, o que se passa no momento, e o terapeuta tendo em conta a observação dos mecanismos da família, faz uma hipótese sistémica e tenta consertar o problema.
Ou seja: atua-se sobre a parte da família que está em disfuncionamento.
1a
121
1a ou 2a cibernética :
Objetivo do terapeuta era reconduzir a família a um funcionamento homeostático não sintomático.
1a
122
1a ou 2a cibernética: Família considerada como uma realidade objetivável e o seu observador entendido como
alguém neutro capaz de descortinar as razões do seu disfuncionamento.
1a
123
1a ou 2a cibernética:
Os sistemas humanos são bem mais complexos do que os químicos e físicos, têm dimensões como: tempo, história, aprendizagens, identidades…
2a
124
1a ou 2a cibernética:
damos mais valor às exceções e ao acaso; procuram-se potencialidades na família que possam ser exploradas para as desenvolver. Dá-se muita atenção à história/narrativa/identidade da família
2a
125
1a ou 2a cibernética: Não é uma lógica de atuação no aqui e agora, é mais no contexto social e histórica e na caraterística aberta do sistema família.
2a
126
1a ou 2a cibernética: Maior ênfase na interação entre as retroações negativas e positivas, i.e., entre as tendências do sistema para a morfostase ou morfogénese: reconhecimento das potencialidades evolutivas do sistema.
2a
127
1a ou 2a cibernética: Os processos supostos por Maruyama são tais que os efeitos de um acontecimento inicial de menor importância (kick) podem ver-se reduzidos, ou anulados, ou, antes, ampliados pelo predomínio de retroações positivas, conduzindo a uma divergência crescente das condições iniciais.
2a
128
1a ou 2a cibernética: Uma pequena ou insignificante diferença entre dois membros de uma família, por exemplo entre duas crianças, pode representar o começo, o kick, de um aumento da diferença (...) que pode levar ao desenvolvimento de duas histórias, dois destinos, completamente divergentes
2a
129
1a ou 2a cibernética: papel do terapeuta - o que acontece em consulta é sempre um processo de co-construção.
2a
130
1a ou 2a cibernética: Não há um observado sem um observador, sendo que o resultado da observação é sempre uma construção resultante da interação recursiva entre o que observa e o que é observado.
2a
131
Mudança de 1a ou 2a ordem:
Predominância do feedback negativo (correção dos desvios)
1a
132
Mudança de 1a ou 2a ordem: Mudança quantitativa: afeta algumas relações entre os elementos do sistema.
1a
133
Mudança de 1a ou 2a ordem:
Adaptações quotidianas que a família realiza para responder a acontecimentos banais (mudanças de horário escolar ou profissional, visitas inesperadas, doenças breves...)
1a
134
Mudança de 1a ou 2a ordem: Predominância do feedback positivo (ampliação dos desvios dando origem a uma nova estrutura)
2a
135
Mudança de 1a ou 2a ordem: Mudança qualitativa: implica alterações inequívocas nas regras básicas e na estrutura do sistema.
2a
136
Mudança de 1a ou 2a ordem: Mudança inevitável na passagem das diferentes etapas do ciclo vital ou no enfrentar de crises.
2a
137
1a ou 2a cibernética: morfostase
1a
138
1a ou 2a cibernética: estabilidade
1a
139
1a ou 2a cibernética: Sintoma = reforço da homeostasia patológico
1a
140
1a ou 2a cibernética: Morfogénese
2a
141
1a ou 2a cibernética: Transformação
2a
142
1a ou 2a cibernética: Sintoma = ponto de bifurcação, momento de extrema instabilidade necessário à transformação do sistema
2a
143
1a ou 2a cibernética: Observação das redundâncias e das regras
1a
144
1a ou 2a cibernética: Valorização do aspeto pragmático
1a
145
1a ou 2a cibernética: Leitura mecanicista: sistema como entidade observável e terapeuta com entidade neutra
1a
146
1a ou 2a cibernética: Observação do acaso
2a
147
1a ou 2a cibernética: Valorização do aspeto semântico
2a
148
1a ou 2a cibernética: Leitura pós-moderna: sistemas observantes
2a
149
1a ou 2a cibernética: Epistemologia construtivista que questiona os conceitos de verdade, objetividade e realidade
2a
150
1a ou 2a cibernética: Construcionismo social: realidade como construção social do terapeuta e da família, criada na intersubjetividade da linguagem.
2a
151
1a ou 2a cibernética: a linguagem é a forma de expressão da realidade, e a realidade existe na medida em que ela é nomeada; e não é neutra, existe num tempo e num espaço.
2a
152
1a ou 2a cibernética: não se preocupa com o papel da imprevisibilidade, nem do tempo, nem da linguagem.
1a
153
Quando pretendemos intervir num dado problema psicológico a primeira coisa a fazer é situar em que ponto estamos do ciclo vital da família.
V
154
O que é: Período constituído pelos momentos mais significativos da vida familiar, no qual existem zonas de particular instabilidade, correspondentes a mudanças na organização da família, por si só geradoras de desequilíbrios momentâneos a que a família tem de dar resposta, de modo a atingir uma nova organização.
Ciclo vital
155
Cada etapa do ciclo vital é caraterizado por 2 grandes aspetos...
1.Processo emocional de transição
2. Mudanças necessárias ao processo de desenvolvimento (mudanças tipo2)
156
Formação do casal: processo emocional de transição
compromisso com o novo sistema
157
Formação do casal: mudanças necessárias ao processo de desenvolvimento (2)
- formação do novo sistema conjugal (expetativas, quem faz o que e como, o que os distingue como casal, como é que sabem que são um casal, como é que os outros sabem que são um casal… etc.)
- realinhamento das relações com as famílias de origem e os amigos de modo a incluir o cônjuge
158
Família com filhos pequenos: processo emocional de transição
aceitação no sistema dos membros da nova geração
159
Família com filhos pequenos: mudanças necessárias ao processo de desenvolvimento (3)
- ajustamento do subsistema conjugal: criar espaço para o(s) filho(s)
- assumir papéis parentais
- reajustamento das relações com as famílias de origem a fim de
nelas incluir os papéis parentais e os avós
160
Família com filhos adolescentes: processo emocional de transição
flexibilização dos limites familiares de modo a aceitar a independência dos filhos
161
Família com filhos adolescentes: mudanças necessárias ao processo de desenvolvimento (3)
- mudança nas relações pais-filhos; possibilitar aos filhos as entradas e saídas no sistema
- recentrar nos aspectos da vida conjugal da meia-idade e das carreiras profissionais
- início da função de suporte à geração mais velha (geração sanduíche)
162
Família com filhos adultos: processo emocional de transição
aceitação de múltiplas entradas e saídas no sistema
163
Família com filhos adultos: mudanças necessárias ao processo de desenvolvimento (4)
- renegociação do subsistema conjugal como díade
- desenvolvimento de relações adulto-adulto entre os jovens e os pais
- realinhamento de relações para incluir os parentes por afinidade e os netos
- necessidade de lidar com as incapacidades e morte dos pais (avós)
164
Empty nest: processo emocional de transição
aceitação da mudança dos papéis geracionais
165
Empty nest: mudanças necessárias ao processo de desenvolvimento (4)
- manutenção de interesses, próprios e/ou de casal; exploração de novas opções familiares e sociais
- papel de destaque da geração intermédia (filhos)
- aceitação da experiência e sabedoria dos mais velhos; suporte da geração mais velha sem super-protecção
- aceitação da perda do cônjuge, irmãos e outros da mesma geração; preparação para a morte; revisão e integração da própria vida
166
Uma família que procura ajuda é um sistema cujo processo de desenvolvimento se encontra bloqueado, i.e, que não consegue, por si próprio, criar alternativas que lhe possibilitem dar resposta às dificuldades que enfrenta.
V
167
A Terapia Familiar é um método psicoterapêutico que utiliza como meio de intervenção sessões conjuntas com os elementos de uma família, entendida no sentido lato.
V
168
A Terapia Familiar Sistémica considera que a família é um sistema, i.e., um conjunto de elementos ligados por um conjunto de relações, em contínua relação com o exterior e mantendo o seu equilíbrio ao longo de um processo de desenvolvimento, percorrido através de várias fases.
V
169
A abordagem sistémica trabalha com 2 eixos...
- eixo horizontal - aqui e agora
- eixo vertical - transgeracional
170
Qual dos eixos da terapia sistémica: inclui o estudo na sessão dos padrões de interacção da família em terapia, bem como o modo como o grupo familiar lida com as dificuldades da sua vida.
Eixo horizontal ou do aqui e agora
171
Qual dos eixos da terapia sistémica: se trabalham os mitos, papéis, expectativas e lealdades herdados de gerações anteriores, bem com a autonomia e diferenciação de cada elemento face à sua própria família de origem
Eixo vertical ou transgeracional
172
A terapia familiar sistémica é muito diferente da psicoterapia individual tradicional, porque substitui o o modelo causal, unifactorial, por um modelo circular e multifactorial.
V
173
A terapia familiar sistémica é muito diferente da psicoterapia individual tradicional porque não centra a patologia num conflito intrapsíquico ou defeito na estrutura psicológica, considerando-a antes como uma disfunção do sistema em causa.
V
174
A terapia familiar sistémica é muito diferente da psicoterapia individual tradicional porque não tem como objectivo promover discernimentos sobre a vida de cada um, mas sim o de conseguir modificações nos processos de comunicação e modelos de interacção.
V
175
Na terapia familia sistémica deve evitar-se dar conselhos
V
176
Na terapia familia sistémica deve evitar-se interpretar
V
177
Na terapia familia sistémica deve evitar-se ocultar a intervenção
V
178
Na terapia familia sistémica deve evitar-se refletir em silêncio
F, voz alta
179
Na terapia familia sistémica deve evitar-se desafiar ideias
F
180
Na terapia familia sistémica deve evitar-se perguntar porquê
V
