Dor em Abdome Inferior Flashcards

1
Q

Qual é a importância da apendicite aguda?

A

É a principal causa de abdome agudo!

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2
Q

Qual é a principal causa de apendicite aguda?

A

Obstrução do apêndice por fecalitos/apendicolitos.

OBS: em algumas referências a causa mais comum em crianças é a hiperplasia linfóide!

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3
Q

Diga 3 causas de apendicite aguda que não fecalito/apendicolito.

A

Hiperplasia linfóide, neoplasias, parasitos, corpo estranho.

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4
Q

Descreva o quadro clínico da apendicite aguda.

A

Dor periumbilical que migra para FID + sinais clássicos ao exame físico (Blumberg, Psoas, Obturador).

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5
Q

Descreva do Sinal de Blumberg. Onde fica o ponto de McBurney?

A

Descompressão dolorosa do ponto de McBurney.

Ponto de McBurney = ponto de encontro entre o 1/3 médio e lateral de uma linha traçada da cicatriz umbilical à crista ilíaca direita.

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6
Q

Descreva do Sinal de Rovsing.

A

Dor em FID à compressão de FIE.

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7
Q

Como abordar a apendicite aguda?

A

Depende do quadro:

  • Se apresentação clássica = cirurgia.
  • Se houver dúvida ou quadro com > 48h = TC/USG para avaliar presença de complicações.
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8
Q

Como é feito o tratamento cirúrgico da apendicite aguda? Qual via preferir? Que cuidado deve ser tomado antes de operar?

A

Apendicectomia aberta ou laparoscópica.

A laparoscopia é preferida nos casos duvidosos, obesos, e em perfurações.

Caso se trate de uma apendicite tardia (> 48h), fazer exame de imagem primeiro para afastar complicação.

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9
Q

O que define “quadro duvidoso” em apendicite aguda? O que fazer nestes casos?

A

Apendicite em criança, mulher, idoso, obeso, ou cuja apresentação distoa do esperado.

TC ou USG.

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10
Q

Na avaliação de casos duvidosos de apendicite é preciso realizar imagem primeiro (TC ou USG). Quando escolher um ou outro?

A

USG é preferível em gestantes e crianças.

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11
Q

O que deve ser feito no tratamento de apendicite tardia?

A

Exame de imagem para afastar complicação:

  • Sem complicação = apendicectomia
  • Complicada = ATB + drenagem + colonoscopia (4-6 semanas), com ou sem apendicectomia de intervalo (6-8 semanas).
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12
Q

O que é o apêndice vermiforme? Onde está localizado?

A

Estrutura tubular alongada fixada na porção posteromedial do ceco, na confluência das tênias colônicas.

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13
Q

A ponta do apêndice vermiforme pode assumir várias posições na cavidade abdominal: qual é a importância disto na clínica?

A

Ao depender de onde ele esteja, a clínica da apendicite pode ser diferente.

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14
Q

Qual é a epidemiologia da apendicite aguda?

A

Mais comum em indivíduos jovens (10-30 anos), ligeiramente mais prevalente em homens.

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15
Q

Qual é a fisiopatologia da apendicite aguda?

A

1) Obstrução do lúmen apendicular;
2) Acúmulo de secreção e supercrescimento bacteriano.
3) Aumento da pressão intraluminal/distensão apendicular.
4) Comprometimento do retorno venoso e linfático (isquemia).
5) Necrose/Perfuração.

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16
Q

Qual é a relação entre a gravidade da apendicite e a sua causa?

A

Quanto mais grave o quadro de apendicite, maior a chance de ele ter sido causado por fecalito/apendicolito.

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17
Q

Explique a progressão da dor na apendicite aguda.

A

1) Acúmulo de secreção e distensão do apêndice = dor visceral (periumbilical mal localizada).
2) Isquemia do apêndice = dor parietal/somática (FID localizada).

Essa progressão ocorre de 12-24h.

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18
Q

Como é a dor na apendicite aguda?

A

Começa como periumbilical inespecífica, progredindo para dor em FID localizável.

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19
Q

Quanto tempo demora até o apêndice perfurar?

A

Em torno de 48h do início do quadro.

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20
Q

Quais são as complicações de apêndice perfurado?

A

Formação de abscesso periapendicular e peritonite generalizada (possível formação de múltiplos abscessos intraperitoneais).

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21
Q

Qual são os tipos de bactérias mais associados à apendicite aguda? Diga o agente mais importante de cada grupo.

A

Anaeróbios e Gram-negativos entéricos. Respectivamente, Bacterioides fragilis e E. coli.

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22
Q

Descreva a flora bacteriana do apêndice vermiforme.

A

Semelhante à do cólon, polimicrobiana, predominando B. fragilis e E. coli.

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23
Q

É preciso realizar cultura de líquido peritoneal em um quadro de apendicite? Qual é a única exceção?

A

Não, pois já se sabe os agentes causadores (B fragilis e E coli)!

Imunodeprimidos, pacientes que fizeram uso recente de ATB ou provenientes de nosocômio.

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24
Q

Que outros sintomas além da dor estão presentes na apendicite aguda?

A

Anorexia, náuseas, vômitos, febre, diarreia, constipação, posição antálgica.

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25
Q

Descreva o exame físico da apendicite aguda.

A
INSP = febre 38˚C
AUSC = RHA diminuído
PALP = Abdome sensível no ponto de McBurney, defesa abdominal.

Presença de sinais clássicos, sem alteração do exame físico renal/pélvico.

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26
Q

Descreva o Sinal de Dunphy.

A

Dor em FID que piora com a tosse.

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27
Q

Descreva o Sinal de Lapinsky.

A

Dor à compressão de FID enquanto se levanta a perna direita estendida.

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28
Q

Descreva o Sinal de Markle.

A

Dor em ponto específico do peritônio após choque dos calcanhares no chão (paciente em pé).

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29
Q

Descreva o Sinal de Lenander.

A

Temperatura retal maior que a axilar por 1˚C.

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30
Q

Descreva o Sinal do Obturador.

A

Dor após flexão da coxa e rotação interna do quadril.

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31
Q

Descreva o Sinal do Psoas.

A

Dor após extensão e abdução da coxa direita com o paciente em decúbito lateral esquerdo.

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32
Q

Descreva o Sinal de Chutro.

A

Desvio da cicatriz umbilical para a direita em relação a uma linha imaginária entre a crista ilíaca e a mesma.

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33
Q

Qual é a justificativa fisiopatológica do Sinal de Rovsing?

A

Peristalse retrógrada de ar do cólon esquerdo para o ceco inflamado, o qual dilata e dói.

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34
Q

Qual é a principal complicação da apendicite aguda?

A

Perfuração.

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35
Q

Como pode se apresentar a perfuração do apêndice vermiforme?

A

De duas formas:
- Bloqueada = mais comum, formação de abscesso periapendicular. Pode ser oligossintomática com algum desconforto de FID ou massa palpável (plastrão).

  • Livre para peritônio = menos comum, desenvolvimento de peritonite generalizada. Dor abdominal intensa e difusa, abdome em tábua, febre elevada.

Em alguns casos pode haver melhora após ruptura do apêndice.

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36
Q

Diga particularidades da apendicite em crianças.

A
  • Quadro atípico.
  • Pode se manifestar apenas por febre, letargia, vômitos e diarreia.
  • Perfuração do apêndice ocorre mais facilmente.
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37
Q

Diga particularidades da apendicite em idosos.

A
  • Quadro atípico.
  • Menos dor e febre.
  • Pior prognóstico.
  • Perfuração do apêndice ocorre mais facilmente (mais do que na criança).
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38
Q

Diga particularidades da apendicite em gestantes.

A
  • Diagnóstico mais difícil (deslocamento do apêndice pelo útero, confusão com sintomas de gravidez normal).
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39
Q

Diga particularidades da apendicite obesos.

A
  • Maior dificuldade em obter imagens confiáveis.
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40
Q

Existe apendicite crônica/recorrente? Como diagnosticar? Qual o tratamento?

A

Sim, principalmente em crianças.

  • 3 ou mais ataques de dor abdominal em 1 mês.
  • Abdome sensível em FID sem irritação peritoneal.
  • Achados radiológicos ao exame baritado (preenchimento incompleto ou esvaziamento demorado).

Apendicectomia.

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41
Q

Sobre a apendicite aguda:

  • Como é feito o diagnóstico?
  • Qual é o valor do laboratório?
A

É clínico!

Sugerir perfuração (leuco > 20.000 c/ desvio) e excluir doenças do TGU (não há becteriúria ou hematúria macroscópica).

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42
Q

Sobre exames de imagem na apendicite aguda, qual é a utilidade da:

  • Radiografia?
  • USG?
  • TC?
A
  • Inútil. No máximo, sugere outras etiologias.
  • Fortalece diagnóstico, capaz também de excluir afecções ginecológicas e líquido livre.
  • Fortalece diagnóstico, sendo o exame mais indicado para o diagnóstico.
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43
Q

Quais são achados sugestivos de apendicite aguda na USG abdominal? Quando a USG exclui a apendicite aguda?

A
  • Diâmetro ≥ 7mm.
  • Espessamento da parede apendicular (“imagem em alvo”).
  • Lúmen apendicular não compressível.
  • Presença de apendicolito.
  • Ausência de gás no lúmen apendicular.
  • Dor à compressão com transdutor.
  • Alteração do fluxo vascular apendicular.

Nunca. Um USG normal somente afasta o quadro.

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44
Q

Quais são achados sugestivos de apendicite aguda na TC abdominal?

A
  • Diâmetro ≥ 7mm.
  • Espessamento da parede apendicular.
  • Borramento de gordura periapendicular.
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45
Q

Quando é pertinente a RNM na apendicite aguda? Quais são seus critérios diagnósticos? Qual sua grande desvantagem?

A

É reservada para casos duvidosos na gestante, sendo feita sem contraste.

Diâmetro > 7mm, espessamento de parede > 2mm, presença de líquido livre periapendicular.

Pouca disponibilidade e alto custo.

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46
Q

Como é o algoritmo de abordagem da apendicite aguda?

A

1) Diferenciar apresentação precoce ou tardia;
2) Realizar apendicectomia em homens com quadro clássico e precoce;
3) Realizar exame diagnóstico em casos duvidosos:
- TC = mulheres, idosos e quadros atípicos.
- USG = crianças e gestantes.
- RNM = caso USG inconclusiva em gestante.

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47
Q

O que é o escore de Alvarado?

A

É uma ferramenta que avalia dados da história clínica, exame físico e laboratório para avaliar a probabilidade de um quadro abdominal ser, de fato, apendicite aguda.

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48
Q

Como calcular o escore de Alvarado? O que cada pontuação define?

A

Cálculo:

  • Dor que migra para FID, anorexia, náuseas/vômitos, descompressão brusca dolorosa em FID, temperatura > 37.5˚C e desvio à esquerda = 1 ponto.
  • Leucocitose e dor à palpação de FID = 2 pontos

Pontuação (máximo de 10 pontos):

  • 0-3 = Improvável, verificar outras causas.
  • 4-6 = Provável, observar por 12h e apendicectomia a se pontuação se manter.
  • ≥ 7 = Muito provável, apendicectomia.
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49
Q

Qual cuidado deve ser tomado antes de realizar apendicectomia?

A

ATB pré-operatório cobrindo anaeróbios (Clindamicina/Metronidazol) e gram-negativos (Cefalosporina de 3ª geração).

50
Q

Como deve ser feito o ATB pré-operatório na apendicite aguda?

A

Depende do quadro:

  • Não-perfurada = dose única.
  • Perfurada = ATB venoso pós-operatório até cessar a febre.
51
Q

Quais são as modalidades de apendicectomia?

A

Pode ser aberta ou laparoscópica.

52
Q

Como escolher a modalidade de apendicectomia? Há vantagens de uma para outra?

A

Tecnicamente, deve ser realizada a modalidade mais proficiente do cirurgião.

No entanto, a via laparoscópica tem vantagens em caso de dúvida diagnóstica, perfuração, mulheres e obesos.

53
Q

Quais são as vantagens da via laparoscópica para o paciente? E desvantagens?

A
  • Diagnostica outras condições
  • Melhor controle da dor
  • Menor tempo de internação
  • Menor taxa de infecção de ferida
  • Retorno rápido às atividades

A grande desvantagem é a maior incidência de abscessos intra-abdominais.

54
Q

Quais são as complicações da apendicectomia? Qual é a mais comum, e está associada a modalidade cirúrgica?

A

Infecção de sítio cirúrgico e obstrução intestinal.

A infecção de sítio cirúrgico, que está mais associada à apendicectomia aberta.

55
Q

O que fazer em caso de infecção de sítio cirúrgico pós-apendicectomia?

A

Explorar ferida operatória. Se houver pús ou leucocitose + febre, realizar TC para descartar coleções intra-abdominais.

56
Q

Como tratar coleção intra-abdominal secundária a infecção de sítio cirúrgico após apendicectomia?

A

Inserir dreno percutâneo OU drenagem guiada por USG.

57
Q

Qual é a segunda complicação mais comum da apendicectomia? Em que situações ela mais comumente surge?

A

Obstrução intestinal.

Após 1 ano de procedimento e em apendicite perfurada.

58
Q

Quando realizar apendicectomia precocemente?

A

Quadro < 48h OU > 48h sem complicações ao exame de imagem (fleimão ou abscesso periapendicular).

59
Q

Como é feito o tratamento da apendicite aguda (contando pré-operatório)?

A

1) Hidratação + Correção hidroeletrolítica.
2) ATB profilático.
3) Apendicectomia.

60
Q

É possível tratar a apendicite clinicamente?

A

Sim, somente com ATB.

61
Q

Por quê o tratamento clínico da apendicite não costuma ser realizado?

A

Porque a taxa de recorrência é muito alta se o apêndice não for retirado.

62
Q

Em que situação o tratamento cirúrgico da apendicite pode ser feito?

A

Em caso de apendicite não complicada!

63
Q

Quais são os passos do tratamento da apendicite tardia?

A

1) Há peritonite?
- Sim = reanimação volêmica agressiva, correção hidroeletrolítica e ácidobase, ATB empírico, cirurgia de urgência.
- Não = TC de abdome.

2) Complicações na TC?
- Abscesso = drenagem guiada por TC + ATB.
- Fleimão/Líquido = ATB.

3) Colonoscopia em 4-6 semanas, avaliar apendicectomia 6-8 semanas depois.

64
Q

O que fazer em caso de laparotomia branca (apêndice normal)?

A

Retirar mesmo assim, pois aspecto macroscópico normal não exclui apendicite. Avaliar outros órgãos abdominais por segurança.

65
Q

Quais são as duas incisões possíveis na apendicectomia aberta?

A

McBurney (oblíqua) e Davis-Rockey (transversa).

66
Q

O que é a doença diverticular do cólon?

A

É a presença de divertículos no cólon.

67
Q

Qual segmento do cólon é mais afetado pela diverticulose?

A

O cólon sigmóide, na inserção das artérias retas.

68
Q

Qual é o quadro clínico da diverticulose?

A

A maioria dos pacientes é assintomático, podendo ser dolorosa quando associada à SII.

69
Q

Quais são as principais complicações da diverticulose?

A

Sangramento, perfuração, obstrução.

70
Q

O que é a diverticulite?

A

É a inflamação pericolônica secundária à perfuração de um divertículo colônico.

71
Q

Como pode ser descrito, vulgarmente, o quadro da diverticulite?

A

“Apendicite à esquerda.”

72
Q

Como é feito o diagnóstico da diverticulite? Qual exame deve ser evitado inicialmente?

A

Clínica + Imagem (TC).

Clíster opaco e colonoscopia.

73
Q

Uma complicação importante da diverticulite aguda é a formação de fístulas. Qual é a mais comum, como se manifesta e como detectar?

A

Fístula.

Colovesical (bexiga).

Pneumatúria, fecalúria, ITU de repetição.

TC de abdome.

74
Q

Como abordar a diverticulite?

A

Não complicada:
- ATB + dieta zero, colonoscopia em 4-6 semanas e avaliar cirurgia eletiva (6-8 semanas).

Complicada:
- Abscesso ≥ 4cm = ATB + drenagem guiada por TC, colonoscopia em 4-6 semanas e avaliar cirurgia eletiva em (6-8 semanas).

  • Fístula = ATB + colonoscopia (excluir CA e Crohn) + cirurgia eletiva com correção de fístula.
  • Peritonite/obstrução intestinal refratária = cirurgia de urgência (colectomia à Hartmann).
75
Q

Como é feita a colectomia à Hartmann?

A

Ressecção colônica, colostomia, sutura do coro retal, anastomose secundária.

76
Q

O que são divertículos colônicos?

A

Herniações da mucosa intestinal em pontos de maior fragilidade da parede colônica.

77
Q

Onde é o ponto de maior fragilidade da parede colônica?

A

No ponto de penetração das artérias retas na camada muscular.

78
Q

Qual grupo de indivíduos é comumente afetado pela diverticulose?

A

Idosos de países industrializados.

79
Q

Qual é o tipo de divertículo da diverticulose? Por quê?

A

Pseudodivertículo, pois apenas a mucosa e submucosa se herniam.

80
Q

Porque a doença diverticular é mais comum em países desenvolvidos?

A

Porque é dieta é pobre em fibras, exigindo do cólon maior pressão contrátil.

81
Q

A diverticulose costuma ser assintomática. Desta forma, como ela é diagnosticada? Quando ela se manifesta?

A

Incidentalmente, pelo clíster opaco e colonoscopia, realizados por outro motivo.

O quadro geralmente abre com as complicações.

82
Q

Quais são os padrões de diverticulose? Qual a diferença entre eles? Qual padrão apresenta mais diverticulite

A

Hipertônica (aumento da pressão intraluminal) e Hipotônica (fragilidade da parede).

O padrão hipertônico complica mais com diverticulite.

83
Q

Qual é o tratamento da diverticulose sem complicações?

A

Mudança de hábito alimentar (mais fibras), hidratação.

84
Q

O que é o divertículo de Meckel? Em que faixa etária ele é mais comum?

A

Divertículo de delgado oriundo do fechamento incompleto do saco vitelino/onfalomesentérico na vida embrionária.

É mais comum em menores de 10 anos.

85
Q

Onde se origina o divertículo de Meckel?

A

Na borda antimesentérica do íleo, a 45-60cm da válvula íleocecal.

86
Q

Como é a clínica do divertículo de Meckel?

A

Assintomático, apresentando clínica somente se surgir complicação.

87
Q

Quais são as complicações mais comuns do divertículo de Meckel? Qual é a mais comum?

A

Sangramento, obstrução intestinal, diverticulite.

Sangramento.

88
Q

O que causa sangramento no divertículo de Meckel?

A

A presença de tecido gástrico ectópico em íleo, o qual produz ácido sobre mucosa desprotegida.

89
Q

O que é a regra dos 2?

A

É uma regra mnemônica utilizada para lembrar características do divertículo de Meckel:

  • 2 tipos de mucosa ectópica (gástrica e pancreática).
  • 2 pés de distância da válvula íleocecal (45-60cm).
  • 2 polegadas de comprimento.
90
Q

Qual é a maior complicação da diverticulose?

A

Diverticulite.

91
Q

Qual é a causa da inflamação diverticular que gera a diverticulite? Como o processo se desenvolve?

A

Na maioria das vezes, mecânica.

Fecalito impactado causa isquemia do divertículo, o qual ulcera, permitindo extravasamento de conteúdo.

92
Q

Quais são as complicações da diverticulite?

A

Abscessos, fístulas, peritonite, obstrução intestinal.

93
Q

Qual é a apresentação clínica da diverticulite aguda? E o exame físico?

A

Dor em FIE que irradia para outras regiões do abdome. Geralmente há história prévia de episódios dolorosos semelhantes.

Pode estar presente massa dolorosa, distensão abdominal, febre.

94
Q

O que é a classificação de Hinchey?

A

É uma classificação do estágio clínico na diverticulite aguda:

  • Estágio 0 = diverticulite não complicada.
  • Estágio I = abscesso pericólico/mesentérico.
  • Estágio II = abscesso pélvico.
  • Estágio III = peritonite purulenta generalizada.
  • Estágio IV = peritonite fecal generalizada.
95
Q

O que é a classificação de Keiser?

A

Classificação que descreve os achados na TC em cada nível da classificação de Hinchey para diverticulite.

96
Q

Como fazer o diagnóstico da diverticulite aguda? O que fazer em caso de dúvida?

A

Clínico.

TC de abdome (também podem ser feitos USG e RNM).

97
Q

Quais são os achados tomográficos possíveis da diverticulite aguda?

A
  • Espessamento da parede colônica (> 4mm).
  • Abscessos peridiverticulares.
  • Fístulas.
  • Coleções líquidas intra-abdominais.
98
Q

Que exames diagnósticos devem ser evitados na diverticulite aguda? Por quê? Existe alguma maneira de fazê-los na diverticulite?

A

Enema baritado e colonoscopia.

Devido ao risco de extravasamento de contraste pela perfuração e aumento da pressão intraluminal colônica.

Existe. O enema deve usar contraste hidrossolúvel; endoscopia só pode ser retossigmoidoscópica sem insuflação.

99
Q

Qual é o principal diagnóstico diferencial de diverticulite aguda?

A

CA de retossigmoide.

100
Q

O que deve ser feito após resolução de qualquer quadro de diverticulite aguda?

A

Colonoscopia/Retossigmoidoscopia em 4-6 semanas para afastar neoplasia de cólon.

101
Q

O que define diverticulite aguda não complicada? Como é feito o tratamento?

A

É a diverticulite cuja perfuração foi bloqueada, sem tempo de desenvolver complicações.

Depende da sintomatologia:
- Mínima = Ambulatorial = dieta líquida sem resíduo + ATB oral (Cipro + Metronidazol, por 7-10 dias).

  • Exuberante (febre, desvio à esquerda, descompressão dolorosa) = Hospitalar = dieta zero + ATB parenteral (Ceftriaxone + Metronidazol) + hidratação venosa.

Após resolução, investigar neoplasia (colonoscopia em 4-6 semanas) e considerar cirurgia eletiva (6-8 semanas).

102
Q

Em que situações a cirurgia eletiva é indicada na diverticulite aguda?

A

Fístula, imunodepressão, incapacidade de excluir neoplasia na colono/clíster.

103
Q

Como tratar diverticulite aguda complicada?

A

Depende da complicação:
- Abscesso ≥ 4cm = drenagem percutânea guiada por USG/TC + ATB + colonoscopia em 4-6 semanas e considerar cirurgia eletiva (6-8 semanas).

  • Fístula = ATB + colonoscopia após 4-6 semanas (excluir CA e Crohn) + ressecção do cólon perfurado.
  • Obstrução = drenagem nasogástrica + ATB. Em caso de obstrução total, sigmoidectomia.
  • Peritonite = reanimação volêmica + ATB + laparotomia.
104
Q

A peritonite se encaixa em qual estágio da classificação de Hinchey?

A

III e IV.

105
Q

Quais são os dois tipos de peritonite possíveis na diverticulite aguda?

A

Fecal (divertículo > peritônio) e Purulenta (abscesso > peritônio).

106
Q

Quais são as principais cirurgias empregadas no tratamento da diverticulite aguda?

A

Eletivas = Sigmoidectomia com anastomose primária.

Emergenciais = Sigmoidectomia à Hartmann.

107
Q

O que diferencia a sigmoidectomia à Hartmann da cirurgia com anastomose primária? Por que motivo?

A

A sigmoidectomia à Hartmann é feita em dois tempos cirúrgicos, pois o processo inflamatório inicial impede a anastomose adequada das estruturas remanescentes.

108
Q

Descreva a sigmoidectomia à Hartmann em passos.

A

1) Ressecção do sigmóide doente;
2) Colostomia em cólon descendente;
3) Sutura do coto retal;

Após resolução do processo inflamatório (aproximadamente 10 semanas):

4) Reconstrução do trânsito entre cólon descendente e reto (anastomose secundária).

109
Q

Como tratar diverticulite aguda não complicada com sintomas mínimos?

A

No ambulatório, com ATB oral + dieta sem resíduo.

Fazer colonoscopia em 4-6 semanas para excluir neoplasia e considerar cirurgia eletiva em 6-8 semanas.

110
Q

Como tratar diverticulite aguda não complicada com sintomas exuberantes?

A

É necessário internamento, com ATB parenteral + dieta zero + hidratação venosa.

Fazer colonoscopia em 4-6 semanas para excluir neoplasia e considerar cirurgia eletiva em 6-8 semanas.

111
Q

Qual é a antibioticoterapia oral da diverticulite aguda?

A

Cipro + Metronidazol, por 7-10 dias.

112
Q

Como tratar abscesso ≥ 4cm na diverticulite aguda?

A

Drenagem guiada por TC/USG + ATB parenteral.

Fazer colonoscopia em 4-6 semanas para excluir neoplasia e considerar cirurgia eletiva em 6-8 semanas.

113
Q

Como tratar fístulas na diverticulite aguda?

A

ATB parenteral.

Fazer colonoscopia em 4-6 semanas para excluir neoplasia e considerar cirurgia eletiva em 6-8 semanas.

114
Q

Como tratar obstruções na diverticulite aguda?

A

Drenagem nasogástrica + ATB.

Em caso de obstrução total, sigmoidectomia.

115
Q

Como tratar peritonite na diverticulite aguda?

A

Cirurgia de emergência (sigmoidectomia à Hartmann).

116
Q

Como tratar abscesso < 4cm na diverticulite aguda?

A

Tratar como diverticulite não complicada.

117
Q

Durante o tratamento da diverticulite aguda, quando é permitida a lavagem laparoscópica.

A

Em caso de diverticulite Hinchey III.

118
Q

Quais são os achados da torção testicular ao exame físico?

A

Hipersensibilidade, aumento de volume e elevação do saco escrotal.

119
Q

Quando suspeitar de bexigoma?

A

História de HPB, dor em hipogástrio, globo vesical palpável.

120
Q

Qual é o tratamento imediato do bexigoma?

A

Cateterismo vesical.

121
Q

Como se apresenta a dor da nefrolitíase? O que determina seu local de aparecimento?

A

Dor em cólica, intensidade variável, surge em crises.