Diarreia aguda Flashcards

1
Q

Definição diarréia:

A

– Diarreia é o termo que define a perda excessiva deágua e eletrólitos através das fezes, resultando emaumento do volume e frequência das evacuações,e diminuição na consistência das fezes, de formadiferente do padrão habitual.

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2
Q

Definição diarreia aguda:

A

Diarreia aguda: Doença caracterizada pela máabsorção de água e eletrólitos com duraçãoinferior ou igual a quatorze dias. Tem, na grandemaioria das vezes, etiologia infecciosa, recebendopor isso a denominação de diarreia agudainfecciosa ou gastroenterite.

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3
Q

Definição diarreia crônica:

A

➢ Diarreia crônica: É a diarreia que se estende porum período superior a trinta dias, podendo ou nãohaver síndrome de má absorção associada.

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4
Q

Definição disenteria:

A

➢ Disenteria: É definida pela eliminação de fezessanguinolentas e com muco, em pequeno volume,associada a tenesmo e urgência para defecar.Traduz clinicamente uma inflamação do cólon.

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5
Q

Mecanismo diarreia osmótica:

A

 Caracterizada pela retenção de líquidos dentrodo lúmen intestinal devido à presença de solutososmoticamente ativos não absorvidos, quecarreiam a água para dentro da alça intestinal.
 Esta diarreia, na maior parte das vezes, ésecundária a um processo infeccioso que lesa oenterócito.
 Quando os carboidratos ficam no lúmenintestinal puxam líquido para dentro da alça. Nocólon, esses açucares vão ser fermentados pelasbactérias intestinais, levando à formação deácidos orgânicos e gases, que irritam a mucosa edeixam o pH fecal ácido. Essa diminuição no pHfecal pode promover dermatite perianal

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6
Q

Causas diarreia osmótica:

A

 Causas: Laxantes, deficiência de lactase e máabsorção de glicose-galactose.

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7
Q

Laboratório diarreia osmótica:

A

Diagnóstico laboratorial: osmolaridade elevada,ph<5, presença de substâncias redutoras,leucócitos e sangue no EAF; Coproculturanegativa; Provas de tolerância e teste dohidrogênio expirado para avaliar tolerância alactose.

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8
Q

Mecanismo diarreia secretora:

A

 Tem como característica o aumento de secreçãointestinal de água e eletrólitos, principalmenteos ânions cloreto e bicarbonato. Pode ser ocasionado por toxinas bacterianas oupela ação direta de patógenos que aumentam aconcentração intracelular dos nucleotídeoscíclicos (AMP e GMP) e, também, do cálcio,promovendo a secreção ativa de água eeletrólitos pelos enterócitos.

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9
Q

Causas de diarreia secretora:

A

Ativação de AMPc (Cólera, Escherichiacoli enterotoxigênica, Shigella, Salmonella,Campylobacter); Ativação de GMPc (Escherichia iana, Marcela e Michelle – Pediatria31coli enterotoxigênica, Yersinia); Mecanismocálcio-dependente (Clostridium difficile).

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10
Q

Mecanismo diarreia inflamatória:

A

 É caracterizada pela lesão das células epiteliaisintestinais, impedindo a absorção de nutrientes. Pode haver também um componente secretor,uma vez que a mucosa invadida produzsubstâncias (bradicinina e histamina) queestimulam a secreção de eletrólitos para olúmen intestinal. Pode haver aparecimento de sangue e leucócitosnas fezes se as bactérias invadirem a mucosa ealcançarem a submucosa.

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11
Q

Causas diarreia inflamatória:

A

E.coli enteroenvasiva, Shigella.Campylobacter, Salmonella e Entamoebahystolitica.

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12
Q

Diagnóstico laboratorial diarreia inflamatória:

A

pH fecal normal;leucócitos e sangue presentes; coproculturapositiva; substâncias redutoras negativas.

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13
Q

Mecanismo e causa diarreia por aumento da motilidade:

A

 Há diminuição do tempo de trânsito intestinalpor aceleração da peristalse. As fezes têm aspecto normal. Causas: Síndrome do Intestino irritável e ohipertireoidismo.

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14
Q

Mecanismo e causa diarreia por diminuição da motilidade:

A

 Há defeito na unidade neuromuscular, comestase e supercrescimento bacteriano. Causas: Pseudo-obstrução intestinal e asíndrome da alça cega.

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15
Q

Mecanismo e causa diarreia por diminuição da área de superfície:

A

 Há diminuição da capacidade intestinal deabsorção de água, eletrólitos e nutrientes deuma forma geral. O aspecto das fezes é aquoso. Exemplos: Síndrome do intestino curto, doençacelíaca e a enterite por rotavírus.

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16
Q

Diarreia aguda por Infecção aderente:

A

 Aderência a célula epitelial e estímulo a secreção. Causas: E.coli enteroagregadora eenterohemorrágica. Diagnóstico laboratorial: pH fecal normal;leucócito negativo e sangue positivo ou negativo;coprocultura positiva; substâncias redutoraspositivas ou negativas.

17
Q

Diarreia aguda por Infecção mista:

A

Causas: Vírus e Yersinia enterlítica Diagnóstico laboratorias para diarreias virais:ELISA, imunoensaio em látex e microscopiaeletrônica.

18
Q

Diarreia aguda por infecção por parasitas:

A

 Podem provar lesão na mucosa ou má absorção. Confirmação laboratorial: Exame parasitológicode fezes e exame direto com fezes frescas.

19
Q

Conceito gastroenterite aguda:

A

O termo gastroenterite aguda denota sempre umacausa infecciosa para a diarreia que pode serprovocada por vírus, bactérias ou protozoários. Agastroenterite é transmitida por via fecal-oral,através da ingestão de água ou alimentoscontaminados.

20
Q

Etiologia gastroenterite:

A

– Vírus Rotavírus: Causa mais comum de diarreia emmenores de dois anos de idade; Coronavírus Adenovírus Calicivírus (em especial o Norovírus) Astrovírus

– Bactérias E. coli Enterotoxigênica (ECET): principal causa dediarreia bacteriana Shigella spp: principal causa da disenteria Staphylococcus aureus E. coli Enteropatogênica (ECEP) E. coli Enteroinvasiva (ECEI) E. coli Êntero-Hemorrágica (ECEH) E. coli Enteroagregativa (ECEA) E. coli Enteroaderente Difusa (ECED Bacilus cereus Bacilus anthracis Salmonella spp Campylobacter jejuni Yersinia enterocolitica Clostridium difficile Clostridium botulinum Vibrio cholerae

– Protozoários: Giardia lamblia (também chamada G.duodenalis; G. intestinalis) Entamoeba histolytica CryptosporidiumOBS: A Giardia lamblia adere ao enterócito e lesa suaborda em escova, levando à má absorção. Já osmecanismos pelos quais a ameba e o Cryptosporidiuminvadem a mucosa ainda não foram totalmenteesclarecidos.

– Fungos: Candida albicans

– Não infecciosos: Dietéticas: (intolerância à lactose, glúten, dietashiperosmolares, alergias a proteínas e gordurasnão absorvidas) Anatômicas (Intestino curto e doença de Crohn) Drogas: Laxantes e pós antibioticoterapia Imunológicas: Imunodeficiência Endócrinos: Hipertireoidismo Neoplásicos Psicogênicos

21
Q

Método de transmissão gastroenterite:

A

– Direto: Pessoa à pessoa (mãos contaminadas) Animais para pessoas Manipuladores de alimentos Vetores (moscas, formigas e baratas)

– Indireto: Ingestão de água e alimentos contaminados Contato com objetos contaminados Equipamentos hospitalares

22
Q

Elementos importantes na anamnese de um paciente com diarreia:

A

 Duração da diarreia Número diário de evacuações Presença de sangue nas fezes Número de episódios de vômitos Presença de febre ou outra manifestaçãoclínica Práticas alimentares prévias e vigentes, outroscasos de diarreia em casa ou na escola. Oferta e o consumo de líquido Uso de medicamentos e histórico deimunizações Diurese e peso recente

23
Q

Elementos importantes na anamnese de um paciente com diarreia:

A

 Avaliar o estado de hidratação, estadonutricional, o estado de alerta (ativo, irritável,letárgico), a capacidade de beber e a diurese. O percentual de perda de peso é consideradoo melhor indicador da desidratação. A perda depeso de até 5represente a desidratação leve;entre 5% e 10% a desidratação é moderada; eperda de mais de 10% traduz desidrataçãograve; Esta classificação proporciona umaestimativa do volume necessário para correçãodo déficit corporal de fluído em consequênciada doença diarreica. O exame do estado geral do paciente, dosolhos (se há lágrimas ou não), se o pacientetem sede, nível de consciência, presença dosinal da prega cutânea, e como se encontra opulso e o enchimento capilar ajudam adesvendar o estado de hidratação do paciente.

24
Q

Métodos diagnósticos úteis no exame da diarreia:

A

– Na quase totalidade dos casos de diarreiaaguda não há necessidade de examescomplementares. Em alguns poucos casos(evolução grave, comprometimento do estadogeral da criança, crianças imunossuprimidas)os exames complementares podem estarindicados. São eles: Hemograma Bioquímica: dosagem sérica de potássio,sódio, cloro, ureia, creatinina e glicose. Gasometria arterial: suspeita de acidosemetabólica. Parasitológico de fezes: deve ser feitopara a identificação de ovos, cistos eparasitas. Pesquisa de rotavírus nas fezes (ELISA ouaglutinação em látex) Cultura de fezes (coprocultura) parabactérias. pH das fezes: valores inferiores a 5,6indicam participação de componenteosmótico. Sangue e leucócitos nas fezes sugereminvasão do epitélio intestinal. Substâncias redutoras maiores de 0,5%são encontradas na diarreia osmótica.

25
Q

Tratamento diarreia aguda:

A

– Após ser estabelecido o diagnóstico, segue-seo esquema clássico de tratamento, segundo apresença ou não de desidratação: Se opaciente está com diarreia e está hidratadodeverá ser tratado com o Plano A. Se está comdiarreia e tem algum grau de desidratação,deve ser tratado com o Plano B. Se temdiarreia e está com desidratação grave, deveser tratado com o Plano C.

– Combate à desnutrição, mantendo aalimentação habitual e o leite materno.– Terapia de reidratação oral– Terapia de reidratação parenteral– Zinco– Vitamina A– Probióticos– Antibióticos Na grande maioria das vezes osantibióticos não são empregados notratamento da diarreia aguda, pois osepisódios são autolimitados e grandeparte se deve a agentes virais, queprecisa apenas de tratamento desuporte.– Mebendazol e albendazol são recomendadosnos casos de diarreia aguda por parasitas.– Metronidazol é recomendado na diarreiaaguda por protozoários.

26
Q

Complicações extraintestinais da diarreia aguda:

A

– Artrite reativa: associada à infecção por:Salmonella, Shigella, Campylobacter eCryptosporidium.– Síndrome de Guillain-Barré: associada àinfecção por Campylobacter.– Nefropatia por IgA: associada à infecção porCampylobacter.– Glomerulonefrite: Shigella, Yersinia,Campylobacter.– Síndrome hemolítico-urêmica: E. coliEO157:H7 e Shigella.– Anemia hemolítica: Campylobacter e Yersinia.– Eritema nodoso: Yersinia, Campylobacter,Salmonella