Diteito Processual Penal Flashcards

(20 cards)

1
Q

V ou F?

Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

A

*VERDADEIRO**

Art.6Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa

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Q

Direito Processual Penal:

V ou F?

A serendipidade é admitida no ordenamento jurídico brasileiro, sendo válidas as provas encontradas relativas à infração penal desconhecida, ainda que não exista conexão ou continência com o crime originário, desde que não haja desvio de finalidade na execução das diligências.

A

VERDADEIRO

Serendipidade em matéria de provas no processo penal refere-se à descoberta fortuita de provas ou delitos que não eram o foco da investigação inicial. Isso ocorre, por exemplo, quando durante uma busca autorizada para apurar um crime específico, a polícia encontra evidências de outro crime. A jurisprudência atual, especialmente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), considera essas provas lícitas, mesmo que não haja uma relação direta entre os crimes investigados e os descobertos acidentalmente.

A serendipidade pode ser classificada em dois tipos: objetiva e subjetiva. A serendipidade objetiva ocorre quando, no curso de uma medida, surgem indícios da prática de outro crime que não estava sendo investigado. Já a serendipidade subjetiva ocorre quando surgem indícios do envolvimento criminoso de outra pessoa que inicialmente não estava sendo investigada.

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3
Q

V ou F?

Assim que tiver conhecimento da infração penal, a autoridade policial pode apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos investigadores de polícia.

A

FALSO

O erro da alternativa está em dizer que a liberação será dada pelos investigadores de polícia. Porém o CPP diz o seguinte:

Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;

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4
Q

V ou F?

Com base nas disposições do Código de Processo Penal (CPP), assinale a opção correta no que se refere ao inquérito policial e à ação penal.
A vítima pode recorrer da decisão de arquivamento do inquérito policial, devendo o recurso ser dirigido ao chefe de polícia.

A

FALSO

CPP, Art. 28, § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação,** submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial**, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.

não confundir com o indeferimento de ABERTURA do IP:

CPP, Art. 5º, § 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.

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5
Q

V ou F?

O órgão do Ministério Público tem o dever de comunicar à vítima o arquivamento de quaisquer elementos informativos de natureza similar ao inquérito policial.

A

FALSO

CPP, Art. 28 Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.

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6
Q

V ou F?

Conforme entendimento do STJ, se, em audiência de custódia, o juiz constatar presença dos requisitos da prisão preventiva, ele poderá decretá-la mesmo sem requerimento do Ministério Público, a fim de preservar a ordem pública e a eficácia da lei penal.

A

FALSO

Súmula 676-STJ: Em razão da Lei n. 13.964/2019, não é mais possível ao juiz, de ofício, decretar ou converter prisão em flagrante em prisão preventiva.

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7
Q

V ou F?

Processo Penal

De acordo com o entendimento do STF, nas normas regimentais, a ausência de previsão de limitação de tempo para o Ministério Público realizar sustentação oral quando atuar na qualidade de custos legis afronta os princípios da isonomia, da ampla defesa e do contraditório, pois, nessa condição, o parquet se equipara às partes.

A

FALSO

(…) 2. Não ofende os princípios da isonomia, da ampla defesa e do contraditório a ausência de previsão, nas normas regimentais, de limitação de tempo para o Ministério Público realizar sustentação oral quando atuar na qualidade de custos legis, pois, nessa condição, não se equipara às partes e persegue o interesse público, pugnando pelo cumprimento do ordenamento jurídico de forma imparcial e independente. (…)

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8
Q

V ou F?

Processo Penal

O arquivamento do inquérito policial por atipicidade da conduta faz coisa julgada formal, o que permite a reabertura de investigações pela autoridade policial em determinadas situações.

A

FALSO

A atipicidade da conduta faz coisa julgada MATERIAL e NÃO permite o desarquivamento do IP.
A decisão de arquivamento de inquérito policial lastreada na atipicidade do fato toma força de coisa julgada material, qualidade conferida à decisão judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável.
(HC 173594 AgR, Relator(a): ROSA WEBER, 03/05/2021)

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9
Q

V ou F?

Processo Penal

As audiências de custódia devem ser realizadas em casos de prisão em flagrante, mas também nos casos de prisão preventiva.

A

VERDADEIRO

Já está consolidado que a Audiência de custódia deve ser realizada em TODAS as modalidades de prisão. Lembrando que é obrigatória.

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10
Q

V ou F?

Processo Penal

Não é possível que o corréu, no mesmo processo, intervenha como assistente do Ministério Público.

A

VERDADEIRO

Art. 270, CPP: O corréu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do Ministério Público.

Outras questões parecidas:

TRE - SC - : Manoel e Joaquim estão sendo processados acusados da prática de crime de concussão contra a vítima José. No curso da ação penal, José pretende intervir como Assistente do MP, assim como o corréu Joaquim. Nos termos preconizados pelo CPP, o corréu não poderá intervir como assistente do MP. CERTO.

TRF - CESPE - Em relação aos sujeitos do processo, assinale a opção correta: Conforme previsão do CPP, a atuação do assistente de acusação, que receberá a causa no estado em que ela se encontra, é admitida enquanto não transitar em julgado a sentença, vedada a participação de corréu no mesmo processo como assistente do MP. CERTO

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11
Q

V ou F?

Processo Penal

O princípio do contraditório, expresso no brocardo audiatur et altera pars, assegura às partes o direito de serem ouvidas no processo, de modo que nenhuma decisão desfavorável possa ser proferida sem que a parte contrária tenha oportunidade de se manifestar.

A

VERDADEIRO

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12
Q

V ou F?

Direito Processual Penal

A representação do ofendido é imprescindível à propositura da ação penal, em se tratando de crime de ação penal pública condicionada à representação, não o sendo, todavia, para a instauração do respectivo inquérito policial.

A

VERDADEIRO

ART. 5, § 4 O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.

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13
Q

V ou F?

Direito Processual Penal

Em obediência ao princípio do contraditório, ausente o citado por edital, é vedada a produção de provas em juízo, sob pena de nulidade absoluta.

A

FALSO

Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.

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14
Q

V ou F?

Direito Processual Penal

Na ação penal privada, concluído o inquérito policial, o delegado de polícia remeterá os autos ao juízo competente, independentemente de tramitação pelo órgão ministerial

A

VERDADEIRO

Encerrado o inquérito policial, os autos poderão ser entregues ao requerente, se o pedir, mediante o traslado, ou, se não o fizer, deverão ser remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal (art. 19/CPP).

O destino dos autos do inquérito policial, evidentemente, deve ser definido por quem tem o direito de ação. Então, no caso de crime que enseja o oferecimento de denúncia, cabe ao Ministério Público decidir se existe, ou não, justa causa para embasar o exercício do direito de ação. Na mesma medida, no caso de crime que enseja o oferecimento de queixa-crime, cabe à vítima decidir pelo exercício do direito de ação ou não. (em 6 Meses) independentemente de tramitação pelo órgão ministerial.

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15
Q

V ou F?

Considere-se que um perito criminal faça afirmação falsa em depoimento judicial no intuito de obter vantagem prometida por terceiros. Nessa situação hipotética, a prova produzida pelo perito é ilícita e deve ser desentranhada do processo.

A

VERDADEIRO

A questão deixa claro que o perito fez uma afirmação falsa. Ora, tal conduta é ilícita e tipificada como crime. Desta feita, por consequência, a prova também é ilegal. Veja o que fala o CPP: Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.

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16
Q

V ou F?

Direito Processual Penal

Embora as comissões parlamentares de inquérito estejam, como uma modalidade de controle legislativo, aptas a investigar fatos determinados em prazos determinados, elas são desprovidas de poder condenatório.

A

VERDADEIRO

As CPIs não possuem todos os poderes instrutórios dos juízes. Elas apenas investigam fatos determinados, mas não processam e julgam.

As CPI’S tem como atribuição realizar a investigação parlamentar, produzindo o inquérito legislativo. CPI não julga, não acusa e não promove responsabilidade de ninguém. Sua função é meramente investigatória, suas conclusões, quando for o caso, serão encaminhadas ao MP para que, esse sim, promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

17
Q

A O delegado de polícia pode formalizar acordos de colaboração premiada na fase de inquérito policial, Independentemente de ter havido manifestação do membro do Ministério Público previamente à decisão judicial.

ERRADA: Considerada a estrutura acusatória dada ao processo penal conformado à Constituição Federal, a anuência do Ministério Público deve ser posta como condição de eficácia do acordo de colaboração premiada celebrado pela autoridade policial

18
Q

V ou F?

Processo Penal

Na comarca em que houver duas circunscrições policiais, a autoridade com atribuição em uma delas deverá requisitar diligências a outra autoridade policial da outra circunscrição, quando, para a conclusão do inquérito, for necessária a análise de indícios ou provas existentes na localidade dessa última circunscrição.

A

FALSO

Art. 22, CPP No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição.

19
Q

V ou F?

Processo Penal

É permitida a condução coercitiva do investigado até a delegacia de polícia para submetê-lo ao procedimento de reconhecimento de pessoa, não havendo mácula ao preceito nemo tenetur se detegere.

A

VERDADEIRO

*Condução coercitiva para interrogatório não pode.

*Condução coercitiva para reconhecimento pode.

Como o reconhecimento não demanda qualquer comportamento ativo por parte do investigado ou acusado não está protegido pelo princípio que veda a autoincriminação.

Há entendimento jurisprudencial no sentido de que o reconhecimento por si só não serve de fundamento para a condenação.