Distúrbios da coagulação Flashcards

(137 cards)

1
Q

Quais os distúrbios da coagulação hereditários mais comuns?

A

Hemofilia A - 1:5 000
Hemofilia B - 1:30,000

São os únicos ligados ao X. Todos os restantes distúrbios são AR e raros.

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2
Q

Distúrbios da coagulação adquiridos vs hereditários: quais + comuns?

A

Adquiridos

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3
Q

aPTT = via …

A

Intrínseca

Mnemo: “Play Table Tenis (PTT) INSIDE”

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4
Q

PT = via…

A

Extrínseca

Mnemo: “Play Tenis OUTSIDE”

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5
Q

Único fator de coagulação que faz parte da via extrínseca

A

Fator VII

Mnemo: “O Cr7 (FVII) é o ÚNICO que está lá FORA (extrínseca)”

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6
Q

Aumento isolado da aPTT

A

Via intrínseca:

  • Hemofilia (VIII, IX)
  • Deficiência FXI
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7
Q

Aumento isolado da PT

A

Via extrínseca:
- Deficiência FVII

Mnemo: “O Cr7 (FVII) é o ÚNICO que está lá FORA (extrínseca)”

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8
Q

Aumento combinado PT/aPTT

A

Via combinada:

  • Anomalias fibrinogénio (FI)
  • Défice FII (trombina)
  • Défice FV
  • Défice FX

Mnemo: 1 x 2 x 5 = 10

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9
Q

Principais causas adquiridas de distúrbios da coagulação

A
  • Diátese hemorrágica hepática
  • DIC
  • Deficiência de VitK
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10
Q

Distúrbios da coagulação: formação de inibidores é frequente em doentes com hemofilia A, B e deficiência FXI?

A

Sim, e ocorre após exposições repetidas para controlo de episódios hemorrágicos.

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11
Q

Distúrbios da coagulação: inibidores também se formam em doentes sem distúrbios genéticos da coagulação?

A

Sim: puerpério, doenças AI, neoplasias, trombina bovina tópica, idiopático.

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12
Q

Distúrbios da coagulação: principal diferença entre deficiência e inibidores

A

Deficiência: se adicionarmos a proteína em falta, a aPTT e/ou PT corrigem.

Inibidor: se adicionarmos a proteína em falta, a aPTT e/ou NÃO corrigem (porque o inibidor vai neutralizar aquilo que estamos a dar).

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13
Q

Padrão de hereditariedade das hemofilias

A

Recessiva ligada ao X

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14
Q

Hemofilia A é causada pela mutação de que gene?

A

Gene F8 (+ comum: inversão do intrão 22 em 40% das hemofilias A severas)

Mnemo: “Taylor Swift (22) com hemofilia a fazer o pino (inversão)”

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15
Q

Que % dos casos de hemofilia são hemofilia A

A

80%

Mnemo: 8 é o nº chave na hemofilia A:

  • 80% dos casos de hemofilia
  • Mutação gene F8
  • 80% das mães dos doentes têm alelo mutado de novo
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16
Q

Hemofilia A/B afecta 1: 10,000 homens em todos os grupos étnicos

A

A

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17
Q

Que % dos doentes com hemofilia A não tem história familiar?

A

30%

Relembrar: 80% das mães destes doentes vai ter alelo mutado de novo

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18
Q

Inversão do intrão 22 no gene F8 está presente em 40% dos casos de…

A

Hemofilia A severa

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19
Q

Hemofilia A e B podem ser distinguidas clinicamente?

A

Não. A clínica é igual.

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20
Q

O fenótipo das hemofilias correlaciona-se com…

A

Atividade residual do fator em falta (F8 ou F9)

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21
Q

Hemofilias: atividade residual do fator na hemofilia severa

A

<1%

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22
Q

Hemofilias: atividade residual do fator na hemofilia moderada

A

1-5%

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23
Q

Hemofilias: atividade residual do fator na hemofilia ligeira

A

6-30%

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24
Q

Fenótipo das hemofilias severas a moderadas

A

Hemorragias para articulações, tecidos moles e músculos com trauma minor ou espontaneamente

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25
Hemorragias para articulações, tecidos moles e músculos com trauma minor ou espontaneamente = Hemofilia com que atividade residual do fator em falta?
Para ter estas manifestações, deve ser severa (<1%) ou moderada (1-5%)
26
Fenótipo de uma hemofilia ligeira
Hemorragias profundas infrequentes (secundárias a trauma não-minor) Relembrar: numa hemofilia ligeira a atividade residual do fator é entre 6-30%
27
Hemofilia com atividade residual do fator >25% é descoberta apenas por...
- Hemorragia após trauma major | - Estudos coagulação (incidentalmente)
28
Estudo da coagulação nas Hemofilias
Prolongamento ISOLADO do aPTT Relembrar: F8 e F9 fazem parte da via intrínseca que é avaliada pelo aPTT
29
Tempo de sangramento e contagens plaquetárias nas Hemofilias
Normais Único achado: prolongamento do aPTT
30
Diagnóstico de Hemofilia A ou B
1º) Única anormalidade no estudo da coagulação: prolongamento do aPTT (via intrínseca) = Hemofilia (se bem que aumento isolado do aPTT também pode ser défice FXI) -> Distinguir A ou B 2º) Determinação específica da atividade F8 ou F9 (permite diagnosticar doença e a sua gravidade)
31
Manifestação hemorrágica mais comum em doentes com hemofilia severa
Hemartroses recorrentes que podem afectar todas as articulações (++ joelhos)
32
Hemorragias potencialmente fatais em doentes com hemofilia
- SNC - Orofaringe - Retroperitoneu (pode levar a síndrome pseudotumor + lesão n. femoral)
33
Hematúria é comum nos doentes com hemofilia?
Sim. Pode ocorrer sem lesão GU e é auto-limitada.
34
Hemofilia se não for tratada diminui a esperança de vida?
Sim
35
Principal causa de morte em adultos com hemofilia grave
HIV e HCV (raro em quem nasceu depois de 1985) Extra-HPIM: a partir de 1985 começaram a existir testes de pesquisa do HIV
36
Desde 1998, não há registo de novas infecções com hepatite vírica ou HIV nos doentes a receber...
Produtos sanguíneos Relembrar: HCV e HIV são importantes causas de morte em doentes com hemofilia grave que receberam transfusões antes de 1985
37
Tratamento profilático na Hemofilia: objectivo
Manter atividade do fator em falta em 1% (ou superior). Queremos evitar hemorragias, especialmente hemartroses. Relembrar: hemofilia severa se atividade do fator <1%
38
Esquemas de profilaxia na hemofilia
Hemofilia A: FVIII 3x/semana Hemofilia B: FIX 2x/semana ++ jovens (permite chegarem à puberdade sem alterações articulares) (a começar a ser mais usado também em adultos)
39
Semi-vida dos FVIII e FIX
FVIII: 8-12h (2 injecções diárias) FIX: 24h (1 injecção diária)
40
Tratamento de hemorragia muito grave num hemofilico (orofaringe, SNC, retroperitoneu)
Fatores de coagulação a 100% durante 10 dias (= procedimentos cirurgicos gerais)
41
Terapêutica não-transfusional na Hemofilia
DDAVP | Anti-fibrinolíticos
42
DDAVP no tratamento da hemorragia na Hemofilia A
- Causa libertação do fator VIII e fVW das suas reservas (células endoteliais) -> aumenta níveis de FVIII (não funciona na hemofilia B porque não aumenta FIX) - Não tem efeito na hemofilia A severa porque não há reservas de FVIII para serem libertadas. - Taquifilaxia após 3 doses consecutivas
43
DDAVP aumenta a síntese de FVIII na Hemofilia A?
Não. Apenas aumenta a libertação de FVIII (e fVW) das céls endoteliais, aumentando os seus níveis.
44
Anti-fibrinolíticos no tratamento da hemorragia em hemofilicos
- Ácido e-aminocapróico ou ácido tranexâmico - Indicações: hemorragias gengivais, GI ou procedimentos cirúrgicos da cavidade oral (basicamente para assegurar a hemostase 1ªária) - CI: hematúria (risco de trombos obstrutivos)
45
Hemofilia: CI para anti-fibrinoliticos no tx de hemorragia?
Hematúria (pode dar trombos obstrutivos)
46
Principal complicação do tratamento da hemofilia
Formação de inibidores Relembrar: 10% dos com hemofilia A (20% se grave) e 5% dos com hemofilia B
47
% dos doentes com hemofilia B que vai desenvolver inibidores
5% Relembrar: 10% (dobro) dos com Hemofilia A, mas chega aos 20% se for grave
48
Quando é que surgem os inibidores nos doentes com hemofilia?
Primeiros anos de vida (2 anos) e após 10 dias cumulativos de exposição ao fator em falta
49
Hemofilia: grupos de alto risco para o desenvolvimento de Inibidores
- História familiar - Grandes deleções ou recombinações - Descendência africana - Deficiência grave do factor (ocorre em >80% de todos os casos) Mnemo: "sinto-me INIBIDA a contar a minha HX FAMILIAR porque me RECOMBINEI com um homem de DESCENDÊNCIA AFRICANA GRAVEMENTE DEFICIENTE"
50
Como é o diagnóstico da formação de inibidores em doentes com hemofilia?
Clínico: não respondem à reposição do fator
51
Formação de inibidores na hemofilia está associada a aumento da mortalidade e morbilidade?
Sim
52
Hemofilia: rastreio anual para a formação de inibidores
aPTT misturado com plasma normal - Normal: mistura 1:1 corrige aPTT. - Inibidores: aPTT permanece prolongado (inibidor neutraliza o FVIII presente no plasma normal)
53
Hemofilia: teste usado para definir a especificidade e título do inibidor
Ensaio de Bethesda (1 BU = quantidade de atc necessário para neutralizar 50% do fator VIII ou IX)
54
Num doente hemofílico com inibidores, como vamos controlar hemorragia?
Respondedor ligeiro (<5BU): altas doses de FVIII Respondedor intenso (>10BU): não respondem a concentrados de fator -> CCP ou FVII ativado recombinante
55
Hemofilia: erradicação do inibidor
Indução de tolerância (ITI): infusão diária do fator durante >1 ano; 60% sucesso ITI + Rituximab: reduz título de inibidores, mas erradicação sustentada é incomum (ISS não funciona!)
56
ISS consegue erradicar inibidores em doentes com hemofilia?
Não Relembrar: ITI (60% sucesso) ou ITI + Rituximab (incomum haver erradicação sustentada)
57
Principal causa de morbilidade em hemofílicos
HCV Relembrar: é a 2ª causa + comum de morte
58
% dos hemofílicos com coinfecção HCV-HIV
50% (agrava a doença hepática e <30% vai responder ao tx do HCV)
59
Transplante hepático pode curar a hemofilia?
Sim! (ND: o FVIII nem sequer é produzido no fígado). Também é curativo para doença hepática.
60
Hemofílicos idosos: esperança de vida
Hemofilia grave: -10 anos | Hemofilia moderada-ligeira: EMV igual à da população masculina geral
61
Portadoras hemofilia devem ser testadas para o nível de fator?
Sim, porque há uma grande variabilidade nos níveis de fator devido à inativação do cr X. Queremos avaliar o risco hemorrágico.
62
O que acontece aos níveis de fator VIII e IX durante a gravidez e após o parto? Cuidados a ter?
Aumentam gradualmente até ao parto e após o parto diminuem rapidamente, podendo levar a hemorragia. Assim, manter os níveis entre 50-70%.
63
Ativador fisiológico in vivo do FXI
Trombina (ptt, FXI está na via de amplificação)
64
Deficiência do Fator XI é uma doença (AR/AD) (comum/rara)
AR rara (1:1 000 000) Mnemo: todos os distúrbios da coagulação hereditários são raros e AR excepto as hemofilias
65
Na deficiência do fator XI, níveis < (?) associam-se a alto risco hemorrágico
<10% Relembrar: mas o fenótipo da doença nem sempre se correlaciona com a atividade residual do fator XI (vs hemofilias)
66
Na deficiência fator XI o fenótipo da doença correlaciona-se com a atividade residual do FXI?
Nem sempre
67
História familiar na deficiência de FXI é indicativa de (baixo/alto) risco hemorrágico
Alto
68
Qual o tipo de hemorragias mais comuns na deficiência de fator XI?
ND: mucocutâneas (++ após trauma)
69
Tratamento da deficiência FXI
- FFP (manter níveis acima 10%): semi-vida do FXI 40-70h (dar em dias alternados) - Agentes antifibronolíticos: controlar as hemorragias mucocutâneas Relembrar: antifibrinolíticos estão CI na hematúria
70
Tx deficiência FXI com inibidores
Bypassers: CCP ou FVIIa recombinante Não dar FFP e FXI porque o fator vai ser destruído pelos inibidores.
71
Doenças hemorrágicas raras potencialmente fatais
Deficiência FX Deficiência FXIII Mnemo: "um gato preto (azar = nº13) no meio do cruzamento (fator X está na via combinada) pode ser potencialmente fatal"
72
Doenças hemorrágicas raras assx
Disfribinogenemia Deficiência FVII Mnemo: "os que estão nas pontas da cascata"
73
Cuidados a ter na administração de CCP
- Monitorizar - Evitar se doença hepática - Evitar se alto risco de trombose (risco de DIC)
74
Deficiência combinada FV e FVIII está associada a baixo/alto risco de hemorragias após trauma
Baixo. Porque a atividade residual de cada um dos fatores é de 5%. Relembrar: a hemofilia era classificada como moderada se a atividade residual do fator fosse 1-5%
75
Deficiências múltiplas de fatores dependentes da VitK: atividade residual de cada um dos fatores
Varia 1-30% (hemorragias ligeiras a severas) Relembrar: FII, FVII, FIX e FX
76
Deficiências múltiplas de fatores dependentes da VitK: hemorragias desde o...
Nascimento
77
DIC
Formação intravascular generalizar de fibrina
78
Mecanismo central da DIC
Geração descontrolada de trombina por exposição do sangue a níveis patológicos de fator tecidual
79
Causas mais comuns de DIC aguda
- Neoplasia - Complicações Obstétricas (placenta abrupta, embolia de líquido amniotico...) - Sepsis bacteriana Mnemo: "NOS somos a causa mais comum de DIC"
80
Placenta abrupta e embolia de líquido amniótico são responsáveis por quase % de CID
50%
81
Causas + comuns de CID crónica
- Hemangioma gigante - Síndrome do feto morto - Neoplasia Mnemo: "feto morto gigante com cancro"
82
Púrpura fulminante é uma forma grave de CID que afecta quem?
Crianças após infecção vírica ou bacteriana, especialmente se tiverem deficiência da proteína C (adquirida ou congénita)
83
Concentrados de proteína C são/não são eficazes na púrpura fulminante com deficiência de proteína C adquirida ou meningococemia
São
84
Manifestações clínicas mais comuns de DIC
Hemorrágicas (se for DIC crónica as manifestações hemorrágicas são discretas e restritas à pele e mucosas)
85
Manifestações de DIC relacionam-se com: - Desequilibrio hemostático - Doença de base - Ambos?
Ambos
86
Complicações hemodinâmicas são comuns na DIC aguda?
Sim
87
Como é que se manifesta a hipercoaguabilidade na DIC?
Oclusão da microcirculação com falência de órgão (também pode dar trombose de grandes vasos e embolia cerebral).
88
Mortalidade da DIC varia entre (?) e (?), dependendo de que fatores?
30% a >80% dependendo de: - Doença subjacente - Gravidade da CID - Idade
89
Há algum exame isolado que estabeça o diagnóstico de CID?
Não Relembrar: mas os PDF são o exame mais SENSÍVEL para CID. Se estiverem normais (CID: ++) o dx de CID é improvável.
90
Exames laboratoriais a pedir na suspeita de CID
- Estudo da coagulação (aPTT, PT, TT) - PDF - Hemograma (plaquetas e eritrócitos) - Esfregaço sangue periférico Repetir a cada 8h porque anomalias que são inicialmente ligeiras podem-se alterar dramaticamente se a CID for severa. Relembrar: nenhum exame isolado estabelece o dx de CID
91
Anomalias laboratoriais comuns na CID
- aPTT e/ou PT: +++ (gastamos fatores de coagulação) - Plaquetas <100,000 ou a descer rapidamente - Esquizócitos no esfregaço - PDF +++ (exame mais sensível! se normal: dx improvável)
92
Exame mais sensível para CID e que se normal o dx é improvável
PDF +++ Relembrar: nenhum exame isolado estabelece o diagnóstico de CID
93
Anomalias laboratoriais adicionais na CID grave
Diminuição - Fibrinogénio (devido à sua semi-vida de 5 dias, só diminui agudamente na CID severa) - Plasminogénio (na CID há hiperfibrinólise secundária) - ATIII
94
CID: PDF vs D-dímeros
Os D-dímeros são mais específicos para a deteção de produtos de degradação da fibrina, mas NÃO fibrinogénio (indicam que a fibrina cross-linked foi digerida pela plasmina)
95
Exames laboratoriais na CID crónica
- PT, aPTT: N ou +++ - Plaquetas: N ou baixas - Esquizócitos, mas em menor grau - PDF ou D-dímeros +++ - Fibrinogénio N ou +++! (na CID crónica o fibrinogénio aumenta para tentar compensar o estado hemorrágico; na CID aguda só diminuia se fosse grave)
96
CID e doença hepática grave têm similaridades a nível do estudo da coagulação. Quais são as diferenças?
Na doença hepática os parâmetros laboratoriais não variam rapidamente e existem evidências de doença hepática.
97
Distinção a nível do estudo da coagulação entre CID e doenças microangiopáticas
D microangiopáticas: não há consumo dos fatores de coagulação nem hiperfibrinólise
98
Nas doenças microangiopáticas há consumo dos fatores de coagulação?
Não (aPTT e PT normais). Relembrar: também não há hiperfibrinólise, ao contrário do que acontece na CID.
99
A morbilidade e a mortalidade na CID está primeiramente relacionada com o quê?
Doença subjacente (e não primariamente com as complicações da CID) -> Tratar causa subjacente é a primeira preocupação! Caso contrário o tx costuma falhar.
100
Podemos dar CCP na CID?
Não, risco elevado de agravamento da CID (na CID não devemos dar concentrados de fatores de coagulação).
101
Heparina pode ser usada no tratamento da CID em certas circunstâncias: quais?
- CID de baixo grau associada a tumor sólido ou LPA - Trombose confirmada - Púrpura fulminante - Remoção de hemangioma gigantes - Remoção de feto morto (extra-HPIM: dá para perceber que a heparina é mais usada quando manifestações de trombose > hemorragia, como nas causas de CID crónica) Relembrar: - Feto morto, hemangioma gigante e neoplasia são as causas + comuns de CID crónica - Não dar na CID grave nem na CID aguda
102
Heparina tem benefício e deve ser dada na CID grave e na CID aguda?
Não
103
Numa CID, quando damos anti-fibrinoliticos devemos dar sempre também...
Heparina (para evitar tromboses)
104
Quando é que vamos dar anti-fibrinoliticos numa CID?
Estados de hiperfibrinólise: - DIC crónica por hemangioma gigante - LPA (hiperfibrinólise severa) Relembrar: dar sempre com heparina para evitar tromboses
105
Deficiência de vitamina K pode ser commumente causada por diminuição da ingestão?
Não. Diminuição da ingestão raramente é causa única para deficiência de Vitamina K.
106
Causas para deficiência de VitK
- Diminuição da ingestão - ATB largo espectro (Vit K é produzida por bactérias) - Problema de absorção - Doenças hepáticas (CBP) - Deficiência neonatal Mnemo: "desde que soube que o meu bebé tem uma deficiência neonatal deixei de comer e comecei a absorver menos. Por isso comecei a tomar atbs e fiquei com doença hepática"
107
Anomalias laboratorais na deficiência da Vitamina K
Mais precoce: PT ++ (porque o FVII é o que tem a semi-vida mais curta e está na via extrínseca) aPTT +++
108
Tratamento da deficiência de vitamina K
Vit K parentérica (10mg): recupera fatores de coagulação em 10h PFC ou CCP para hemorragia activa ou necessidade de correção imediata (antes de procedimento invasivo)
109
Insuficiência hepática está associada a elevado risco de (trombose/hemorragia)
Hemorragia (mas também há risco de trombose!)
110
Trombocitopenia é comum na insuficiência hepática? Qual o mecanismo?
Sim. - Esplenomegalia congestiva e hiperesplenismo - Diminuição na sobrevida das plaquetas
111
Anomalias laboratoriais da coagulação na insuficiência hepática
- TP, aPTT, TT +++ - Trombocitopenia - PDF N ou + - Fibrinogénio diminuído SE: hepatite fulminante, cirrose descompensada, doença avançada, CID grave
112
Distúrbios da coagulação na falência hepática: aumento TT + fibrinogénio N + PDF N = ?
Disfribinogenemia
113
Distúrbios da coagulação na falência hepática: FVIII baixo + insuficiência hepática = ?
CID concomitante (porque o FVIII não é produzido no fígado logo na doença hepática costuma estar N ou mesmo elevado para compensar a ausência de outros fatores)
114
Distúrbios da coagulação na falência hepática: diminuição FV = ?
Insuficiência hepatocelular (FV é apenas sintetizado nos hepatócitos)
115
Distúrbios da coagulação na falência hepática: FV N + FVII baixo = ?
Deficiência VitK
116
Controlo da hemorragia por distúrbio coagulação na insuficiência hepática
Plasma fresco congelado: forma + eficaz de corrigir hemóstase na insuficiência hepática. Queremos 10% dos níveis normais dos fatores, mas não corrigir o TP ou aPTT (mesmo doses altas não corrigem o tempo de coagulação em toda a gente)
117
Quando dar concentrado de plaquetas em doente com insuficiencia hepática e manifestações hemorrágicas?
- Plq <10,000 | - Plq <50,000 antes de procedimento invasivo
118
Devemos dar CCP nos doentes com insuficiência hepática e distúrbio da coagulação?
Não (alto risco de complicações trombóticas)
119
Doentes com doença hepática têm elevado risco de trombose?
Sim, +++ doença avançada.
120
Frequência (%) de TVP e TEP na doença hepática
0.5-1.9%
121
A presença de prolongamento dos testes de coagulação, na doença hepática avançada, exclui a existência de trombose?
Não (ter cuidado na sobre-correção destas alterações laboratoriais).
122
Inibidores adquiridos
Auto-atc dirigido contra um fator de coagulação específico
123
Qual o inibidor adquirido mais comum e qual a doença que provoca?
Inibidor para FVIII (Hemofilia A adquirida)
124
O que é a Hemofilia A adquirida?
Inibidor adquirido contra o FVIII
125
Em que população é mais frequente a Hemofilia A adquirida?
Idosos (60A), ocasionalmente grávidas e puérperas (sem hx de hemorragia).
126
Em que % dos doentes com inibidor adquirido não conseguimos determinar a causa subjacente?
50% Relembrar: causas incluem doença AI, neoplasia, doença dermatológica e gravidez
127
Inibidores adquiridos (+ comum é Hemofilia A adquirida): hemartrose são comuns?
Não, são raras! (++ tecidos moles, GI, GU, pele)
128
Mortalidade da doença de inibidores adquiridos sem tx
8-22% (maioria morre nas primeiras semanas após apresentação)
129
Dx de inibidores adquiridos
- aPTT +++ (maioria dos atc são anti-FVIII), cujo prolongamento se mantém após mistura do plasma teste - PT e TT normais - Ensaio de Bethesda confirma o dx
130
Tratar hemorragias em quem tem inibidores adquiridos (Hemofilia A adquirida)
(semelhante a quem tem Hemofilia hereditária e inibidores) - Altas doses FVIII (normalmente o atc é anti-FVIII) - Agentes bypass: CCP, FVIIa recombinante
131
Erradicação auto-anticorpo FVIII adquirido
- Prednisolona (isolada ou combinada) - Rituximab ou IVIG não são superiores Relembrar: em doentes com Hemofilia que desenvolviam inibidores a ISS não era eficaz, pelo que se fazia ITI (indução de tolerância)
132
Inibidores adquiridos: recidiva de inibidores é comum após pararmos a imunosupressão?
Sim, ocorre em até 20% nos primeiros 6 meses após pararmos ISS.
133
Anticoagulante lúpico causa tromboses venosas ou arteriais ou ambas?
Ambas Relembrar: também está associado a hemorragia
134
Anticoagulante lúpico causa hemorragia?
Sim, causa tromboses A e V + hemorragia (atc anti-protrombina)
135
Alterações laboratoriais no anticoagulante lúpico
Prolongamento do aPTT (que não corrige com mistura). Relembrar: atc lúpico interfere com vários fatores (FVIII, FIX, FXI, FXII)
136
Como distinguir anticoagulante lúpico de inibidores adquiridos?
Ambos causam aumento do aPTT que não corrige com mistura. - Teste veneno de vibora de Russel - Teste dos fosfolípidos em fase hexagonal +: atc lúpico -: inibidores adquiridos
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Inibidores adquiridos devido a preparação tópica de trombina bovina: aPTT e PT?
Prolongados e não corrigem com teste de mistura, vitamina K ou FFP