Doença infecto contagiosa Flashcards

1
Q

Quais são as doenças infecto contagiosas que estudaremos?

A
INFEÇÕES VIRAIS 
•	Influenza 
•	Covid-19 
•	Raiva 
INFEÇÕES BACTERIANAS: 
•	Tuberculose 
•	Tétano 
•	Brucelose 
•	Botulismo 
SÍNDROMA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (SIDA)
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2
Q

Na Medicina, Doença infeciosa é uma doença causada por?

A

É causada por um agente infeccioso ou as suas toxinas através da transmissão desse agente ou seus produtos, do reservatório de uma pessoa ou animal infectado indiretamente, por meio de hospedeiro intermediário vegetal ou animal, por meio de um vetor, ou através do meio ambiente inanimado.

Essencialmente é qualquer doença causada por um agente patogênico (como priões, vírus, rickettsias, bactérias, fungos e também parasitas), em contraste com causas externas ou físicas (por exemplo: acidentes queimadura, intoxicação por substâncias químicas.)

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3
Q

Agentes infecciosos podem causar doenças consideradas anteriormente não infecciosas?

A

Sim, como por exemplo do Helicobacter pylori é o causador da úlcera péptica, tida como psicossomáticas, e vírus tais como, o papilomavírus humano e o herpesvírus (HHV8) associados à doenças neoplásicas como o carcinoma de colo uterino e o sarcoma de Kaposi, respectivamente.

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4
Q

O que é a infecção

A

A infecção é uma fixação e multiplicação do agente causal com a produção de lesão no hospedeiro (doença infeciosa);
• Primoinfeção: primeiro episódio de infeção por um microrganismo;
• Coinfeção: infeção simultânea por dois ou mais microrganismos;
• Sobre infeção: infeção produzida como complicação de outra infeção (SIDA).

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5
Q

A infecção é sinônimo de doença infeciosa?

A

Não. Infeção não é sinônimo de doença infeciosa sobretudo pelo possibilidade se ser subclínica, ou seja existe a presença de infeção num hospedeiro sem o aparecimento de sinais ou sintomas clínicos, sendo detetada apenas por métodos de laboratório.
Contudo, a infeção subclínica não corresponde à fase pré clínica da história natural da doença.

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6
Q

O que é o período de incubação?

A

O período de incubação é o tempo compreendido entre a deposição do patógeno sobre o hospedeiro e o aparecimento do sintoma.
Em epidemiologia, a importância do período de incubação deve-se ao fato de a quantificação da doença basear-se, via de regra, em sintomas visíveis ou casos clínicos definidos, comprovados ou suspeitos.

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7
Q

Fale do período de evolução das doenças infetocontagiosas.

A
  • Período de invasão: contaminação, penetração do agente no organismo;
  • Período de Incubação: intervalo de tempo compreendido entre a entrada do agente e o aparecimentos dos sintomas.
  • Multiplicação e adaptação do agente ao hospedeiro. Cada doença tem um período de incubação caraterístico;
  • Período Prodrómico: Corresponde ao período de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o inicio dos sinais ou sintomas com base nos quais o diagnóstico pode ser estabelecido
  • Período clínico: manifestam-se os sinais e sintomas clínicos da doença.
  • Período de eliminação: eliminação do agente do organismo, se não for possível, limitação geográfica do agente ou morte do doente;
  • Imunidade (eventualmente): devido à formação de anticorpos específicos (após infeções sistémicas).
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8
Q

O que é patogenicidade?

A

É a capacidade que um agente infecioso tem de produzir a doença num hospedeiro suscetível. Esta capacidade depende tanto do poder invasivo ou virulência deste agente como da resistência e suscetibilidade do hospedeiro.
• O grau de patogenicidade ou virulência deve ser distinguido da capacidade invasiva do agente, sua capacidade de disseminar-se no corpo, a exemplo do Clostridium etani altamente patogênico, graças a sua endotoxina mas com limitada capacidade invasiva na pele integra (os esporos do tétano são introduzidos no corpo através de ferimentos)

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9
Q

O que é letalidade?

A

Letalidade como expressão da virulência, esta corresponde portanto à magnitude ou grau da patologia enquanto a patogenicidade é a capacidade de um agente infeccioso produzir a doença num hospedeiro susceptível.

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10
Q

O que é virulencia?

A

Virulência, medida da capacidade de um microrganismo causar a doença em função dos fatores patogênicos microbianos no processo que compreende alguns estágios desde: o encontro com o micróbio; a entrada no hospedeiro; crescimento microbiano após a entrada; evasão das defesas inatas do hospedeiro; invasão tecidual e tropismo; lesão tecidual; e transmissão para novos hospedeiros.

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11
Q

O que é doença?

A

Doença é um fenômeno complexo resultante de invasão e destruição tecidual, elaboração de toxinas e respostas do hospedeiro. A resposta do hospedeiro envolve a resposta inflamatória do organismo bem como sua imunidade natural e adquirida.
A caraterística fundamental das doenças infetocontagiosas é que nelas intervém um agente necessário, geralmente único e capaz de reproduzir-se, ou seja, um microrganismo vivo;

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12
Q

A prevenção de doenças infecciosas atuam em 3 elos que são.

A

A prevenção das doenças infetocontagiosas está dirigida a atuar ao nível dos três elos da cadeia:
• A FONTE DE INFECÇÃO OU RESERVATÓRIO; (Homem ou animal doente ou portadores em sangue, fezes, urina, exsudados, mucosas ou objetos inanimado contaminados)
• VIA DE TRANSMISSÃO; (Água, alimentos, pó, ar, vetores, contactos, artrópodes, chão, roedores)
• HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL (Vias de infeção respiratória (orogastrointestinal, cutânea, mucosa e placentária)
Se se quebra um destes elos não se produzirá a doença.

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13
Q

Medidas tomar relativo a cada um dos 3 elos para não se produzir a etapa da doença do agente infecioso.

A
  • A FONTE DE INFECÇÃO: Isolamento, vigilância, quarentena
  • VIA DE TRANSMISSÃO: Saneamento, Desinfeção/ Esterilização
  • HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL: Vacinação, Seroprevenção
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14
Q

As vias de transmissão pode ser:

A

Vias de transmissão constituem o conjunto de meios e sistemas que facilitam o contacto do agente infecioso com o hospedeiro suscetível.
DIRETA:
• a doença passa diretamente da fonte de infeção para o hospedeiro suscetível, sem interferências de nenhum elemento:
• Mordedura
• Arranhão
• Contacto físico (mais frequente): via sexual, mucosas, intraparto, placentária, cutânea, aérea
INDIRETA:
• separação entre a fonte de infeção e o hospedeiro suscetível:
• Seres animados (animais ou artrópodes)
• Seres inanimados (água, alimentos contaminados, chão)

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15
Q

Sobre hospedeiro suscetível, sabemos que:

A
Hospedeiro suscetível, a suscetibilidade é a condição necessária para que o Homem se converta em hospedeiro e seja afetado por um agente causal. 
A suscetibilidade depende de: 
•	Idade 
•	Género 
•	Raça 
•	Profissão e estilo de vida 
•	Estado do organismo
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16
Q

Exemplo de infecções virais?

A
  • Influenza
  • Covid-19
  • Raiva
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17
Q

Explane sobre a Influenza.

A

Influenza refere-se à doença causada pelos vírus da influenza, mas o termo é, em geral, incorretamente usado para se referir a doenças semelhantes, provocadas por outros microorganismos patogénicos respiratórios virais.
A gripe é uma doença muito contagiosa provocada pelo vírus Influenza, que surge geralmente durante o inverno e que afeta o trato respiratório superior;
Comparado com a maioria das infeções respiratórias virais, como a constipação normal, uma infeção provocada pelo vírus Influenza é particularmente perigosa devido às suas complicações;
O vírus Influenza tem sido responsável por algumas das piores pandemias da história humana; Como por exemplo a gripe suína em 2009 ou a gripe espanhola em 1918 (H1N1) e a gripe asiática em 1957 (H2N2).

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18
Q

O vírus da influenza pertence a qual família?

A

O vírus Influenza pertence à família Orthomyxoviridae, composta pelos três géneros: Influenza A; Influenza B; Influenza C;
Os tipos A e B são responsáveis pelas epidemias respiratórias que ocorrem quase todos os invernos e estão frequentemente associados com o aumento das taxas de hospitalização e de mortalidade;
O tipo A, isolado pela primeira vez em 1933, infeta vários mamíferos (homem, cavalos, porcos e aves).
O tipo B, isolado em 1940 infeta apenas o homem;
O tipo C, isolado em 1947, não tem um impacto tão grande na saúde pública, pois não causa epidemias como os tipos A e B.

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19
Q

Explane sobre a epidemiologia da Influenza?

A

Influenza produz uma doença esporádica, difundida anualmente durante o outono e o inverno em locais de climas temperados (epidemia sazonal).
Epidemias sazonais são causadas pelos vírus da influenza A e B ; desde 1968, a maioria das epidemias sazonais de influenza foi causada pelo H3N2 (um vírus da influenza tipo A).
Os vírus da influenza B podem causar doenças leves, mas geralmente provocam epidemias, como vírus circulante predominante quanto junto com a influenza A.

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20
Q

Quais as vias de transmissão da Influenza?

A
  • Gotículas transportadas pelo ar (mecanismo mais importante);
  • Contato interpessoal;
  • Contato com superfícies ou objetos contaminados.
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21
Q

Qual o período de incubação da Influenza?

A

Varia de 1 a 5 dias.

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22
Q

Qual a transmissibilidade da Influenza?

A
  • 1 dia antes a 7 dias após aparecimento de sintomas;

* Maior risco de contágio quando existem sintomas.

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23
Q

Quais os grupos de risco da Influenza?

A
  • Crianças < 4 anos de idade;
  • Adultos > 65 anos de idade;
  • Pessoas com doenças crónicas
  • Mulheres em gestação;
  • Pessoas com doenças que dificultem a mobilização de secreções bronquiais através da tosse
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24
Q

Quais os sinais e sintomas da Influenza?

A
  • O período de incubação da influenza varia de 1 a 5 dias, com uma média de cerca de 48 horas. Em casos leves, muitos sintomas são semelhantes a um resfriado comum (p. ex., dor de garganta, rinorreia); conjuntivites leves também podem ocorrer.
  • Influenza típica em adultos é caracterizada pelo início súbito com calafrios, febre, prostração, tosse
  • Cefaleia.
  • Sintomas respiratórios podem ser leves no início, com dor de garganta, sensação de queimadura retroesternal, tosse não produtiva e, algumas vezes, coriza.
  • Tosse pode ser persistente, irritativa e produtiva.
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25
Q

Quais as complicações da Influenza?

A
  • Pneumonia é sugerida por agravamento clínico evidenciado pela tosse e dispneia
  • Pneumonia bacteriana secundária é sugerida por persistência ou recorrência de febre e tosse, após a doença primária parecer ter sido resolvida.
  • Encefalite, miocardite e mioglobinúria, algumas vezes com insuficiência renal, ocorrem de forma ocasional depois da infeção por influenza A ou B.
  • A síndrome de Reye costuma ocorrer durante as epidemias de influenza B, particularmente entre as crianças que tomaram ácido acetilsalicílico.
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26
Q

Qual o diagnóstico da Influenza?

A
  • Avaliação clínica;
  • Algumas vezes teste molecular;
  • Oximetria de pulso e radiografia de tórax em pessoas com sintomas respiratórios graves.
  • A cultura de zaragatoas (swabs) ou aspirados nasofaríngeos demora vários dias e não é útil para a decisão clínica
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27
Q

Qual o tratamento da Influenza?

A
  • A maioria da pessoas recuperam, embora a recuperação completa costume levar 1 ou 2 semanas. Contudo, a influenza e a pneumonia relacionada com a influenza são causas importantes de morbidade e mortalidade nas pessoas de alto risco.
  • O tratamento antiviral imediato dessas pessoas pode reduzir a incidência de doença respiratória baixa e de hospitalização. Terapia antibacteriana apropriada diminui a taxa de mortalidade de pneumonia bacteriana secundária.

Tratamento sintomático
• Repouso;
• Hidratação;
• Administração de antipiréticos
• Administração de fluidificantes brônquicos;
• As infeções bacterianas secundárias requerem antibióticos apropriados
• Tratamento Antiviral:

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28
Q

Meios de prevenção da Influenza

A

As infeções por influenza podem ser amplamente prevenidas por meio de vacinação anual; A vacina deve ser administrada durante o outono/inverno, de preferência até ao fim do ano civil.

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29
Q

Quais os cuidados e interveção de enfermagem para casos normais da Influenza?

A

A maioria das pessoas com influenza são tratados no domicílio, a DGS dá a seguintes indicações:
• Fique em casa em repouso;
• Não se agasalhe demasiado;
• Avalie a temperatura ao longo do dia;
• Se tiver febre pode tomar paracetamol.
• Utilize soro fisiológico para tratar a obstrução nasal;
• Beba muitos líquidos: água e sumos de fruta;
• Se viver sozinho, especialmente se tiver limitações de mobilidade ou estiver doente, deve pedir a alguém que lhe telefone regularmente para saber como está.
• Reduza, na medida do possível, o contacto com outras pessoas;
• Lave frequentemente as mãos
• Ao espirrar ou tossir proteja a boca com um lenço de papel ou com o antebraço; não utilize as mãos.

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30
Q

Quais os cuidados e interveção de enfermagem para casos graves/internados da Influenza?

A

Precauções básicas:
• Higiene das mãos
• Colocar as luvas (no contato de proximidade menos de um metro)
• Uso de máscara cirúrgica com proteção ocular (no contato de proximidade menos de um metro)
• Visitas restritas para pacientes hospitalizados
• Bata limpa (no contato de proximidade menos de um metro)
• Quarto individual ou uso de cortinas separadoras

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31
Q

Explane sobre o Covid.

A

Os coronavírus pertencem à família Coronaviridae que integra vírus que podem causar infeção no Homem, noutros mamíferos (por exemplo nos morcegos, camelos, civetas) e nas aves.
Até à data, conhecemos oito coronavírus que infetam e podem causar doença no Homem.
Normalmente, estas infeções afetam o sistema respiratório, podendo ser semelhantes às constipações comuns ou evoluir para uma doença mais grave, como a pneumonia.
Dos coronavírus que infetam o Homem o SARS-CoV, o MERS-CoV e o SARS-CoV-2 saltaram a barreira das espécies, ou seja, estes vírus foram transmitidos ao Homem a partir de um animal reservatório ou hospedeiro desses vírus.

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32
Q

Quais os meios de transmissão do Covid-19?

A

A COVID-19 transmite-se pessoa-a-pessoa por contacto próximo com pessoas infetadas pelo SARS-CoV-2 (transmissão direta), ou através do contacto com superfícies e objetos contaminados (transmissão indireta).
A transmissão por contacto próximo ocorre principalmente através de gotículas que contêm partículas virais que são libertadas pelo nariz ou boca de pessoas infetadas, quando tossem ou espirram, e que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo.

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33
Q

Qual o período de incubação do Covid-19?

A

Atualmente, estima-se que o período de incubação da doença (tempo decorrido desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas) seja entre 1 e 14 dias.

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34
Q

Qual a transmissibilidade do Covid-19?

A
  • A pessoa é mais infeciosa durante o período sintomático, mesmo que os sintomas sejam leves e muito inespecíficos.
  • Existem também evidências sugerindo que a transmissão pode ocorrer de uma pessoa infetada cerca de dois dias antes de manifestar sintomas.
  • Estima-se que o período infecioso dure de 7 a 12 dias em casos moderados e até duas semanas, em média, em casos graves
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35
Q

Grupo de risco do Covid-19?

A

O vírus não tem nacionalidade, idade ou género, por isso todos corremos o risco de contrair a COVID-19.
Ainda assim, as pessoas que correm maior risco de doença grave por COVID-19 são:
• Pessoas idosas;
• Pessoas com doenças crónicas - doença cardíaca, pulmonar, neoplasias ou hipertensão arterial, entre outras;
• Pessoas com compromisso do sistema imunitário (a fazer tratamentos de quimioterapia, tratamentos para doenças auto-imunes (artrite reumatóide, lúpus, esclerose múltipla ou algumas doenças inflamatórias do intestino), infeção VIH/sida ou doentes transplantados)

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36
Q

Quais os sinais e sintomas do Covid-19?

A
  • Os sinais e sintomas da COVID-19 variam em gravidade, desde a ausência de sintomas (sendo assintomáticos) até febre (temperatura ≥ 38.0ºC), tosse, dor de garganta, cansaço e dores musculares e, nos casos mais graves, pneumonia grave, síndrome respiratória aguda grave, septicémia, choque sético e eventual morte.
  • Os dados mostram que o agravamento da situação clínica pode ocorrer rapidamente, geralmente durante a segunda semana da doença.
  • Recentemente, foi também verificada anosmia (perda do olfato) e em alguns casos a perda do paladar, como sintoma da COVID-19.
  • Existem evidências da Coreia do Sul, China e Itália de que doentes com COVID-19 desenvolveram perda parcial ou total do olfato, em alguns casos na ausência de outros sintomas.
  • Os sintomas de COVID-19 são semelhantes nas crianças e nos adultos.
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37
Q

Qual o Diagnóstico do Covid-19?

A

São considerados suspeitos de COVID-19 todas as pessoas que desenvolvam:
Quadro clínico sugestivo de infeção respiratória aguda com pelo menos um dos seguintes sintomas:
• tosse de novo ou agravamento da tosse habitual ou associada a cefaleias ou mialgias
• febre: temperatura ≥ 38.0ºC sem outra causa atribuível, ou
• dificuldade respiratória/dispneia, sem outra causa atribuível
• perda total ou parcial do olfato (anosmia), enfraquecimento do paladar (ageusia) e perturbação ou diminuição do paladar (disgeusia) de início súbito

38
Q

Critérios do internamento do Covid-19?

A
  • Pessoas suspeitas devem ser observados e avaliada a necessidade de internamento hospitalar, devendo ser admitidos aqueles que cumprirem 1 ou mais dos seguintes critérios:
  • Presença de comorbilidades (DPOC, Asma, Insuficiência Cardíaca, Diabetes Mellitus, Doença Hepática ou Renal Crónica, Neoplasia Maligna Ativa, Imunossupressão)
  • Temperatura ≥ 38°C persistente com mais de 48-72h ou reaparecimento de febre após apirexia (avaliar caso a caso) Alteração do estado de consciência
  • Instabilidade hemodinâmica
  • Dispneia em repouso ou para pequenos esforços
  • Frequência respiratória ≥ 30cpm
39
Q

Qual o tratamento do Covid-19?

A

O tratamento para a infeção por este novo coronavírus é dirigido aos sinais e sintomas e tem como objetivo proporcionar alívio e maior conforto.
À data, considerando o conhecimento científico atual e as recomendações da OMS, encontram-se em investigação, algumas estratégias terapêuticas apontadas como potenciais candidatos terapêuticos

40
Q

Qual a prevenção para o Covid-19?

A

Vacinação, Quarentena, uso de máscaras cirúgicas e FFP2.

41
Q

Explane sobre a raiva

A

A raiva humana é uma doença aguda, causada pelo vírus da raiva que pertence ao género Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, que afeta o sistema nervoso central dos mamíferos incluindo o homem;
É uma zoonose presente em mais de 100 países.
A taxa de letalidade da doença é de 100% se não for adequada e precocemente tratada (profilaxia pós-exposição).
Está presente em todos os continentes exceto na Antártida. Alguns países são indemnes de Raiva, noutros, particularmente na África e na Ásia, a doença mante-se endémica, ocorrendo quer em cães quer em reservatórios silvestres, como por exemplo nos morcegos;
Em média, no mundo, morre pelo menos uma pessoa a cada 10 minutos em consequência da Raiva: mata cerca de 70.000 pessoas todos os anos;
As crianças com menos de 15 anos de idade são habitualmente as mais expostas, uma vez que têm uma relação mais próxima com os animais.

42
Q

Quais as vias de transmissão da Raiva?

A
  • Mordedura, arranhão, lambedura ou contacto com a saliva de animais infetados;
  • Reservatórios: o cão, o gato e o morcego. O macaco, a raposa, o coiote, o chacal, o lince, o mangusto e outros animais selvagens são também referidos como reservatórios.
43
Q

Qual o período de incubação da Raiva?

A

É muito variável, podendo ser de dias a vários meses ou anos, sendo habitualmente de 3 a 8 semanas, dependendo de:
• Localização, extensão e profundidade da ferida resultante;
• Distância entre o local da ferida e o sistema nervoso central;
• Concentração do inóculo.

44
Q

Qual a transmissibilidade da Raiva?

A
  • Maior risco de contágio após aparecimento de sintomas;

* Pode ocorrer antes do aparecimento de sintomas.

45
Q

Estrutura e replicação da Raiva

A

O vírus multiplica-se no local de inoculação e progride ao longo do sistema nervoso periférico até ao sistema nervoso central, onde infeta todos os neurónios.
• A partir daí, atinge vários órgãos, em especial as glândulas salivares, onde também se replica, sendo eliminado pela saliva das pessoas infetadas

46
Q

Sinais e Sintomas da Raiva

A

A evolução dos sintomas de raiva evolui de acordo com as seguintes fases:
Duração de dois a quatro dias, inespecíficos: mal-estar geral, ligeiro aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. Podem ocorrer hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento.
Fase neurológica – deve ser identificada de acordo com as duas apresentações clássicas da doença:
• Forma furiosa (relacionada principalmente a vírus transmitidos por canídeos);
• Forma paralítica (associada, na maioria dos casos, a vírus transmitidos por morcegos);.

47
Q

Quais as complicações da Raiva

A
  • O doente apresenta espasmos, sobretudo da musculatura respiratória, da faringe e da laringe. Desenvolve-se uma desidratação progressiva, dado que o doente não consegue beber;
  • O aumento da secreção da saliva, em associação com a incapacidade de a deglutir, origina sialorreia
48
Q

Diagnóstico da Raiva

A
  • Hipernatremia (Na+ >155mEq/l):
  • Desidratação;
  • Diabetes insipida.
  • Hiponatremia (Na+ <140mEq/l):
  • Síndrome de Secreção Inapropriada de Hormona Antidiurética – SSIHAD;
  • Síndrome Cerebral Perdedora de Sal – SCPS;
  • Disautonomia; HIC;
  • Sinais de herniação.
  • Vasoespasmo Cerebral – VEC, monitorar PIC;
  • Convulsões - quando ocorrer, pensar na possibilidade de HIC e/ou VEC;
  • Infeções - febre com leucocitose, neutrofilia não relacionada com a infeção
49
Q

Tratamento da Raiva

A

Paliativo: uma vez que o doente tenha desenvolvido os sintomas da raiva, já não há tratamento eficaz. A taxa de mortalidade é de praticamente 100%.
Vacinação (altamente eficazes e impedem o desenvolvimento da raiva, se administrados em tempo adequado)

50
Q

Quais são os cuidados e intervenções de enfermagem para a raiva?

A
  • Em caso de mordedura por qualquer mamífero, devemos lavar bem a ferida com água corrente para evitar a contaminação;
  • A pessoa deve procurar os serviços de saúde para avaliar a necessidade de iniciar tratamento profilático contra raiva;
  • Se o animal for doméstico é importante obter a caderneta de vacinação do mesmo, confirmando a sua imunização contra a raiva.
51
Q

Explane sobre a tuberculose

A

O agente causal responsável pela Tuberculose (TB) é o Mycobacterium tuberculosis (Mt). A tuberculose pulmonar (TP) é a manifestação mais frequente, no entanto, o Mt pode atingir qualquer parte do corpo (disseminação linfática ou sanguínea);
Doença contagiosa de declaração obrigatória;
Em Portugal, nos últimos anos, a incidência da doença tem vindo a diminuir.

52
Q

Qual via de transmissão da tuberculose?

A

O reservatório principal é o homem, também podem ser gado bovino e primatas; Quase exclusivamente por via aérea através da inalação de gotículas, contendo Mt, expelidas pela pessoa doente quando esta tosse, fala ou espirra.

53
Q

Qual o período de incubação da tuberculose?

A

• Primoinfeção tuberculosa (14 a 21 dias – replicação bacteriana lenta);.

54
Q

Transmissibilidade da tuberculose?

A
  • Ocorre enquanto o doente estiver a eliminar bacilos, e não tiver iniciado o tratamento;
  • O grau de transmissibilidade depende do número de bacilos expelidos e qualidade da ventilação.
55
Q

Qual os grupos de risco da tuberculose?

A

Os grupos de risco podem ser divididos em duas categorias:
PESSOAS COM RISCO DE INFEÇÃO POR MT
PESSOAS COM RISCO DE DESENVOLVEREM A DOENÇA APÓS INFEÇÃO POR MT

56
Q

Estrutura e replicação da tuberculose

A

Os bacilos da tuberculose entram no pulmão através do ar inspirado;
• A reação do organismo aos bacilos da tuberculose depende da suscetibilidade individual e da quantidade de microrganismos. Dentro do parênquima pulmonar ocorre a inflamação e as defesas naturais do organismo lutam contra a infeção.

57
Q

Explane sobre primoinfecção da tuberculose

A
  1. Após a entrada do bacilo nos pulmões, nas semanas seguintes, forma-se um pequeno foco primário que atinge os gânglios regionais;
  2. Em 90% dos casos a resposta imunitária dos indivíduos é suficiente para evitar o desenvolvimento da doença, não ocorrendo qualquer sintomatologia;
  3. O processo inflamatório e a reação celular produzem um nódulo duro e esbranquiçado chamado gânglio primário tuberculoso;
  4. A imunidade adquirida após primoinfeção confere certa proteção, mas não total, frente a exposições posteriores;
  5. Prova tuberculínica positiva.
58
Q

Explane sobre reativação da tuberculose

A

O bacilo mantém-se nos pulmões em repouso, se o estado imunitário da pessoa fica deficitário, os bacilos podem tornar-se ativos e multiplicam-se, desenvolvendo uma tuberculose ativa;
Em 95% dos casos a primoinfeção progride para a doença nos primeiros 2 anos e os outros 5% no resto da vida;
O nódulo torna-se fibroso impedindo a irrigação sanguínea ocorrendo necrose na parte central, tornando-se esta mole com o passar do tempo e sendo eliminado o conteúdo pela tosse, deixando uma cavidade no parênquima.

59
Q

Explane sobre tuberculose extrapulmonar

A

A tuberculose é disseminada para outras partes do organismo através da via sanguínea ou linfática;
Pode atingir, para além dos pulmões, laringe, aparelho gastrointestinal, gânglios linfáticos, pele, sistema esquelético, sistema nervoso e aparelho genitourinário.

60
Q

Quais sinais e sintomas da tuberculose?

A

O quadro clínico não apresenta nenhum sinal ou sintoma característico;
Os sinais e sintomas evoluem lentamente observando-se, geralmente comprometimento do estado geral, febre baixa com sudorese, astenia e emagrecimento;
Quando a doença atinge os pulmões, o individuo pode apresentar dor torácica e tosse produtiva, acompanhada ou não de secreções hemoptoicas;
A tosse produtiva é o sintoma mais frequente da forma pulmonar

61
Q

Qual o diagnóstico da tuberculose?

A
  • História clínica e social compatível;
  • Radiologia (Radiografia de Tórax, TC): Opacificações, calcificações, cavernas e/ou derrames pleurais.
  • Diagnóstico microbiológico: Cultura de amostras de expetoração (crescimento lento 3 a 6 semanas); Tinção de Ziehl Nielsen da expetoração.
  • Prova tuberculínica (Mantoux):
  • Positiva 5 a 6 semanas após infeção;
62
Q

Qual tratamento da tuberculose?

A

O tratamento dos doentes bacilíferos é a atividade prioritária no controlo da TB, uma vez que permite interromper a cadeia de transmissão da doença. Segundo a OMS são objetivos do tratamento da TB:
Curar a pessoa e restabelecer a qualidade de vida e produtividade;
Prevenir a morte por TB ativa ou os seus efeitos;
Prevenir o reaparecimento de TB;
Reduzir a transmissão;
Prevenir o desenvolvimento e transmissão de resistências
Tratamento Antibiótico:
A prescrição habitual em doentes infetados que não receberam nunca tratamento é:
Administração de isoniazida, rifampicina e pirazinamida durante os 2 primeiros meses;
Isoniazida e rifampicina durante os 4 meses restantes (7 em indivíduos com VIH) até completar os 6 meses de tratamento (9 em indivíduos com VIH);
O doente deixa de ser contagioso aos 15 dias de iniciado o tratamento;
A principal causa de fracasso do terapêutico é o abandono do tratamento.

63
Q

Como é a prevenção da tuberculose?

A
  • Quimioprofilaxia primária:
  • Tratamento preventivo de pessoas não infetadas que tem por objetivo evitar a infeção;
  • Indicada nos contactos íntimos de doentes bacilíferos (crianças e imunodeprimidos) que apresentaram um teste tuberculínico negativa;
  • Após 2 meses de tratamento realiza teste tuberculínico:
  • se é negativo suspende tratamento;
  • Se é positivo continua com isoniazida até 6 meses (12 meses se VIH positivo).
  • Quimioprofilaxia secundária:
  • Tratamento preventivo de pessoas infetadas (teste tuberculínico positivo) que tem como objetivo evitar a progressão da doença;
  • Administra-se a pessoas infetadas que apresentam maior risco de desenvolver a doença por conviverem com doentes, portadores de lesões fibróticas pulmonares, anticorpos VIH; Uma só vez na vida e durante de 6 meses
  • Vacinação
64
Q

Quais são os cuidados e intervenções de enfermagem para a tuberculose?

A
  • A prioridade principal dos programas de prevenção e controlo da TB é a de que todas as pessoas com TB sejam rapidamente identificadas e tratadas adequadamente. O estudo da pessoa com suspeita de TB deve incluir:
  • Dados subjetivos:
  • É importante determinar se o doente esteve em contacto com uma pessoa com TB. Muitas vezes a origem da infeção é desconhecida e pode nunca ser determinada;
  • Os contactos mais íntimos dos doentes necessitam ser identificados. Dados Objetivos: Tosse produtiva;
  • Febre;
  • Reação de no teste cutânea à tuberculina;
  • Radiografia Tórax com infiltrado pulmonar
  • Instruir sobre:
  • Quais os testes a serem efetuados, o motivo e como devem ser realizados;
  • A importância das medidas de proteção individual e da biossegurança;
  • Importância da proteção dos contactos próximos.
  • Medidas de controlo de transmissão:
  • Uso de máscara cirúrgica;
  • Tapar sempre a boca ao tossir ou espirrar. Explicar que cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar, é uma medida importante para proteger os outros;
  • Lavar sempre as mãos após tossir ou espirrar;
  • Efetuar o arejamento natural das instalações;
  • Evitar transportes/ lugares públicos
  • Importância do regime terapêutico:
  • Os medicamentos podem curar a doença, quando tomados adequadamente;
  • Reforçar a importância da adesão ao tratamento (medicação, consultas, exames, sendo que uma boa colaboração da pessoa é imprescindível para debelar a doença;
  • Reforçar os benefícios da saúde pessoal e pública
  • Esclarecer o significado do período contagioso e destacar o seu papel na colaboração da identificação de contactos próximos, a fim de proteger a família e os amigos da TB (destacar importância da proteção das crianças e imunocomprometidos);
  • Esclarecer que a transmissão aumenta com a duração e frequência da exposição, assim como com a exposição em espaços fechados;
  • Reforçar sempre a importância da identificação dos contactos, informando do dever de confidencialidade dos dados obtidos. No caso da pessoa não se recordar deles ou querer omiti-los, devem utilizar-se estratégias adicionais, nunca entrando em conflito com a pessoa.
  • Recomenda-se que o tratamento da TB deve ser em regime de ambulatório.
  • Quando a pessoa é internado com suspeita/confirmação de TB, este deve ser internado em quarto individual, sob medidas de isolamento de via aérea;
  • Os objetivos desta medida é reduzir o risco de transmissão hospitalar a outros doentes e aos profissionais de saúde envolvidos;
  • O risco de transmissão será mínimo se todas as medidas preventivas forem cumpridas;
  • O isolamento respiratório pode ser suspenso caso não se confirme o diagnóstico de TB;
  • Na TB confirmada o isolamento de via aérea pode terminar assim que se verificarem as seguintes condições: Melhoria clínica; 15 dias de tratamento antibacilar; Exame direto negativo
65
Q

Quais as vias de transmissão do tétano?

A

O reservatório do Clostridium tetani é o solo e as fezes de animais e pode viver ali durante anos;
O tétano transmite-se pela contaminação de qualquer tipo de ferida com esporo da bactéria Clostridium tetani, que se encontra no meio ambiente:
pregos ou espinhos;
Mordeduras de animais;
Feridas com corpos estranhos como farpas de madeira;
Queimaduras;
Feridas contaminadas com solo ou estrume;
Fraturas exposta

66
Q

Qual o período de incubação do tétano?

A
10 dias (podendo variar de 2 a 21 dias); 
No tétano neonatal (“mal dos sete dias”) é, em média, 7 dias (geralmente entre 4 e 14 dias).
67
Q

Qual a estrutura e replicação do tétano?

A

A bactéria do tétano produz esporos. Os esporos são uma forma inativa (latente) de bactérias;
Os esporos possibilitam às bactérias sobreviverem quando as condições ambientais são difíceis;
As bactérias penetram na ferida e multiplicam-se rapidamente produzindo toxinas que atuam sobre o sistema nervoso.

68
Q

Qual a fisiopatologia do tétano?

A

A toxina entra nas terminações nervosas periféricas, liga-se de modo irreversível e percorre de maneira retrógrada ao longo dos axónios e através das sinapses até ao SNC;
Como resultado, a liberação de transmissores inibidores das terminações nervosas é bloqueada, causando assim estímulo muscular sem oposição por acetilcolina e espasticidade tónica generalizada, em geral com sobreposição de convulsões tónicas intermitentes;
A desinibição dos neurónios autónomos e a perda de controlo da liberação de catecolamina adrenal causam instabilidade autonómica e um estado hipersimpático;
Uma vez ligada, a toxina não pode ser neutralizada;
Na maioria das vezes, o tétano é generalizado, acometendo os músculos esqueléticos ao longo do corpo. Outras vezes localiza-se nos músculos perto da abertura de uma ferida.

69
Q

Quais os sinais e Sintomas do tétano?

A

Uma vez dentro da pele, os esporos da bactéria multiplicam-se e produzem uma toxina que atua em terminais nervosos.
Manifesta-se inicialmente com cefaleias e fadiga, num período de tempo que pode ir de poucos dias a algumas semanas após a lesão traumática
A toxina induz o aumento do tónus muscular provocando:
Espasmo dos músculos da mandíbula, trismo (incapacidade de abrir a boca); Dificuldade em deglutir;
Contração prolongada dos músculos da face que origina uma expressão semelhante a um sorriso ou esgar, riso sarcástico;
Hiperextensão do tronco e cervical causando uma posição em arco (opistótonos);
Por fim, os efeitos da toxina a nível dos músculos respiratórios vão interferir com a respiração e o doente pode morrer por asfixia.

70
Q

Diagnóstico do tétano?

A

História clínica compatível - Considerar o diagnóstico de tétano quando os doentes apresentarem rigidez muscular ou espasmos repentinos e inexplicáveis, particularmente se tiverem história de lesões recentes ou fatores de risco de tétano;
Diagnóstico microbiológico:
Identificação do bacilo ou das toxinas no exsudado da lesão.

71
Q

Tratamento do tétano?

A

No tétano, a administração precoce da antitoxina é decisiva, contudo, a antitoxina apenas consegue neutralizar as toxinas que ainda não se encontram ligadas ao sistema nervoso. Por esta razão, a sua administração é geralmente muito tardia.
Nesta situação, o tratamento médico intensivo é sintomático:
Tratamento de suporte, principalmente suporte respiratório (entubação e ventilação assistida);
Desbridamento do ferimento;
Antitoxina do tétano;
Benzodiazepínicos para espasmos musculares;
Metronidazol ou penicilina;
Às vezes, fármacos para disfunção autonómica.

72
Q

Como é a prevenção do tétano?

A

Vacinação:
Como não é possível eliminar os esporos das bactérias causadoras do tétano do ambiente, para evitar a doença é fundamental que todas as pessoas sejam vacinadas;
Em Portugal, os bebés e crianças são imunizados contra o tétano através de uma série de 4 vacinas. Depois da série primária estar completa, a criança recebe mais 2 reforços: aos 5 e 10 anos. A partir dos 10 anos de idade, é recomendado reforços aos 25, 45, 65 anos de idade, e posteriormente, de 10 em 10 anos; A taxa de cobertura vacinal em crianças e jovens em Portugal é superior a 95%. No resto do mundo, estima-se uma taxa de cobertura de 85%;
A vacina contra o tétano tem de ser administrada durante toda a vida uma vez que nem a vacina nem a doença dão proteção a longo prazo; Por outro lado, esta é uma vacina que não dá a chamada imunidade de grupo – só está mesmo protegido quem fez a vacina

73
Q

Quais são os cuidados e intervenções de enfermagem o tétano?

A

Pessoa com tétano requerem internamento em Unidade de Cuidados Intensivos:
A pessoa encontra-se consciente, apercebendo-se da evolução do seu estado assim como de todas as manifestações dos profissionais de saúde e procedimentos de enfermagem;
Deve ser alocado em quarto individual, evitando estímulos desnecessários, já que podem desencadear acessos de espasmos musculares;
O enfermeiro deve explicar ao doente, detalhadamente, todos os procedimentos a efetuar;
Os cuidados / intervenções de enfermagem devem ser programados, de modo a que coincidam com o efeito máximo de ação dos sedativos;
Ventilação artificial;
Vigilância estrita de sinais vitais, balanço hídrico (cateterismo vesical), espasmos e lesões traumáticas;
Dieta altamente calórica através de SNG ou parenteral;
Evacuações intestinais regulares;
Higiene pessoal e principalmente oral (diminuição da autolimpeza através da saliva).

74
Q

Explane sobre a brucelose.

A

Doença sistémica cujo agente infecioso é uma bactéria do género Brucella;
Também designada por Febre de Malta, Febre ondulante, Febre do mediterrâneo, Doença de Bang;
Doença profissional entre quem trabalha com animais infetados ou seus produtos, pastores, agricultores, veterinários, empregados de matadouros.
Difundida no mundo inteiro, sobretudo nos países europeus e norte-africanos banhados pelo Mediterrâneo, na Ásia Central, México e América do Sul; •Portugal faz parte dos 30 países com maior prevalência de brucelose humana, embora a taxa de prevalência seja das mais baixas, dentro deste conjunto;
A brucelose é uma doença endémica no norte e centro do país, nomeadamente nos distritos de Bragança, Vila Real, Castelo Branco, Viseu, Guarda e Portalegre

75
Q

Quais as vias de transmissão da brucelose?

A

O reservatório é exclusivamente animal: gado bovino, suíno, caprino, ovino, equino e canídeo
Contacto direto com animais infetados e seus produtos (sangue, tecidos, urina, secreções vaginais, feto abortado, placenta) ou ingestão de leite não pasteurizado e derivados (leite, requeijão) provenientes desses animais

76
Q

Qual o período de incubação da brucelose?

A

Variável, de 5 a 30 dias, podendo estender-se aos 6 meses

77
Q

Qual a estrutura e replicação da brucelose?

A

A brucela penetra no organismo por via cutânea ou através da mucosa digestiva, respiratória ou conjuntival.

78
Q

Qual a fisiopatologia da brucelose?

A

Por via linfática, atinge rapidamente o sistema ganglionar regional que drena o local de entrada. É aqui, nos gânglios linfáticos, que se dá a primeira fase de replicação bacteriana;
Esta fase circunscrita e regionalizada é uma das primeiras barreiras à disseminação rápida da infeção e corresponde ao período de incubação da doença;
Após a mesma, dá-se uma disseminação hematogénica generalizada havendo a possibilidade teórica de se constituir um foco de infeção em qualquer parte do organismo.
No entanto, a brucela apresenta um tropismo para as células do sistema retículoendotelial, sendo o baço, o fígado, a medula óssea e os gânglios linfáticos locais preferenciais de captação bacteriana.
O sistema músculo-esquelético e genitourinário também são frequentemente atingidos

79
Q

Quais os sinais e Sintomas da brucelose?

A
  • Apresenta um quadro clínico muito diversificado de início agudo ou insidioso caraterizado por:
  • Febre (contínua, intermitente ou irregular; 37°C a 40°C);
  • Sudorese profusa;
  • Dor (artralgias, cefaleias, mialgias);
  • Anorexia;
  • Obstipação;
  • Náuseas e vómitos;
  • Tosse seca;
  • Alterações do sono;
  • Humor depressivo
80
Q

Diagnóstico da brucelose?

A

Reiterando a variabilidade sintomática da brucelose humana, o diagnóstico clínico é um desafio:
História clínica:
• Profissão;
• Contacto com animais;
• Viagens a zonas endémicas;
• Hábitos alimentares nas últimas semanas, entre outras.
• O diagnóstico é mais imediato em zonas onde a doença é endémica, sendo nestes casos considerada por defeito a brucelose;
• Com estas claras limitações, a confirmação de diagnóstico deve ser feito laboratorialmente

81
Q

Tratamento da brucelose?

A

Tratamento é feito com antibioterapia combinada durante 6 semanas;
A combinação de doxiciclina e estreptomicina é a terapêutica mais comum, por ter menos efeitos secundários e menos casos de recidivas documentados, especialmente quando usada em fases agudas da doença e em pacientes com formas localizadas de brucelose;
Tratamento durante 6 semanas.
Seguimento dos doente, clínica e serologicamente durante 2 anos.
O tratamento promove alívio dos sintomas, redução da duração da doença e menor incidência de complicações

82
Q

Quais são os cuidados e intervenções de enfermagem para a brucelose?

A
  • Doentes com Brucelose necessitam acompanhamento ambulatório:
  • Repouso no leito;
  • Dieta hipercalórica e hiperproteica;
  • Correção do desequilíbrio hidroeletrolítico;
  • Tratamento sintomatológico (antipiréticos e analgésicos);
  • Apoio psicológico;
  • Verificar a adesão ao tratamento;
  • Avaliação da presença de sintomas;
  • Avaliação e controlo analítico;
  • Utilizar precauções básicas (lavagem das mãos, uso de luvas…)
83
Q

Explane sobre o botulismo

A

O botulismo é uma doença rara mas grave e potencialmente mortal, causada pela bactéria Clostridium botulinum;
Este micróbio produz esporos que libertam substâncias tóxicas - a toxina botulínica;
Esta toxina é considerada a mais letal produzida por uma bactéria e talvez a mais mortal de todos os venenos;
Classifica-se como um agente biológico, de potencial bioterrorismo; •Subdivide-se em quatro grandes síndromes:
Botulismo alimentar (forma mais frequente estando associada à ingestão de alimentos contendo toxina botulínica);
Botulismo associado a feridas;
Botulismo infantil;
Toxémia intestinal do adulto.

84
Q

Quais as vias de transmissão do botulismo?

A

A bactéria existe no solo e em meios aquáticos, resistindo a temperaturas elevadas (superior a 100ºC);
O tipo de botulismo mais frequente é o alimentar, causado por ingestão de alimentos contaminados com a toxina, sobretudo conservas de fabrico caseiro e produtos de fumeiro (alheira, presunto, salsichas);
O botulismo infantil, um tipo de botulismo ainda mais raro, ocorre nos primeiros dois anos de vida em bebés que ingerem alimentos contaminados, germinando os esporos no intestino e libertando a toxina. O alimento que mais se associa a esta intoxicação é o mel.

85
Q

Qual o período de incubação do botulismo?

A

12 a 36 horas

86
Q

Qual a fisiopatologia do botulismo?

A

Após absorção a toxina é transportada por via hematogénica até às terminações nervosas, sem atingimento do sistema nervoso central;
As toxinas atuam nas junções neuromusculares ligando-se à membrana nervosa, inibindo a libertação de acetilcolina e provocando paralisia motora sem interferência com a função sensorial ou nível de consciência;
Os nervos mais afetados são os periféricos.
Após absorção a toxina é transportada por via hematogénica até às terminações nervosas, sem atingimento do sistema nervoso central; •As toxinas atuam nas junções neuromusculares ligando-se à membrana nervosa, inibindo a libertação de acetilcolina e provocando paralisia motora sem interferência com a função sensorial ou nível de consciência; •Os nervos mais afetados são os periféricos

87
Q

Quais os sinais e Sintomas do botulismo?

A

Na fase inicial:
Boca seca;
Diplopia e ptose;
Disfonia, disartria e disfagia;
Edema da mucosa;
Hipotensão.
Posteriormente:
Paralisia flácida simétrica e descendente que afeta os pares cranianos e os nervos autonómicos.
Inicia-se nos nervos cranianos (os quais estão invariavelmente envolvidos);
Progride para os músculos respiratórios, membros superiores, e finalmente membros inferiores, conduzindo a falência respiratória e mort

88
Q

Diagnóstico do botulismo?

A

Os sintomas têm início 18 - 36 horas após a exposição e os sintomas gastrointestinais precedem os neurológicos;
O diagnóstico é sugerido pelas manifestações neurológicas típicas, e estabelecido pela deteção de toxina;
O eletroneuromiograma é um importante auxílio no diagnóstico podendo identificar sinais de bloqueio da junção neuromuscular, com condução axonal normal e estimulação potenciadora rápida e repetitiva;

89
Q

Tratamento do botulismo?

A

É uma emergência que requer administração de antitoxina (antídoto) imediata.
Se possível deve ser dado a antitoxina específica. Caso não identificada, é administrado o soro polivalente. A antitoxina neutraliza apenas a toxina circulante, isto é, aquela que já se ligou aos nervos não é afetada.
O tratamento, se tardio, pode não funcionar. Por isso é importante o diagnóstico precoce. A toxina ligada aos nervos permanece por longo período, mantendo os sintomas. A pessoa pode permanecer com sequelas nervosas por um longo período;
Se a pessoa apresenta défice respiratório deve ser usada ventilação mecânica até a paralisia terminar, o que pode demorar alguns dias.
A administração de carvão ativado pode ser útil.
São usados enemas para remover todos os restos de alimentos contaminada ainda não absorvidos do intestino.

90
Q

Quais são os cuidados e intervenções de enfermagem para o botulismo?

A

Pessoa com suspeita de botulismo deve procurar um hospital imediatamente:
Iniciar o tratamento antes dos resultados. De qualquer modo, eles devem ser solicitados para confirmação do diagnóstico;
O tratamento é iniciado antes dos resultados de exames estarem disponíveis;
Realizar uma lavagem gástrica para eliminar qualquer toxina não absorvida;
Administrar um laxante para acelerar a passagem do conteúdo intestinal;
Monitorizar Sinais Vitais;
Transferir para unidade de Cuidados Intensivos caso ocorram problemas respiratórios.
Administrar alimentação parenteral (por via venosa).
A antitoxina botulínica não reverte o dano causado, mas pode retardar ou inclusive interromper a deterioração física e mental, o que permite que o corpo recupere espontaneamente ao longo dos meses;
Administrar o mais rapidamente possível antitoxina botulínica assim que o diagnóstico for estabelecido. A probabilidade de êxito é maior quando administrada nas primeiras 72 horas após o início dos sintomas;
Realizar ensino oportunos quanto a manipulação e ingestão de certos alimentos.