DOENÇAS DO DELGADO E CÓLON Flashcards
(28 cards)
DURAÇÃO DA DIARREIA AGUDA, PERSISTENTE E CRÔNICA
<2 semanas; 2-4 semanas; >2 semanas
CAUSAS INFECCICOSAS DE DIARREIA AGUDA (90%)
Virais: Rotavírus (crianças pequenas); Calcivirus; Adenovirus
Bacterianas: E. Coli enterotoxigênica (diarreia dos viajantes); Salmonella e Shigella (disenteria); Campylobacter; Vibrio Cholerae.
CAUSAS NÃO INFECCIOSAS DE DIARREIA AGUDA
Álcool, medicamentos (eritromicina), toxinas (S. aureus, C. difficile), doença inflamatória idiopática, isquemia enteromesentérica
QUANDO SOLICITAR EXAMES NA DIARREIA AGUDA E QUAIS OS EXAMES
Sinais de alarme: diarreia abundante com desidratação; fezes francamente sanguinolentas; febre > 38,5; ausência de melhora após 48 horas; novos surtos na comunidade; dor abdominal grave em paciente com mais d e 50 anos; idosos > 70 anos; imunodeprimidos, uso recente de antibióticos
HC + Bioquímica
EAF (Elementos Anormais nas Fezes) = Leucócitos fecais e sangue
Lactoferrina = Substitui pesquisa de leucócitos (mais sensível)
Coprocultura = EAF positivo, suspeita de infecção
Exame endoscópico = EAF positivo, suspeita de transtorno inflamatório ou isquemia enteromesentérica (obrigatório na SIDA)
Pesquisa da toxina do Clostridium difficile
TRATAMENTO DA DIARREIA AGUDA (Auto-limitada)
1) Suporte clínico: hidratação, nutrição, probióticos
2) Antibioticoterapia empírica: disenteria, febre alta, > 8 evacuações/dia; duração > 7 dias; desidratação importante, idosos, imunocompremetidos, diarreia grave em viajantes. – QUINOLONA POR 5 DIAS
3) Não usar agentes constipantes em pacientes com febre ou disenteria, pelo risco de megacólon tóxico
CAUSAS INFECCIOSAS DE DIARREIA CRÔNICA
Estrongiloidíase, amebíase, giardíase, Yersinia
CAUSAS NÃO INFECCIOSAS DE DIARREIA CRÔNICA
- Doenças inflamatórias intestinais
- Neoplasias (VIPoma, síndrome carcinoide e carcinoma medular da tireoide, gastrinoma, linfoma intestinal
- Colites (actínica, isquêmica, colágena)
- Doenças disabsoritvas: doença de Whipple, enterite eosinofílica, linfangiectasia, abetalipoproteína, espru tropical, insuficiência pancreática exógena, doença celíaca, colestase, síndrome do intestino curto, supercrescimento bacteriano;
- Neuropatia diabética;
- Uso crônico de laxativos atirretrovirais;
- Síndrome do intestino irritável.
CLASSIFICAÇÃO DA DIARREIA QUANTO A ORIGEM
Alta: delgado, sd. disabsortiva, volume da evacuação grande, frequência baixa, achado de restos alimentares, sem tenesmo, não invasiva.
Baixa: cólon, volume da evacuação pequena, frequência alta, achado de restos alimentares, com tenesmo e urgência, invasiva (sangue, muco ou pus), infecciosa ou inflamatória.
CLASSIFICAÇÃO DA DIARREIA QUANTO A MECANISMO FISIOPATOLÓGICO
1) Osmótica (presença de solutos não absorvíveis)
a. Melhora no jejum e retorna após refeição
b. Gap osmolar fecal aumentaod, se > 125 pouco Na e K nas fezes
c. Deficiência de lactase (fezes ácidas, pH < 5,5)
2) Secretória (muito Na e K nas fezes)
a. Gap osmolar fecal diminuído (<50)
b. Alguma toxina, endógena ou exógena, estimula secreção pelas criptas intestinais (ex. VIPoma, sd. carcinoide, carcinoma medular de tireoide)
3) Má absorção (estetorreia)
4) Funcional (sem doença orgânica identificável)
a. Intestino irritável (pseudodiarreia < 200 g de fezes/dia) não ocorre no sono
b. Diarreia diabética (neuropatia): ocorre principalmente durante o sono
c. Factícia: mulheres com distúrbio psiquiátrico (profissional de saúde), uso oculto de laxantes (fazer pesquisa de laxantes nas fezes e urina
QUAL A PRINCIPAL CAUSA DE DIARREIA VIRAL EM CRIANÇAS COM MENOS DE 2 ANOS
Rotavírus
QUAL A PRINCIPAL CAUSA DE DIARREIA VIRAL EM CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS E ADULTOS
Calcivirus
QUAL A PRINCIPAL CAUSA DE DIARREIA AGUDA DO VIAJANTE
E. Coli enterotoxigência
O QUE É A SÍNDROME HEMOLÍTICO-URÊMICA E QUAIS SÃO AS BACTÉRIAS RESPONSÁVEIS
Anemia hemolítica microangiopática, insuficiência renal e plaquetopenia
E. Coli enterro-hemorrágica (cepa O157:H7) e Shigella
COMO É A DIARREIA CAUSADA PELO S. AUREUS
Diarreia “na família que comeu salada de batatas num piquenique
Toxina termoestável
Incubação curta (1-6h)
QUAL DIARREIA BACTERIANA QUE APRESENTA SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ COMO COMPLICAÇÃO
Campylobacter
QUAL DIARREIA ESTÁ ASSOCIADA AO USO HOSPITALAR DE ANTIBIÓTICOS E COLITE PSUDOMEMBRANOSA
Clostridium difficile
QUAIS DIARREIAS BACTERIANAS CURSAM COM PSEUDOAPENDICITE (DOR ABDOMINAL E TOXICIDADE SISTÊMICA MAIS PROEMINENTES QUE DIARREIA)
Campylobacter, Yersinia enterocolítica, Yersinia pseudotuberculosis
QUE DIARREIA BACTERIANA CURSA COM DIARREIA AQUOSA PROFUSA E SURTO EPIDÊMICO
Vibrio colerae
DEFINA SÍNDROME DISABSORTIVA
Síndrome de má absorção que cursa com ESTEATORREIA e deficiência de vários nutrientes
QUADRO CLÍNICO DA SD. DISABSORTIVA
Esteatorreia, flatulência, fezes ácidas, edema, fezes em taco de golfe, anemia ferropriva, anemia megaloblástica, alteração neurológica, cegueira, osteopenia, ataxia e coagulopatia.
QUAIS SÃO OS TETSES DIAGNÓSTICOS DA SD. DISABSORTIVA
1) Pesquisa de esteatorreia
Quadro típico com fezes oleosas e mal cheirosas não precisa de exames
Caso atípico:
- Qualitativo: Sudan III
- Quantitativo: coleta de 72h (>7g = esteatorreia)
2) Integridade da mucosa absortiva
D-xilose urinária: se após ingestão não aparecer na urina lesão da mucosa
3) Função exócrina do pâncreas
Teste da secretina (coleta direta das secreções após estimulação da secretina)
4) Teste de Shilling
Quatro etapas para avaliar má-absorção de Vit. B12
i. B12 marcada ”sozinha”: se não aparecer na urina = confirma má absorção
ii. B12 + fator intrínseco: se aparece na urina = anemia perniciosa
iii. B12 + extrato pancreático: se aparece na urina = insuficiência exócrina do pâncreas
iv. Antimicrobiano empírico: se aparece na urina = supercrescimento bacteriano
5) Teste respiratório
a. C14 – supercrescimento bacteriano
b. H2 – deficiência de lactase
6) Cultura do aspirado duodenal
a. Padrão ouro para supercrescimento bacteriano
7) Exames radiológicos
a. Calcificação pancreática = pancreatite crônica
b. Diverticulose de delgado = supercrescimento bacteriano
c. “Pedras de claçamento” – Dç de Crohn Bx do íleo distal
8) EDA + biópsia
a. Dç Celíca
b. Dç de Whipple
QUAL A PRINCIPAL CAUSA E TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA EXÓCRINA DO PÂNCREAS
Pancreatite crônica alcoólica (história de etilismo + dor abdominal crônica)
TTO – reposição de extrato pancreático (lipase)
O QUE ACONTECE NA SD. DE ZOLLINGER-ELISSON
A hipersecreção ácida do estômago inibe alcalinização duodenal e inativa a lipase.
QUAL É MARCA CLÍNICA, SCREENING E TTO DOSUPERCRESCIMENTO BACTERIANO
1) Deficiência de Vit. B12
2) Screening = teste respiratório; diagnóstico = cultura de aspirado duodenal
3) Tto – Cefalosporina + Metronidazol