DM - UE Flashcards
(35 cards)
Quais as principais complicações agudas do Diabetes Mellitus?
Cetoacidadose diabética, Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar não Cetótico e Hipoglicemia.
Qual perfil epidemiológico da Cetoacidose Diabética?
Paciente portador de DM1 ou, mais raramente, DM2 + Fatores desencadeantes.
Quais os principais fatores desencadeantes da cetoacidose diabética?
Infecção e má adesãoa ao tratamento da diabetes.
(V) ou (F) A cetoacidose diabética é uma complicação aguda exclusiva da DM1.
Falso!
Ocorre mais do DM1, mas não é exclusiva, pois na história natural do DM2 a insulina também pode acabar e ele apresentar quadro de cetoacidose, apesar de não ser muito comum.
Pq quadros infecciosos podem descompensar DM1?
Pela liberação de hormônios da REMIT: contra-insulínicos.
Qual o prognóstico da Cetoacidose diabética?
- Se tratamento adequado, mortalidade baixa.
Descreva a fisiopatologia da Cetoacidose Diabética.
- Hiperglicemia + Acúmulo de cetoácidos + Acidose metabólica.
- Ausência de insulina absoluta: Sem insulina células não conseguem captar glicose -> fome -> hiperglicemia / Com o aumento dos hormônios contra-insulínicos, há estímulo para glicogenólise, proteólise, lipólise e gliconeogênese (-> hiperglicemia) e para cetogênese (-> acúmulo de corpo cetônicos/cetoácidos: ácido beta-hidroxibutirico, ácido acetoacético e acetona) -> acidose metabólica com Ânion gap aumentado).
Quando suspeitar de quadro de Cetoacidose Diabética?
Paciente portador de DM1 (e, mais raramente, DM2) + fator desencadeante (infecção/má adesão) + clínica.
Cite sinais / sintomas / achados laboratoriais da cetoacidose diabética.
- 4 ps
- Sinais de desidratação
- Confusão mental
- Cr aumentada
- FR aumenta / respiração de Kusmaul
- Dor abdominal
- Náuseas e vômitos
- Leucocitose
- Aumento de enzimas hepáticas
- Aumento de amilase.
- Glicemia > 250 mg/dL
- Cetonemia / Cetonúria (3+/4+)
- pH < 7,3 e HCO3 < 15-18
Descreva a clínica da Cetoacidose Diabética relacionando-a com a fisiopatogenia.
Pela hiperglicemia (Glicemia > 250 mg/dL):
- 4 ps +
- Desidratação + -> alteração do nível de consciência (confusão, crise convulsiva, coma, pela desidratação neuronal) + Cr aumentada.
Pela cetoacidose (Cetonemia / Cetonúria (3+/4+) + pH < 7,3 e HCO3 < 15-18):
- Aumento da FR (hiperventilação profunda e rápida: Kusmaul): pela acidose metabólica +
- Dor abdominal, náuseas, vômitos: “envenenada” pelos corpos cetônicos +
- Leucocitose: pelo estado inflamatório, independente de estar infectado +
- Aumento de enzimas hepáticas +
- Aumento de amilase.
Cite sintomas da cetoacidose diabética.
4 ps + Dor abdominal + Náuseas e vômitos + Confusão mental.
Cite sinais presentes em paciente com cetoacidose diabética.
FR aumenta / respiração de Kusmaul + Confusão mental.
Cite achados laboratoriais presentes em paciente com cetoacidose diabética.
- Glicemia > 250 mg/dL
- Cetonemia / Cetonúria (3+/4+)
- pH < 7,3 e HCO3 < 15-18
- Leucocitose (com ou sem infecção)
- Aumento de enzimas hepáticas
- Aumento de amilase.
- Cr aumentada
Cite os critérios diagnósticos da Cetoacidose Diabética.
- Glicemia > 250 mg/dL
- Cetonemia / Cetonúria (3+/4+)
- pH < 7,3 e HCO3 < 15-18
Cite a base do tratamento da Cetoacidose Diabética.
“VIP”: Volume + Insulina + Potássio. Repor bicarbonato só se pH < 6,9. Avaliar de hora em hora.
Pq deve-se checar os níveis de sódio ao realizar hidratação tratamento na cetoacidose diabética?
Pois a hemodiluição induz a hiponatremia.
Descreva como deve ser realizada a hidratação venosa na Cetoacidose Diabética.
- Solução isotônica: SF (NaCl) 0,9% / RL 15-20 ml/kg (cerca de 1L) na 1ª hora.
- Após 1. -> checar sódio (e potássio)! 250-500ml/h de NaCl, sendo que se Na normal (135-145) -> NaCl 0,45% / se Na < 135 -> NaCl 0,9%.
Obs:. Corrigir o sódio pela glicemia!
Como corrigir o sódio pela glicemia?
Acima de 100mg/dL, adiciona-se 1,6mEq/L à natremia.
Pq deve-se checar os níveis de potássio ao realizar Insulinoterapia venosa ?
Pois a acidose, osmolaridade e a insulina jogam K para fora da célula e ele é excretado pelos rins (predispõe à hipopotassemia).
Descreva como deve ser realizada a Insulinoterapia venosa e a Reposição de potássio na Cetoacidose Diabética.
Iniciar após o resultado do laboratório, com o objetivo de reduzir glicemia entre 50-75 mg/dL/h:
Checar o resultado do laboratório + débito urinário adequado (pré-requisito para correção da hipocalemia):
- Se K baixo (< 3,3): repor K (KCL19,1% EV) a uma velocidade de 20-30 mEq/L junto com hidratação e não iniciar insulina;
- Se K normal (3,3-5,2): repor K a uma velocidade de 20-30 mEq/L junto com hidratação e iniciar a insulina venosa;
- Se K alto: iniciar insulina e não repor K.
Insulina regular venosa: 0,14U/kg/h ou 0,1U/kg (ataque) +/- 0,1U/K/h (não tão usado pelo risco de reduzir muito rápido a glicemia).
Qual o objetivo da Insulinoterapia venosa no tratamento da cetoacidose diabética? Justifique.
Reduzir glicemia entre 50-75 mg/dL/h, não reduzir de forma abrupta pelo risco de hipocalemia e de edema cerebral.
No contexto de tratamento da Cetoacidose diabética, quando deve-se repor potássio?
Em vigência de hipocalemia + obtenção de um débito urinário adequado (pelo menos 50ml/h é um pré-requisito).
Pq em caso de cetoacidose diabética não deve ser realizada reposição de bicarbonato de rotina?
Pois o tratamento do quadro já leva a normalização do ph, ficando essa conduta restrita aos casos graves (pH < 6,9), em que o paciente iria morrer pela acidose por perda das funções orgânicas (risco imediato incompatível com a vida).
Quais são os critérios de cura da Cetoacidose Diabética?
Glicemia < 200 mg/dL + 2 dos seguintes: HCO3 > 15-18, Ânion gap </= 12 e/ou pH >/= 7,3, resolução da cetonemia.