Diagnóstico do paciente periodontal. Terapia fase sistémica Flashcards

(73 cards)

1
Q

Para além das preocupações do clínico o que deve ser tido sempre em conta na consulta?

A

O motivo da consulta, ou seja, as preocupações do doente

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2
Q

Ao que corresponde o motivo da consulta?

A

Corresponde à determinação das necessidades e desejos do paciente

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3
Q

Ao que corresponde a avaliação das expectativas?

A

Corresponde ao que é que o paciente espera do tratamento

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4
Q

Porque é que é necessário compreender quais as expectativas dos pacientes?

A

Porque por vezes os pacientes apresentam expectativas completamente irrealistas

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5
Q

Ao que corresponde a história pessoal e familiar?

A

Dá-nos a informação se naquela determinada família existe uma tendência para certos acontecimentos (perda de dentes cedo e mobilidade). Fornece também informação sobre as prioridades na vida do paciente

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6
Q

Quando deve ser determinada a história pessoal e familiar?

A

Antes da história clínica

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7
Q

O que se pretende perceber ao realizar a história dentária?

A

Vamos perceber a frequência com que o paciente vai a consultas, se o paciente tem noção de situações anómalas na cavidade oral, se sabe se tem dores/mobilidade/hemorragia

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8
Q

O que avaliamos no registo dos hábitos de higiene oral?

A

Número de vezes que o paciente escova os dentes que técnica utiliza

Tipos de escova dentária utilizada e dentífrico

Método de higienização interdentária

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9
Q

O questionário sobre hábitos de higiene oral deve ser realizado no inicio ou no fim da consulta? Porquê?

A

No inicio, para o paciente se aperceber que o clínico valoriza essas informações e esses comportamentos

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10
Q

No questionários sobre os hábitos tabágicos a pergunta deve ser simpesmente informativa?

A

Não, mesmo que achemos que não seremos bem sucedidos devemos sempre insistir na eventual cessação tabágica (ou pelo menos diminuição do hábito)

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11
Q

Para além da confirmação de que o paciente fuma que outras informações são importantes recolher sobre os hábitos tabágicos?

A

Quantos cigarros fuma e há quanto tempo é que o paciente fuma

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12
Q

O que se pretende alcançar com o questionário sobre a medicação do paciente?

A

Pretende-se avaliar a medicação do paciente (sobretudo em pacientes polimedicados) e verificar a sua relação com a condição, patologia e tratamentos futuros

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13
Q

Em perio quando avaliamos sinais e sintomas direcionamos as nossas atenções para que aspetos? Porque?

A

Alterações da gengiva, do ligamento periodontal, do cemento e do osso. Porque é nestes tecidos que a doença periodontal tem implicações

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14
Q

Quando avaliamos a gengiva que sinais procuramos?

A

Os sinais da gengivite

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15
Q

Quais são os sinais da gengivite?

A

Alteração da cor

Alteração da textura

Tendência para a hemorragia

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16
Q

Os índices que existem para avaliar a inflamação dos tecidos periodontais consideram uma avaliação histológica?

A

Não, os índices evidenciam as características clínicas da inflamação

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17
Q

Quais os dois índices que procuramos invariavelmente e todos os pacientes?

A

Hemorragia à sondagem

Índice gengival

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18
Q

O que avaliamos no índice de hemorragia à sondagem?

A

Avaliamos a inflamação no fundo da bolsa/sulco, aquando da sondagem

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19
Q

Segundo Lang o que significa a ocorrência de BOP num determinado local em avaliações sucessivas?

A

Significa que esse local está a ser alvo de progressão da doença

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20
Q

Sondamos e não existe hemorragia. O que esperar desse local de osndagem?

A

Esperamos que nesse local não existe patologia ativa, ou seja, encontra-se estável

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21
Q

Como se regista a hemorragia à sondagem?

A

Sempre em 6 localizações por dente (3 por vestibular e 3 por lingual/palatino)

Colocamos uma bola encarnada ou assinalamos um traço a vermelho por baixo número que corresponde à profundidade de sondagem desse local

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22
Q

Tecnicamente como é feita a determinação da hemorragia à sondagem?

A

Através da colocação da sonda no fundo da bolsa ou sulco periodontal e aplicar uma pressão leve (0,25 N)

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23
Q

Como fazemos a avaliação da inflamação do ligamento periodontal?

A

Através de índices que nos dão indicação de perda de estruturas

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24
Q

Quais são os índices que nos dão indicação de perda de estruturas e que são utilizados para avaliar a inflamação do ligamento periodontal?

A

Profundidade de sondagem

Nível de inserção

Envolvimento de furca

Mobilidade dentária

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25
O que avalia a profundidade de sondagem?
A distância da margem gengival ao fundo da bolsa
26
Como se realiza a avaliação da profundidade de sondagem?
Sonda-se e avalia-se a distância da margem gengival ao fundo da bolsa, arredondando-se o valor ao mm mais próximo. Fazem-se 6 avaliações por dente Se os valores de sondagem forem inferiores ou iguais a 3 mm são escritos a azul ou preto. Se forem superiores a 3 mm são escritos encarnado
27
Porque razão se deve ter em conta a união amelo-cementária quando efetuamos a avaliação da profundidade de sondagem?
Para avaliar se a margem gengival está para apical (recessão) ou para coronal (edemaciada), o que pode ajudar a distinguir entre uma bolsa e uma pseudobolsa
28
Ao que corresponde o nível de inserção?
Corresponde à distância entre a união amelo-cementária e o fundo da bolsa
29
Relativamente ao nível de inserção que erros podem estar associados?
1. Anatomia da sonda 2. Angulação da sonda 3. Graduação da sonda 4. Pressão aplicada 5. Grau de inflamação
30
Relativamente à determinação do nível de inserção a anatomia da sonda corresponde a um problema comum na clinica atualmente?
Não, porque atualmente as sondas são todas iguais. Antigamente havia vários tipos de sondas (inclusive algumas com uma bola na ponta) pelo que a penetração da sonda variava consoante a anatomia da mesma
31
Relativamente à determinação do nível de inserção como explica a angulação da sonda como erro de medição?
Á medida que caminhamos para posterior os dentes serão mais bojudos e as coroas mais largas em relação ao diâmetro das raízes, pelo que é necessário fazer alguma angulação (nos dentes anteriores a sondagem é quase longitudinal ao eixo do dente, ou seja, quase sem inclinação). Esta diferença de angulação tem de ser ajustada ao tipo de dente que estamos a sondar e pode levar a erros (por excesso ou defeito de angulação)
32
Relativamente à determinação do nível de inserção como explica a graduação da sonda como erro de medição?
Existem diversos tipos de marcações na sonda e alguns vão dificultar a medição (por exemplo, vários traços pouco marcados onde é fácil perder a medida de sondagem)
33
Relativamente à determinação do nível de inserção como explica a aplicação de pressão como erro de medição?
Se fizermos mais pressão que aquela que é a necessária aquando da sondagem então é mais provável alcançarmos profundidades de sondagem superiores. O contrário também se verifica
34
Relativamente à determinação do nível de inserção como explica o grau de inflamação como erro de medição?
Podem existir duas situações: 1. Ao sondar, está tão inflamado, que a hemorragia é tão grande que não vemos a sonda 2. Com muita inflamação a sonda não vai parar onde começa a inserção mas vai parar no tecido conjuntivo (sondagem por excesso)
35
A que se deve a alteração da profundidade de sondagem após a terapia periodontal?
Deve-se a um ganho de inserção mas não apenas isso. Pode haver algum ganho ósseo (não significativo neste caso) mas também uma redução do edema que, ao desinflamar o tecido em questão, provoca uma contração da gengiva (houve alguma recessão gengival) Outra razão é o facto de que um tecido mais saudável não permite uma penetração tão grande da sonda no tecido
36
Qual a definição de recessão gengival?
Posição da gengiva para apical da junção amelo-cementária
37
Quantas avaliações do envolvimento de furca se faz nos molares maxilares?
3 avaliações (vestibular, mesio e disto palatina)
38
Quantas avaliações do envolvimento de furca se faz nos molares mandibulares?
2 avaliações (vestibular e lingual)
39
Qual a sonda específica para verificar o envolvimento de furcas? Normalmente é esta que se utiliza?
Sonda de nabers. Não, normalmente utilizamos uma sonda periodontal
40
Qual a classificação na avaliação do envolvimento de furca?
Grau 1: até 3 mm no sentido horizontal Grau 2: envolvimento superior a 3 mm no sentido horizontal Grau 3: sonda atravessa o dente de um lado ao outro através da furca
41
Quais as principais causas de mobilidade dentária?
Doença periodontal e trauma oclusal
42
Como avaliamos a mobilidade dentária?
Através da utilização de 2 cabos de instrumentos (e não através dos dedos)
43
Qual a classificação da avaliação da mobilidade dentária?
Grau 0: fisiológica, mobilidade da coroa de aproximadamente 0,1 a 0,2 mm no sentido horizontal Grau 1: mobilidade da coroa até 1 mm no sentido horizontal Grau 2: mobilidade da coroa superior a 1 mm no sentido horizontal Grau 3: qualquer grau de mobilidade no sentido vertical
44
No periodontograma registamos o grau 0 de mobilidade dentária?
Não, se temos um grau 0 não colocamos nada no periodontograma
45
A avaliação da higiene oral do paciente é efetuada em todas as consultas?
Sim
46
Em que situações utilizamos o corante de placa?
Quando queremos que o paciente veja a placa bacteriana
47
Quando devemos usar corante de placa em consultas que não a primeira?
Quando utilizámos corante de placa na primeira consulta, para termos os mesmos parâmetros de avaliação
48
No calculo do incide de placa quantas localizações são por dente?
4 localizações
49
Que exames adicionais podemos realizar?
Sensibilidade à percussão Testes de vitalidade Deteção clínica de cáries Deteção radiográfica de cáries e lesões endodônticas Avaliação da oclusão
50
Os exames adicionais são para fazer em todos os dentes?
Não, apenas em algum dente que nos suscite alguma dúvida (lesão endo-perio ou trauma oclusal)
51
Quais as fases do tratamento periodontal?
Fase sistémica Fase inicial ou higiénica Fase corretiva Fase de manutenção ou suporte periodontal
52
Em que consiste fundamentalmente a fase sistémica?
Aconselhamento para a cessação tabágica
53
Em que consiste fundamentalmente a fase inicial ou higiénica?
Teraia dirigida para a causa da patologia (controlo de infeção, alisamento radicular e extrações)
54
Em que consiste fundamentalmente a fase corretiva?
Inclui cirurgia periodontal, terapia endodôntica, restaurativa, implantologia, ortodontia...
55
Em que consiste fundamentalmente a fase de manutenção ou suporte periodontal?
Fase para manter os resultados e estabilidade alcançados
56
Qual o objetivo da terapia periodontal?
1. Redução ou resolução da gengivite (BOP menor que 25%) Redução da profundidade de sondagem (não devem persistir bolsas superiores a 5 mm) Ausência de dor Satisfação estética e funcional
57
Relativamente à saúde sistémica qual a grande preocupação a que o clínico e deve ter atenção?
Os pacientes nem sempre têm conhecimento do seu estado de saúde ou nem sempre informam o clínico sobre o mesmo pelo que é indispensável o uso de máscara, luvas, proteção ocular e toca
58
Que patologias sistémicas têm alto índice de transmissão na clínica?
Hepatite Herpes simplex vírus Tuberculose Gripe Covid 19
59
O que fazemos a pacientes com patologia sistémica instável ou que possa ser agravada durante ou após a terapia periodontal?
O médico assistente deve ser sempre consultado para se decidir se o paciente pode avançar com a terapia ou se a avançar terá de ser em meio hospitalar
60
Que cuidados devemos ter com pacientes com patologia sistémica instável ou que possa ser agravada durante ou após a terapia periodontal?
Consultas curtas Controlo eficaz da dor Atenção ao uso de vasoconstritor (por vezes mais vale usar vasoconstritor a concentrações seguras e evitar o desconforto do que evitar o mesmo e provocar dor e desconforto ao paciente)
61
Quais as complicações mais frequentes no consultório dentário a nível sistémico?
Infeção Hemorragia Incidentes cardiovasculares Reações alérgicas
62
Qual a principal infeção sistémica respeitante à consulta dentária?
Endocardite bacteriana
63
Quais os pacientes que possuem risco de endocardite bacteriana?
História prévia de endocardite bacteriana, válvulas cardíacas protéticas, condutos/shunts reconstruídos cirurgicamente u por catéter, transplante cardíaco prévio
64
Quais os pacientes que possuem risco de hemorragia sistémica?
Pacientes que tomam anticoagulantes (varfarina, heparina), ou seja, que atuam na cascata de coagulação ou que tomam antiagregantes plaquetários (aspirina) que atuam na adesividade e agregação das plaquetas
65
Se o paciente toma anticoagulantes ou antiagregantes o que pode prejudicar ainda mais a sua coagulação?
Problemas e condições hepáticas
66
Se o paciente possuir tendência para hemorragia o que é que podemos fzer?
Utilizar esponjas de colagénio sempre que indicado, sutura eficaz, compressão e aplicação de frio no local
67
Qual o tempo necessário para que ocorra coagulação? O que significa isto?
7 minutos. Significa que a compressão só resulta se for feita por cerca de 7 minutos
68
Se em casa começar a surgir hemorragia no paciente o que é que este pode fazer?
Aplicação de compressão e aplicação de frio
69
O que fazer na consulta para evitar incidentes cardiovasculares?
Controlar a dor e a ansiedade e evitar medicação que aumente o riso de hemorragia ou até crises de hipotensão
70
Quais as reações alérgicas mais comuns de surgir no contexto de consulta dentária?
Anestésico local Penicilina Derivados da sulfamidas Desinfetantes como o iodo
71
O médico dentista pode parar ou alterar a medicação crónica de um paciente sem consultar o médico assistente?
Não, o dentista tem sempre de consultar o médico assistente antes de uma eventual interrupção
72
Um paciente diabético sujeito a um pico de stress muito provavelmente irá ter uma crise de hipoglicémia. O que é que esta afirmação indica no modo de como lidar com pacientes diabéticos?
Evitar ao máximo situações de stress
73
Como se pode controlar farmacologicamente a ansiedade do paciente na consulta?
Prescrevendo um ansiolítico