Tuberculose infantil Flashcards

1
Q

Ag etiológico tuberculose:

A

• O principal agente etiológico é o Mycobacteriumtuberculosis.• Microorganismo de crescimento lento e não secora pelo método GRAM.• Tem capacidade de permanecer em estado delatência no hospedeiro.• Em alguns locais, o M bovis tem relevância comoagente etiológico, como locais em que seconsome leite e derivados não pasteurizados /fervidos, área rural e profissionais do campo.• A transmissão ocorre de pessoa para pessoaatravés de gotículas de aerossóis oriundos datosse, fala ou espirro.

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2
Q

Epidemiologia tuberculose:

A

• A coinfecção TB – HIV é muito prevalente (9 –10%)• Crianças com TB pulmonar em geral tembaciloscopia negativa e, por isso, poucaimportância na cadeia de transmissão dadoença.• 10 % dos casos de TB são em crianças.• Bacilífero: pessoa com TB pulmonar ou laríngeaque tem baciloscopia positiva no escarro. Temmais capacitade de transmissão. Um pacientebacilífero contamina de 10 a 15 pessoas.• Baciloscopia negativa, mas com teste molecularrápido para TB (TRM – TB) ou cultura positiva noescarro, tem infectividade menor

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3
Q

Patogênese tuberculose:

A

• A primo-infecção é mais comum na infância eadolescência, embora possa ocorrer emqualquer idade.• Ao alcançar o espaço alveolar, o bacilo éfagocitado por macrófagos locais, que sãoincapazes de destruir ou mesmo inativar obacilo, que então se prolifera em seu interior.• Após acumular muitos bacilos, a célula se rompee morre, liberando-os para infectar outrosmacrófagos. Neste momento, novos fagócitossão atraídos para o local, desenvolvendo-se umpequeno foco pneumônico (imperceptível naradiografia) com mais de 100 mil bacilos.• Os bacilos são drenados para linfonodos hilarese mediastinais, onde continuam se proliferandono interior de macrófagos e, em seguida,atingem a corrente sanguínea, sendo semeados ra diversos órgãos e sistemas, nos quaistambém começam a se proliferar.• Após 2-10 semanas, a imunidade celularespecífica se desenvolve com ativação delinfócitos T CD4 e macrófagos. Estes aumentamseu citoplasma, ganhando aspecto semelhanteao das células epiteliais (“células epitelióides”),além de multiplicar sua capacidade bactericida.• Estas células então se acumulam em volta dofoco de infecção primária e nos focos dedisseminação linfonodal e hematogênica. Em95% dos casos, a infecção tuberculosa seráefetivamente controlada em todos esses focos,permanecendo o paciente assintomático.• A reunião de macrófagos circundados por uminfiltrado de linfócitos compõe o granuloma,que pode conter no seu interior células gigantesde Langerhans. No caso específico datuberculose, no centro da reação granulomatosasurge uma área de necrose “sólida” do tipocaseosa. Tal aspecto é secundário à presença delipídios degradados da parede micobacteriana.• O foco granulotamatoso pulmonar onde iniciouo processo é chamado foco primário ou Nódulode Ghon – geralmente é único e localizado noterço médio do pulmão. O foco nos linfonodossatélites também pode crescer, levando àadenopatia hilar e/ou mediastinal ipsilateral. Aassociação do nódulo de Ghon com adenopatiasatélite é chamada de “complexo primário” ouComplexo de Ranke.• A lesão tecidual é decorrente da respostaimunológica do hospedeiro, e não de um efeitodireto do bacilo, que é desprovido de toxinas dealto poder lesivo.• No cáseo os bacilos se proliferam com muitadificuldade, devido à baixa tensão de O2 e pHácido. Se o cáseo for mantido, o processo temchance maior de estabilizar. O problema équando ocorre a liquefação da necrose caseosadada pela liberação excessiva de enzimasdestrutivas pelos macrófagos ativados quecircundam o foco caseoso. Assim, o bacilo passaa se multiplicar no ambiente extracelular.• Se a lesão atingir um brônquio, erodindo suaparede e permitindo a comunicação com oespaço aéreo, rico em O2, a proliferação bacilarse exacerbará ainda mais, surgindo a cavernatuberculosa – ambiente propício ao acúmulo dequantidades absurdas do bacilo de Koch.• O material liquefeito é despejado na árvorebrônquica, levando à disseminação endobrônquica da tuberculose, além de serexpelido ao meio externo, contaminandocircunstantes suscetíveis.

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4
Q

Clínica TB pulmonar:

A

✓ Febre vespertina, sem calafrios, não costumaultrapassar 38,5° C✓ Tosse seca ou purulenta✓ Sudorese noturna, anorexia e emagrecimento✓ Pneumonia que não melhora com o uso deantibióticos para germes comuns✓ Hemoptise – menos comum na criança

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5
Q

Clínica TB extrapulmonar:

A
  • TB Pleural: forma mais comum em nãoinfectados pelo HIV

- TB Ganglionar: forma mais comum em HIV + eem crianças

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6
Q

Compare TB em crianças VS TB em adultos

A

Crianças:
Manifestações clínicas inespecíficas
Radiografia inespecífica
Paucibacilar - baciloscopia negativa
Crianças pequenas não conseguem expectorar
Prova tuberculínica edosagem de interferongama não discriminam(ILTB x TB Doença)

Adulto:
Tosse, emagrecimento,febre e hemoptise
Radiografia com alteraçõesmais específicas
A baciloscopia costuma termaior positividade
Expectoram com mais facilidade
Prova tuberculínica edosagem de interferongama não discriminam (ILTBx TB Doença)

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7
Q

Formas mais graves de tuberculose:

A

S: As formas graves de tuberculose são atuberculose miliar e a meningite tuberculosa.

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8
Q

Radiografia de tórax TB:

A
  • AdenomegaliaHilar (melhoravaliada em TC)
  • Condensação
  • Tuberculose miliar,forma grave, maiscomum emlactentes eimunossuprimidos
  • Opacificação +Derrame pleural
  • Infiltrado em 1/3superior ecavitação, maiscomum emadolescentes eadultos.
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9
Q

Exames úteis na avaliação da TB:

A

Raio X de tórax
Baciloscopia
Biópsia
Análise de líquidos

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10
Q

Como é a análise de líquidos na TB?

A
  • Predomínio de células mononucleares- Proteína elevada- Glicose baixa
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11
Q

Prova tuberculínica:

A

o Reação intra-dérmica de Mantoux: Injeção de0,1 ml PPD RT23 (2 UT) no antebraço esquerdo,realizando-se a leitura após 72 h.o Resultados: Análise da enduração e não dohalo de hiperemia.− A vacinação BCG pode interferir noresultado− Podem ter resultados falsos positivos enegativos− Não distingue infecção e doença− Positivo > 5 mm Negativo < 5 mmo Deve ser interpretada como suspeita,independente do tempo de vacinação pelaBCG.

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12
Q

Pesquisa direta de BAAR:

A

o Coloração de Ziehl-Nielsen: Baixo custo,excução simples e rápidao Baixa sensibilidade (1 - 15%)o Materiais− Escarro− Escarro induzido (NBZ com NaCl 3% ebroncodilatador)− Lavado gástrico em crianças < 5 anos− Lavado broncoalveolar− Líquor, líquido pleural, urina e outrostecidosOBS: A dificuldade de isolamento bacteriológico nãose dá apenas pelo fato da criança ser paucibacilar,mas também pela dificuldade de coleta dosespécimes clínicos (materiais).OBS: O lavado gástrico continua sendo a forma maiscomum de se obter amostras respiratórias emcrianças pequenas, sendo geralmente preconizadosduas coletas em dias subsequentes.

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13
Q

Cultura na TB:

A

8) Culturao Permite a identificação do Micobacteriumtuberculosis por meio de testes bioquímicos eTSAo Sensibilidade em crianças é de 25 a 50%o Meio sólido: Lowestein-Jensen e Ogawa-Kudoho Meio líquido: MGIT960

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14
Q

ADA

A

Atividade de Adenosina Deaminase – ADAo
Enzima presente na superfície de linfócitos e macrófagos

Adenosina (ADA converte em) Iosina

o Está elevada em locais de grande proliferação demononucleareso Líquido pleural, pericárdico, peritoneal, líquoro Método simples, feito em duplicata.o Valores > 38 U/L – Positivo

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15
Q

Tratamento TB:

A

 Crianças < 10 Anoso Fase Intensiva: Rifampicina, Isoniazida ePirazinamida (2RHP)o Fase de Manutenção: Rifampicina e Isoniazida(4RH) Crianças < 10 Anos (Meningoencefalite eOsteoarticular)o Fase Intensiva: Rifampicina, Isoniazida ePirazinamida (2RHP)o Fase de Manutenção: Rifampicina e Isoniazida(10RH)OBS: Em caso de meningoencefalite, associarcorticoide 4 a 8 semanas. Adolescentes > 10 Anos e Adultoso Fase Intensiva: Rifampicina, Isoniazina,Pirazinamida e Etambutol (2RHPE)o Fase de Manutenção: Rifampicina e Isoniazida(4RH) Adolescentes > 10 Anos e Adultos(Meningoencefalite e Osteoarticular)o Fase Intensiva: Rifampicina, Isoniazina,Pirazinamida e Etambutol (2RHPE)o Fase de Manutenção: Rifampicina e Isoniazida(10RH)OBS: Em caso de meningoencefalite, associarcorticoide 4 a 8 semanas.

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16
Q

Vacina BCG:

A

• Aplicação ao nascer, até os 4 anos 11 meses e29 dias• Intra-dérmica• Bacilo vivo atenuado – Mycobacterium bovis –Peso mínimo de > 2 kg e imunocompetentes• Protege para as formas graves de tuberculose:meningoencefalite miliarATENÇÃO! Em caso de ausência de cicatriz, arevacinação NÃO É INDICADA.

17
Q

Quimioprofilaxia TB:

A

▪ Se PT < 5 mm ou negativa – Interromper aIsoniazida e vacinar BCG▪ Se PT ≥ 5 mm – Continuar a Isoniazida por mais3 meses e não precisa vacinarOBS: Na segunda situação, não é necessário vacinar,pois o recém-nascido já desenvolveu imunidade pelocontato direto com a bactéria.

(OLHAR ESQUEMA APOSTILA)

18
Q

Infecção latente TB:

A

► Infecção Latente (ILTB)• Transmissão: Contato com paciente bacilífero- Em torno de 30% de chance de infectar-se- Proximidade (condições do ambiente etempo de convivência)- Infectividade do caso índice (quantidade debacilos eliminados, presença de caverna naradiografia de tórax)- Fatores imunológicos individuais• Quadro Clínico: Assintomático, PT positiva e RXde tórax normal – Anamnese e exame físicodevem afastar TB ativa• Tratamento: Isoniazida – 6 ou 9 meses (180 a270 doses) OU Rifampicina – 4 meses.