DERMATOSES PED Flashcards

(107 cards)

1
Q

Qual a faixa etária com maior incidência de dermatite de fralda e qual sua prevalência?

A

Pico entre 9 e 12 meses; acomete entre 7 e 50% dos lactentes.

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2
Q

Quais fatores contribuem para a fisiopatologia da dermatite de fralda?

A

Fatores principais: oclusão, hiper-hidratação, fricção, urina, fezes, aumento do pH cutâneo, enzimas fecais (lipases, proteases, ureases), calor local e microrganismos.

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3
Q

Qual o papel da ureia e da amônia na dermatite de fralda e como isso se relaciona à urina?

A

A ureia urinária é convertida em amônia por bactérias; a amônia aumenta o pH cutâneo e potencializa a ação irritante das enzimas fecais.

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4
Q

Por que a diarreia aumenta o risco de dermatite de fralda?

A

Prolonga o contato da pele com fezes, expondo a pele às proteases e lipases fecais, o que compromete a barreira cutânea e aumenta a inflamação.

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5
Q

Qual a principal complicação da dermatite de fralda e qual agente está mais associado?

A

A superinfecção fúngica é a principal complicação, principalmente por Candida albicans, especialmente em dermatites com mais de 3 dias de evolução.

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6
Q

Quais micro-organismos estão frequentemente associados às infecções secundárias na dermatite de fralda?

A

Candida albicans, Staphylococcus aureus, Proteus, Pseudomonas, Streptococcus, além de bactérias da flora intestinal e cutânea.

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7
Q

Como se classificam as lesões cutâneas na dermatite de fraldas conforme a gravidade?

A

Leve: eritema e pápulas. Moderada: lesões pápulo-erosivas, que podem se tornar violáceas ou liquenificadas. Grave: úlceras.

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8
Q

A dermatite de fraldas é imunomediada?

A

Não. É desencadeada por irritantes que entram em contato com a pele e provocam inflamação direta, sem envolvimento imunológico.

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9
Q

Quais são os principais fatores etiológicos envolvidos na dermatite de fraldas?

A

Fezes (enzimas digestivas), urina (ureia + hiper-hidratação), fraldas (ambiente oclusivo), dieta (leite materno acidifica fezes; fórmulas alcalinizam), e microrganismos (como Candida).

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10
Q

Qual é a conduta terapêutica recomendada para dermatite de fraldas?

A

Manter a pele limpa e seca. Higienizar com água morna em todas as trocas. Realizar trocas frequentes (5–6x/dia). Usar creme de barreira com óxido de zinco ou petrolato. Se eritema persistente: hidrocortisona 1% 2x/dia por 2 a 7 dias. Se pústulas e eritema intenso: adicionar antifúngico tópico (nistatina, cetoconazol ou miconazol). Se infecção bacteriana: antibiótico tópico como mupirocina (não usar em >20% da superfície corporal).

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11
Q

Qual é a dermatose inflamatória crônica mais comum na infância?

A

Dermatite atópica (eczema atópico).

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12
Q

Quais os principais achados clínicos da dermatite atópica?

A

Prurido, xerose e lesões eczematosas. Pct pode referir sensação de pele em lixa, ressecada.

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13
Q

Quais condições atópicas frequentemente coexistem com dermatite atópica?

A

Asma, rinite alérgica e conjuntivite alérgica.

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14
Q

Qual o padrão de início e evolução da dermatite atópica?

A

Início entre 3–6 meses; 60% dos casos no 1º ano; 80% são leves; 70% melhoram até o fim da infância.

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15
Q

O que é a marcha atópica?

A

Progressão de doenças alérgicas iniciando por DA, que podem evoluir para alergia alimentar, rinoconjuntivite ou asma, devido à sensibilização a alérgenos e resposta Th2.

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16
Q

Quais fatores contribuem para a fisiopatologia da dermatite atópica?

A

Disfunção da barreira lipídica, resposta Th2 com produção de IgE, disbiose (S. aureus, Malassezia), influência psicossomática e fatores ambientais (hipótese da higiene).

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17
Q

Como inicia tipicamente o surto de dermatite atópica?

A

Prurido precede eritema, pápulas e infiltração.

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18
Q

Quais os principais fatores que exacerbam o prurido na DA?

A

Alimentos, aeroalérgenos, infecções, irritantes, xerose e hiper-hidrose.

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19
Q

Quais são as principais manifestações clínicas da DA?

A

Liquenificação, xerose, prurido intenso, principalmente noturno, reatividade cutânea, curso >6 semanas.

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20
Q

Quais são as características da dermatite atópica no lactente?

A

Lesões eritematosas, papulares, vesiculares e descamativas em regiões extensoras dos membros, couro cabeludo, face e pescoço.

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21
Q

Quais são as características da dermatite atópica em crianças?

A

Lesões vesiculares e liquenificação, com acometimento de regiões flexoras ou extensoras, posterior de coxas, tornozelos, mãos e pescoço.

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22
Q

Quais são as características da dermatite atópica em adolescentes?

A

Liquenificação com acometimento de regiões flexoras, mãos, punhos e pescoço.

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23
Q

Qual escore é usado para avaliar a gravidade da DA?

A

SCORAD: leve <25, moderada 25–50, grave >50.

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24
Q

Quais exames podem ser alterados na DA?

A

Eosinofilia, IgE sérica elevada, testes alérgicos positivos. (Não existem teste específicos).

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25
Quais os fatores alimentares que mais agravam a DA grave?
Leite de vaca, ovo, soja, trigo e amendoim.
26
Quais são os critérios maiores para diagnóstico clínico da dermatite atópica?
Prurido, eczema facial e extensor em lactentes e crianças, eczema flexural em adolescentes, dermatite crônica ou recorrente, e história pessoal ou familiar de doença atópica. São necessários ao menos 3 critérios maiores para o diagnóstico.
27
Quais são os critérios associados (menores) da dermatite atópica?
Xerose, infecções cutâneas (Staphylococcus aureus, Streptococcus grupo A, herpes simples, coxsackievírus, vaccinia, molusco, verrugas), dermatite não específica de mãos ou pés, ictiose, hiperlinearidade palmar, ceratose pilar, eczema de mamilo, dermografismo branco e resposta alérgica tardia, catarata subcapsular anterior, ceratocone, elevação de IgE, testes cutâneos positivos para leitura imediata, baixa idade ao início, linhas de Dennie, eritema ou palidez facial e influência de fatores ambientais/emocionais. São necessários ao menos 3 critérios associados para o diagnóstico.
28
Qual outro critério clínico pode ser usado para diagnóstico de dermatite atópica segundo o Tratado da SBP?
Prurido nos últimos 12 meses + ≥3: pele seca no último ano, história pessoal/familiar de atopia, início antes dos 2 anos, eczema em flexuras (ou face e extensores se <4 anos). Sinais adicionais: xerose, palidez centro-facial, prega de Dennie-Morgan, hiperpigmentação periorbitária, dermografismo branco, ceratose pilar, infecções cutâneas recorrentes, IgE elevada e reatividade imediata em teste cutâneo.
29
Qual é o objetivo principal do tratamento da dermatite atópica?
Manter o paciente em remissão (sem lesões por ≥8 semanas) com controle ambiental e hidratação. - Importante orientar adesão ao tto.
30
Quais são os 3 pilares do tto da DA?
Hidratação, evitar alérgenos desencadeantes, usar corretamente medicações anti-inflamatórias.
31
Como deve ser feita a hidratação da pele na DA?
Usar emolientes, sem fragância. Aplicar hidratante após banho com pele úmida (técnica soak-and-seal).
32
Quais sabonetes são indicados para pacientes com DA?
Sabonetes syndets, hipoalergênicos, pH 5–5,5.
33
Que cuidados com roupas são recomendados na DA?
Lavar roupas novas antes do uso, evitar tecidos sintéticos e preferir sabão neutro na lavagem.
34
Quais corticoides tópicos são indicados na dermatite atópica?
Baixa potência (Hidrocortisona, Desonida) para face e lactentes; média potência (Furoato de mometasona) para lesões moderadas/graves; evitar alta potência na face.
35
Quando e como utilizar anti-histamínicos na DA?
Hidroxizina à noite em dose única (mais indicado); casos graves: 2–4 mg/kg/dia divididos em 3–4 doses; tópicos são contraindicados (risco de fotossensibilidade).
36
Quando indicar fototerapia e imunossupressores na DA?
Casos moderados a graves e refratários, com monitoramento rigoroso nos imunossupressores.
37
Qual o mecanismo e benefícios dos inibidores tópicos da calcineurina na DA?
Inibem canais de cálcio em linfócitos T e mastócitos, reduzindo citocinas inflamatórias, inflamação e prurido; não causam atrofia cutânea, reduzem crises agudas; devem ser aplicados 2x/dia nas lesões, sempre com hidratantes.
38
Quais inibidores de calcineurina são usados na DA?
Tacrolimo (0,03–0,1%) e Pimecrolimo (1%), com uso tópico em crianças >2 anos e >3 meses, respectivamente; exige proteção solar.
39
Qual o agente etiológico da escabiose e como ocorre a transmissão?
Sarcoptes scabiei var. hominis; transmitida por contato íntimo e prolongado, rara por fômites (exceto na forma crostosa).
40
Qual a fisiopatologia da escabiose?
Fêmeas penetram na epiderme e depositam ovos; fezes, salivas e ovos induzem reação de hipersensibilidade, causando prurido intenso.
41
Quais são as manifestações clínicas clássicas da escabiose?
Pápulas eritematosas, vesículas, túneis, nódulos e prurido noturno intenso, com crostas e infecção secundária.
42
Quais locais são mais acometidos em lactentes e crianças maiores com escabiose?
Lactentes: axilas, palmas, plantas, face e couro cabeludo; escolares/adolescentes: interdigitais, axilas, punhos, glúteos, genitália.
43
Como é feito o diagnóstico da escabiose?
CLÍNICO: aspecto das lesões, padrão do prurido e dados epidemiológicos. Podendo ser confirmado por identificação do ácaro, ovos ou fezes ao exame microscópico ou dermatoscopia.
44
Quais critérios aumentam a suspeita clínica de escabiose?
Prurido noturno desproporcional, exantema pruriginoso típico, contatos familiares sintomáticos.
45
Qual a diferença entre a escabiose animal e a escabiose humana?
A escabiose do cão pode infectar humanos, mas é autolimitada por não completar o ciclo no hospedeiro.
46
Quais são as características da escabiose norueguesa (crostosa)?
Hiperqueratose palmo-plantar, lesões pápulo-eritematosas e pior resposta terapêutica.
47
Qual o tratamento da escabiose em crianças <2 meses?
Enxofre precipitado 2–6%, em todo corpo, 1x/dia à noite por 3 dias; repetir após 7 a 14 dias.
48
Qual o tratamento da escabiose em crianças >2 meses?
Permetrina 5% 1x/dia à noite por 8–12h; reaplicar após 7 dias.
49
Qual a dose de ivermectina na escabiose e quando usar?
Em todo corpo, 200 mcg/kg VO em dose única para >2a e >15 kg; repetir após 1–2 semanas.
50
Quais cuidados ambientais são recomendados no tratamento da escabiose?
Tratar todos os contactantes; lavar roupas com água quente e secagem ao sol ou calor, passar ferro, separar a roupa de cama e banho.
51
Como tratar a infecção secundária na escabiose?
Com antibióticos tópicos ou sistêmicos, conforme gravidade e extensão.
52
Quando considerar uso de anti-histamínicos na escabiose?
Quando o prurido persiste após tratamento; preferir os de 1ª geração por efeito sedativo.
53
Quais são os principais diagnósticos diferenciais da escabiose?
Dermatite atópica, dermatite de contato e exantemas virais.
54
Qual o agente causador da pediculose do couro cabeludo?
Pediculus humanus capitis.
55
Qual a fisiopatologia da pediculose?
Transmitida por contato direto ou fômites; prurido por hipersensibilidade à saliva/fezes do inseto (2–6 sem. na 1ª infecção, 1–2 dias nas reinfestações).
56
Qual a apresentação clínica típica da pediculose?
Prurido no couro cabeludo, principalmente occipital; pode haver pústulas, escoriações, linfadenopatia e infecção secundária (impetigo).
57
Como é feito o diagnóstico da pediculose?
Identificação de lêndeas ovaladas, amareladas e aderidas ao fio de cabelo; pode ou não haver visualização do parasita ao EF.
58
Quais os principais diagnósticos diferenciais da pediculose?
Dermatite seborreica, infecções fúngicas do couro cabeludo e dermatite atópica.
59
Qual a medida fundamental no controle da pediculose?
Uso diário de pente fino por 2 semanas para remoção mecânica das lêndeas.
60
Qual solução caseira pode auxiliar na remoção das lêndeas na pediculose?
Solução de água e vinagre em partes iguais.
61
Quais medicamentos tópicos podem ser usados na pediculose?
Permetrina 1%. OU: Dimeticona 4%, Deltametrina 0,2%, ou, se >6m Ivermectina 0,5% tópica.
62
Quando usar ivermectina oral na pediculose?
Crianças >5 anos, >15 kg, não gestantes; 200 mcg/kg VO em dose única; repetir após 7–10 dias.
63
Quais são as principais características epidemiológicas do molusco contagioso?
Causado por poxvírus do gênero Molluscipox; acomete crianças ≤10 anos; incubação de 2 semanas a 6 meses; transmissão direta e por autoinoculação.
64
Quando usar ivermectina oral na pediculose?
Crianças >5 anos, >15 kg, não gestantes; 200 mcg/kg VO em dose única; repetir após 7–10 dias
65
Quais são as principais características epidemiológicas do molusco contagioso?
Causado por poxvírus do gênero Molluscipox; acomete crianças ≤10 anos; incubação de 2 semanas a 6 meses; transmissão direta e por autoinoculação; lesões genitais sugerem abuso sexual
66
Qual a forma de transmissão do molusco contagioso?
Contato direto, fômites ou autoinoculação; possível transmissão em piscinas.
67
Quais grupos fazem lesão mais grave por molusco contagioso?
Crianças com atopia e imunodepressão
68
Como é a apresentação clínica típica do molusco contagioso?
Pápulas esféricas, rosadas, umbilicadas, únicas ou múltiplas; indolores, 1 mm–1 cm
69
Como é feito o diagnóstico do molusco contagioso?
Clínico, baseado em lesões típicas; dermatoscopia pode auxiliar e biópsia é indicada apenas em casos atípicos
70
Quais complicações podem ocorrer no molusco contagioso?
Eczematização, infecção bacteriana secundária e cicatrizes
71
Quando está indicado tratar o molusco contagioso?
Imunossuprimidos, dermatite atópica, lesões genitais, doença extensa, complicações ou por razões estéticas
72
Quais opções terapêuticas são indicadas para remoção física das lesões de molusco contagioso?
Retirada manual uma a uma com anestésico tópico; crioterapia com nitrogênio líquido (dolorosa para crianças); se não tratada, pode haver cura espontânea em cerca de 6 meses.
73
Quais são os tratamentos de primeira linha para molusco contagioso?
Crioterapia, curetagem, cantaradina tópica (por médico) e podofilotoxina
74
Quais tratamentos alternativos podem ser utilizados no molusco?
Imiquimode, hidróxido de potássio, ácido salicílico, retinoides tópicos, cimetidina VO
75
Qual a definição de impetigo?
Infecção superficial da pele com erosões cobertas por crostas melicéricas (amareladas e aderentes)
76
Quais agentes causam o impetigo?
Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes
77
Qual a fisiopatologia do impetigo?
Colonização bacteriana após perda da integridade cutânea (traumas, picadas), com invasão da epiderme
78
Quais são as formas clínicas do impetigo?
Impetigo bolhoso e impetigo crostoso (não bolhoso)
79
Quais são as características do impetigo bolhoso?
Bolhas flácidas até 2 cm, paredes finas, rompem facilmente, conteúdo límpido que se torna turvo, erosão residual rasa (colarete); sem linfadenomegalia; mais comum em lactentes
80
Quais são as características do impetigo crostoso?
Vesículas e pústulas, sobre base eritematosa, que evoluem para crostas melicéricas; crescimento centrífugo, podem coalescer; linfadenopatia regional comum; comum em crianças maiores
81
Quais fatores predisponentes devem ser investigados no impetigo?
Higiene precária e desnutrição
82
Como é feito o diagnóstico do impetigo?
Clínico; exames laboratoriais são dispensáveis na maioria dos casos
83
Qual é o principal diagnóstico diferencial do impetigo?
Ectima (forma ulcerativa que atinge a derme e deixa cicatriz)
84
Quais complicações infecciosas podem ocorrer após o impetigo?
Glomerulonefrite pós-estreptocócica e, mais raramente, febre reumática
85
Qual cuidado geral deve ser adotado no tratamento do impetigo?
Higiene local com água e sabão, compressas mornas e manutenção de unhas curtas e limpas
86
Quando a criança com impetigo pode retornar à escola?
Após 24h de início do antibiótico, com lesões cobertas se houver exsudato
87
Qual é o tratamento tópico de primeira linha no impetigo?
Mupirocina 2% (>2 meses) ou ácido fusídico (>9 meses), 3x/dia por 7–10 dias
88
Quando está indicado o uso de antibiótico sistêmico no impetigo?
5 lesões, >2 regiões acometidas, couro cabeludo, febre, linfadenomegalia, faringite associada, impetigo bolhoso, surtos ou acometimento profundo
89
Quais são os esquemas orais indicados para impetigo?
Cefalexina, eritromicina ou claritromicina por 7–10 dias
90
Quais antibióticos são usados nos casos suspeitos de MRSA?
Sulfametoxazol-trimetoprim, doxiciclina ou clindamicina
91
O que é Tinea capitis?
Dermatofitose do couro cabeludo, mais comum em crianças, especialmente pré-escolares
92
Quais são as formas de transmissão da Tinea capitis?
Contato direto com humanos ou animais infectados e fômites contaminados (pentes, escovas, bonés, instrumentos de corte)
93
Quais são os agentes mais comuns da Tinea capitis e como ocorre a transmissão?
Trichophyton tonsurans (antropofílico) e Microsporum canis (zoofílico)
94
Quais as formas clínicas principais da Tinea capitis?
Inflamatória (querion de Celso) e não inflamatória (microsporica ou tricofítica)
95
Quais os achados clínicos da Tinea capitis não inflamatória?
Áreas únicas ou múltiplas de alopecia com descamação, fios tonsurados (quebradiços e curtos) e pústulas ocasionais sem perda de fios adjacentes
96
Quais as características do querion (forma inflamatória da Tinea capitis)?
Placas infiltradas com alopecia, pústulas, secreção purulenta e linfadenopatia; pode evoluir com alopecia cicatricial se não tratado rapidamente
97
Qual exame auxilia no diagnóstico da Tinea capitis?
Luz de Wood (positivo em Microsporum) e cultura micológica de escamas/pelos
98
Qual é o tratamento de escolha da Tinea capitis e como deve ser administrado?
Griseofulvina VO (15–20 mg/kg/dia por 6–8 semanas, após refeição gordurosa); alternativa: terbinafina, fluconazol, itraconazol. Associar xampu antifúngico (cetoconazol ou sulfeto de selênio) 2–3x/semana.
99
Como deve ser conduzido o tratamento do querion de Celso (forma inflamatória da Tinea capitis)?
Antifúngico sistêmico + corticosteroide oral (prednisona 0,5–1 mg/kg/dia por 1–2 semanas); considerar antibiótico se infecção bacteriana secundária.
100
Quais são os principais diagnósticos diferenciais da Tinea capitis?
Dermatite seborreica, psoríase, alopecia areata, tricotilomania, foliculite, impetigo e lúpus eritematoso.
101
Crianças com Tinea capitis devem ser afastadas da escola?
Não; a eliminação de esporos pode persistir por meses, mas o afastamento não é indicado. Deve-se evitar compartilhamento de objetos como pentes, escovas e bonés.
102
Quais os locais mais acometidos e a principal forma de transmissão da Tinea corporis na infância?
Tronco e extremidades; contato com animais domésticos, especialmente filhotes de cães e gatos
103
Qual o aspecto clínico típico da Tinea corporis?
Placas anulares descamativas, bem circunscritas, com centro claro e borda ativa (descamativa, vesicular, papular ou pustular)
104
Em quais pacientes a Tinea corporis pode apresentar lesões extensas?
Imunocomprometidos, como em diabetes, leucemia ou imunodeficiências
105
Qual o impacto do uso de corticoides tópicos no diagnóstico da Tinea corporis?
Dificulta o diagnóstico ao modificar a apresentação clínica e permitir progressão da infecção
106
Qual é o tratamento da Tinea corporis localizada?
Antifúngicos tópicos 1–2x/dia por 3–4 semanas (clotrimazol, cetoconazol, miconazol, terbinafina, entre outros)
107
Por quanto tempo deve ser mantido o tratamento da Tinea corporis após melhora clínica?
Deve ser mantido por 2–3 semanas, mesmo com melhora dos sintomas na primeira semana