Contratos em espécie Flashcards

1
Q

No que tange às especificidades dos contratos em espécie no Código Civil, julgue o item.

É nula a venda de ascendente a descendente, salvo se houver expresso consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante.

A

Errado.

Nesse caso, a venda é anulável, e o prazo é decadencial de 2 anos. Aplicação do art. 496, caput, e 179, CC:

Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.

Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.

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2
Q

No que tange às especificidades dos contratos em espécie no Código Civil, julgue o item.

Na locação de coisas por tempo determinado, esta cessará de pleno direito ao final do prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.

A

Certo.

Inteligência do art. 573, CC: Art. 573. A locação por tempo determinado cessa de pleno direito findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.

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3
Q

No que tange às especificidades dos contratos em espécie no Código Civil, julgue o item.

O depositário não responderá pelos casos de força maior, independentemente de prova do ocorrido.

A

Errado.

O que o artigo 642 do Código Civil diz é basicamente o seguinte:

Não Responsabilidade por Força Maior: Se algo de ruim acontecer com o item depositado devido a uma situação de força maior, o depositário (a pessoa ou empresa que está guardando o item) não é responsável por esse dano ou perda. Ou seja, se você deu a alguém algo para guardar e um terremoto destruiu esse algo, você não pode exigir que o depositário te compense pela perda.

Necessidade de Prova: Há, porém, uma condição importante. Não basta o depositário simplesmente dizer que aconteceu um evento de força maior. Ele precisa provar que de fato aconteceu um evento desse tipo, e que foi esse evento que causou a perda ou dano ao objeto depositado. Isso significa que o depositário deve apresentar evidências ou documentos que comprovem a ocorrência desse evento fora do seu controle e que isso impactou a sua capacidade de proteger o item.

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4
Q

No que tange às especificidades dos contratos em espécie no Código Civil, julgue o item.

O segurador será obrigado a pagar em pecúnia o prejuízo resultante do risco assumido, ainda que seja convencionada a reposição da coisa.

A

Errado.

A banca trocou o termo “salvo” por “ainda”. Aplicação do art. 776, CC: Art. 776. O segurador é obrigado a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido, salvo se convencionada a reposição da coisa.

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5
Q

No que tange às especificidades dos contratos em espécie no Código Civil, julgue o item.

A doação a entidade futura prescreverá se, em dois anos, não estiver regularmente constituída.

A

Errado.

Não se trata do instituto da prescrição, mas, sim, da caducidade. Aplicação do art. 554, CC: Art. 554. A doação a entidade futura caducará se, em dois anos, esta não estiver constituída regularmente.

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6
Q

Julgue o item como certo ou errado:

A prescrição limita o tempo que uma pessoa tem para exercer o direito em si.

A

Errado.

A prescrição limita o tempo para exigir o cumprimento de um direito em juízo, não o direito em si.

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7
Q

Julgue o item como certo ou errado:

A caducidade refere-se à perda do direito de ação devido à inação dentro de um determinado período.

A

Errado.

A caducidade refere-se à perda do próprio direito devido à inação dentro de um determinado período, não apenas do direito de ação.

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8
Q

Julgue o item como certo ou errado:

A prescrição afeta a possibilidade de alguém processar outra pessoa para reivindicar um direito.

A

Certo.

A prescrição afeta o direito de ação, ou seja, a possibilidade de processar para exigir o cumprimento de um direito.

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9
Q

Julgue o item como certo ou errado:

A caducidade leva à extinção do direito de ação após um prazo específico.

A

Errado.

A caducidade leva à extinção do direito em si, não apenas do direito de ação.

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10
Q

Acerca da responsabilidade civil, de acordo com o Código Civil, os aspectos teóricos e a jurisprudência do STJ, julgue o item como certo ou errado:

A aplicação ampla e irrestrita dos punitive damages aos casos de responsabilidade civil encontra óbice regulador na ordem jurídico-civilista brasileira.

A

Certo.

Enquanto punitive damages buscam punir e educar, indo além da mera compensação pelo dano causado, o sistema jurídico brasileiro foca em indenizar a vítima pelo prejuízo efetivamente sofrido, sem adicionar uma penalidade extra ao infrator.

Isso está alinhado com o princípio de evitar o enriquecimento sem causa, garantindo que a compensação seja justa e proporcional ao dano.

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11
Q

Acerca da responsabilidade civil, de acordo com o Código Civil, os aspectos teóricos e a jurisprudência do STJ, julgue o item como certo ou errado:

A teoria do nexo causal probabilístico pode ser entendida pela máxima “tudo o que é condição deve ser considerado causa , mas culpa não se confunde com causa”.

A

Errado.

O vínculo entre conduta e dano é dado por juízo de probabilidade, ou seja, apurar se a ação tem probabilidade para o dano. Aplica-se em situações de causas múltiplas. Por isso, nem tudo que é condição é causa

Pela teoria do nexo causal probabilístico, por meio desse nexo, é possível eliminar a exigência da certeza absoluta de que determinada causa foi a desencadeadora do efeito, podendo-se admitir a mera probabilidade de que a causa haja sido determinante para o resultado lesivo à vítima. No entanto, não se pode admitir o recurso às máximas da experiência comum, ao livre convencimento do juiz e sim a um “alto grau de probabilidade”, fundado em estatísticas

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12
Q

Acerca da responsabilidade civil, de acordo com o Código Civil, os aspectos teóricos e a jurisprudência do STJ, julgue o item como certo ou errado:

A indenização de vítima que tenha concorrido dolosamente para o evento danoso será fixada tendo-se em conta sua ausência de culpa em confronto com o dolo do autor do dano.

A

Errado.

O artigo 945 do Código Civil (CC) trata da situação em que a vítima de um dano tem parte da culpa pelo ocorrido. Se isso acontecer, a indenização que ela receberá será menor, proporcional à sua parte da culpa em relação à culpa do autor do dano. Em outras palavras, se tanto a pessoa que causou o dano quanto a vítima tiverem responsabilidade sobre o ocorrido, o valor a ser indenizado à vítima será ajustado com base na gravidade da culpa de cada um.

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13
Q

Acerca da responsabilidade civil, de acordo com o Código Civil, os aspectos teóricos e a jurisprudência do STJ, julgue o item como certo ou errado:

A chamada culpa in vigilando é aquela decorrente da má escolha do empregado, do representante ou do preposto.

A

Errado.

No tocante a culpa in vigilando o STJ tem-se firmado o entendimento no sentido de que, em matéria de acidente automobilístico, o dono do veículo responde sempre pelos atos culposos de terceiro, a quem o entregou, seja seu preposto ou não; destarte, a responsabilidade pela reparação dos danos é, em regra, do proprietário do veículo, pouco importando que o motorista não seja seu empregado, já que, sendo o automóvel um veículo perigoso, o seu mau uso cria a responsabilidade pelos danos causados a terceiros, conforme dispõe o artigo 159 do Código Civil.

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14
Q

Acerca da responsabilidade civil, de acordo com o Código Civil, os aspectos teóricos e a jurisprudência do STJ, julgue o item como certo ou errado:

O fato de a teoria do risco integral incidir nos casos de danos ambientais denota o caráter subjetivo da responsabilidade civil nesses casos, a qual tem expressa previsão constitucional.

A

Errado.

De acordo com a mais atual jurisprudência do STJ, a responsabilidade civil por danos ambientais é propter rem, além de objetiva e solidária entre todos os causadores diretos e indiretos do dano” (AgInt no AREsp 2.115.021/SP, Rel. Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma, DJe 16/3/2023).

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15
Q

Julgue o item no que tange aos contratos regulados pelo Código Civil, especialmente após as mudanças introduzidas pela Lei da Liberdade Econômica, considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As hipóteses de caso fortuito e de força maior sempre incidirão nas resoluções contratuais que se deem de forma culposa

A

Errado.

Nos termos do art. 393, CC o devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.

O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.

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16
Q

Julgue o item no que tange aos contratos regulados pelo Código Civil, especialmente após as mudanças introduzidas pela Lei da Liberdade Econômica, considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A lei prevê expressamente que as partes negociantes deverão estabelecer parâmetros objetivos para a interpretação dos pressupostos de revisão das cláusulas negociais.

A

Errado.

Nos termos do art. 421-A, CC os contratos civis e empresariais presumem-se paritários e simétricos até a presença de elementos concretos que justifiquem o afastamento dessa presunção, ressalvados os regimes jurídicos previstos em leis especiais, garantido também que:
I - as partes negociantes poderão estabelecer parâmetros objetivos para a interpretação das cláusulas negociais e de seus pressupostos de revisão ou de resolução;

17
Q

Julgue o item no que tange aos contratos regulados pelo Código Civil, especialmente após as mudanças introduzidas pela Lei da Liberdade Econômica, considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A revisão de contratos de direito civil cujas reações forem paritárias receberá o mesmo tratamento jurisprudencial dado à revisão dos contratos de consumo.

A

Errado.

Nas relações de consumo é aplicado a teoria base objetiva, não sendo necessário a comprovação da existência de fato imprevisível para revisão. A teoria da quebra da base do negócio jurídico tem sua aplicação restrita às relações jurídicas de consumo, não sendo aplicável às contratuais puramente civis ou empresariais (Resp. 1.321.614-SP).

18
Q

Julgue o item no que tange aos contratos regulados pelo Código Civil, especialmente após as mudanças introduzidas pela Lei da Liberdade Econômica, considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A teoria da imprevisão originada no direito administrativo francês, foi recepcionada pelo direito civil brasileiro, tendo sido expressamente prevista pelo atual Código Civil.

A

Certo.

Essa teoria é adotada pelo Código Civil segundo a corrente majoritária.

Segundo a teoria da imprevisão o fato imprevisível possibilita a revisão do contrato por fato superveniente.

Segundo o STJ no julgamento do Resp. 2032878/GO a “ Teoria da Imprevisão (art. 317 do CC), de matriz francesa, exige a comprovação dos seguintes requisitos:
(I) obrigação a ser adimplida em momento posterior ao de sua origem;

II) superveniência de evento imprevisível;

(III) que acarrete desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução. A pedido da parte, o juiz poderá corrigir o valor da prestação, de modo a assegurar, quanto possível, o seu valor real”.

19
Q

A respeito da responsabilidade civil por ato praticado por terceiro, julgue o item, com base no Código Civil.

Aqueles que participarem gratuitamente do produto do crime responderão civilmente, sendo, nesse caso, subsidiária a responsabilidade, até a concorrente quantia.

A

Errado.

Para a responsabilidade civil, aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

São também responsáveis pela reparação civil, dentre outros, os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia, de acordo com o art. 932 do CC.

No entanto, são solidariamente (e não subsidiariamente) responsáveis com os autores os coautores e as pessoas designadas no art. 932.

20
Q

A respeito da responsabilidade civil por ato praticado por terceiro, julgue o item, com base no Código Civil.

Em regra, o tutor responde pelos atos praticados por seus pupilos, enquanto o curador não responderá pelos prejuízos causados por seus curatelados.

A

Errado.

A primeira parte está correta, no entanto, também são responsáveis pela reparação civil o curador, pelos prejuízos causados por seus curatelados, de acordo com o art. 932, II do CC.

21
Q

A respeito da responsabilidade civil por ato praticado por terceiro, julgue o item, com base no Código Civil.

Os pais respondem pelos atos praticados por seu filho menor de idade, sendo irrelevante o fato de ele estar ou não sob sua autoridade e em sua companhia.

A

Errado.

Pela literalidade do art. 932, I, são responsáveis pela reparação civil os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia, o informativo 575 do STJ dispõe nesse sentido:

A mãe que, à época de acidente provocado por seu filho menor de idade, residia permanentemente em local distinto daquele no qual morava o menor - sobre quem apenas o pai exercia autoridade de fato - não pode ser responsabilizada pela reparação civil advinda do ato ilícito, mesmo considerando que ela não deixou de deter o poder familiar sobre o filho. STJ. 3ª Turma. REsp 1.232.011-SC, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 17/12/2015 (Info 575).

22
Q

A respeito da responsabilidade civil por ato praticado por terceiro, julgue o item, com base no Código Civil.

Os donos de hotéis e hospedarias, em regra, serão responsabilizados solidariamente pelos atos danosos praticados por seus hóspedes ou moradores dentro do estabelecimento.

A

Certo.

São responsáveis pela reparação civil os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos (art. 932, IV), e consideram-se solidariamente responsáveis com os autores os coautores e as pessoas designadas no art. 932, nos termos do art. 942, § único do CC.

23
Q

A respeito da responsabilidade civil por ato praticado por terceiro, julgue o item, com base no Código Civil.

O empregador é responsável pelos atos de seus empregados no exercício do trabalho que lhes competir, mas não será responsável pelos atos de seus prepostos nessas mesmas condições.

A

Errado.

O empregador também será responsável pelos prepostos, veja o art. 932, III do CC:
São também responsáveis pela reparação civil o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele.

24
Q

À luz das disposições do direito civil a respeito de pessoas naturais, pessoas jurídicas, obrigações e contratos em espécie, julgue o item que se segue.

A validade da doação feita ao nascituro dependerá da aceitação por parte de seu representante legal.

A

Certo.

A doação feita ao nascituro (ente gerado ou concebido, mas que ainda não nasceu) valerá, sendo aceita pelo seu representante legal, de acordo com o art. 542 do Código Civil.

25
Q

À luz das disposições do direito civil a respeito de pessoas naturais, pessoas jurídicas, obrigações e contratos em espécie, julgue o item que se segue.

O contrato estimatório possui natureza real quanto ao momento de seu aperfeiçoamento.

A

Certo.

O contrato estimatório é conhecido como venda consignada, em que uma pessoa entrega um bem a um terceiro para que este venda o bem dentro de um prazo determinado, entregando ao dono da coisa o valor determinado, previsto no art. 534 do Código civil. Ele possui natureza real pois apenas se perfaz com a entrega da coisa ao consignatário.

26
Q

À luz das disposições do direito civil a respeito de pessoas naturais, pessoas jurídicas, obrigações e contratos em espécie, julgue o item que se segue.

A eficácia da cessão de crédito dependerá da anuência, expressa ou tácita, do devedor.

A

Errado.

A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita, de acordo com o art. 290 do CC.

Veja que não é preciso a anuência do devedor, mas a sua notificação.

27
Q

Considerando que João e Marcos tenham contraído um empréstimo de dinheiro junto a Davi, com a obrigação solidária de pagarlhe a dívida toda a prazo certo, assinale a opção correta.
Alternativas
A) A propositura de ação por Davi contra João, para pagamento da dívida inteira, importaria a renúncia de cobrança da dívida a Marcos.

B) Se Marcos pagar parcialmente a dívida e obtiver a remissão do restante, João ainda estará obrigado ao pagamento do valor integral, abatida apenas a quantia paga.

C) Os juros por atraso no pagamento atribuído a João não poderão ser cobrados de Marcos.

D) Marcos poderá requerer em seu benefício a compensação de crédito que João possui junto a Davi.

E) Se Davi decidir cobrar de Marcos 50% da dívida contraída, sem remir a dívida, ainda poderá cobrar de João a dívida inteira.

A

Gabarito: E

A solução da questão exige o conhecimento acerca dos contratos e das obrigações solidárias.
O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida aproveita aos outros codevedores somente até o limite do que foi pago ou relevado. Mesmo Davi cobrando de Marcos apenas 50% da dívida, ainda poderá cobrar de João a dívida inteira, a questão não fala que houve pagamento por parte de Marcos, consoante o art. 275 do CC.

28
Q

João adquiriu um imóvel e, após a entrega do bem, percebeu que as dimensões eram inferiores às que lhe haviam sido informadas pelo vendedor. O preço da venda havia sido estipulado por medida de extensão ou com determinação da respectiva área (venda ad mensuram). Assim, ante a diferença de metragem, o comprador deseja intentar ação para postular o abatimento proporcional do preço do imóvel.

Considerando-se a mais recente posição adotada pelo Superior Tribunal de Justiça acerca do assunto, é correto afirmar que, nessa situação hipotética, a natureza e o valor do prazo para João propor a ação serão de

A

Um ano, conforme o Código Civil, sendo sua natureza decadencial.

Obs.:
Decai do direito de propor as ações previstas no artigo antecedente o vendedor ou o comprador que não o fizer no prazo de um ano, a contar do registro do título, de acordo com o art. 501 do CC.

29
Q

Segundo o artigo 538 do Código Civil Brasileiro, “Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.” A respeito da doação, julgue o item:

Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação pura.

A

Certo.

Inteligência do art. 543, CC:
Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação pura.

30
Q

Segundo o artigo 538 do Código Civil Brasileiro, “Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.” A respeito da doação, julgue o item:

O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade, desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, ainda que a doação seja sujeita a encargo.

A

Errado.

A doação não é sujeita a encargo, nos termos do art. 539, CC:
O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo.

31
Q

Segundo o artigo 538 do Código Civil Brasileiro, “Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.” A respeito da doação, julgue o item:

A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, pode ser impugnada por falta de aceitação.

A

Errado.

Não pode ser impugnada por falta de aceitação. Aplicação do art. 546, CC:
A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar.

32
Q

Segundo o artigo 538 do Código Civil Brasileiro, “Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.” A respeito da doação, julgue o item:

A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular, não sendo válida a doação verbal.

A

Errado.

A doação verbal é válida sim, desde que verse sobre bens móveis e de pequeno valor. Aplicação do art. 541, CC:
A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular. Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição.

33
Q

Segundo o artigo 538 do Código Civil Brasileiro, “Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.” A respeito da doação, julgue o item:

A doação remuneratória perde seu caráter de liberalidade no excedente ao valor dos serviços remunerados.

A

Errado.

Não há perda do caráter de liberalidade. Aplicação do art. 540, CC:
A doação feita em contemplação do merecimento do donatário não perde o caráter de liberalidade, como não o perde a doação remuneratória, ou a gravada, no excedente ao valor dos serviços remunerados ou ao encargo imposto.

34
Q

Julgue o item como certo ou errado:

A compra e venda de bens imóveis deve ser feita exclusivamente por meio de escritura pública.

A

Errado.

  • Em regra: é necessário escritura pública (art. 108 do CC).
  • Exceção: a compra e venda pode ser feita por contrato particular (ou seja, sem escritura pública) se o valor do bem imóvel alienado for inferior a 30 salários-mínimos.
35
Q

Julgue o item como certo ou errado:

Se o compromisso de compra e venda do imóvel situado em condomínio edilício não for levado a registro, as despesas de condomínio serão de responsabilidade exclusiva do promitente vendedor.

A

Errado.

Quando se trata de cobrar dívidas de um condomínio, especialmente em situações onde um imóvel foi prometido para venda, mas a venda ainda não foi finalizada oficialmente (compromisso de compra e venda), surge a dúvida: quem deve pagar as dívidas do condomínio, o vendedor que ainda é o dono oficial ou o comprador que está esperando a conclusão da venda?

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) estudou essa questão e chegou a três pontos principais para decidir quem deve pagar:

a) O mais importante para definir quem deve pagar as taxas de condomínio não é quem tem o nome no registro de propriedade, mas sim quem realmente tem relação com o imóvel. Isso é determinado por quem está de fato morando ou utilizando o imóvel (chamado de imissão na posse) e se o condomínio sabe dessa situação (ciência inequívoca da transação).

b) Se o acordo de compra e venda não foi formalizado no registro de imóveis, a responsabilidade de pagar as dívidas do condomínio pode ser tanto do vendedor como do comprador. Isso vai depender da situação específica de cada caso.

c) Se for provado que o comprador já está morando ou usando o imóvel (imitiu na posse) e o condomínio está ciente da negociação, então o vendedor não é mais responsável pelas dívidas de condomínio daquele período em que o comprador estava no controle.

Em resumo, quem responde pelo pagamento das dívidas de condomínio em casos de compra e venda em andamento depende de quem está realmente relacionado ao uso do imóvel e do conhecimento do condomínio sobre quem deveria pagar as despesas durante esse período.

36
Q

Com relação aos negócios jurídicos, julgue o item que se segue.

Considere que Paula tenha celebrado com Pedro, por meio de instrumento particular, contrato de compra e venda de imóvel mediante o qual ela pretendia transferir a propriedade do bem ao adquirente.

Nesse caso, a ausência de escritura pública torna nulo o negócio jurídico, sendo impossível a sua conversão.

A

Errado.

VAMOS POR PARTES PARA PEGAR O Q DA QUESTÃO:

Primeiro ponto: A questão fala em valor do bem ? Não!!! Portanto, a ausência de escritura pública só seria um problema se contivesse valor e esse fosse superior a 30 salários mínimos, pois, nesse caso, a escritura pública seria elemento essencial (art. 108, CC). Caso contrário, seria sim possível realizar por instrumento particular.

Segundo ponto: Suponhamos que a questão houvesse trazido um valor superior a 30 salários mínimos, nesse caso o negócio jurídico seria de fato nulo, porém, nos termos do art. 170 do CC, seria possível sua conversão, haja vista que ele tem os elementos compatíveis com o contrato de promessa de compra e venda. Sobre essa segunda situação, foi abordada no certame de 2017 da DPE-PR como uma das assertivas da questão, sendo considerada certa! Na integralidade: “II. Um determinado contrato nulo pode ser convertido em contrato válido, como na hipótese de compra e venda de bem imóvel, com valor superior a trinta vezes o maior salário-mínimo vigente no país, sem a lavratura de escritura pública; perfazendo-se apenas em compromisso de compra e venda. “

Dessa forma, o contrato só será nulo se o bem for superior a 30 s.m. e ainda assim, seria possível convertê-lo!

37
Q

Com base nas disposições do Código Civil acerca de contratos, julgue o item subsequente.

Em contratos de compra e venda, até o momento da tradição, os riscos relacionados à coisa ficam por conta do vendedor, enquanto os riscos referentes ao preço competem ao comprador.

A

Certo.

Complementando o comentário da colega, trago um mnemônico sobre as despesas que cabem ao vendedor e ao comprador:

Mnemônico: REC TV

Registro e Escritura: Comprador

Tradição: Vendedor

Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.