Conferência 4 - Cefaleias primárias Flashcards

(40 cards)

1
Q

Quais são as principais cefaleias primárias?

A
  • Enxaqueca (migrânea)
  • Tensional
  • Cefaleia em Salvas (cluster headache)
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2
Q

No quesito frequência, quais são as enxaquecas mais prevalentes?

A
  1. Tensional
  2. Enxaqueca migrânea (40-70%)
  3. Cefaleia em salvas (rara)
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3
Q

Qual cefaleia primária é ligada a história familiar?

A

enxaqueca (migrânea)

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4
Q

Quais são os fatores precipitantes de cada cefaleia primária?

A
  • Enxaqueca: clima, estresse, alimentos, período menstrual
  • Tensional: estresse
  • Cefaleia em salvas: álcool
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5
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Localização

A
  • Enxaqueca: frontotemporal unilateral
  • Tensional: Bilateral, holocraniana
  • Cefaleia em salvas: periorbitária unilateral
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6
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Localização

A
  • Enxaqueca: frontotemporal unilateral
  • Tensional: Bilateral, holocraniana
  • Cefaleia em salvas: periorbitária unilateral
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7
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Características

A
  • Enxaqueca: Pulsátil
  • Tensional: Opressiva
  • Cefaleia em salvas: “em facadas”
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8
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Intensidade

A
  • Enxaqueca: Moderada a grave
  • Tensional: Leve a moderada
  • Cefaleia em salvas: Insuportável
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9
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Duração

A
  • Enxaqueca: 4-72h
  • Tensional: 30 min - 7 dias
  • Cefaleia em salvas: 15 - 180 min
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10
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Período

A
  • Enxaqueca: Manhã ou final da tarde
  • Tensional: Final da tarde
  • Cefaleia em salvas: Noturno
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11
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Apresentação do paciente

A
  • Enxaqueca: prefere repousar em ambiente calmo e com pouca luz
  • Tensional: A cefaleia nao impede as atividades
  • Cefaleia em salvas: Muito agitado
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12
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Aura

A
  • Enxaqueca: Sim (em 20%)
  • Tensional: Não
  • Cefaleia em salvas: Não
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13
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Outros possíveis achados

A
  • Enxaqueca: Náuseas e vômitos; fotofobia;
  • Tensional: Hiperestesia e hipertonia da musc pericrâniana
  • Cefaleia em salvas: Hiperemia conjutival, lacrimejamento, congestão nasal, sudorese facial, miose, ptose/edema palpebral
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14
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Tratamento abortivo da dor

A
  • Enxaqueca: Triptanos (leva a vasoconstrição preferencial dos vasos cerebrais e meníngeos) - o mais utilizado é o sumatriptano
  • Tensional: Analsésicos comuns ou AINE
  • Cefaleia em salvas: Triptanos + oxigênio (+ RM ou TC no primeiro episódio para diag diferencial)
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15
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Tratamento profilático

A
  • Enxaqueca: Betabloqueadores (propanolol ou atenolol)
  • Tensional: Antidepressivo tricíclico
  • Cefaleia em salvas: Verapamil
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16
Q

Em relação a dor de cada cefaleia, responda:

Quais são as indicações para tratamento profilático

A
  • Enxaqueca: ≥ 3 a 4 crises/meses
  • Tensional: cefaleia ≥ 15dias/mes
  • Cefaleia em salvas: SEMPRE
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17
Q

Esta história abaixo deverá ser utilizada para que você responda
aos dois primeiros casos clínicos:

Mulher, 30 anos, dá entrada no posto de saúde queixando-se de
dor de cabeça há aproximadamente cinco horas.

Apresenta-se abalada emocionalmente e relata um
desentendimento recente com o seu namorado. Nega uso de
medicamento prévio.

Refere dor de forte intensidade, latejante, em região
frontotemporal esquerda. Já apresentou três episódios de
vômitos e continua com náuseas. Sua dor iniciou logo após
almoço em famosa churrascaria da cidade, e foi precedida por
dormências em membros superiores. O exame físico e
neurológico não apresenta anormalidades. A história pregressa
mostra eventos semelhantes no passado e sua mãe diz que
quando era mais nova tinha muita “dor de cabeça”,
principalmente durante a menstruação.

1) Qual é seu provável diagnóstico?

A

Migrânea com aura.

18
Q

Refere dor súbita de forte intensidade, em hemicrânio esquerdo,
com náuseas e vômitos. Há aproximadamente uma semana
apresentou episódio semelhante, porém de menor duração. A
história pregressa mostra vários episódios de cefaleia, mas não
como esses dois últimos. O médico do posto de saúde, em
consulta de 5min, faz o diagnóstico de enxaqueca sem aura,
sendo liberada para casa com prescrição de dipirona sódica 500
mg – VO – de 6/6h. No dia seguinte à consulta no posto de
saúde, apresenta alteração do estado de consciência, vômitos e
crise convulsiva, sendo levada ao pronto-socorro. Após cerca de
2h na emergência, desenvolve insuficiência respiratória e evolui
para óbito. Pergunta-se:

1) Qual é a sua hipótese diagnóstica principal?

A

Hemorragia subaracnoide.

19
Q

Uma jovem de 22 anos teve o diagnóstico de enxaqueca
clássica definida por um especialista em cefaleias primárias. Um
dos critérios diagnósticos que poderia estar presente na
paciente seria:

a) Crises álgicas com duração de duas a três horas, caso não
esteja em tratamento.
b) Início da cefaleia cerca de quatro horas após o aparecimento
de escotomas.
c) Presença de manifestações disautonômicas, como
lacrimejamento.
d) Agravamento do quadro álgico ao subir escadas.

A

A enxaqueca clássica tem duração de 4 a 72h (A errada). Os
pródromos, nesta doença, precedem o início da dor em, no
máximo, 60min (B errada). O lacrimejamento e outras
manifestações relacionadas a um aumento da descarga
colinérgica em nervos da região craniofacial fazem parte do
quadro clínico básico das cefaleias trigeminais autonômicas
(como a “cefaleia em salvas”), e não da enxaqueca (C errada).
Enfim, nas enxaquecas é clássico que a dor piora com esforço
físico. Resposta certa: D.

20
Q

Criança, oito anos, vem se queixando, desde os seis, de
episódios recorrentes de cefaleia de localização bifrontal, com
duração de mais de seis horas. Às vezes chegam a durar dois
dias inteiros. Melhora com repouso ou após sono. Refere
fotofobia, mas não apresenta fono ou osmofobia. Sempre
apresenta enjoo e, quando de forte intensidade, vômitos. Faz
uso de óculos para correção de miopia. Seu exame neurológico
é normal. Excelente desempenho escolar. Mãe e avó materna
também se queixam de cefaleia, com estas mesmas
características, desde jovens. Tendo em vista o quadro, o mais
plausível é:

a) Administrar medicamento profilático para controle da cefaleia.
b) Considerar hipótese de cefaleia tensional.
c) Indicar realização de punção lombar para exame do liquor.
d) Supor caso de hipertensão intracraniana, com possibilidade
de tumor cerebral.
e) Cogitar diagnóstico de enxaqueca.

A

Temos um escolar com uma cefaleia crônica há dois anos,
trata-se de uma cefaleia bilateral, associada a fotofobia,
náusea e vômito (lembre-se que em crianças a enxaqueca
pode ser bilateral). São sintomas típicos de enxaqueca. Nosso
paciente apresenta exame neurológico normal, com
desenvolvimento adequado (excelente desempenho escolar),
corroborando a etiologia primária da cefaleia. O problema
oftalmológico já se encontra corrigido. Além de tudo, há ainda
outro dado típico de enxaqueca: história familiar positiva. Não
há sinal algum de hipertensão intracraniana ou meningite. A
profilaxia para enxaqueca deve ser feita quando existem mais
de 3-5 crises por mês, o que não é citado no caso em
questão. Gabarito: E.

21
Q

A migrânea é o tipo mais frequente de cefaleia recorrente que
chama atenção de pais e prestadores de cuidados primários.
Alguns tipos são acompanhados de aura, ou seja, um aviso
neurológico de que uma crise de cefaleia irá ocorrer. O tipo mais
comum de aura visual em crianças adolescentes é:

a) Figura em zigue-zague.
b) Escotoma negativo.
c) Escotoma positivo.
d) Fotopsia.

A

» Uma questão conceitual sobre um tema comum na prática
pediátrica. A aura é exatamente o que a banca descreveu: um
aviso de que o episódio álgico vai ocorrer. A aura típica deve
ser visual, sensorial ou disfásica, durar entre 5 e 60 minutos e
preceder o início da dor em até 60min. A forma mais comum
de aura em crianças e adolescentes é a fotopsia, caracterizada
por flashes luminosos dispersos. As auras mais comumente
observadas em adultos, como os escotomas cintilantes, não
são comuns em crianças. Resposta: letra D.

22
Q

Mulher, 35 anos de idade, procura pronto atendimento com dor
em hemicrânio direito, pulsátil, de forte intensidade,
acompanhada de náuseas/vômitos, foto e fonofobia há 6 horas.
Refere episódios prévios de cefaleia semelhantes ao atual. Nega
uso de medicações contraceptivas. O exame neurológico é
normal. Trata-se de:

a) Cefaleia tensional. Tomografia de crânio é mandatória.
b) Enxaqueca. Tomografia de crânio é mandatória.
c) Enxaqueca. Não há necessidade de exame de imagem.
d) Cefaleia tensional. Não há necessidade de exame de
imagem.
e) Cefaleia secundária. Tomografia de crânio é mandatória.

A

» Para o diagnóstico de migrânea (enxaqueca), as crises devem
durar de 4 a 72 horas e não levam à alteração do exame
neurológico. São necessárias duas das seguintes
manifestações: dor unilateral, dor pulsátil, agravamento por
movimento/atividade física e intensidade moderada a grave,
além de náusea, vômitos, fotofobia ou fonofobia. Nossa
paciente apresenta dor em hemicrânio direito de forte
intensidade, além de náusea, vômitos, foto e fonofobia há seis
horas, sem alteração do exame neurológico. Gabarito: C.

23
Q

Uma adolescente de 15 anos apresenta episódios intermitentes
de cefaleia há três anos. A dor é hemicrania, ora direita ora
esquerda, tipo latejante, de moderada a forte intensidade,
associada a náuseas, vômitos, fonofobia e fotofobia.
Precedendo as crises, ela refere parestesias em face e mãos,
associadas à escotomas cintilantes. As crises duram em média
cinco horas e melhoram com uso de paracetamol. O exame
neurológico é normal. As crises ocorrem duas vezes por mês,
próximo ao período de provas escolares. O diagnóstico, nesse
caso, é:

a) Cefaleia tipo tensional.
b) Enxaqueca clássica.
c) Enxaqueca basilar.
d) Hemicrania paroxística.

A

Temos uma adolescente com cefaleia, cuja anamnese é típica
de enxaqueca: cefaleia geralmente unilateral, latejante,
intensa, com sintomas associados característicos de
enxaqueca (náusea, vômitos, foto e fonofobia), sendo os
episódios geralmente desencadeados por estresse. A aura da
enxaqueca, presente em 20% das crises, é caracterizada pela
presença de sinais e sintomas neurológicos focais, como
escotomas cintilantes (zigue-zagues brilhantes no campo
visual), escurecimento da visão, dormência ou parestesias,
que podem surgir antes, durante (mais frequentemente) ou
logo após a cefaleia. Neste caso não temos critérios para
fechar o diagnóstico de enxaqueca basilar, logo ficaremos com
a opção B.

24
Q

Uma jovem de 22 anos vem evoluindo com cefaleia
hemicraniana pulsátil e com pródromos de náusea e escotomas.
Ela vem apresentando crises de cefaleia toda semana, há 1 ano.
Qual a melhor opção terapêutica para profilaxia nessa paciente:

a) Dipirona.
b) Derivados da ergotamina.
c) Propranolol.
d) Paracetamol.
e) Corticoide.

A

» Profilaxia de enxaqueca é sempre um tema cobrado. Atenção
para não confundir tratamento preventivo com tratamento das
crises! Respostas: C

25
Todas as alternativas abaixo podem ser usadas na prevenção de enxaqueca nas mulheres, EXCETO: a) Propranolol. b) Amitriptilina. c) Nortriptilina. d) Sertralina. e) Etinilestradiol.
letra E
26
Adolescente de 11 anos, sexo feminino, queixa de episódios cefaleia holocraniana frequente, geralmente no final da tarde, a intensidade é moderada, não interfere suas atividades diárias, nem aumenta com atividade física. Descreve o sintoma como uma pressão/aperto bilateral. Nega náuseas, vômitos, fotofobia ou fonofobia. Relata alívio com ibuprofeno. O quadro descrito acima sugere: a) Enxaqueca. b) Tumor cerebral. c) Epilepsia. d) Cefaleia tensional.
Cefaleia crônica com padrão de distribuição em “faixa” que “aperta” a cabeça, bilateralmente, não associada a comemorativos típicos de enxaqueca e que tem boa resposta aos analgésicos comuns permite um diagnóstico clínico de cefaleia tensional, a forma mais comum de cefaleia primária. Resposta: D.
27
A cefaleia do tipo tensional foi considerada fenômeno psicogênico. Atualmente, acredita-se na participação de componente neuroquímico nos mecanismos centrais e periféricos antinociceptivos. As opções de tratamento profilático da cefaleia tensional crônica são: a) Cetoprofeno e dipirona. b) Cafeína + paracetamol. c) Flunarizina e dipirona. d) Amitriptilina e nortriptilina. e) Flunarizina e paracetamol.
Excetuando-se a letra D, todas as demais opções contêm uma ou mais drogas utilizadas no tratamento abortivo da cefaleia tensional, que portanto não têm qualquer papel na quimioprofilaxia dessa doença. Antidepressivos tricíclicos em baixas doses (como amitriptilina e nortriptilina) são empregados na profilaxia e controle de diversos tipos de dor crônica e recorrente, incluindo cefaleia tensional de repetição. Resposta certa: D.
28
O uso de oxigenioterapia a 8 L/min, durante 15 minutos, através de máscara facial tem se mostrado efetivo para ataques agudos da cefaleia: a) Orgásmica. b) Trigeminal. c) Hípnica. d) Em salvas.
» Conceito clássico. Existe uma rara forma de cefaleia primária cujo tratamento abortivo de primeira linha consiste apenas em oxigenioterapia. Trata-se da famosa “cefaleia em salvas” ou cluster headache. Resposta certa: D.
29
Homem de 52 anos de idade, tabagista, apresenta há alguns anos crises de forte dor de cabeça que se concentram principalmente no olho esquerdo. A cefaleia aparece de 2 em 2 anos quase sempre nesta época do ano e permanece por cerca de 45 a 60 dias, a dor dura geralmente 1 hora e na maioria das vezes aparece durante a madrugada despertando-o: fica absolutamente “desesperado” quando sente a dor e tem vontade de “bater a cabeça na parede”. Durante a dor apresenta vermelhidão no olho esquerdo e lacrimejamento intenso desse lado. As crises atuais começaram há 15 dias realizou uma tomografia durante um período de crises, que era normal. Considerando a principal hipótese diagnóstica, o que é CORRETO afirmar? a) Devemos prescrever prednisona via oral durante 2 a 3 semanas. b) Trata-se de uma cefaleia primária responsiva à indomectacina. c) As crises intensas devem ser tratadas com morfina endovenosa. d) Antidepressivo tricíclico deve melhorar esse tipo de dor de cabeça.
Quadro clássico de cefaleia em salvas... Este raro tipo de cefaleia primária é mais comumente observado em homens de meia-idade e tem relação com ingestão de bebida alcoólica, ocorrendo durante um período curto (semanas) seguindo-se de longo período assintomático. Os episódios de dor são geralmente noturnos, de localização frontorbitária unilateral, muito intensa, de duração curta e associados a congestão nasal, miose, lacrimejamento, edema periorbitário e hiperemia conjuntival. Suas crises possuem uma peculiaridade em relação ao tratamento abortivo: respondem à oxigenoterapia! Dessa forma, o tratamento “abortivo” de primeira linha consiste na inalação de oxigênio em alto fluxo e, de forma semelhante à enxaqueca, também responde a triptanos, desde que por vias “rápidas”, como a subcutânea ou a intranasal (ex.: sumatriptano 6 mg SC; zolmitriptano 5 mg spray nasal – B e C incorretas). Cuidado com conceito errado: “antidepressivo tricíclico” não é sinônimo de triptano (D incorreta). Dentre as estratégias profiláticas, pode-se citar o verapamil (160 - 960 mg/dia), que é o fármaco de escolha; o valproato de sódio (1-2 g/dia) e a prednisona, em ciclos curtos, iniciando com 60-100 mg/dia – opção interessante para crises de curta duração num intervalo inferior a dois meses, como a do nosso paciente. Resposta: A.
30
Homem de 42 anos de idade procura atendimento em pronto- socorro por crises de cefaleia hemicrânia direita há 7 dias, ``` quando mudou turno de trabalho em sua empresa. A dor é lancinante, de forte intensidade, com até 4 episódios por dia durando até 1 hora cada um. No momento com dor de intensidade 10 (escala 0 a 10). No exame clínico, hiperemia conjuntival e sudorese em hemiface, ambos à direita. Pressão arterial: 168 x 100mmHg, frequência cardíaca: 110 bpm. Qual é a melhor associação de tratamento para controle agudo e crônico para o quadro álgico do paciente? ``` a) Tratamento agudo: oxigênio; tratamento crônico: gabapentina. b) Tratamento agudo: morfina; tratamento crônico: pregabalina. c) Tratamento agudo: dipirona; tratamento crônico: prednisona. d) Tratamento agudo: sumatriptano nasal; tratamento crônico: verapamil.
Paciente com quadro clássico de cefaleia em salvas: hemicraniana, lancinante, com hemiface acometida por congestão nasal e conjuntival. 1. Qual é o tratamento agudo? Oxigênio – conduta de escolha. Na ausência de resposta, pode-se empregar sumatriptano nasal. 2. Para profilaxia, utiliza-se verapamil, valproato de sódio ou gabapentina. Assim, tanto a alternativa A quanto a D poderiam ser nossa resposta. A banca escolheu como gabarito a alternativa D, já que a eficácia do verapamil é bem maior que a gabapentina. Resposta: D.
31
Homem de 54 anos, refere episódios diários e súbitos de dor periorbitária à esquerda, irradiada para a região frontal, acompanhada de lacrimejamento e hiperemia conjuntival ipsilateral, que ocorrem principalmente à noite, têm duração de aproximadamente 40 minutos e apresentam resolução espontânea. Nega dor à mastigação e não relata dor à palpação da região temporal esquerda. A hipótese diagnóstica mais provável é de: a) Arterite temporal. b) Cefaleia em salvas. c) Enxaqueca clássica. d) Neuralgia do trigêmeo. e) Sinusite aguda.
Questão bem “manjada” em provas de residência. O enunciado descreve um quadro clássico de cefaleia em salvas, também chamada de cluster headache. Este raro tipo de cefaleia primária é mais comumente observada em homens de meia-idade e tem relação com ingestão de bebida alcoólica, ocorrendo durante um período curto (semanas) seguindo-se de longo período assintomático. Os episódios de dor são geralmente noturnos, de localização frontorbitária unilateral, muito intensa, de duração curta e associados a congestão nasal, miose, lacrimejamento, edema periorbitário e hiperemia conjuntival. Suas crises possuem uma peculiaridade em relação ao tratamento abortivo: respondem à oxigenoterapia! Dessa forma, o tratamento “abortivo” de primeira linha consiste na inalação de oxigênio em alto fluxo e, de forma semelhante à enxaqueca, também podemos administrar triptanos, desde que por vias “rápidas” como a subcutânea ou a intranasal (ex.: sumatriptano 6 mg SC; zolmitriptano 5 mg spray nasal). Resposta: B.
32
Das abaixo, a melhor terapêutica abortiva para cefaleia em salvas é: a) Acupuntura. b) Haloperidol. c) Dexametasona. d) Inalação com máscara de oxigênio. e) Gabapentina.
O tratamento “abortivo” de primeira linha para a cefaleia “em salvas” (cluster headache) tradicionalmente consiste na inalação de oxigênio em alto fluxo (O2 a 100% sob máscara, 10-12 L/min, por 15-20min). Vale lembrar que também podemos ministrar triptanos, desde que por vias “rápidas” como a subcutânea ou a intranasal (ex.: sumatriptano 6 mg SC; zolmitriptano 5 mg spray nasal). Resposta certa: D.
33
Quais são os diagnósticos diferenciais das cefaleias em salvas? a) Migrânea sem aura, cefaleia tensional e neuralgia do trigêmeo. b) Migrânea com aura, neuralgia do trigêmeo e meningite viral. c) SUNCT, hemicrania paroxística e neuralgia do trigêmeo. d) Hemorragia subaracnoidea, cefaleia hípnica e migrânea com aura.
34
qual cefaleia na imagem?
Enxaqueca
35
qual cefaleia na imagem?
cefaleia tensional
36
qual cefaleia na imagem?
cefaleia em salvas
37
Homem, 32 anos de idade, procura atendimento na UPA por quadro de cefaleia intensa em pontada, unilateral, em região periorbitária a esquerda, há 30 minutos, associada à fotofobia e náuseas. Nega comorbidades. Ao exame, paciente bastante ansioso, com fácies de dor. Nota-se lacrimejamento e hiperemia conjuntival em olho esquerdo. Cite o fármaco mais adequado para profilaxia de novos quadros semelhantes. a) Propranolol. b) Verapamil. c) Indometacina. d) Amitriptilina.
Como esse é um tema frequente nas provas, vamos aproveitar essa questão para revisar o tratamento profilático nas cefaleias primárias: ■ Enxaqueca: os betabloqueadores são os medicamentos de escolha. Outras opções incluem antidepressivos, anticonvulsivantes e flunarizina; ■ Cefaleia tensional: antidepressivo tricíclico; ■ Cefaleia em salvas: o medicamento de escolha é o verapamil. Outras opções são: ácido valproico, prednisona, lítio. A hemicrania paroxística e contínua é uma cefaleia que faz parte do grupo das “trigêmino-autonômicas”. Tem como característica marcante a grande resposta clínica à indometacina. Na questão, o paciente apresenta um quadro clássico de cefaleia em salva e, por isso, o gabarito é a letra B.
38
Maria é uma mulher de 37 anos, que procura a Unidade Básica de Saúde (UBS) com queixa de cefaleia há 8 horas, de moderada intensidade, hemicraniana à esquerda, acompanhada de fotofobia, fonofobia, náuseas e vômitos. Refere crises semelhantes uma a duas vezes por mês (que pioram no período perimenstrual, com crises diárias), desde a adolescência. Nega etilismo, tabagismo e uso de drogas. Mora com o marido e duas filhas (15 e 12 anos). Refere que a filha mais velha tem o mesmo quadro e que ambas procuram atendimento médico apenas nos momentos da crise, geralmente no pronto-socorro da cidade. O quadro clínico de Maria é compatível com o diagnóstico de: a) Cefaleia em salvas. b) Cefaleia tensional. c) Enxaqueca sem aura. d) Enxaqueca com aura.
Paciente com cefaleia desde a adolescência, recorrente e sem sinais de alarme deve ser um cefaleia primária... Aí, pensamos: deve ser cefaleia em salvas, enxaqueca ou tensional? Cefaleia em salvas é mais comum em homem jovem que acorda no meio da noite, após ingestão de álcool, com dor intensa em uma hemiface, acompanhada de ptose, miose e lacrimejamento ipsilaterais (A errada). A cefaleia tensional geralmente é holocraniana, de baixa intensidade, que dura muito tempo e sem náusea, vômitos ou fotofobia (B errada). A cefaleia mais provável para ela é a migrânea, dor que dura entre 4-72h, muito relacionada à menstruação e com história familiar... Isso seria “o algo a mais”, já que a presença de náusea, vômitos, foto e fonofobia já indicariam tal hipótese. Agora: é C ou D? Essa paciente não tem sinais neurológicos focais (D errada). Portanto, resposta: C.
39
O diagnóstico de migrânea ou enxaqueca é mais provável em que tipo de paciente? a) Cefaleia geralmente de leve ou moderada intensidade, sensação difusa e dolorosa ou em compressão em torno da cabeça, dor em couro cabeludo. b) Cefaleia geralmente intensa, excruciante com congestão ocular, obstrução nasal, sudorese da fronte e da face ipsilateral. c) Ataques recorrentes de dor lancinante e súbita, descrita como um choque doloroso intenso e incapacitante. A dor pode ser desencadeada por falar, escovar os dentes, mastigar ou tocar levemente no rosto. d) Cefaleia geralmente de moderada ou forte intensidade pulsátil, unilateral com náuseas e/ou fotofobia.
A letra A descreve o padrão da cefaleia tensional. A letra B descreve o padrão das cefaleias trigêmino-autonômicas. A letra C descreve a neuralgia do trigêmeo. Enfim, o padrão de enxaqueca consiste no seguinte: cefaleia hemicraniana moderada ou forte, de caráter tipicamente pulsátil, com duração de 4 a 72 horas e acompanhada de sinais e sintomas como fono e fotofobia, além de queixas gastrointestinais com náusea e vômitos. A dor da enxaqueca tende a melhorar com o repouso e piorar com o esforço. Resposta certa: D.
40
Um empresário da construção civil com 35 anos de idade vem consultar porque apresenta episódios recorrentes de dor de cabeça unilateral usualmente na região orbitária e às vezes na região temporal com duração variando de 15 minutos até três horas com uma frequência de três vezes por semana. O paciente relata que já teve um período com episódios de dor semelhante há oito meses e ainda menciona que durante a dor seus olhos lacrimejam e tem congestão nasal. Qual o mais provável diagnóstico? a) Síndrome da dor miofascial. b) Cefaleia tipo tensional. c) Cefaleia em salvas. d) Enxaqueca sem aura.
O enunciado descreve um quadro clássico de cefaleia em salvas, também chamada de cluster headache na literatura. Este curioso tipo de cefaleia primária é mais comumente observada em homens de meia-idade e tem relação com ingestão de bebida alcoólica, ocorrendo durante um período curto (semanas) seguindo-se de longo período assintomático. Os episódios de dor são geralmente noturnos, de localização frontorbitária unilateral, muito intensa, de duração curta e associados à congestão nasal, lacrimejamento, edema periorbitário e hiperemia conjuntival. Resposta: C.