Emergencia Flashcards

(837 cards)

1
Q

Quais são os tipos de intoxicação por lítio?

A
  1. Aguda: ingestão única em paciente não usuário. 2. Crônica: acúmulo em usuários regulares. 3. Aguda sobre crônica: excesso em quem já faz uso.
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2
Q

Quais são os sintomas predominantes da intoxicação aguda por lítio?

A

Gastrintestinais: náuseas, vômitos, diarreia, confusão, sonolência, fraqueza muscular.

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3
Q

Quais são os sintomas predominantes da intoxicação crônica por lítio?

A

Neurológicos: tremores, ataxia, mioclonias, fasciculações, rebaixamento de consciência, convulsões, coma.

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4
Q

O que caracteriza a intoxicação aguda sobre crônica por lítio?

A

Quadro misto com alto risco de toxicidade grave.

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5
Q

Quais são os sinais de gravidade na intoxicação por lítio?

A
  • Lítio > 4 mEq/L (aguda) ou > 2,5 mEq/L (crônica)
  • Alterações neurológicas intensas
  • Disfunção renal significativa
  • Arritmias (raras)
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6
Q

Qual é o manejo inicial em casos de intoxicação por lítio?

A
  • Suspender o lítio
  • Hidratação IV vigorosa com SF 0,9%
  • Monitorar eletrólitos, função renal e lítio sérico a cada 4–6h
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7
Q

O carvão ativado é indicado na intoxicação por lítio?

A

Não, lítio não se liga ao carvão ativado.

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8
Q

Quando considerar a lavagem gástrica na intoxicação por lítio?

A
  • Se ingestão < 1h e dose tóxica
  • Principalmente em intoxicação aguda
  • Só com via aérea protegida
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9
Q

Quais são as indicações para diálise na intoxicação por lítio?

A
  • Lítio > 4 mEq/L (aguda) ou > 2,5 mEq/L (crônica) com sintomas
  • Alterações neurológicas
  • Disfunção renal
  • Falha no tratamento conservador
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10
Q

Quais são as complicações possíveis da intoxicação por lítio?

A
  • Neuropatia permanente (ataxia, disartria)
  • Disfunção renal crônica
  • Diabetes insipidus nefrogênico
  • Hipotireoidismo
  • Síndrome serotoninérgica
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11
Q

Quais são os sinais de diagnóstico de Parada Cardiorrespiratória (PCR)?

A

Ausência de pulso, apneia ou respiração agônica, inconsciência

Sinais clínicos que indicam uma emergência médica grave

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12
Q

Quais são os sinais clínicos de Parada Cardiorrespiratória (PCR)?

A

Colapso súbito, apneia, cianose

Esses sinais indicam que a pessoa não está respirando ou circulando sangue adequadamente

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13
Q

Qual é o tratamento imediato para Parada Cardiorrespiratória (PCR)?

A

RCP imediata, desfibrilação precoce, epinefrina 1mg a cada 3–5min, manejo da via aérea, causas reversíveis

O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para aumentar as chances de sobrevivência

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14
Q

Quais são os requisitos diagnósticos para Síndrome Coronariana Aguda com Supra (SCACS)?

A

Dor torácica > 20min, supra de ST ≥ 1mm em 2 derivações contíguas, troponina elevada

Esses critérios ajudam a identificar um infarto do miocárdio com supra do segmento ST

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15
Q

Quais são os principais sintomas da Síndrome Coronariana Aguda com Supra (SCACS)?

A

Dor em aperto, irradiação, náuseas, diaforese

Esses sintomas são frequentemente relatados por pacientes com infarto do miocárdio

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16
Q

O que significa a sigla MONAB no tratamento da SCACS?

A

Morfina, oxigênio se <90%, nitrato, AAS, beta-bloqueadores

Esses medicamentos são utilizados para tratamento inicial da SCACS

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17
Q

Qual é o tratamento para Síndrome Coronariana Sem Supra (SCASS)?

A

Antiagregação dupla, anticoagulação, estratificação de risco, cateterismo em 24h se risco alto

O tratamento depende da avaliação do risco do paciente

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18
Q

Quais são os métodos diagnósticos para Embolia Pulmonar (EP)?

A

Clínica + escore de Wells/Genebra + dímero D e angioTC

Esses métodos ajudam a confirmar a presença de uma embolia pulmonar

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19
Q

Quais são os sinais clínicos de Embolia Pulmonar (EP)?

A

Dispneia súbita, dor torácica pleurítica, hemoptise, taquicardia, hipóxia

Os sintomas podem variar, mas geralmente incluem dificuldades respiratórias e dor no peito

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20
Q

Qual é o tratamento inicial para Embolia Pulmonar (EP)?

A

Heparina de baixo peso ou não fracionada, trombólise se instável, anticoagulação por pelo menos 3 meses

O tratamento visa prevenir a formação de novos coágulos e tratar a condição aguda

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21
Q

Quais são os critérios diagnósticos para Edema Agudo de Pulmão (EAP)?

A

Clínica + radiografia com congestão pulmonar

A radiografia é fundamental para visualizar o acúmulo de líquido nos pulmões

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22
Q

Quais são os sintomas de Edema Agudo de Pulmão (EAP)?

A

Dispneia súbita, ortopneia, estertores, sudorese, taquicardia

Os pacientes frequentemente apresentam dificuldades respiratórias severas

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23
Q

Qual é o tratamento para Edema Agudo de Pulmão (EAP)?

A

Furosemida IV, vasodilatadores, suporte ventilatório, tratar causa base

O tratamento é direcionado a aliviar os sintomas e tratar a causa subjacente

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24
Q

Quais são os sinais diagnósticos de Taquiarritmias?

A

ECG com QRS estreito ou largo, frequência elevada

A análise do ECG é essencial para identificar o tipo de taquiarritmia

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25
Quais são os sintomas de Taquiarritmias?
Palpitações, dispneia, tontura, síncope ## Footnote Esses sintomas podem indicar uma condição potencialmente perigosa
26
Qual é o tratamento para Taquiarritmias instáveis?
Cardioversão elétrica ## Footnote Este é um procedimento que restaura o ritmo cardíaco normal em situações de emergência
27
Qual é o tratamento para Taquiarritmias estáveis?
Adenosina (taqui supraventricular), antiarrítmicos conforme o caso ## Footnote O tratamento varia dependendo do tipo de taquiarritmia
28
Qual é o critério diagnóstico para Bradiarritmias?
ECG com FC < 50 bpm ## Footnote A frequência cardíaca baixa pode levar a sintomas significativos
29
Quais são os sintomas de Bradiarritmias?
Tontura, síncope, dispneia, confusão ## Footnote Esses sintomas indicam que o cérebro e outros órgãos podem não estar recebendo sangue suficiente
30
Qual é o tratamento para Bradiarritmias?
Atropina 0,5mg IV a cada 3–5min, marcapasso transcutâneo se refratário ou bloqueio AV avançado ## Footnote O tratamento visa aumentar a frequência cardíaca e estabilizar o paciente
31
Qual é o critério de diagnóstico para neutropenia febril?
Neutrófilos < 500 + febre > 38,3°C ## Footnote A neutropenia febril é uma condição crítica frequentemente observada em pacientes imunocomprometidos.
32
Quais são os principais sintomas clínicos da neutropenia febril?
Febre, sem sinais focais evidentes ## Footnote A ausência de sinais focais pode dificultar o diagnóstico inicial.
33
Qual é o tratamento inicial recomendado para neutropenia febril?
ATB empírico de amplo espectro imediato (cefepime, meropenem), isolamento ## Footnote O tratamento deve ser iniciado rapidamente para prevenir complicações graves.
34
Quais são os critérios de diagnóstico para trombose venosa profunda (TVP)?
Doppler venoso + escore de Wells ## Footnote O escore de Wells ajuda a estratificar o risco de TVP.
35
Quais são os sintomas clínicos da trombose venosa profunda?
Dor, edema, empastamento de panturrilha ## Footnote Estes sinais são indicativos de obstrução venosa.
36
Qual é o tratamento recomendado para trombose venosa profunda?
Anticoagulação (HBPM ou varfarina/DOAC), medidas de prevenção secundária ## Footnote A anticoagulação é crucial para prevenir complicações como embolia pulmonar.
37
Quais são os critérios diagnósticos da síndrome de lise tumoral?
Hipercalemia, hiperfosfatemia, hiperuricemia, hipocalcemia ## Footnote Esta síndrome pode ocorrer após tratamento de tumores hematológicos.
38
Quais são os sintomas clínicos da síndrome de lise tumoral?
Náusea, arritmia, convulsões, IRA ## Footnote A síndrome pode levar a complicações renais agudas.
39
Qual é o tratamento para síndrome de lise tumoral?
Hidratação intensa, alopurinol ou rasburicase, correção hidroeletrolítica ## Footnote A hidratação é fundamental para prevenir a nefropatia.
40
Qual é o critério de diagnóstico para artrite séptica?
Artrocentese com leucócitos > 50.000 + cultura ## Footnote A artrocentese é essencial para confirmar a presença de infecção na articulação.
41
Quais são os sintomas clínicos da artrite séptica?
Monoartrite com dor intensa, edema, febre ## Footnote A dor intensa é um sinal de inflamação aguda na articulação.
42
Qual é o tratamento recomendado para artrite séptica?
ATB EV (oxacilina/ceftriaxona), drenagem cirúrgica se necessário ## Footnote A drenagem pode ser necessária para aliviar a pressão e remover o pus.
43
Qual é o critério de diagnóstico para crise aguda de gota?
Clínico ou artrocentese com cristais de urato ## Footnote A presença de cristais de urato confirma o diagnóstico de gota.
44
Quais são os sintomas clínicos da crise aguda de gota?
Dor articular súbita, eritema, edema (podagra) ## Footnote A podagra refere-se à gota que afeta a articulação do dedão do pé.
45
Qual é o tratamento recomendado para crise aguda de gota?
AINEs, colchicina ou corticoides. Não iniciar alopurinol na crise ## Footnote O alopurinol é um medicamento preventivo e não deve ser usado durante uma crise aguda.
46
Qual é o critério de diagnóstico para rabdomiólise?
CPK > 5x o normal, mioglobinúria, hiperK, hiperP ## Footnote A rabdomiólise pode ser fatal se não tratada rapidamente.
47
Quais são os sintomas clínicos da rabdomiólise?
Mialgia, fraqueza, urina escura ## Footnote A urina escura é um sinal de mioglobina na urina.
48
Qual é o tratamento recomendado para rabdomiólise?
Hidratação vigorosa com SF 0,9%, evitar nefrotoxinas, corrigir distúrbios ## Footnote A hidratação ajuda a prevenir a insuficiência renal.
49
Qual é o critério de diagnóstico para intoxicação por paracetamol?
Dosagem sérica + nomograma de Rumack-Matthew ## Footnote O nomograma ajuda a avaliar o risco de hepatotoxicidade.
50
Quais são os sintomas clínicos da intoxicação por paracetamol?
Náusea, vômito, dor abdominal, hepatotoxicidade tardia ## Footnote Os sintomas podem ser inicialmente leves, mas a hepatotoxicidade pode ocorrer dias depois.
51
Qual é o tratamento recomendado para intoxicação por paracetamol?
N-acetilcisteína oral ou EV precoce (ideal < 8h após ingestão) ## Footnote A N-acetilcisteína é um antídoto eficaz que protege o fígado.
52
Qual o tratamento para Taquiarritmia Supraventricular Estável?
Manobras vagais (manobra de Valsalva ou massagem do seio carotídeo), adenosina 6 mg IV em bolus rápido, beta-bloqueadores (metoprolol), bloqueadores de canal de cálcio (verapamil, diltiazem) ## Footnote Se a adenosina for ineficaz, repetir 12 mg se necessário.
53
Qual o tratamento para Taquiarritmia Supraventricular Instável?
Cardioversão elétrica sincronizada imediata, dose inicial de 50–100 J, sedação se possível ## Footnote A dose depende do tipo e do aparelho utilizado.
54
Como tratar Taquiarritmia Ventricular Estável?
Antiarrítmicos IV: amiodarona (150 mg em 10 min), procainamida, sotalol, monitoramento contínuo do ECG e da PA, avaliar cardioversão elétrica se refratária ## Footnote Sotalol deve ser administrado com cuidado, pois pode prolongar o QT.
55
Qual o tratamento para Taquiarritmia Ventricular Instável?
Cardioversão elétrica sincronizada urgente, dose inicial de 100 J, sedação se possível ## Footnote A dose pode ser aumentada se necessário.
56
Qual o tratamento para TV sem pulso e Fibrilação Ventricular?
RCP imediata + desfibrilação (choque não sincronizado), epinefrina 1 mg IV a cada 3–5 min, amiodarona 300 mg IV após 3º choque, 150 mg adicional se necessário ## Footnote É importante checar causas reversíveis com 5H/5T.
57
O que deve ser feito se as manobras vagais falharem no tratamento de Taquiarritmia Supraventricular Estável?
Adenosina 6 mg IV em bolus rápido ## Footnote Se necessário, repetir 12 mg.
58
Qual a dose inicial recomendada para cardioversão elétrica em Taquiarritmia Supraventricular Instável?
50–100 J ## Footnote A dose depende do tipo e do aparelho utilizado.
59
Quais são os antiarrítmicos utilizados no tratamento de Taquiarritmia Ventricular Estável?
* Amiodarona (150 mg em 10 min) * Procainamida * Sotalol (com cuidado) ## Footnote Monitoramento contínuo do ECG e da PA é essencial.
60
Qual o procedimento imediato para TV sem pulso?
RCP imediata + desfibrilação ## Footnote A desfibrilação deve ser não sincronizada.
61
Qual a frequência da administração de epinefrina em casos de Fibrilação Ventricular?
A cada 3–5 min ## Footnote A dose é de 1 mg IV.
62
Qual a dose de amiodarona a ser administrada após o 3º choque em casos de Fibrilação Ventricular?
300 mg IV, 150 mg adicional se necessário ## Footnote A administração deve ser feita após a desfibrilação.
63
Quais são as causas reversíveis que devem ser checadas em casos de TV sem pulso ou FV?
5H/5T ## Footnote Exemplos incluem hipoxemia, hipovolemia, e outras condições tratáveis.
64
Qual é o diagnóstico de hiponatremia?
Na < 135 mEq/L + osmolaridade plasmática ## Footnote A hiponatremia é caracterizada por níveis de sódio no sangue inferiores a 135 mEq/L.
65
Quais são os sintomas clínicos da hiponatremia?
náusea, cefaleia, confusão, convulsão (grave) ## Footnote Os sintomas variam de leves a graves, podendo incluir convulsões em casos severos.
66
Qual é o tratamento para hiponatremia hipovolêmica?
restrição hídrica ## Footnote A restrição hídrica é uma abordagem comum para tratar hiponatremia hipovolêmica.
67
Como se diagnostica hipercalemia?
K > 5,5 mEq/L + ECG (ondas T apiculadas, QRS largo) ## Footnote O diagnóstico é confirmado com exames laboratoriais e eletrocardiograma.
68
Quais são os sintomas clínicos da hipercalemia?
fraqueza, arritmias ## Footnote A hipercalemia pode causar fraqueza muscular e arritmias cardíacas potencialmente fatais.
69
Qual é o tratamento inicial para hipercalemia?
gluconato de cálcio, insulina + glicose, beta2 agonista, furosemida ## Footnote Esses tratamentos ajudam a estabilizar a membrana celular e a reduzir os níveis de potássio.
70
Qual é o diagnóstico de insuficiência adrenal aguda?
hiponatremia, hipercalemia, hipotensão + história sugestiva ## Footnote A insuficiência adrenal aguda pode ocorrer em situações de estresse agudo.
71
Quais são os sintomas clínicos da insuficiência adrenal aguda?
náuseas, dor abdominal, fraqueza, choque ## Footnote Esses sintomas refletem a deficiência hormonal e a resposta do corpo ao estresse.
72
Qual é o tratamento para insuficiência adrenal aguda?
SF 0,9%, hidrocortisona EV, investigar causa ## Footnote O tratamento inclui a reposição de fluidos e hormônios corticosteroides.
73
Como se diagnostica lesão renal aguda (LRA)?
aumento de creatinina e/ou redução do débito urinário ## Footnote A LRA é frequentemente identificada através de exames laboratoriais de função renal.
74
Quais são os sintomas clínicos da lesão renal aguda?
oligúria, hipervolemia, distúrbios eletrolíticos ## Footnote A oligúria é uma característica comum, indicando a diminuição da produção de urina.
75
Qual é o tratamento para lesão renal aguda?
suporte, evitar nefrotóxicos, controle de volemia, diálise se indicado ## Footnote O tratamento é focado em suporte e na prevenção de danos adicionais.
76
Qual é o diagnóstico da cólica renal?
dor típica em flanco irradiando para genital, hematúria ## Footnote A dor em flanco é um sinal clássico de cólica renal.
77
Quais são os sintomas clínicos da cólica renal?
dor intensa, náuseas, inquietação ## Footnote A dor intensa pode levar a episódios de inquietação e desconforto.
78
Qual é o tratamento para cólica renal?
AINEs (cetoprofeno/dipirona), hidratação, tamulosina, litotripsia se necessário ## Footnote O manejo inicial geralmente envolve controle da dor e promoção da passagem de cálculos.
79
Qual é o diagnóstico da pancreatite aguda?
dor epigástrica irradiada para dorso + amilase/lipase > 3x + imagem compatível ## Footnote A pancreatite aguda é frequentemente confirmada por exames de imagem e níveis elevados de enzimas pancreáticas.
80
Quais são os sintomas clínicos da pancreatite aguda?
náusea, vômitos, febre, abdome doloroso ## Footnote A dor abdominal é um sintoma predominante e pode ser severa.
81
Qual é o tratamento para pancreatite aguda?
jejum, hidratação vigorosa, analgesia, ATB se complicação infecciosa ## Footnote O tratamento inicial foca em evitar a alimentação e hidratar o paciente.
82
Qual é o diagnóstico da hemorragia digestiva alta?
vômitos em borra de café ou melena + endoscopia ## Footnote A endoscopia é um procedimento chave para diagnóstico e tratamento.
83
Quais são os sintomas clínicos da hemorragia digestiva alta?
hipotensão, taquicardia, hematêmese ## Footnote A hipotensão e a taquicardia indicam potencial choque hipovolêmico.
84
Qual é o tratamento para hemorragia digestiva alta?
estabilizar, PPI EV, endoscopia precoce, transfusão se necessário, tratar causa ## Footnote O tratamento é focado na estabilização do paciente e controle da hemorragia.
85
Quais os principais métodos de diagnóstico para a asma em exacerbação aguda?
clínico + oximetria ou gasometria se grave ## Footnote A avaliação da gravidade é crucial para o tratamento adequado
86
Quais os sinais clínicos de uma exacerbação aguda de asma?
dispneia, sibilos, uso de musculatura acessória, falência ventilatória ## Footnote Esses sinais indicam a gravidade da condição do paciente
87
Qual o tratamento recomendado para a exacerbação aguda de asma?
O2, beta2 inalatório (salbutamol), ipratrópio, corticoide sistêmico, suporte ventilatório se necessário ## Footnote O tratamento deve ser iniciado rapidamente para evitar complicações
88
Como é feito o diagnóstico de uma exacerbação de DPOC?
clínica + história prévia + gasometria ## Footnote A história prévia é importante para entender a gravidade da doença
89
Quais os principais sinais clínicos da exacerbação de DPOC?
dispneia, tosse, expectoração, taquipneia ## Footnote Esses sinais ajudam a identificar a gravidade da exacerbação
90
Qual o tratamento indicado para a exacerbação de DPOC?
O2 (Sat 88–92%), beta2 + anticolinéricos, corticoide VO/IV, ATB se indicado, VNI em insuficiência ventilatória ## Footnote O tratamento deve ser ajustado conforme a resposta do paciente
91
Quais métodos de diagnóstico são usados para Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)?
clínica + raio-X + critérios CURB-65 ## Footnote O CURB-65 ajuda a determinar a gravidade e a necessidade de internação
92
Quais são os sinais clínicos da Pneumonia Adquirida na Comunidade?
febre, tosse produtiva, dor torácica, estertores ## Footnote Esses sinais são comuns e ajudam a diferenciar de outras condições
93
Qual o tratamento para a Pneumonia Adquirida na Comunidade leve e grave?
ambulatorial: amoxicilina + macrolídeo; grave: ceftriaxona + azitromicina/quinolona IV ## Footnote O tratamento varia conforme a gravidade da pneumonia
94
Qual é o escore utilizado para o diagnóstico de Embolia Pulmonar?
escore de Wells ## Footnote O escore de Wells ajuda a estratificar o risco de embolia pulmonar
95
Quais os principais sinais clínicos de Embolia Pulmonar?
dispneia súbita, dor pleurítica, hemoptise, taquicardia ## Footnote Esses sinais são críticos para o diagnóstico rápido
96
Qual o tratamento para Embolia Pulmonar?
anticoagulação, trombólise se instável, filtro de veia cava em casos selecionados ## Footnote O tratamento deve ser individualizado conforme a condição do paciente
97
Quais são os critérios para diagnóstico de Sepse e Choque Séptico?
infecção + disfunção orgânica (SOFA ≥2) ## Footnote O escore SOFA é utilizado para avaliar a gravidade da sepse
98
Quais os sinais clínicos de Sepse e Choque Séptico?
febre/hipotermia, taquicardia, hipotensão, lactato alto ## Footnote Esses sinais são indicativos de disfunção orgânica
99
Qual o tratamento inicial para Sepse?
ATB empírico precoce, volume (30 mL/kg SF), noradrenalina se PAS < 65, buscar foco, suporte de órgãos ## Footnote O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível
100
Quais os métodos diagnósticos para Meningite Bacteriana?
punção lombar + cultura, se possível TC antes ## Footnote A punção lombar é fundamental para confirmar a infecção
101
Quais os principais sinais clínicos de Meningite Bacteriana?
febre, cefaleia, rigidez de nuca, vômitos, rebaixamento ## Footnote Esses sinais são clássicos e ajudam no diagnóstico rápido
102
Qual o tratamento para Meningite Bacteriana?
ceftriaxona + vancomicina + corticoide (dexametasona); isolamento e profilaxia de contatos (rifampicina) ## Footnote O tratamento deve incluir antibióticos e medidas de controle de infecção
103
Quais os métodos diagnósticos para Leptospirose?
clínico-epidemiológico + sorologia/ELISA ## Footnote O histórico epidemiológico é crucial para o diagnóstico
104
Quais os principais sinais clínicos de Leptospirose?
febre, mialgia em panturrilhas, icterícia, insuficiência renal, sangramentos ## Footnote Esses sinais ajudam a identificar a infecção rapidamente
105
Qual o tratamento para Leptospirose grave?
penicilina cristalina ou ceftriaxona IV ## Footnote O tratamento deve ser iniciado rapidamente em casos graves
106
Qual é o diagnóstico para Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI)?
clínica + TC de crânio sem contraste ## Footnote A clínica inclui déficit focal súbito como hemiparesia, afasia e desvio de rima, avaliado pelo NIHSS.
107
Quais são os sintomas clínicos do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI)?
déficit focal súbito (hemiparesia, afasia, desvio de rima) ## Footnote Avaliação usando a escala NIHSS é recomendada.
108
Qual é o tratamento para Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) se ocorrer dentro de 4,5 horas?
trombólise IV se sem contraindicação ## Footnote Trombectomia é indicada em caso de oclusão de grande vaso.
109
Como é feito o diagnóstico de Hemorragia Intracerebral (HIC)?
TC de crânio sem contraste ## Footnote O diagnóstico é confirmado pela tomografia.
110
Quais são os sintomas clínicos da Hemorragia Intracerebral (HIC)?
déficit neurológico súbito + cefaleia intensa, vômitos, rebaixamento ## Footnote Sintomas podem incluir perda de consciência.
111
Qual é o tratamento para Hemorragia Intracerebral (HIC)?
controle de PA, suporte intensivo, neurocirurgia se indicado ## Footnote O tratamento pode variar conforme a gravidade da hemorragia.
112
Como é feito o diagnóstico de Convulsão e Estado de Mal Epiléptico?
crise clínica, EEG se disponível ## Footnote O EEG pode ajudar a confirmar a atividade elétrica cerebral.
113
Quais são os tipos de crises observadas no Estado de Mal Epiléptico?
crise tônico-clônica generalizada ou focal, com ou sem recuperação ## Footnote Crises podem variar em apresentação clínica.
114
Qual é o tratamento para convulsões em Estado de Mal Epiléptico?
benzo (diazepam/lorazepam) + fenitoína ou ácido valproico ## Footnote Propofol ou midazolam são usados se refratários.
115
Quais são os critérios diagnósticos para Cetoacidose Diabética (CAD)?
hiperglicemia >250, cetonemia/cetonúria, pH < 7,3, HCO3 < 18 ## Footnote Esses parâmetros laboratoriais são essenciais para o diagnóstico.
116
Quais são os sintomas clínicos da Cetoacidose Diabética (CAD)?
poliúria, polidipsia, dor abdominal, vômitos, hálito cetônico, taquipneia ## Footnote Esses sintomas são típicos da CAD.
117
Qual é o tratamento para Cetoacidose Diabética (CAD)?
SF 0,9% + insulina regular EV + reposição de K+ + tratar causa ## Footnote A causa subjacente deve sempre ser abordada.
118
Quais são os critérios diagnósticos para Estado Hiperosmolar Hiperglicêmico (EHH)?
glicemia >600, osmolaridade >320, sem cetose importante ## Footnote A ausência de cetose é um diferencial em relação à CAD.
119
Quais são os sintomas clínicos do Estado Hiperosmolar Hiperglicêmico (EHH)?
desidratação extrema, rebaixamento do sensório, convulsões ## Footnote A desidratação é um dos sintomas mais graves.
120
Qual é o tratamento para Estado Hiperosmolar Hiperglicêmico (EHH)?
hidratação vigorosa + insulina + correção de eletrólitos ## Footnote A correção de eletrólitos é crucial para a recuperação.
121
Qual é o critério diagnóstico para Hipoglicemia Grave?
glicemia < 70 mg/dL (sintomática ou não) ## Footnote A hipoglicemia pode ser sintomática, com sinais físicos.
122
Quais são os sintomas clínicos da Hipoglicemia Grave?
sudorese, tremores, taquicardia, confusão, convulsão, coma ## Footnote Os sintomas podem variar de leves a graves.
123
Qual é o tratamento para Hipoglicemia Grave se o paciente estiver inconsciente?
20–30 mL SG 50% EV ## Footnote Se o paciente estiver acordado, a administração pode ser via oral.
124
Qual é o diagnóstico para Crise Tireotóxica?
clínica + TSH suprimido + T4/T3 aumentados ## Footnote Esses exames laboratoriais são importantes para confirmar a condição.
125
Quais são os sintomas clínicos da Crise Tireotóxica?
febre, taquicardia, agitação, confusão, vômitos, IC ## Footnote A insuficiência cardíaca (IC) pode ser uma complicação grave.
126
Qual é o tratamento para Crise Tireotóxica?
propranolol, propiltiouracil, iodeto, hidrocortisona, tratar gatilho ## Footnote O tratamento deve incluir a identificação e manejo do gatilho, como infecção ou cirurgia.
127
Qual é a indicação da Epinefrina (Adrenalina)?
PCR (assistolia, AESP, FV/TV sem pulso), anafilaxia, choque. ## Footnote A Epinefrina é utilizada em situações de parada cardíaca e reações anafiláticas.
128
Qual é a dose recomendada de Epinefrina para RCP?
1 mg IV a cada 3–5 min. ## Footnote A dose varia em situações específicas como anafilaxia.
129
Qual é a justificativa fisiológica da Epinefrina?
Agonista alfa e beta-adrenérgico → aumenta vasoconstrição periférica (PA), débito cardíaco (inotropismo) e broncodilatação. ## Footnote A Epinefrina causa efeitos diretos sobre o sistema cardiovascular e respiratório.
130
Qual é a indicação da Amiodarona?
FV/TV sem pulso, TV monomórfica estável. ## Footnote A Amiodarona é utilizada para tratar arritmias graves.
131
Qual é a dose inicial de Amiodarona para PCR?
300 mg IV, depois 150 mg. ## Footnote A dose pode ser ajustada dependendo da resposta clínica.
132
Qual é a justificativa fisiológica da Amiodarona?
Bloqueia canais de potássio, sódio e cálcio → estabiliza membrana e prolonga repolarização (fase 3). ## Footnote A Amiodarona é eficaz na supressão de arritmias reentrantes.
133
Qual é a indicação da Adenosina?
Taquicardia supraventricular paroxística (TSVP). ## Footnote A Adenosina é utilizada para interromper episódios de taquicardia.
134
Qual é a dose de Adenosina para TSVP?
6 mg IV bolus, repetir com 12 mg se necessário. ## Footnote A administração é rápida para efeito imediato.
135
Qual é a justificativa fisiológica da Adenosina?
Ativa receptores de adenosina A1 no nó AV → hiperpolariza e bloqueia transitoriamente a condução AV. ## Footnote Isso interrompe circuitos de reentrada AV.
136
Qual é a indicação da Atropina?
Bradicardia sintomática, bloqueios AV. ## Footnote A Atropina é um anticolinérgico utilizado em emergências cardíacas.
137
Qual é a dose de Atropina para bradicardia?
0,5 mg IV a cada 3–5 min, máx. 3 mg. ## Footnote A dose pode ser ajustada conforme a resposta do paciente.
138
Qual é a justificativa fisiológica da Atropina?
Antagonista muscarínico → inibe ação parassimpática no nó SA e AV, aumentando a FC e melhorando condução atrioventricular. ## Footnote A Atropina ajuda a aumentar a frequência cardíaca em casos de bradicardia.
139
Qual é a indicação da Dopamina?
Bradicardia refratária, choque. ## Footnote A Dopamina é utilizada quando há resistência a outros tratamentos.
140
Qual é a dose de Dopamina para bradicardia?
2–10 mcg/kg/min (bradicardia); 10–20 mcg/kg/min (vasopressor). ## Footnote A dose varia dependendo do efeito desejado.
141
Qual é a justificativa fisiológica da Dopamina?
Agonista dopaminérgico e beta1 (baixa dose) → inotrópico positivo; doses altas ativam receptores alfa → vasoconstrição periférica. ## Footnote A Dopamina tem efeitos tanto inotrópicos quanto vasopressores.
142
Qual é a indicação da Noradrenalina (Norepinefrina)?
Choque séptico e distributivo. ## Footnote A Noradrenalina é um vasopressor de primeira linha em choques.
143
Qual é a dose de Noradrenalina para choque?
0,1–1 mcg/kg/min IV contínua. ## Footnote A administração é contínua para manter a pressão arterial adequada.
144
Qual é a justificativa fisiológica da Noradrenalina?
Agonista alfa1 > beta1 → potente vasoconstritor periférico com discreto aumento inotrópico. ## Footnote A Noradrenalina restaura a perfusão sistêmica sem causar taquicardia excessiva.
145
Qual é a indicação da Nitroglicerina?
Dor torácica (angina), EAP. ## Footnote A Nitroglicerina é um vasodilatador usado para aliviar a dor torácica.
146
Qual é a dose inicial de Nitroglicerina?
5 mcg/min IV inicial, titular conforme resposta. ## Footnote A dose é ajustada com base na resposta clínica do paciente.
147
Qual é a justificativa fisiológica da Nitroglicerina?
Vasodilatador venoso (↓ pré-carga) e arterial (↓ pós-carga em altas doses) → alivia isquemia e congestão pulmonar. ## Footnote A Nitroglicerina é eficaz na redução da carga de trabalho do coração.
148
Qual é o tratamento para Bradicardia Sinusal Assintomática?
Observação apenas. Não necessita intervenção se o paciente estável e assintomático.
149
Como se trata a Bradicardia Sintomática ou Instável?
Atropina 0,5 mg IV a cada 3–5 min (máx. 3 mg). Se refratário: marcapasso transcutâneo ou infusão de dopamina (2-10 mcg/kg/min) ou adrenalina (2-10 mcg/min). Considerar marcapasso definitivo se bloqueio persistente.
150
O Bloqueio AV de 1º Grau requer tratamento?
Geralmente não requer tratamento. Observar se relacionado a medicamentos ou distúrbios eletrolíticos.
151
Qual é o tratamento para Bloqueio AV de 2º Grau Tipo I (Wenckebach) se sintomático?
Atropina 0,5 mg IV, marcapasso transcutâneo se necessário.
152
Qual é o risco associado ao Bloqueio AV de 2º Grau Tipo II (Mobitz II)?
Alto risco de progressão para BAVT.
153
Qual é o tratamento recomendado para Bloqueio AV de 2º Grau Tipo II (Mobitz II)?
Marcapasso transcutâneo de emergência. Indicação de marcapasso definitivo.
154
Qual é o tratamento imediato para Bloqueio AV Total (BAVT)?
Marcapasso transcutâneo imediato.
155
A Atropina é eficaz no tratamento de Bloqueio AV Total (BAVT)?
Pode ser tentada mas é geralmente ineficaz.
156
Quando é indicado o marcapasso definitivo?
Na maioria dos casos de Bloqueio AV Total (BAVT) e em casos de bloqueio persistente.
157
Preencha a lacuna: O tratamento para Bradicardia Sintomática ou Instável pode incluir _______.
Atropina, marcapasso transcutâneo, infusão de dopamina, infusão de adrenalina.
158
Quais são os critérios diagnósticos da síndrome de lise tumoral?
Hipercalemia, hiperfosfatemia, hiperuricemia, hipocalcemia.
159
O que caracteriza a síndrome de lise tumoral?
É uma emergência oncológica que ocorre geralmente após o início do tratamento de tumores hematológicos.
160
Quais são os critérios laboratoriais de Cairo-Bishop para a síndrome de lise tumoral?
São necessários pelo menos dois dos seguintes critérios laboratoriais: * Hiperuricemia: ácido úrico > 8 mg/dL ou aumento ≥ 25% do basal * Hipercalemia: potássio > 6 mEq/L ou aumento ≥ 25% * Hiperfosfatemia: fósforo > 4,5 mg/dL ou aumento ≥ 25% * Hipocalcemia: cálcio < 7 mg/dL ou queda ≥ 25%
161
Qual é a definição de hiperuricemia na síndrome de lise tumoral?
Ácido úrico > 8 mg/dL ou aumento ≥ 25% do basal.
162
Qual é a definição de hipercalemia na síndrome de lise tumoral?
Potássio > 6 mEq/L ou aumento ≥ 25%.
163
Qual é a definição de hiperfosfatemia na síndrome de lise tumoral?
Fósforo > 4,5 mg/dL ou aumento ≥ 25%.
164
Qual é a definição de hipocalcemia na síndrome de lise tumoral?
Cálcio < 7 mg/dL ou queda ≥ 25%.
165
Quais são as complicações potenciais da síndrome de lise tumoral?
Arritmias cardíacas, insuficiência renal aguda, convulsões e tetania.
166
Quais são as medidas de profilaxia e tratamento para a síndrome de lise tumoral?
Hidratação vigorosa, alopurinol ou rasburicase, monitoramento eletrolítico rigoroso, diálise em casos graves.
167
Verdadeiro ou Falso: A síndrome de lise tumoral é resultado da liberação maciça de conteúdo intracelular no sangue devido à lise rápida de células tumorais.
Verdadeiro.
168
Qual a definição atual de sepse?
Sepse é uma disfunção orgânica com risco de morte causada por uma resposta desregulada do hospedeiro a uma infecção. ## Footnote Segundo a definição Sepsis-3, sepse é definida por disfunção orgânica decorrente de resposta inflamatória exacerbada. O escore SOFA é utilizado para objetivar essa disfunção.
169
O que fazer na primeira hora de atendimento ao paciente com sepse?
Iniciar protocolo de sepse: culturas, antibiótico empírico, 30 mL/kg de cristalóide, dosar lactato, monitorar PAM. ## Footnote Cada hora de atraso no antibiótico aumenta a mortalidade. A hidratação precoce ajuda a restaurar a perfusão tecidual.
170
Quando devo iniciar noradrenalina em um paciente séptico?
Se, após a reposição de 30 mL/kg, a PAM continuar < 65 mmHg. ## Footnote A noradrenalina aumenta a resistência vascular sistêmica, mantendo perfusão de órgãos vitais sem aumentar excessivamente a frequência cardíaca.
171
Por que monitorar o lactato na sepse?
Porque o lactato indica hipoperfusão e gravidade da sepse. ## Footnote Níveis elevados de lactato (>2 mmol/L) refletem metabolismo anaeróbico e má perfusão, servindo como marcador prognóstico.
172
Quando pensar em intubação em paciente séptico?
Se houver sinais de insuficiência respiratória, rebaixamento de consciência, instabilidade hemodinâmica grave. ## Footnote A intubação precoce garante proteção de vias aéreas e suporte ventilatório em casos graves.
173
Critérios para internação em UTI na sepse?
Hipotensão refratária, vasopressores, lactato elevado, falência de múltiplos órgãos. ## Footnote Esses critérios indicam alto risco de deterioração, justificando cuidados intensivos.
174
Quando indicar ventilação mecânica invasiva?
Insuficiência respiratória aguda, rebaixamento do nível de consciência, falência de oxigenação ou ventilação. ## Footnote A ventilação mecânica garante suporte à troca gasosa e à mecânica respiratória, prevenindo fadiga muscular e hipóxia.
175
O que é VVM (ventilação com volume controlado)?
É um modo ventilatório no qual o volume corrente é pré-definido e entregue independentemente da pressão gerada. ## Footnote Usado para garantir volumes ventilatórios constantes; a pressão varia de acordo com a complacência pulmonar.
176
Qual o volume corrente ideal em VM?
Entre 6–8 mL/kg de peso ideal. ## Footnote Evita volutrauma e barotrauma, especialmente em pacientes com SDRA ou pulmão suscetível.
177
O que é PEEP e qual sua função?
PEEP é a pressão positiva no final da expiração. Evita o colabamento alveolar. ## Footnote Melhora a oxigenação e recruta unidades alveolares colapsadas, prevenindo atelectasias.
178
Critérios para desmame da ventilação mecânica?
Melhora clínica, estabilidade hemodinâmica, boa troca gasosa, drive respiratório preservado. ## Footnote A retirada segura da VM exige que o paciente consiga manter ventilação espontânea eficaz sem suporte mecânico excessivo.
179
Como identificar uma acidose metabólica?
pH < 7,35 e HCO₃⁻ < 22 mEq/L. ## Footnote A acidose metabólica é caracterizada por queda no bicarbonato, levando à diminuição do pH. A compensação respiratória se dá pela hiperventilação (redução do CO₂).
180
Como calcular o ânion gap?
AG = Na⁺ - (Cl⁻ + HCO₃⁻); valor normal entre 8-12 mEq/L. ## Footnote O ânion gap ajuda a distinguir acidose metabólica com acúmulo de ácidos (AG aumentado) de perda de bicarbonato (AG normal).
181
O que é alcalose respiratória?
pH > 7,45 e pCO₂ < 35 mmHg. ## Footnote Decorre de hiperventilação, como em ansiedade, dor, hipóxia ou sepse. A queda do CO₂ eleva o pH.
182
O que é pressão de perfusão tecidual ideal?
PAM ≥ 65 mmHg. ## Footnote É o valor necessário para manter perfusão adequada de órgãos vitais. Abaixo disso há risco de hipóxia tecidual.
183
Como avaliar resposta volêmica?
Pelo teste de elevação passiva dos membros ou variação da pressão de pulso. ## Footnote Avalia se o débito cardíaco aumenta com aumento transitório da pré-carga, evitando sobrecarga volêmica desnecessária.
184
Quando iniciar nutrição enteral em paciente crítico?
Idealmente nas primeiras 24-48h, se o TGI estiver funcionante. ## Footnote A nutrição precoce preserva a função intestinal, reduz infecções e melhora o prognóstico.
185
Quando considerar nutrição parenteral?
Se contraindicação à via enteral ou falha em atingir 60% das necessidades após 7 dias. ## Footnote A nutrição parenteral evita desnutrição grave, mas tem maior risco de complicações infecciosas e metabólicas.
186
Como diagnosticar delirium na UTI?
Com o CAM-ICU (Confusion Assessment Method for ICU). ## Footnote Detecta alterações agudas de consciência e atenção em pacientes críticos, mesmo sedados.
187
Quais são as medidas para prevenir delirium?
Evitar sedação excessiva, promover sono, mobilização precoce, reorientação. ## Footnote O manejo não farmacológico reduz incidência de delirium, que está associado a maior mortalidade e tempo de internação.
188
Qual a meta de pressão intracraniana (PIC) e perfusão cerebral (PPC)?
PIC < 20 mmHg e PPC > 60 mmHg. ## Footnote Manter esses parâmetros reduz o risco de isquemia cerebral secundária.
189
Condutas para controle da PIC elevada?
Cabeceira elevada, sedação, osmoterapia (manitol ou salina hipertônica), hiperventilação leve. ## Footnote Essas medidas reduzem o volume intracraniano e melhoram a drenagem venosa cerebral.
190
Quando indicar cuidados paliativos na UTI?
Doença terminal, refratariedade ao tratamento, sofrimento intenso. ## Footnote Visa priorizar conforto, dignidade e qualidade de vida quando o tratamento curativo não é mais eficaz.
191
Como abordar a família de um paciente em cuidados paliativos?
Com empatia, comunicação clara, escuta ativa e atualização contínua. ## Footnote A comunicação adequada fortalece o vínculo, reduz sofrimento e facilita decisões compartilhadas.
192
Qual é o foco principal do Protocolo de Sepse 2024?
Avaliação com base em escore NEWS e sinais de disfunção orgânica ## Footnote Inclui fluxograma de decisão clínica, exames laboratoriais, antimicrobianos, ressuscitação volêmica e drogas vasoativas.
193
Quais são os tratamentos indicados para meningites de diferentes etiologias?
Ceftriaxona, Ampicilina, Vancomicina, Aciclovir, Anfotericina B ## Footnote Abrange meningites bacterianas, virais, fúngicas e herpéticas.
194
Quais antibióticos são utilizados para tratar pneumonia comunitária leve/moderada?
Cefepime, Azitromicina ## Footnote Também inclui opções para pneumonia hospitalar e pneumonia associada à ventilação mecânica.
195
O que é indicado no tratamento de infecções de pele e partes moles?
Celulite, erisipela, infecção necrotizante, pé diabético, candidemia, neutropenia febril ## Footnote Abordagem para infecções com risco infeccioso.
196
Qual é o objetivo da avaliação de ideação suicida?
Avaliação de risco, critérios de internação ou seguimento ambulatorial ## Footnote Inclui medidas de contenção farmacológica e condutas para intoxicação associada.
197
Quais são os critérios de indicação para trombólise em AVC?
Critérios de indicação e contraindicação de trombólise ## Footnote Abordagem de pacientes com déficit neurológico agudo.
198
Quais parâmetros são utilizados para diagnosticar Cetoacidose Diabética (CAD)?
Glicemia, pH, bicarbonato, cetonemia ## Footnote Inclui reposição volêmica e insulinoterapia.
199
Qual é a conduta em relação à correção de potássio na CAD?
Correção de potássio ## Footnote Parte do manejo da Cetoacidose Diabética.
200
Preencha a lacuna: O tratamento para pneumonia associada à ventilação mecânica inclui _______.
Piperacilina/Tazobactam, Meropenem ## Footnote Antibióticos específicos para esta condição.
201
Verdadeiro ou Falso: O protocolo de Sepse 2024 não inclui a ressuscitação volêmica como parte do tratamento.
Falso ## Footnote A ressuscitação volêmica é uma parte essencial do protocolo.
202
Quais são os tipos de meningites abordados no tratamento com antimicrobianos?
Bacteriana, viral, fúngica, herpética ## Footnote Cada tipo requer um esquema específico de tratamento.
203
O que deve ser monitorado na resolução da Cetoacidose Diabética?
Critérios de resolução da CAD ## Footnote Inclui a normalização dos parâmetros bioquímicos.
204
O que é sepse?
Disfunção orgânica potencialmente letal causada por resposta desregulada do hospedeiro à infecção. ## Footnote A sepse é uma condição crítica que requer intervenção rápida.
205
Como é feito o diagnóstico de sepse?
Avaliação com base no escore NEWS (≥ 4) e sinais de choque: hipotensão, pele fria, tempo de enchimento capilar aumentado, lactato ≥ 2. ## Footnote O escore NEWS ajuda na identificação precoce da sepse.
206
Quais são as condutas iniciais na sepse?
Garantir ABCD, coleta de culturas antes da antibioticoterapia, início de antibióticos de amplo espectro na 1ª hora, reposição volêmica com 30 mL/kg de cristaloide, considerar drogas vasoativas se MAP < 65 mmHg. ## Footnote A noradrenalina é a 1ª escolha como droga vasoativa.
207
Quais disfunções devem ser monitoradas na sepse?
Respiratória, renal, hepática, hematológica. ## Footnote Exemplos de monitoramento incluem gasometria para função respiratória e ureia para função renal.
208
Qual o tratamento para meningite em pacientes até 50 anos?
Ceftriaxona 2g IV 12/12h. ## Footnote O tratamento pode variar dependendo da idade e do estado imunológico do paciente.
209
Qual o tratamento para meningite em pacientes maiores de 50 anos ou imunodeprimidos?
Adicionar Ampicilina para cobertura de Listeria. ## Footnote A Listeria é uma preocupação especial em pacientes imunocomprometidos.
210
Qual é o tratamento para meningite herpética?
Aciclovir 10 mg/kg IV 8/8h por 14–21 dias. ## Footnote O tratamento deve ser iniciado rapidamente para melhores resultados.
211
Qual o tratamento para pneumonia comunitária leve a moderada?
Amoxicilina + Azitromicina. ## Footnote A combinação de antibióticos é importante para cobrir diferentes patógenos.
212
Qual o tratamento para pneumonia hospitalar?
Piperacilina/Tazobactam ou Cefepime ou Meropenem. ## Footnote A escolha do antibiótico depende da gravidade e do tempo de internação.
213
Qual a conduta para infecções de pele e partes moles leves?
Cefalexina VO. ## Footnote O tratamento pode ser ajustado conforme a gravidade da infecção.
214
O que caracteriza a neutropenia febril?
Neutrófilos < 500 + febre. ## Footnote A neutropenia febril é uma emergência médica, especialmente em pacientes imunocomprometidos.
215
Qual o tratamento para neutropenia febril de baixo risco?
Amox/Clav + Ciprofloxacino. ## Footnote O tratamento ambulatorial é possível em casos de baixo risco.
216
Qual a abordagem para intoxicação em pacientes agitados?
Haloperidol ou Midazolam conforme idade e tipo de intoxicação. ## Footnote A escolha do sedativo deve ser cautelosa e baseada na causa da intoxicação.
217
Quais são os critérios para diagnóstico de cetoacidose diabética (CAD)?
Glicemia > 200, pH < 7,3, bicarbonato < 15, cetonemia/cetonúria. ## Footnote Esses critérios ajudam a diferenciar a CAD de outras condições.
218
Qual a primeira conduta no tratamento da cetoacidose diabética?
Hidratação com SF 0,9% 1L/h. ## Footnote A hidratação é crucial e deve ser iniciada rapidamente.
219
Qual o tratamento para abscesso cerebral?
Ceftriaxona + Metronidazol + Oxacilina, por 4–8 semanas. ## Footnote O tratamento deve ser prolongado para garantir a resolução da infecção.
220
Qual a conduta para AVC isquêmico se o déficit neurológico é novo?
Considerar trombólise com rTPA se critérios forem preenchidos. ## Footnote O tempo é um fator crítico no tratamento do AVC.
221
Qual o tratamento para pé diabético?
Avaliar osteomielite, tratar com Ciprofloxacino + Clinda ou Levo + Metronidazol. ## Footnote O tratamento deve incluir cobertura para infecções ósseas.
222
Quais são os critérios de resolução da cetoacidose diabética?
Glicemia < 200, pH > 7,3, HCO3 > 15, sem cetose, paciente aceitando dieta oral. ## Footnote A resolução é um sinal de que a condição está sob controle.
223
O que é icterícia?
Acúmulo de bilirrubina conjugada no sangue devido à obstrução biliar. ## Footnote A icterícia é um sinal clínico que indica problemas hepáticos ou biliares.
224
O que é colúria?
A bilirrubina conjugada, hidrossolúvel, é excretada pelos rins → urina escura. ## Footnote A colúria é frequentemente observada em condições de icterícia.
225
O que é acolia fecal?
Falta de bile no intestino impede a formação de estercobilina → fezes claras. ## Footnote Acolia fecal é um indicativo de problemas na via biliar.
226
Quais são os componentes da tríade de Charcot?
Dor em hipocôndrio direito, icterícia, febre com calafrios. ## Footnote A tríade de Charcot indica colangite aguda por obstrução e infecção da via biliar.
227
O que a pêntade de Reynolds inclui além da tríade de Charcot?
Hipotensão, alteração do nível de consciência. ## Footnote A pêntade de Reynolds sugere colangite grave com sepse e disfunção orgânica.
228
Qual é a causa típica de icterícia, colúria e acolia fecal?
Coledocolitíase: causa típica com obstrução do colédoco. ## Footnote Coledocolitíase é a presença de cálculos biliares no colédoco.
229
As causas de icterícia, colúria e acolia fecal incluem?
* Colelitíase * Colecistite aguda * Coledocolitíase * Colangite ## Footnote Cada uma dessas condições tem características e implicações clínicas diferentes.
230
Qual o tratamento inicial para coledocolitíase/colangite?
Hidratação, antibiótico EV (ceftriaxona + metronidazol ou piperacilina-tazobactam). ## Footnote A estabilização inicial é crucial antes de qualquer intervenção cirúrgica.
231
O que deve ser feito para controle da obstrução em colangite?
CPRE (urgente em colangite). ## Footnote CPRE é uma técnica endoscópica utilizada para desobstruir a via biliar.
232
Quando é indicada a colecistectomia eletiva?
Após resolução do quadro infeccioso (em coledocolitíase ou colangite). ## Footnote A colecistectomia é a remoção da vesícula biliar e é realizada em casos selecionados.
233
O que deve ser monitorado após o tratamento de coledocolitíase/colangite?
Função hepática, sinais vitais e resposta clínica. ## Footnote O monitoramento é essencial para avaliar a eficácia do tratamento e prevenir complicações.
234
Quais são os ritmos chocáveis na parada cardiorrespiratória (PCR)?
Fibrilação ventricular (FV), Taquicardia ventricular sem pulso (TVsp) ## Footnote Ritmos que podem ser tratados com desfibrilação durante a PCR.
235
Qual a dose e intervalo da adrenalina na PCR?
1 mg EV/IO a cada 3–5 minutos ## Footnote Iniciar após o 2º ciclo se ritmo for chocável, imediatamente se não chocável.
236
Qual a dose de amiodarona e quando usar?
300 mg EV em bolus após o 3º choque, repetir 150 mg se FV/TVsp persistir ## Footnote Seguir com infusão contínua após a administração inicial.
237
Qual a dose de desfibrilação para ritmos chocáveis?
200 J bifásico (ou 360 J monofásico, se equipamento antigo) ## Footnote Repetir com mesma ou maior energia se necessário.
238
Quais são os ritmos não chocáveis?
Assistolia, Atividade elétrica sem pulso (AESP) ## Footnote Ritmos que não respondem à desfibrilação durante a PCR.
239
Quais são as 5 causas reversíveis mais comuns de PCR? (5H + 5T)
Hipovolemia, Hipóxia, Hidrogênio (acidose), Hipo/hipercalemia, Hipotermia, Tensão no pneumotórax, Tamponamento cardíaco, TEP, Tóxicos, Trauma ## Footnote Causas que devem ser avaliadas e tratadas para reverter a PCR.
240
Quais passos devem ser realizados imediatamente após retorno à circulação espontânea (RCE)?
Monitorar via aérea e ventilação, Manter SatO2 > 94%, Corrigir causa da PCR, Monitorização hemodinâmica contínua, Temperatura alvo (32–36ºC) por 24h se coma pós-PCR, Considerar cateterismo precoce se causa cardíaca ## Footnote Ações críticas para estabilizar o paciente após RCE.
241
Quando considerar via intraóssea na PCR?
Quando acesso venoso periférico não é obtido em até 90 segundos ## Footnote Pode ser usada para administração de adrenalina, amiodarona e reposição volêmica.
242
O que é a intubação de sequência rápida (ISR)?
Técnica de intubação que usa sedativo e bloqueador neuromuscular em sequência imediata. ## Footnote Objetivo: controle rápido da via aérea com mínima aspiração e sem ventilação intermediária.
243
Quais são as etapas da ISR?
* Preparação * Pré-oxigenação * Pré-tratamento (se indicado) * Paralisia e sedação * Passagem do tubo e confirmação
244
Quais drogas são usadas para sedação na ISR?
* Etomidato: 0,3 mg/kg (estável hemodinamicamente) * Quetamina: 1–2 mg/kg (bom para broncoespasmo, hipotensos) * Midazolam: 0,2–0,3 mg/kg (menos usado na emergência)
245
Quais bloqueadores neuromusculares são usados na ISR?
* Succinilcolina: 1–1,5 mg/kg (rápido, mas contraindicado em hiperpotassemia, trauma, DNM) * Rocurônio: 1,2 mg/kg (alternativa segura, início mais lento que succinilcolina)
246
Como é feita a pré-oxigenação?
Máscara com O2 a 100% por 3–5 min ou respiração rápida com bolsa-válvula-máscara. ## Footnote Objetivo: aumentar reserva de oxigênio e tempo seguro de apneia.
247
Quando usar pré-tratamento na ISR?
Em TCE, HIC ou broncoespasmo pode-se usar lidocaína 1,5 mg/kg e fentanil 1–3 mcg/kg. ## Footnote Minimiza resposta autonômica da laringoscopia.
248
Como confirmar a intubação traqueal?
* Capnografia (padrão-ouro): curva e valores compatíveis com CO2 exalado * Ausculta bilateral do tórax e epigástrio * Observação da expansão torácica * Visualização do tubo entre as cordas vocais (se possível)
249
O que fazer se a intubação falhar?
Iniciar protocolo de via aérea difícil (ventilar com BVM, dispositivos supraglóticos, cricotomia)
250
O que é via aérea difícil?
Situação em que há dificuldade em ventilar com máscara, intubar, ou ambos. Pode ser anatômica, fisiológica ou devido a obstruções.
251
Quais ferramentas ajudam a prever via aérea difícil?
Escore LEMON: * Look (avaliação facial) * Evaluate (distância interincisivos, mento-hioide) * Mallampati * Obstrução (trauma, tumor) * Neck mobility (mobilidade cervical)
252
Qual a definição de falha de via aérea?
Incapacidade de intubar após 3 tentativas com operadores experientes e oxigenação em queda.
253
Quais as opções de manejo de via aérea difícil?
VNI ou ventilação com bolsa-válvula-máscara, dispositivos supraglóticos (ex: máscara laríngea), videolaringoscópio, cricotireoidotomia (último recurso – invasiva).
254
Quando indicar cricotireoidotomia?
'Cannot intubate, cannot ventilate'. Indicações: trauma facial grave, obstrução superior, falha em todas as vias alternativas.
255
Quais são as técnicas de cricotireoidotomia?
Técnica cirúrgica: incisão vertical + horizontal sobre membrana cricotireoidea. Técnica com agulha: cateter sobre agulha + ventilação por jato.
256
Qual é a abordagem sistematizada para via aérea difícil?
Ter sempre plano A (intubação), B (supraglótico), C (crico). Avaliar riscos antes da paralisia (se possível). Garantir pré-oxigenação máxima.
257
Qual o papel da capnografia na via aérea difícil?
Confirmação contínua da intubação correta. Detecta deslocamento precoce do tubo.
258
Preencha a lacuna: O escore LEMON é utilizado para prever a _______.
[via aérea difícil]
259
V ou F: A cricotireoidotomia é considerada um recurso de primeira linha no manejo da via aérea difícil.
F
260
O que é insuficiência respiratória aguda (IRA)?
Incapacidade de manter trocas gasosas adequadas ## Footnote PaO2 < 60 mmHg ou PaCO2 > 50 mmHg com pH < 7,35
261
Quais os dois tipos principais de IRA?
* Tipo 1: Hipoxêmica (ex: pneumonia, TEP, edema pulmonar) * Tipo 2: Hipercápnica (ex: DPOC, intoxicação, neuromuscular)
262
Principais sinais clínicos de IRA?
* Taquipneia * Uso de musculatura acessória * Batimento de asa nasal * Cianose * Confusão * Torpor
263
Exames fundamentais na abordagem?
* Gasometria arterial * Oximetria de pulso * Radiografia de tórax * Lactato * Eletrólitos * Hemograma * ECG
264
Quais são as formas de oxigenoterapia inicial?
* Cateter nasal (1–5 L/min) * Máscara simples (5–10 L/min) * Máscara com reservatório (10–15 L/min)
265
Quando indicar ventilação não invasiva (VNI)?
* DPOC exacerbado com hipercapnia * Edema agudo de pulmão * Imunossuprimidos com pneumonia hipoxêmica
266
Quais são as contraindicações à VNI?
* Instabilidade hemodinâmica * Rebaixamento do nível de consciência * Incapacidade de proteger vias aéreas * Trauma facial ou obstrução anatômica
267
Quando indicar intubação orotraqueal?
* Falência da VNI * Apneia ou rebaixamento grave do sensório * PaO2 < 60 ou PaCO2 > 60 com pH < 7,25 * Instabilidade hemodinâmica
268
Quais são as condutas de suporte na IRA?
* Monitorização contínua * Correção da causa base (antibióticos, diuréticos, broncodilatadores etc.) * Manter SatO2 > 92% (ou 88–92% em DPOC)
269
O que é a ventilação mecânica não invasiva (VNI)?
Suporte ventilatório sem necessidade de via aérea invasiva ## Footnote Realizado por máscaras (nasal, facial ou total)
270
Quais os modos principais de VNI?
* CPAP: pressão positiva contínua nas vias aéreas (melhora oxigenação) * BIPAP: duas pressões (IPAP e EPAP), auxilia também a ventilação e CO2
271
Quais são as indicações principais da VNI?
* DPOC com hipercapnia * Edema agudo de pulmão (cardiogênico) * Pneumonia em imunossuprimidos * Apneia do sono com descompensação
272
Quais são as contraindicações absolutas à VNI?
* Rebaixamento do nível de consciência * Vômitos ativos ou risco de broncoaspiração * Instabilidade hemodinâmica * Trauma facial ou deformidade anatômica * Incapacidade de proteger vias aéreas
273
Como ajustar os parâmetros iniciais da VNI?
* BIPAP: IPAP 10–12 cmH2O / EPAP 4–5 cmH2O * CPAP: iniciar com 5–10 cmH2O * Ajustar conforme resposta clínica e gasometria
274
Como monitorar a eficácia da VNI?
* Melhora da frequência respiratória, SatO2 e esforço ventilatório * Gasometria arterial após 30–60 minutos * Avaliação contínua do nível de consciência e conforto
275
Quando considerar falha da VNI?
* Ausência de melhora clínica em 1–2h * Gasometria com piora de hipercapnia ou acidose * Intolerância à interface * Rebaixamento do nível de consciência
276
Quais são os cuidados importantes durante a VNI?
* Vedação adequada da máscara * Proteção da pele (prevenção de úlceras de pressão) * Hidratação da via aérea (umidificação)
277
Preencha a lacuna: O BIPAP possui duas pressões, IPAP e _______.
[EPAP]
278
V ou F: A VNI é indicada para pacientes com rebaixamento do nível de consciência.
Falso
279
Quais os principais objetivos da ventilação mecânica (VM)?
* Garantir oxigenação e ventilação adequadas * Reduzir trabalho respiratório * Permitir suporte em falência respiratória ## Footnote Objetivos críticos para o manejo eficaz da ventilação em situações de emergência.
280
Quais são os modos ventilatórios básicos?
* Volume controlado (VCV): volume corrente fixo, pressão variável * Pressão controlada (PCV): pressão fixa, volume corrente variável * Assistido-controlado (A/C): ventilador assume totalmente o trabalho respiratório * SIMV: permite esforço espontâneo entre ciclos mandatórios * PSV: pressão de suporte em respiração espontânea ## Footnote Cada modo tem indicações específicas dependendo da condição do paciente.
281
Quais são os parâmetros iniciais da ventilação mecânica?
* Volume corrente (Vt): 6–8 mL/kg de peso ideal (usar 6 mL/kg em pacientes com SDRA) * FR: 12–16 irpm (ajustável conforme PaCO2) * FiO2: iniciar com 100% e reduzir conforme SatO2 (> 92%) * PEEP: 5 cmH2O (aumentar em hipoxemia) * Relação I:E: 1:2 geralmente ## Footnote Parâmetros fundamentais para iniciar a ventilação mecânica e ajustar conforme a resposta clínica.
282
Quais são os principais alarmes a monitorar durante a ventilação mecânica?
* Alta pressão de pico (obstrução, secreção, broncoespasmo) * Baixo volume minuto (desconexão, fístula, hipoventilação) * Desaturação (verificar FiO2, PEEP, desconexões) ## Footnote O monitoramento contínuo é essencial para prevenir complicações durante a ventilação mecânica.
283
Como manejar a hipoxemia na ventilação mecânica?
* Aumentar FiO2 * Aumentar PEEP * Reduzir volume corrente para prevenir volutrauma (em SDRA) * Considerar pronação se refratária (SDRA grave) ## Footnote Estratégias importantes para melhorar a oxigenação em pacientes com hipoxemia.
284
Como manejar a hipercapnia na ventilação mecânica?
* Aumentar volume corrente ou frequência respiratória * Corrigir acidose respiratória gradualmente * Aceitar hipercapnia permissiva em SDRA, se necessário (desde que pH > 7,2) ## Footnote Manejo cuidadoso da hipercapnia é crucial, especialmente em pacientes com SDRA.
285
Quando considerar desmame da ventilação mecânica?
* Causa reversível tratada * Hemodinâmica estável * PaO2/FiO2 > 200 com PEEP ≤ 5–8 * Despertar e comando presente * Teste de respiração espontânea (T-piece ou modo PSV) ## Footnote Critérios que ajudam a decidir o momento adequado para desmame da ventilação mecânica.
286
O que é PEEP e qual sua função?
Positive End-Expiratory Pressure: impede colapso alveolar ## Footnote PEEP é uma estratégia importante em ventilação mecânica, especialmente em condições como SDRA para melhorar a oxigenação.
287
Como definir hipotensão?
PAS < 90 mmHg ou PAM < 65 mmHg ## Footnote PAS significa pressão arterial sistólica e PAM significa pressão arterial média.
288
Como definir choque?
Falência circulatória com hipoperfusão tecidual (lactato > 2, alteração do sensório, oligúria) ## Footnote Lactato elevado indica acidose láctica, frequentemente associada a choque.
289
Quais os tipos de choque?
* Hipovolêmico (perda de volume) * Cardiogênico (falência de bomba) * Distributivo (vasodilatação, ex: sepse, anafilaxia) * Obstrutivo (ex: tamponamento cardíaco, TEP, pneumotórax hipertensivo) ## Footnote TEP significa tromboembolismo pulmonar.
290
Quais os principais sinais de hipoperfusão?
* Pele fria, extremidades pálidas ou cianóticas * Enchimento capilar lento * Rebaixamento do nível de consciência * Oligúria (< 0,5 mL/kg/h) * Lactato > 2 mmol/L ## Footnote A oligúria é um sinal importante de comprometimento renal.
291
Qual a abordagem inicial do paciente em choque (ABCDE)?
* A: Via aérea pérvia * B: O2 suplementar para manter SatO2 > 94% * C: Acesso venoso + monitorização + volume (SF 0,9% 500–1000 mL) * D: Avaliar consciência (Glasgow) * E: Exposição total + aquecimento ## Footnote O sistema ABCDE é uma abordagem sistemática para o manejo de pacientes críticos.
292
Quando iniciar vasopressores?
Se PAS < 90 mmHg ou PAM < 65 mmHg após 30 mL/kg de cristaloide ## Footnote Cristaloides são soluções que contêm eletrólitos e são usadas para reposição volêmica.
293
Qual o vasopressor de escolha?
Noradrenalina (norepinefrina): droga de 1ª linha ## Footnote A noradrenalina é frequentemente utilizada em situações de choque para aumentar a pressão arterial.
294
Qual a dose inicial de noradrenalina?
0,05–0,1 mcg/kg/min EV ## Footnote EV significa via endovenosa.
295
Qual a droga de escolha no choque cardiogênico?
Dobutamina (aumenta contratilidade): 2–20 mcg/kg/min ## Footnote A dobutamina é um agente inotrópico que melhora a função cardíaca.
296
Como tratar o choque hipovolêmico?
* Reposição volêmica agressiva (cristaloides) * Corrigir causa da perda (hemorragia, vômitos, diarreia) * Transfusão se Hb < 7 ou instabilidade hemodinâmica ## Footnote Hb significa hemoglobina.
297
Qual a conduta no choque obstrutivo?
* Tamponamento: pericardiocentese * TEP maciço: trombólise ou embolectomia * Pneumotórax hipertensivo: toracocentese imediata ## Footnote A pericardiocentese é um procedimento para remover líquido do espaço pericárdico.
298
Quais são os métodos de monitorização do choque?
* Sinais vitais * Diurese (> 0,5 mL/kg/h) * Lactato seriado * Saturação venosa central (ScvO2) * Delta CO2 (avançado) ## Footnote A monitorização é crucial para avaliar a resposta ao tratamento no choque.
299
Como definir sepse?
Disfunção orgânica ameaçadora à vida causada por resposta desregulada à infecção. SOFA ≥ 2 ou qSOFA ≥ 2 (FR ≥ 22, PAS < 100, confusão).
300
Como definir choque séptico?
Sepse + necessidade de vasopressor para PAM ≥ 65 mmHg + lactato > 2 mmol/L após volume adequado.
301
Quais são os pilares do manejo inicial da sepse (1ª hora)?
* Coletar culturas antes de antibiótico * Iniciar antibiótico de amplo espectro * Reposição volêmica: 30 mL/kg de cristaloide * Medir lactato e repetir em 2–4h * Vasopressores se PAM < 65 após volume.
302
Qual antibiótico empírico inicial?
Depende do foco (pulmonar, urinário, abdominal, etc.). Exemplos: ceftriaxona + claritromicina (pneumonia); piperacilina-tazobactam; meropenem; vancomicina se MRSA.
303
Qual o vasopressor de escolha e como iniciar?
Noradrenalina (norepinefrina): 1ª escolha. Dose: iniciar com 0,05–0,1 mcg/kg/min. Meta: PAM ≥ 65 mmHg.
304
Qual a meta de saturação de oxigênio e perfusão?
* SatO2 > 92% * Diurese > 0,5 mL/kg/h * Lactato em queda * PAM ≥ 65 mmHg.
305
Quando associar dobutamina?
Choque com débito cardíaco reduzido mesmo com PAM adequada. Dose: 2–20 mcg/kg/min.
306
Quando iniciar corticosteroides? (Choque)
Choque refratário a volume + vasopressor. Hidrocortisona 200 mg/dia (EV contínuo ou fracionado).
307
Quais são os itens de monitoramento contínuo? (Paciente grave)
* Gasometria arterial * Eletrólitos * Função renal * Hepatograma * Lactato seriado * Diurese * Status mental * Culturas e reavaliação da fonte infecciosa.
308
Quais as principais causas de rebaixamento do nível de consciência (RNC)?
TCE, AVC, hipoglicemia, intoxicação, infecção, distúrbios metabólicos, hipóxia, convulsão pós-ictal ## Footnote Infecções incluem meningite e sepse. Distúrbios metabólicos podem ser uremia ou hepática.
309
Qual a abordagem inicial no paciente com RNC?
ABCDE, glicemia capilar imediata, O2 se SatO2 < 94%, acesso venoso + coleta de exames, monitorização cardíaca ## Footnote A abordagem ABCDE refere-se a Avaliação das vias aéreas, Respiração, Circulação, Disabilidade e Exposição.
310
Qual conduta se hipoglicemia for detectada?
Glicose 50%: 50 mL em bolus EV (25 g); se sem acesso venoso: glucagon 1 mg IM/SC ## Footnote O glucagon é utilizado quando não é possível a administração intravenosa da glicose.
311
Quais exames solicitar na investigação inicial do RNC?
Gasometria arterial, eletrólitos, ureia, creatinina, hepatograma, hemograma, PCR, coagulograma, eletrocardiograma, TC de crânio sem contraste ## Footnote TC de crânio é urgente se sinais neurológicos focais estiverem presentes.
312
Quando indicar tomografia de crânio antes da punção lombar?
Déficit neurológico focal, sinais de hipertensão intracraniana, imunossupressão, convulsões recentes ## Footnote Esses fatores aumentam o risco de complicações durante a punção lombar.
313
Quando suspeitar de intoxicação?
Aluno com pupilas alteradas, respiração irregular, pele pegajosa ou odor específico, história de uso de drogas ou acesso a substâncias ## Footnote Alterações nas pupilas e na respiração são sinais clássicos de intoxicação.
314
Como é feita a escala de coma de Glasgow (ECG)?
Abertura ocular (1–4), resposta verbal (1–5), resposta motora (1–6), total: 3–15 pontos ## Footnote A escala é utilizada para avaliar o nível de consciência do paciente.
315
Quando intubar o paciente com RNC?
ECG ≤ 8, incapacidade de proteger vias aéreas, rebaixamento progressivo com instabilidade respiratória ## Footnote A intubação é crítica para garantir a ventilação adequada e proteger as vias aéreas.
316
Quando suspeitar de encefalopatia hepática ou urêmica?
História de cirrose ou DRC, confusão mental, asterixe, flapping, amônia elevada (hepática) ou ureia/creatinina elevadas (urêmica) ## Footnote Asterixe é um sinal neurológico característico associado a encefalopatias.
317
O que é hipertensão intracraniana?
Aumento da pressão dentro do crânio (> 20 mmHg) ## Footnote Pode causar herniação cerebral e morte
318
Quais são os sinais clínicos de HIC?
Cefaleia, vômitos em jato, rebaixamento do nível de consciência, pupilas anisocóricas ou midríase fixa, crise convulsiva, bradicardia, hipertensão e irregularidade respiratória (tríade de Cushing) ## Footnote Tríade de Cushing refere-se a bradicardia, hipertensão arterial e irregularidade respiratória
319
Quais são as principais causas de HIC?
TCE grave, AVC hemorrágico, tumor cerebral, abscesso, encefalite, hidrocefalia, hiponatremia severa ## Footnote TCE: Traumatismo Cranioencefálico; AVC: Acidente Vascular Cerebral
320
Quais medidas iniciais devem ser tomadas na suspeita de HIC?
Cabeceira elevada a 30º, manter oxigenação (SatO2 > 94%) e normocapnia (PaCO2 35–40), evitar hiperglicemia e hipoglicemia, controle da temperatura e sedação leve ## Footnote A elevação da cabeceira ajuda a diminuir a pressão intracraniana
321
Quando indicar intubação na HIC?
Glasgow ≤ 8, rebaixamento progressivo do nível de consciência, incapacidade de proteger via aérea ## Footnote A escala de Glasgow é usada para avaliar o nível de consciência
322
Qual papel da hiperventilação? (HIC)
Reduz a PaCO2, causando vasoconstrição cerebral e redução do volume sanguíneo intracraniano ## Footnote Usar temporariamente em sinais de herniação; PaCO2 alvo: 30–35 mmHg (evitar < 25)
323
Quais agentes osmóticos podem ser usados?
Manitol 0,25–1 g/kg EV (pico em 20–30 min), salina hipertônica 3% (250 mL em 20 min ou bolus 2–5 mL/kg) ## Footnote Monitorar sódio e osmolaridade plasmática durante o uso
324
Quando solicitar TC de crânio?
Imediatamente na suspeita de HIC, avaliar sinais de herniação, desvio de linha média, hidrocefalia, hematomas ## Footnote TC: Tomografia Computadorizada
325
Qual o papel da craniectomia descompressiva?
Considerar em HIC refratária ao tratamento clínico, indicação neurocirúrgica em casos selecionados (TCE, AVC extenso) ## Footnote A craniectomia descompressiva é um procedimento cirúrgico para aliviar a pressão intracraniana
326
Monitorização recomendada?
Glasgow seriado, pressão intracraniana (PIC) em pacientes com TCE grave, sinais clínicos de piora neurológica ## Footnote A monitorização é crucial para avaliar a evolução do quadro clínico
327
Quais os dois tipos principais de AVC?
Isquêmico (85%), Hemorrágico (15%) ## Footnote Isquêmico é causado pela oclusão de artéria cerebral, enquanto Hemorrágico resulta da ruptura vascular e sangramento.
328
Quais os sinais clínicos de AVC?
Déficit neurológico focal súbito, Alteração da consciência, Desequilíbrio, Disartria ## Footnote Sinais específicos incluem hemiparesia, afasia, desvio de rima, hemianopsia.
329
Qual a abordagem inicial ao paciente com suspeita de AVC?
ABCDE, Acesso venoso + monitorização, Glicemia capilar, O2 se SatO2 < 94%, TC de crânio sem contraste em até 20 minutos ## Footnote A abordagem ABCDE refere-se a Avaliação das vias aéreas, Respiração, Circulação, Déficit neurológico e Exposição.
330
Quais os critérios para trombólise no AVC isquêmico?
Início dos sintomas < 4,5 horas, TC sem hemorragia, Idade ≥ 18 anos, Sem contraindicações ## Footnote Contraindicações incluem sangramento ativo e anticoagulação com INR > 1,7.
331
Qual a dose do alteplase (rt-PA)?
0,9 mg/kg (máx. 90 mg), 10% em bolus em 1 min + 90% infundido em 60 min ## Footnote Alteplase é um agente trombolítico utilizado no tratamento do AVC isquêmico.
332
Quando indicar trombectomia mecânica?
AVC isquêmico com oclusão de grande vaso, Janela de até 6h ## Footnote A janela pode ser estendida para até 24h em casos selecionados com imagem favorável.
333
Como controlar a PA no AVC isquêmico?
Sem trombólise: tratar se PAS > 220 ou PAD > 120 mmHg, Com trombólise: manter PAS < 185 e PAD < 110 mmHg antes e < 180/105 após ## Footnote A pressão arterial deve ser rigorosamente controlada para evitar complicações.
334
Qual a conduta no AVC hemorrágico?
Controle rigoroso da PA, Suspender anticoagulantes, Neurocirurgia se hematoma grande ## Footnote O alvo da PA deve ser PAS < 140 mmHg.
335
Quando internar em UTI?
Instabilidade hemodinâmica ou respiratória, Risco de deterioração neurológica, Pós-trombólise, AVC hemorrágico extenso ## Footnote A internação em UTI é necessária para monitoramento e tratamento intensivo.
336
O que é crise convulsiva?
Atividade elétrica cerebral anormal, súbita e transitória com manifestações motoras, sensitivas ou de consciência ## Footnote Definição fundamental para entender a natureza das crises convulsivas.
337
O que define estado de mal epiléptico?
Convulsão > 5 minutos OU duas ou mais crises sem recuperação da consciência entre elas ## Footnote Critério importante para o diagnóstico e manejo clínico.
338
Quais são as causas mais comuns de crises em adultos?
* Epilepsia conhecida (suspensão de medicação) * AVC * TCE * Tumor cerebral * Hipoglicemia * Abstinência alcoólica * Infecção do SNC ## Footnote Conhecimento das causas ajuda no diagnóstico e tratamento apropriado.
339
Qual a abordagem inicial da crise?
* Proteger via aérea * Evitar trauma * O2 suplementar * Acesso venoso * Glicemia capilar (corrigir se < 60 mg/dL) ## Footnote Medidas essenciais para garantir a segurança do paciente durante uma crise.
340
Qual o tratamento inicial da crise convulsiva?
* Diazepam 10 mg EV * Midazolam 10 mg IM * Alternativas: lorazepam 4 mg EV ## Footnote Medicamentos de primeira linha para o controle imediato das crises.
341
E se a crise persistir após 5–10 minutos?
* Fenitoína 20 mg/kg EV a 50 mg/min * Ácido valproico 20–40 mg/kg EV * Levetiracetam 60 mg/kg (máx. 4500 mg) EV em 15 min ## Footnote Intervenções adicionais necessárias para crises prolongadas.
342
Qual conduta no estado de mal refratário?
* Intubação orotraqueal + sedação contínua * Midazolam, propofol ou pentobarbital em bomba de infusão * EEG contínuo se possível ## Footnote Estratégias avançadas para manejo de estado de mal epiléptico refratário.
343
Exames na investigação da crise?
* Gasometria arterial * Eletrólitos * Glicemia * Ureia/creatinina * Hepatograma * TC de crânio sem contraste (urgente se 1ª crise ou sinais focais) * EEG (se possível) ## Footnote Exames laboratoriais e de imagem essenciais para elucidar a causa da crise.
344
Quando iniciar anticonvulsivante de manutenção?
* Epilepsia conhecida * Lesão estrutural cerebral * Avaliação neurológica após estabilização ## Footnote Indicações para o início de terapia anticonvulsivante a longo prazo.
345
Quais os principais sinais da meningite aguda?
Febre, cefaleia, rigidez de nuca, náuseas, vômitos, fotofobia, rebaixamento do sensório ## Footnote Sinais meníngeos: Brudzinski, Kernig positivos
346
Quando suspeitar de encefalite?
Febre + alteração do nível de consciência + sinais neurológicos focais ou convulsões ## Footnote Mais comum em infecção viral (ex: herpes simples)
347
Quais exames solicitar inicialmente? Na AVCh
Hemograma, PCR, eletrólitos, hemoculturas * TC de crânio se sinais de HIC (antes da punção lombar) * Punção lombar com análise do líquor (se sem contraindicações) ## Footnote HIC: hipertensão intracraniana
348
Quando NÃO fazer punção lombar de imediato?
Sinais de hipertensão intracraniana, déficit focal, rebaixamento importante, história de imunossupressão ## Footnote Exemplos de sinais de HIC: bradicardia, vômitos em jato, midríase
349
Quais características do líquor na meningite bacteriana?
Pleocitose com predomínio de neutrófilos (> 1000 células) * Glicose < 40 mg/dL ou relação líquor/glicemia < 0,4 * Proteína elevada (> 100 mg/dL) * Cultura positiva
350
Tratamento empírico da meningite bacteriana?
Ceftriaxona 2 g EV 12/12h + vancomicina 15–20 mg/kg EV 12/12h * Adicionar ampicilina se > 50 anos ou imunossuprimido (Listeria) * Iniciar dexametasona 10 mg EV 6/6h antes ou junto com 1ª dose de ATB
351
Tratamento da encefalite viral (HSV)?
Aciclovir 10 mg/kg EV 8/8h por 14–21 dias * Manter suporte clínico, controle de crise se necessário
352
Quando internar em UTI?
Rebaixamento de consciência * Instabilidade hemodinâmica ou respiratória * Convulsões de difícil controle
353
Quais são as causas graves de dor torácica que não podem ser perdidas?
* SCA (IAM, angina instável) * Dissecção de aorta * TEP (tromboembolismo pulmonar) * Pneumotórax hipertensivo * Tamponamento cardíaco * Ruptura esofágica ## Footnote As causas graves de dor torácica são cruciais para o diagnóstico e manejo clínico adequado.
354
Qual é a abordagem inicial da dor torácica?
* ABCDE + monitorização * ECG em até 10 minutos * Oximetria, acesso venoso, exames laboratoriais * RX de tórax e gasometria se indicado ## Footnote A abordagem inicial é fundamental para identificar rapidamente condições potencialmente fatais.
355
Como é a dor típica do IAM?
* Dor opressiva retroesternal * Irradiação para mandíbula ou braço esquerdo * Dura > 20 min * Não melhora com repouso * Associada a náusea, sudorese, dispneia ## Footnote O reconhecimento dos sintomas é essencial para a intervenção precoce.
356
Como diferenciar dor pleurítica?
* Piora com a inspiração profunda * Piora com tosse * Relacionada a TEP, pneumonia, pneumotórax ## Footnote A dor pleurítica é um sinal importante que pode indicar condições respiratórias.
357
Quais são as características sugestivas de dissecção de aorta?
* Dor súbita, intensa, em 'rasgo' * Irradiação para dorso * Assimetria de pulsos e PA entre braços * Sinais neurológicos ou isquemia de membros ## Footnote A dissecção de aorta é uma emergência médica que requer tratamento imediato.
358
Quais exames devem ser solicitados na dor torácica?
* ECG 12 derivações * Troponina seriada * Hemograma, eletrólitos, função renal * D-dímero se suspeita de TEP e baixa probabilidade (escore de Wells) * RX de tórax * TC de tórax com contraste (se suspeita de TEP ou dissecção) ## Footnote Os exames são cruciais para o diagnóstico diferencial e manejo da dor torácica.
359
Qual é a conduta inicial geral para dor torácica de alto risco?
* Monitorização contínua * O2 se SatO2 < 94% * AAS 160–325 mg VO (mastigado) * Tratar causa específica (trombólise, heparina, cirurgia, etc.) ## Footnote A conduta inicial pode salvar vidas e deve ser realizada rapidamente.
360
Quando descartar SCA e liberar paciente?
* ECG normal * Troponina negativa seriada * Baixa probabilidade clínica ## Footnote Reavaliação com score de risco (HEART, TIMI) é recomendada para assegurar a segurança do paciente.
361
Quais são as principais causas de dispneia aguda?
Asma, DPOC exacerbado, edema agudo de pulmão (cardiogênico), pneumonia, tromboembolismo pulmonar (TEP), pneumotórax, ansiedade (diagnóstico de exclusão) ## Footnote Asma e DPOC exacerbado são condições respiratórias comuns que podem causar dispneia aguda.
362
Qual é a abordagem inicial da dispneia?
ABCDE + O2 suplementar se SatO2 < 94%, acesso venoso + ECG + monitorização, glicemia capilar e gasometria se indicado ## Footnote A abordagem ABCDE inclui a avaliação das vias aéreas, respiração, circulação, deficiência e exposição do paciente.
363
Quais exames são úteis na dispneia?
RX de tórax, ECG, gasometria arterial, D-dímero (se suspeita de TEP e baixa probabilidade), troponina e BNP (se suspeita de origem cardíaca), TC de tórax com contraste (suspeita de TEP) ## Footnote Esses exames ajudam a identificar a causa subjacente da dispneia.
364
Quais são os sinais de gravidade na dispneia?
Uso de musculatura acessória, batimento de asa nasal, rebaixamento do nível de consciência, cianose, sudorese, PaO2 < 60 mmHg ou PaCO2 > 50 mmHg com acidose ## Footnote Sinais de gravidade indicam uma condição crítica que requer intervenção imediata.
365
Qual é o tratamento para asma/DPOC exacerbado?
O2 suplementar (SatO2 alvo: 92–96%), salbutamol em nebulização (2,5–5 mg), ipratrópio 0,5 mg se moderada/grave, corticoide: prednisona VO 40–60 mg ou hidrocortisona EV 100–200 mg, VNI se pH < 7,35 ou PaCO2 > 45 mmHg ## Footnote O tratamento visa aliviar a obstrução das vias aéreas e melhorar a oxigenação.
366
Qual é o tratamento do edema agudo de pulmão?
O2, furosemida 20–40 mg EV, nitrato se PAS > 100 mmHg, VNI precoce se desconforto respiratório importante ## Footnote A furosemida ajuda a reduzir a congestão pulmonar e melhorar a função respiratória.
367
Qual é a conduta na suspeita de TEP?
Escore de Wells → D-dímero ou angiotomografia de tórax, anticoagulação com heparina de baixo peso ou heparina não fracionada, trombólise se instabilidade hemodinâmica ## Footnote O escore de Wells é uma ferramenta clínica para avaliar a probabilidade de TEP.
368
Quando intubar o paciente com dispneia?
Falência da VNI, hipoxemia ou hipercapnia grave, rebaixamento do sensório, instabilidade hemodinâmica ## Footnote A intubação é uma medida crítica em situações de falência respiratória.
369
Quais são as causas potencialmente graves de dor abdominal aguda?
* Apendicite aguda * Pancreatite aguda * Colecistite aguda * Obstrução intestinal * Isquemia mesentérica * Aneurisma de aorta abdominal roto * Gravidez ectópica rota ## Footnote Causas que podem levar a complicações sérias e requerem atenção imediata.
370
Como é a abordagem inicial da dor abdominal?
* ABCDE * Acesso venoso + monitorização * Exame físico completo (inspeção, palpação, percussão, ausculta) * Toque retal e exame ginecológico se necessário * Glicemia capilar, sinais vitais ## Footnote Estrutura básica para avaliação inicial do paciente com dor abdominal.
371
Quais exames laboratoriais solicitar na dor abdominal aguda?
* Hemograma, eletrólitos, ureia, creatinina * Amilase e lipase * TGO, TGP, bilirrubinas, FA, GGT * PCR, lactato * Beta-HCG em mulheres em idade fértil ## Footnote Exames que ajudam a identificar causas e gravidade da dor abdominal.
372
Quais exames de imagem são indicados para dor abdominal aguda?
* RX de abdome em pé/deitado (suboclusão/obstrução) * USG abdominal (cólica biliar, colecistite, AAA) * TC de abdome com contraste (diagnóstico amplo e preciso) * USG transvaginal em gestantes ou dor pélvica feminina ## Footnote Métodos de imagem para avaliação mais detalhada das condições abdominais.
373
Quais são os sinais de alarme na dor abdominal?
* Instabilidade hemodinâmica * Dor intensa e progressiva * Irritação peritoneal (Blumberg positivo) * Vômitos persistentes * Sangramento retal ou vaginal * Idoso, imunossuprimido, gestante ## Footnote Sinais que indicam a necessidade de intervenção urgente.
374
Qual é o prescrição inicial geral para dor abdominal aguda?
* Jejum absoluto * Hidratação EV com cristaloides * Analgesia (dipirona, morfina se dor intensa) * Antieméticos (ondansetrona, metoclopramida) * Antibióticos se suspeita de abdome agudo infeccioso (ceftriaxona + metronidazol) ## Footnote Ações imediatas para estabilizar o paciente e controlar sintomas.
375
Quando indicar avaliação cirúrgica imediata na dor abdominal?
* Sinais de irritação peritoneal * Instabilidade hemodinâmica * Aneurisma de aorta suspeito ou roto * Obstrução com sofrimento intestinal * Isquemia mesentérica ## Footnote Situações que requerem intervenção cirúrgica urgente para preservar a saúde do paciente.
376
Quando liberar paciente com dor abdominal?
* Sem sinais de alarme * Exames normais e melhora clínica * Diagnóstico definido e baixo risco (ex: gastrite, virose) ## Footnote Critérios que permitem a alta segura do paciente após avaliação.
377
Quais são as principais causas de náuseas e vômitos agudos?
* Gastroenterite * Obstrução intestinal * Enxaqueca * Intoxicação alimentar * Causas metabólicas (uremia, hipercalcemia) * Medicamentos (opioides, digoxina, quimioterapia) * Gravidez (especialmente no 1º trimestre) * TCE, hipertensão intracraniana ## Footnote As causas podem variar, e é importante considerar o contexto clínico do paciente.
378
Quais sinais indicam maior gravidade em casos de náuseas e vômitos?
* Vômitos com sangue (hematêmese) * Vômitos biliosos ou fecaloides * Dor abdominal intensa ou distensão * Desidratação grave * Alteração do nível de consciência ## Footnote Esses sinais são críticos para determinar a necessidade de intervenção imediata.
379
Quais exames solicitar na avaliação de náuseas e vômitos agudos?
* Hemograma * Eletrólitos * Ureia/creatinina * Glicemia * Beta-HCG em mulheres * Amilase/lipase se dor epigástrica * RX de abdome se suspeita de obstrução * TC de crânio se suspeita de HIC/TCE ## Footnote A escolha dos exames pode depender dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente.
380
Quais medicamentos antieméticos são utilizados como primeira escolha?
* Ondansetrona 4–8 mg EV/VO 8/8h * Metoclopramida 10 mg EV/VO 8/8h * Dimenidrinato 50 mg EV 6/6h * Dramin B6 (piridoxina + dimenidrinato) em gestantes ## Footnote A escolha do antiemético pode variar de acordo com a causa dos vômitos e a condição do paciente.
381
Quais são as condutas gerais no manejo de náuseas e vômitos agudos?
* Jejum inicial se vômitos persistentes * Reidratação oral ou EV (SF 0,9%, RL) * Antieméticos conforme causa * Tratar causa de base (infecção, desequilíbrio eletrolítico, obstrução) ## Footnote O tratamento deve ser individualizado com base na avaliação clínica do paciente.
382
Quando é indicado internar um paciente com náuseas e vômitos?
* Vômitos incoercíveis * Sinais de desidratação grave ou instabilidade * Suspeita de abdome agudo cirúrgico ou HIC ## Footnote A internação é necessária para monitoramento e tratamento intensivo, dependendo da gravidade da apresentação clínica.
383
Preencha a lacuna: A primeira escolha de antiemético para náuseas e vômitos é _______.
Ondansetrona ## Footnote A ondansetrona é frequentemente utilizada devido à sua eficácia e perfil de segurança.
384
Verdadeiro ou Falso: Vômitos biliosos são um sinal de gravidade em náuseas e vômitos agudos.
Verdadeiro ## Footnote Vômitos biliosos indicam uma possível obstrução intestinal ou outra condição grave.
385
Quais são as causas metabólicas que podem levar a náuseas e vômitos agudos?
* Uremia * Hipercalcemia ## Footnote Condições metabólicas devem ser investigadas em pacientes com náuseas e vômitos sem causa aparente.
386
Como definir diarreia aguda?
Aumento do número de evacuações (> 3/dia) com fezes amolecidas ou líquidas. Duração inferior a 14 dias.
387
Quais as principais causas infecciosas da diarreia aguda?
* Vírus: norovírus, rotavírus * Bactérias: Salmonella, Shigella, E. coli, Campylobacter, C. difficile * Parasitas: Giardia, Entamoeba histolytica
388
Quando suspeitar de diarreia infecciosa?
Presença de muco, sangue, febre e dor abdominal intensa. Sugerem infecção bacteriana invasiva (Shigella, Campylobacter).
389
Quais exames são indicados na emergência para diarreia?
* Geralmente desnecessários em casos leves autolimitados * Coprocultura, parasitológico, pesquisa de toxina de C. difficile se: sangue nas fezes, febre, imunossuprimido, uso recente de ATB * Hemograma, eletrólitos, função renal
390
Qual o tratamento principal da diarreia aguda?
* Reposição volêmica oral ou EV (SF 0,9% ou solução polieletrolítica) * Soluções de reidratação oral com glicose e eletrólitos * Dieta leve, fracionada e progressiva conforme tolerância
391
Quando usar antibióticos no tratamento da diarreia aguda?
Casos moderados a graves com febre, sangue nas fezes ou disenteria.
392
Qual é a primeira escolha de antibiótico para diarreia aguda?
Azitromicina 500 mg/dia por 3 dias.
393
Qual é uma alternativa à Azitromicina para diarreia aguda?
Ciprofloxacino 500 mg 12/12h por 3–5 dias.
394
Quando suspeitar de infecção por C. difficile?
Diarreia associada a uso recente de antibióticos (até 3 meses).
395
Qual o tratamento para suspeita de C. difficile?
Iniciar vancomicina oral ou fidaxomicina.
396
Quais são as indicações de internação para diarreia aguda?
* Desidratação grave, choque * Incapacidade de manter hidratação oral * Sangue nas fezes com toxemia * Idoso, imunossuprimido ou com comorbidades descompensadas
397
Como definir constipação intestinal aguda?
Diminuição do número de evacuações (< 3/semana), fezes endurecidas, esforço evacuatório ou sensação de evacuação incompleta
398
Quais são as causas comuns de constipação?
* Dieta pobre em fibras * Sedentarismo * Medicamentos (opioides, anticolinérgicos, antidepressivos) * Hipotireoidismo, DM, distúrbios neurológicos * Obstrução mecânica (neoplasia, fecaloma)
399
Qual é a abordagem inicial para constipação intestinal?
* Anamnese + exame físico completo * Toque retal obrigatório (avaliar fecaloma, massas, fissuras) * RX de abdome em pé e deitado se obstrução suspeita
400
Quando suspeitar de obstrução intestinal?
* Distensão abdominal * Vômitos * Ausência de evacuação e eliminação de gases * Dor abdominal em cólica * Ausência de ruídos hidroaéreos ou ruídos metálicos
401
Qual a conduta para constipação simples?
* Laxativos orais (lactulose, polietilenoglicol, sene) * Supositórios ou enemas (bisacodil, glicerina) * Ingestão hídrica adequada * Reeducação alimentar e atividade física
402
Quando realizar desimpactação?
* Fecaloma ao toque retal ou visível à inspeção * Enema com óleo mineral ou lavagem intestinal * Remoção digital se necessário
403
Quais as principais causas de dor anal aguda?
* Fissura anal (dor intensa à evacuação) * Abscesso perianal * Trombose hemorroidária * Trauma, infecção (proctite)
404
Qual a conduta na dor anal?
* Banhos de assento mornos * Pomadas tópicas anestésicas e anti-inflamatórias * Analgésicos orais (dipirona, AINEs) * Avaliação proctológica se abscesso, febre, massa palpável
405
Quais são as indicações de encaminhamento para dor anal?
* Sangramento persistente * Dor refratária * Suspeita de abscesso ou trombose grave
406
O que é icterícia?
Coloração amarelada da pele e mucosas por aumento da bilirrubina sérica (> 2–2,5 mg/dL) ## Footnote A icterícia é um sinal clínico importante que pode indicar várias condições subjacentes.
407
Como classificar a icterícia?
Pré-hepática: hemólise (aumento da bilirrubina indireta) Hepática: hepatites, doenças infiltrativas (mista ou direta) Pós-hepática: obstrução biliar (aumento da bilirrubina direta) ## Footnote A classificação ajuda a determinar a causa da icterícia e o manejo apropriado.
408
Quais são as principais causas de icterícia aguda?
* Hepatites virais ou medicamentosas * Colelitíase com coledocolitíase * Colangite * Hemólise aguda (transfusão incompatível, anemia falciforme) * Tumores de vias biliares ou pâncreas (menos comum na emergência) ## Footnote Essas causas devem ser consideradas em pacientes com icterícia aguda.
409
Qual é a abordagem inicial para um paciente com icterícia?
* História (uso de drogas, hepatites, álcool, transfusões) * Exame físico (hepatomegalia, dor em QSD, febre, colúria, acolia) * Exames laboratoriais: TGO, TGP, FA, GGT, bilirrubinas, hemograma, coagulograma, sorologias * USG abdominal: avaliação da via biliar e fígado ## Footnote Uma abordagem sistemática é crucial para o diagnóstico e manejo eficaz.
410
Quando suspeitar de colestase obstrutiva?
* Icterícia com bilirrubina direta aumentada * GGT e FA muito elevadas * USG com dilatação de vias biliares ou cálculo ## Footnote A detecção precoce de colestase obstrutiva é essencial para evitar complicações.
411
Qual é a conduta na colangite (tríade de Charcot: febre, icterícia, dor em QSD)?
* Antibioticoterapia empírica (ceftriaxona + metronidazol) * Hidratação e analgesia * Avaliação para CPRE ou drenagem biliar urgente ## Footnote A colangite pode ser uma condição potencialmente fatal se não tratada rapidamente.
412
Qual é a conduta na hepatite aguda?
* Repouso relativo, hidratação, sintomáticos * Afastar uso de hepatotóxicos * Monitorar transaminases, bilirrubinas e coagulograma ## Footnote O manejo da hepatite aguda deve focar no suporte e na monitorização.
413
Quando internar um paciente com icterícia?
* Icterícia com sinais de colangite ou sepse * Encefalopatia hepática (asterixe, confusão) * INR > 1,5, hipoglicemia, falência hepática aguda ## Footnote A internação é necessária para monitoramento intensivo e tratamento em casos graves.
414
O que caracteriza descompensação da cirrose?
Ascite, encefalopatia hepática, sangramento digestivo, icterícia intensa ou peritonite bacteriana espontânea (PBE) ## Footnote A descompensação é um estágio avançado da cirrose onde ocorrem complicações graves.
415
Como manejar a ascite?
Restrição de sódio (< 2 g/dia), Espironolactona 100–200 mg/dia + furosemida 40–80 mg/dia, Paracentese diagnóstica se ascite nova, febre, dor, piora clínica, Paracentese terapêutica com reposição de albumina se > 5 L drenados (6–8 g/L retirado) ## Footnote O manejo da ascite é crucial para evitar complicações como infecções.
416
Quais são os critérios diagnósticos de PBE?
Líquido ascítico com ≥ 250 polimorfonucleares/mm³, Cultura positiva (frequentemente monomicrobiana) ## Footnote A peritonite bacteriana espontânea é uma infecção grave que requer tratamento imediato.
417
Qual é o tratamento para PBE?
Ceftriaxona 1–2 g/dia EV por 5 dias + albumina se creatinina > 1 ou bilirrubina > 4 ## Footnote A albumina ajuda a prevenir a piora da função renal em pacientes com PBE.
418
Como manejar a encefalopatia hepática?
Tratar fatores precipitantes, Lactulose VO ou sonda até 2–3 evacuações/dia, Rifaximina 550 mg VO 12/12h como adjuvante ## Footnote O tratamento pode variar conforme o grau da encefalopatia.
419
Quais são os graus de encefalopatia hepática?
Grau leve: alteração de comportamento, sono, confusão; Grau grave: sonolência profunda, coma ## Footnote A identificação do grau é essencial para o manejo apropriado.
420
Qual a conduta no sangramento digestivo alto por varizes?
Estabilização hemodinâmica + 2 acessos calibrosos, Iniciar somatostatina ou octreotide EV contínuo (50 mcg bolus + 50 mcg/h), Ceftriaxona 1 g EV 1x/dia (profilaxia de infecção), Endoscopia em até 12 horas para ligadura elástica ## Footnote O manejo rápido é crucial para prevenir complicações fatais.
421
Quais exames são importantes na abordagem de hepatopatias crônicas descompensadas?
Hemograma, TAP/INR, bilirrubina, albumina, Creatinina, sódio, Gasometria, lactato se instabilidade ## Footnote Estes exames ajudam a avaliar a gravidade da condição e a necessidade de intervenções.
422
Quando é indicado internar na UTI? Um paciente com cirrose
Sangramento ativo com instabilidade, Encefalopatia grau III/IV, PBE com instabilidade ou insuficiência renal ## Footnote A internação na UTI é necessária para monitoramento intensivo e tratamento adequado.
423
O que caracteriza hemorragia digestiva alta?
Sangramento acima do ligamento de Treitz (esôfago, estômago, duodeno), hematêmese, melena, hematêmese em borra de café ## Footnote Hemorragia digestiva alta é definida pelo local do sangramento e suas manifestações clínicas.
424
Quais são as principais causas de HDA?
* Úlcera péptica (duodenal/gástrica) * Varizes esofagogástricas * Laceração de Mallory-Weiss * Esofagite, neoplasias ## Footnote Estas causas são comuns e devem ser consideradas na avaliação inicial de HDA.
425
Qual é a abordagem inicial para HDA?
* ABCDE + monitorização contínua * 2 acessos calibrosos periféricos ou central * Reposição volêmica com cristaloides (SF, RL) * Transfusão se Hb < 7 g/dL (ou < 9 g/dL em risco) * O2 suplementar se SatO2 < 94% ## Footnote A abordagem inicial é fundamental para estabilizar o paciente e prevenir complicações.
426
Quais exames laboratoriais e de imagem são importantes na HDA?
* Hemograma, coagulograma, ureia, creatinina, eletrólitos * Tipagem sanguínea e prova cruzada * Gasometria arterial, lactato * RX de tórax (aspiração, perfuração) ## Footnote Esses exames ajudam a avaliar a gravidade da hemorragia e a necessidade de intervenções.
427
Quais medicações são utilizadas na HDA não varicosa?
* Inibidor de bomba de prótons (IBP): omeprazol 80 mg EV bolus + 8 mg/h em bomba * Suspender AINEs e anticoagulantes (avaliar risco/benefício) ## Footnote O uso de IBPs é uma parte importante do tratamento para reduzir a acidez e promover a cicatrização.
428
Qual é a conduta na HDA por varizes?
* Somatostatina ou octreotide: 50 mcg bolus + 50 mcg/h EV * Ceftriaxona 1 g/dia EV (profilaxia antibiótica) * Endoscopia com ligadura elástica em até 12h * IBP não tem papel principal nesse cenário ## Footnote A abordagem específica é necessária devido ao risco elevado de sangramento e complicações em varizes.
429
Quando indicar balão esofágico (Sengstaken-Blakemore)?
HDA por varizes com sangramento maciço e falha da endoscopia ## Footnote O balão esofágico é uma medida temporária até que tratamentos definitivos possam ser realizados.
430
Quando indicar endoscopia na HDA?
Preferencialmente em até 24h em pacientes estáveis; urgente (< 12h) se sangramento ativo, instabilidade, varizes suspeitas ## Footnote A endoscopia é uma intervenção chave para controlar o sangramento e deve ser realizada de acordo com a gravidade da situação.
431
Quando internar na UTI um paciente com HDA?
* Instabilidade hemodinâmica persistente * Sangramento ativo na endoscopia * Necessidade de vasopressores ou ventilação mecânica ## Footnote A UTI é necessária para monitoramento intensivo e suporte em casos graves de HDA.
432
O que caracteriza hemorragia digestiva baixa (HDB)?
Sangramento distal ao ligamento de Treitz e exteriorização de sangue pelo ânus. ## Footnote Inclui hematochezia ou enterorragia.
433
Quais as causas mais comuns de hemorragia digestiva baixa?
* Doença diverticular * Angiodisplasia * Neoplasias colorretais * Colite isquêmica ou infecciosa * Hemorroidas, fissuras anais ## Footnote Doença diverticular é a principal causa em idosos.
434
Qual a abordagem inicial para hemorragia digestiva baixa?
* ABCDE + estabilização hemodinâmica * Acesso venoso + reposição volêmica * Exame físico completo + toque retal * Glicemia capilar, monitorização contínua ## Footnote A estabilização hemodinâmica é crucial.
435
Quais exames laboratoriais são úteis na hemorragia digestiva baixa?
* Hemograma * Coagulograma * Eletrólitos * Ureia/creatinina * Lactato, gasometria se instável * Tipagem sanguínea + prova cruzada ## Footnote Ureia pode se elevar na HDA, ajudando na diferenciação.
436
Quando considerar a origem alta do sangramento?
* Hematêmese ou melena associadas * Ureia elevada desproporcional à creatinina * História de úlcera ou varizes esofágicas ## Footnote Esses sinais podem indicar uma origem mais proximal do sangramento.
437
Qual a conduta diagnóstica e terapêutica recomendada? (HDB)
* Colonoscopia após preparo * Angiotomografia se sangramento ativo persistente * Cintilografia com hemácias marcadas em sangramento oculto * Arteriografia com embolização em casos refratários ## Footnote A colonoscopia deve ser realizada idealmente após estabilização do paciente.
438
Quando internar um paciente em UTI devido a hemorragia digestiva baixa?
* Sangramento maciço com instabilidade * Queda persistente de hemoglobina * Necessidade de transfusões múltiplas * Falência de órgão associada ## Footnote A falência de órgão pode incluir renal ou respiratória.
439
Quando é seguro liberar um paciente com hemorragia digestiva baixa?
* Sem instabilidade * Sangramento leve e autolimitado * Causa benigna identificada * Hemoglobina estável e sem sinais de alarme ## Footnote Exemplos de causas benignas incluem hemorroidas.
440
Preencha a lacuna: O acesso venoso é necessário para _______ na hemorragia digestiva baixa.
[reposicao volumetrica]
441
Quais as causas mais comuns de dor lombar aguda?
* Lombalgia mecânica (contratura muscular, esforço) * Hérnia de disco lombar * Radiculopatia * Fraturas por osteoporose * Infecção (espondilodiscite), neoplasia ou metástases (menos comum) ## Footnote Causas que devem ser consideradas no diagnóstico de dor lombar aguda.
442
Quais sinais de alerta (red flags) para dor lombar aguda?
* Déficit neurológico (paresia, anestesia em sela) * Incontinência urinária ou fecal * Idade > 50 anos ou < 20 anos * Trauma significativo * História de câncer, uso de corticoide, febre * Dor noturna progressiva ## Footnote Sinais que indicam a necessidade de investigação mais aprofundada.
443
Qual a abordagem inicial para dor lombar aguda?
* Anamnese + exame físico completo * Avaliação neurológica: força, sensibilidade, reflexos, sinal de Lasègue ## Footnote Importância de uma avaliação clínica detalhada para o diagnóstico.
444
Quando solicitar exames de imagem para dor lombar aguda?
* Presença de red flags * Dor persistente > 4 semanas sem melhora * Sinais de radiculopatia grave ou síndrome da cauda equina * RX lombar inicialmente; RNM se suspeita neurológica ou infecção/tumor ## Footnote Indicações para a realização de exames de imagem na avaliação da dor lombar.
445
Qual a conduta na lombalgia mecânica simples?
* Analgésicos comuns (dipirona, paracetamol) * AINEs (ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno) se sem contraindicação * Relaxante muscular se necessário (ciclobenzaprina 5–10 mg) * Evitar repouso absoluto – manter mobilidade progressiva ## Footnote Estratégia de tratamento para casos não complicados de dor lombar.
446
Quando indicar encaminhamento urgente para dor lombar aguda?
* Déficit neurológico progressivo * Retenção urinária ou incontinência * Suspeita de infecção vertebral ou neoplasia ## Footnote Situações que requerem atenção médica imediata.
447
Quando internar um paciente com dor lombar aguda?
* Síndrome da cauda equina (urgência neurocirúrgica) * Infecção sistêmica com suspeita de espondilodiscite * Fratura instável ou dor intratável com sinais sistêmicos ## Footnote Critérios para a internação hospitalar em casos graves de dor lombar.
448
Quais são os tipos mais comuns de cefaleia?
Primárias: enxaqueca, cefaleia tensional, cefaleia em salvas Secundárias: HSA, hipertensão intracraniana, meningite, tumor, sinusite, dissecção arterial ## Footnote HSA: Hemorragia Subaracnóidea
449
Quais os sinais de alarme (red flags) para cefaleia?
* Início súbito e explosivo (“pior dor da vida”) * Febre e rigidez de nuca * Rebaixamento do nível de consciência * Déficit neurológico focal * Crise convulsiva * Papiledema * História de câncer ou HIV ## Footnote Importante para diferenciar cefaleias primárias de secundárias
450
Quais exames são indicados na emergência para cefaleia?
* TC de crânio sem contraste se sinais de alarme ou cefaleia súbita * Punção lombar se TC normal e suspeita de HSA ou meningite * Fundoscopia, glicemia capilar ## Footnote TC: Tomografia Computadorizada
451
Qual a conduta na enxaqueca?
* Analgésicos comuns (dipirona, paracetamol) * AINEs (ibuprofeno, cetoprofeno) * Triptanos (sumatriptano 50–100 mg VO) se sem contraindicações * Antieméticos (metoclopramida 10 mg EV) * Escuro, silêncio, repouso ## Footnote AINEs: Anti-inflamatórios não esteroides
452
Qual a conduta na cefaleia tensional?
* Analgésicos simples e AINEs * Relaxamento muscular, medidas não farmacológicas (massagem, compressas) * Avaliar fatores estressores ## Footnote Medidas não farmacológicas são importantes para o manejo da cefaleia tensional
453
Qual a conduta na cefaleia em salvas?
* O2 100% por máscara não reinalante (7–10 L/min por 15 min) * Sumatriptano 6 mg SC ## Footnote O2: Oxigênio
454
Quando é indicado internar um paciente com cefaleia?
* Cefaleia com sinais de alarme * Diagnóstico de HSA, meningite, tumor * Cefaleia refratária com comprometimento neurológico ## Footnote Internação é necessária para monitoramento e tratamento intensivo
455
Preencha a lacuna: A cefaleia em salvas é tratada com _______.
[O2 100% por máscara não reinalante e Sumatriptano 6 mg SC]
456
Como definir síncope?
Perda súbita, breve e autolimitada da consciência, com recuperação espontânea. ## Footnote Causada por hipoperfusão cerebral transitória.
457
Quais os principais tipos de síncope?
* Reflexa (vasovagal) * Ortostática * Cardiogênica ## Footnote Reflexa é a mais comum e pode ser desencadeada por gatilhos emocionais ou ortostáticos.
458
Quais são os sinais de maior risco na síncope?
* Palpitações antes da queda * Durante esforço físico * História de doença cardíaca estrutural * ECG alterado * Idade > 60 anos * Trauma relacionado à queda ## Footnote Esses sinais indicam maior risco de complicações.
459
Qual é a abordagem inicial no manejo da síncope?
* ABCDE + glicemia capilar * ECG de 12 derivações * Monitorização cardíaca * PA em repouso e ortostática * História detalhada + exame físico completo ## Footnote A abordagem inicial é crucial para determinar a gravidade da condição.
460
Quais exames complementares são úteis na avaliação da síncope?
* Hemograma * Eletrólitos * Ureia * Creatinina * Troponina * BNP (se suspeita cardíaca) * Holter 24h ou monitor de eventos * Ecocardiograma se suspeita estrutural ## Footnote Esses exames ajudam a identificar a causa subjacente da síncope.
461
Qual é a conduta imediata em caso de síncope?
* Decúbito dorsal com elevação de MMII * Oxigenoterapia se SatO2 < 94% * Tratar causa base (hipoglicemia, hipotensão, arritmia) ## Footnote Essas medidas são fundamentais para estabilizar o paciente.
462
Quais são as indicações de internação para pacientes com síncope?
* ECG alterado ou arritmia detectada * Síncope com trauma significativo * Recorrência frequente ou incapacitante * Suspeita de causa cardíaca ## Footnote A internação é necessária para monitoramento e tratamento apropriado.
463
Quando é apropriado liberar um paciente após um episódio de síncope?
* Episódio típico de síncope vasovagal * Exames normais, sem fatores de risco * Orientações de hidratação * Evitar gatilhos * Acompanhamento ambulatorial ## Footnote A liberação deve ser cautelosa e baseada na avaliação clínica.
464
Qual é a conduta inicial em casos de intoxicações agudas?
ABCDE + suporte básico ## Footnote Inclui monitorização, O2, acesso venoso, glicemia capilar e considerar carvão ativado se < 1h da ingestão.
465
Quais são os passos iniciais de monitorização em intoxicações agudas?
Monitorização, O2, acesso venoso ## Footnote Esses passos são essenciais para garantir a estabilidade do paciente.
466
Qual é a dose de carvão ativado a ser considerada em intoxicações?
1g/kg ## Footnote Deve ser administrado se a ingestão foi há menos de 1 hora e o paciente está alerta ou intubado.
467
Qual é o antídoto para opioides e sua dose?
Naloxona 0,4–2 mg EV (repetir até 10 mg total) ## Footnote A naloxona é usada para reverter os efeitos dos opioides.
468
Qual é o antídoto para benzodiazepínicos e sua dose?
Flumazenil 0,2 mg EV em 15 seg (máx. 1–3 mg) ## Footnote Deve-se ter cuidado devido ao risco de convulsão.
469
Qual é o tratamento para intoxicação por paracetamol?
N-acetilcisteína 140 mg/kg VO, depois 70 mg/kg VO 4/4h ## Footnote Alternativamente, 150 mg/kg EV em 60 min, depois 50 mg/kg EV em 4h.
470
Qual é o antídoto para organofosforados?
Atropina 2–5 mg EV repetido até sinais atropínicos + Pralidoxima 30 mg/kg EV lento ## Footnote A atropina reverte os efeitos colinérgicos, enquanto a pralidoxima reativa a acetilcolinesterase.
471
Qual é o tratamento para intoxicação por metanol ou etilenoglicol?
Etanol VO/EV ou Fomepizol 15 mg/kg EV ## Footnote O etanol e o fomepizol atuam como inibidores da álcool desidrogenase.
472
Quais exames são importantes em casos de intoxicações agudas?
* ECG * Eletrólitos * Função renal/hepática * Gasometria * Toxicológico * Paracetamol e salicilato séricos * Coagulograma se hepatotóxico ## Footnote Esses exames ajudam a avaliar a gravidade e a natureza da intoxicação.
473
Quando deve ser realizada a lavagem gástrica?
Ingestão letal, < 1h, sem risco de aspiração ## Footnote A lavagem gástrica é indicada quando o paciente está intubado ou alerta.
474
Quais são as indicações para diálise em intoxicações?
* Metanol * Etilenoglicol * Salicilatos * Lítio * Teofilina * Fenobarbital ## Footnote A diálise é utilizada para remover substâncias tóxicas do sangue.
475
Como classificar a hiponatremia por gravidade?
Leve: 130–134, Moderada: 125–129, Grave: < 125 mEq/L ou sintomas neurológicos
476
Qual o tratamento para hiponatremia sintomática grave?
NaCl 3% 100 mL EV em 10 min (pode repetir até 3x)
477
Qual é a taxa máxima de correção da hiponatremia?
Máx. 8–10 mEq/L/24h
478
Qual solução utilizar no tratamento da hiponatremia hipovolêmica?
SF 0,9%
479
Qual o tratamento para hiponatremia euvolêmica (SIADH)?
Restrição hídrica + furosemida
480
Qual o tratamento para hiponatremia hipervolêmica (ICC/cirrose)?
Restrição hídrica + furosemida ± vaptanos
481
Com que frequência deve-se monitorar o sódio sérico em casos de hiponatremia?
A cada 4–6h
482
Qual é o risco de correção excessiva da hiponatremia?
Risco de mielinólise pontina central
483
Qual é a primeira conduta ao tratar a hipernatremia?
Identificar etiologia: perda de água livre, hipodipsia, DI ## Footnote DI refere-se a Diabetes Insipidus, uma condição que pode causar hipernatremia.
484
Qual é a taxa recomendada para corrigir a hipernatremia?
Menos de 10 mEq/L/24h ## Footnote A correção rápida pode levar a complicações neurológicas.
485
Qual é o tratamento para Diabetes Insipidus central?
Desmopressina 1–2 mcg intranasal 12/12h ## Footnote A desmopressina é um análogo da vasopressina.
486
Qual solução é recomendada para hipernatremia leve/moderada?
Solução hipotônica (SG 5% ou NaCl 0,45%) ## Footnote SG refere-se à solução glicosada.
487
Como calcular o déficit de água na hipernatremia?
Déficit = 0,6 × peso × [(Na atual / 140) – 1] ## Footnote Este cálculo ajuda a determinar a quantidade de água a ser administrada.
488
O que deve ser monitorado no tratamento da hipernatremia?
Sódio sérico, diurese, sinais neurológicos ## Footnote A monitorização é crucial para evitar complicações.
489
Qual é o tratamento para hipocalemia leve/moderada (K+ 3–3,4)?
KCl VO 20–40 mEq/dia ## Footnote A administração de potássio por via oral é indicada para hipocalemia leve a moderada.
490
Qual é o tratamento para hipocalemia grave (< 3 ou sintomática)?
KCl EV 10–20 mEq/h, máx. 40 mEq/h com monitorização ## Footnote A administração intravenosa deve ser feita com monitoramento devido ao risco de complicações.
491
Qual é a correção necessária se o nível de magnésio for menor que 1,8 mg/dL?
Sulfato de magnésio 1–2 g EV ## Footnote A correção do magnésio é importante para a eficácia do tratamento da hipocalemia.
492
Quando deve ser realizado o monitoramento contínuo de ECG?
Se EV ## Footnote O monitoramento cardíaco é essencial durante a administração intravenosa de potássio.
493
Com que frequência deve-se reavaliar o nível de potássio após a administração?
Após cada 40–60 mEq ## Footnote A reavaliação é necessária para evitar hipercalemia e ajustar o tratamento conforme necessário.
494
Qual é o tratamento para hipocalemia leve/moderada (K+ 3–3,4)?
KCl VO 20–40 mEq/dia ## Footnote A administração de potássio por via oral é indicada para hipocalemia leve a moderada.
495
Qual é o tratamento para hipocalemia grave (< 3 ou sintomática)?
KCl EV 10–20 mEq/h, máx. 40 mEq/h com monitorização ## Footnote A administração intravenosa deve ser feita com monitoramento devido ao risco de complicações.
496
Qual é a correção necessária se o nível de magnésio for menor que 1,8 mg/dL?
Sulfato de magnésio 1–2 g EV ## Footnote A correção do magnésio é importante para a eficácia do tratamento da hipocalemia.
497
Quando deve ser realizado o monitoramento contínuo de ECG?
Se EV ## Footnote O monitoramento cardíaco é essencial durante a administração intravenosa de potássio.
498
Com que frequência deve-se reavaliar o nível de potássio após a administração?
Após cada 40–60 mEq ## Footnote A reavaliação é necessária para evitar hipercalemia e ajustar o tratamento conforme necessário.
499
Qual é a conduta de emergência para hipercalemia?
K+ > 6,5 mEq/L ou ECG alterado
500
Qual é a primeira etapa do tratamento para hipercalemia?
Estabilizar membrana: Gluconato de cálcio 10% – 10 mL EV lento (2–3 min)
501
Quais são os métodos para redistribuir K+?
* Insulina regular 10 U + 50 mL SG 50% EV * Bicarbonato 50 mEq EV se acidose * Salbutamol 10–20 mg nebulizado
502
Quais são os métodos para eliminar K+?
* Furosemida 20–40 mg EV * Sorcal 15 g VO * Hemodiálise se refratário
503
Qual a dose de Gluconato de cálcio no tratamento de hipercalemia?
10 mL EV lento (2–3 min)
504
Qual a dose de Insulina regular para redistribuir K+?
10 U + 50 mL SG 50% EV
505
Quando deve-se administrar bicarbonato no tratamento da hipercalemia?
Se acidose
506
Qual é a dose de Furosemida para eliminar K+?
20–40 mg EV
507
Qual a dose de Sorcal para eliminar K+?
15 g VO
508
O que deve ser feito se o paciente for refratário ao tratamento da hipercalemia?
Hemodiálise
509
Qual é o critério para o diagnóstico de Insuficiência Renal Aguda?
Aumento da creatinina ≥ 0,3 mg/dL em 48h ou débito urinário < 0,5 mL/kg/h por 6h
510
Quais são as causas a serem investigadas na Insuficiência Renal Aguda?
* Pré-renal * Renal * Pós-renal
511
Como é o tratamento para a causa pré-renal da Insuficiência Renal Aguda?
SF 0,9% 20–30 mL/kg
512
Qual é a conduta para o tratamento da causa pós-renal na Insuficiência Renal Aguda?
Alívio da obstrução (sonda vesical, nefrostomia)
513
Quais medidas devem ser tomadas no tratamento da IRA intrínseca?
* Suspender nefrotóxicos * Controle volêmico * Suporte
514
Quais são as indicações de diálise na Insuficiência Renal Aguda?
* Sinais de uremia grave (encefalopatia, pericardite) * HiperK+ refratária * Hipervolemia com EAP * Acidose metabólica grave
515
O que deve ser monitorado em pacientes com Insuficiência Renal Aguda?
* Diurese horária * Eletrólitos * Creatinina * Peso diário
516
Qual a definição de Insuficiência Renal Crônica (IRC)?
TFG < 60 mL/min/1,73m² por > 3 meses ou lesão renal estrutural persistente
517
Quais são as principais complicações da Insuficiência Renal Crônica?
* Anemia * Distúrbios eletrolíticos * Acidose * Osteodistrofia renal * Sobrecarga volêmica
518
Quais são as indicações de tratamento na emergência para hipercalemia grave?
Ver Capítulo 31
519
Qual o tratamento para acidose metabólica grave?
Bicarbonato de sódio 50–100 mEq EV se pH < 7,1
520
Qual o tratamento para hipervolemia na Insuficiência Renal Crônica?
Furosemida 40–80 mg EV, considerar diálise
521
Quais exames são úteis na Insuficiência Renal Crônica?
* Ureia * Creatinina * Eletrólitos * Gasometria * Hemograma * EAS
522
Quais são os distúrbios primários das alterações ácido-base?
* Acidose metabólica: HCO3– baixo, pH baixo * Alcalose metabólica: HCO3– alto, pH alto * Acidose respiratória: pCO2 alto, pH baixo * Alcalose respiratória: pCO2 baixo, pH alto
523
Quais as condutas para acidose respiratória?
Suporte ventilatório (VNI/VM)
524
Qual o tratamento para hipoglicemia?
SG 50% 50 mL EV + repetir se necessário
525
Quais são os sintomas da hipoglicemia?
* Sudorese * Taquicardia * Confusão * Coma
526
Qual o tratamento para hiperglicemia na cetoacidose diabética?
* SF 0,9%: 1 L/h 1ª hora, depois ajustar * Insulina regular: 0,1 U/kg bolus + 0,1 U/kg/h infusão * Repor potássio se K+ < 5,0 mEq/L
527
Como é caracterizado o Estado Hiperosmolar Hiperglicêmico?
Glicemia > 600, osmolaridade > 320, sem acidose
528
Quais são as manifestações da urêmia?
* Náuseas * Vômitos * Prurido * Asterixe * Pericardite * Encefalopatia * Sangramentos
529
Quais são as indicações de diálise urgente na urêmia?
* Hipercalemia * Acidose grave * Hipervolemia com EAP * Uremia com sintomas: confusão, pericardite
530
Qual a definição de hipotermia?
Temperatura central < 35ºC
531
Quais são os níveis de hipotermia?
* Leve: 32–35ºC * Moderada: 28–32ºC * Grave: < 28ºC
532
Qual a conduta para hipotermia leve?
Reaquecimento passivo: cobertores, ambiente aquecido
533
Qual a conduta para hipotermia grave?
* Reaquecimento interno: soro aquecido, O2 aquecido, lavagem peritoneal
534
Qual a definição de hipertermia?
Temp > 40ºC com disfunção orgânica
535
Quais são as causas de hipertermia?
* Golpe de calor * Síndrome neuroléptica maligna * Hipertermia maligna (anestésicos)
536
Quais são os sinais de anafilaxia?
* Urticária * Angioedema * Dispneia * Broncoespasmo * Hipotensão * Choque
537
Qual o tratamento inicial para anafilaxia?
* Adrenalina IM 0,5 mg a cada 5–15 min * O2 suplementar * Cristaloides 30 mL/kg se hipotensão
538
Quais são os sinais clínicos de pneumotórax?
* Dispneia * Dor torácica súbita * Redução do MV * Hipertimpanismo
539
Qual o tratamento para pneumotórax hipertensivo?
Toracocentese imediata 2º EIC linha hemiclavicular com gelco 14G + drenagem em selo d’água
540
Quais são os sinais clínicos de derrame pleural?
* Dispneia * Dor pleurítica * Macicez à percussão * MV reduzido
541
Qual o tratamento para empiema?
Drenagem torácica + ATB (ceftriaxona + clindamicina/metronidazol)
542
Quais os sinais de gravidade na asma aguda?
* FR > 30 * Uso de musculatura acessória * Pulso paradoxal * SpO2 < 90% * Silêncio auscultatório
543
Qual o escore de gravidade para pneumonia?
CURB-65: Confusão, Ureia > 50, FR ≥ 30, PAS < 90, ≥ 65 anos
544
Qual o tratamento empírico para pneumonia ambulatorial?
Amoxicilina 1 g 8/8h ou azitromicina 500 mg/dia por 5 dias
545
Quais são as características clínicas do Tromboembolismo Pulmonar (TEP)?
* Dispneia súbita * Dor pleurítica * Taquicardia * Hemoptise * Síncope
546
Qual o tratamento para TEP instável (choque)?
Trombólise com alteplase 100 mg EV em 2h
547
Quais são os sinais clínicos do edema agudo de pulmão?
* Dispneia intensa * Ortopneia * Estertores * Expectoração rosada * B3
548
Qual a conduta para IC descompensada com perfil frio e úmido?
Considerar inotrópicos (dobutamina 2–20 mcg/kg/min)
549
Quais são os tipos de Síndrome Coronariana Aguda (SCA)?
* Angina instável * IAM sem supra * IAM com supra
550
Qual a conduta inicial para SCA?
* MONAB: Morfina (2–4 mg EV) * O2 se Sat < 90% * Nitrato SL 5 mg * AAS 160–325 mg VO * Beta-bloqueador se sem contraindicação
551
Qual o tratamento para IAM com supra?
* Trombolítico (alteplase 15 mg bolus + 50 mg em 30 min + 35 mg em 1h) se < 12h e sem acesso a hemodinâmica * Angioplastia preferencial
552
O que é IAM com supra?
Infarto Agudo do Miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST
553
Quais são os medicamentos iniciais no tratamento do IAM com supra?
* Morfina (2–4 mg EV) * O2 se Sat < 90% * Nitrato SL 5 mg * AAS 160–325 mg VO * Beta-bloqueador se sem contraindicação
554
Qual a conduta de reperfusão em IAM com supra?
* Trombolítico (alteplase 15 mg bolus + 50 mg em 30 min + 35 mg em 1h) se < 12h e sem acesso a hemodinâmica * Angioplastia preferencial em até 90 min
555
Qual a anticoagulação recomendada no IAM com supra?
* Enoxaparina 1 mg/kg 12/12h * Heparina não fracionada
556
Qual a dose do inibidor P2Y12 no IAM com supra?
Clopidogrel 300–600 mg VO
557
Como é definida uma emergência hipertensiva?
PA ≥ 180/120 mmHg com lesão de órgão-alvo (LOA)
558
Qual a conduta inicial para o tratamento de emergência hipertensiva?
* Redução controlada da PA * 1ª hora: reduzir 20–25% * 6h: atingir 160/100 mmHg * 24–48h: níveis normais
559
Quais fármacos são utilizados no tratamento de emergências hipertensivas?
* Nitroprussiato de sódio: 0,25–10 mcg/kg/min EV * Nitroglicerina: 5–200 mcg/min EV * Esmolol: 250–500 mcg/kg bolus + 50–300 mcg/kg/min * Labetalol: 20 mg EV em 2 min, repetir com 40–80 mg até máx. 300 mg
560
Quais são os sinais clínicos comuns do uso de drogas?
* Agitação * Psicose * Arritmias * Hipertensão * Hipertermia * Convulsões
561
Quais drogas são comumente associadas a efeitos adversos sérios?
* Cocaína/crack: vasoconstrição, IAM, AVC * Anfetaminas: hipertensão, convulsões * Cannabis: ansiedade, taquicardia * Alucinógenos: alucinações, midríase
562
Qual o tratamento para intoxicação por álcool?
* Suporte clínico, monitorização * Glicemia capilar, evitar hipoglicemia * Tiamina 100 mg EV antes da glicose
563
Quais são os sinais de abstinência alcoólica?
* Tremores * Sudorese * Alucinações * Convulsões
564
Qual o tratamento recomendado para a síndrome neuroléptica maligna?
* Suporte intensivo: hidratação vigorosa, controle térmico * Dantrolene 2–3 mg/kg EV * Bromocriptina 2,5–10 mg VO 8/8h * Suspender neuroléptico imediatamente
565
Quais as características da síndrome serotoninérgica?
* Hiperreflexia * Clônus * Febre * Agitação * Midríase * Sudorese
566
Qual a conduta na abordagem psiquiátrica na emergência?
* Excluir causas clínicas/neurológicas * Avaliar risco de auto/heteroagressão
567
Quais são as etapas da abordagem primária (ABCDE) em um politraumatizado?
* A: via aérea com controle cervical * B: respiração (toracocentese se pneumo) * C: circulação (controle de hemorragia, acesso calibroso) * D: déficit neurológico (Glasgow, pupilas) * E: exposição completa
568
Quais são os sinais de gravidade em trauma abdominal?
* Instabilidade hemodinâmica * Dor abdominal * Defesa * Rigidez
569
Qual a conduta inicial em caso de parada cardiorrespiratória?
Iniciar RCP se inconsciente + ausência de pulso
570
Qual a abordagem para reanimação neonatal?
* Aquecer * Posicionar * Aspirar vias aéreas * Se FC < 100 → VPP com máscara * Se FC < 60 → massagem + O2 + adrenalina 0,01–0,03 mg/kg EV
571
Qual a definição de pré-eclâmpsia?
PA ≥ 140/90 + proteinúria
572
Quais são os fármacos utilizados na prevenção de convulsões em gestantes com pré-eclâmpsia?
* Sulfato de magnésio: 4 g EV em 10–15 min + 1 g/h (bomba) x 24h
573
Qual a conduta em caso de queimaduras de 2º grau?
* Via aérea (se facial ou inalatória) * SF 0,9% → regra dos 10: 10 x peso (kg) + 750 mL/h * Curativos: limpeza + sulfadiazina de prata 1%
574
Qual a classificação das queimaduras?
* 1º grau: só epiderme * 2º grau: derme parcial * 3º grau: espessura total
575
Quais são os sinais de choque hemorrágico?
* Hipotensão * Taquicardia * Palidez * Extremidades frias * Oligúria
576
Qual a conduta em caso de mordeduras?
* Lavagem com água e sabão * Profilaxia com ATB: amoxicilina-clavulanato 875 mg 12/12h x 5–7 dias * Antirrábica se animal suspeito
577
Qual a conduta em caso de trauma cranioencefálico (TCE) grave?
* Manter cabeceira a 30° * Evitar hipocapnia * Manter PAS > 100–110 mmHg
578
Quais são as indicações para intubação orotraqueal (IOT)?
* Incapacidade de proteger via aérea * Rebaixamento * Falência respiratória * GCS ≤ 8
579
Qual a dose inicial de dantrolene no tratamento da síndrome neuroléptica maligna?
Dantrolene 2–3 mg/kg EV
580
Qual a recomendação de analgesia em queimaduras?
* Dipirona * Morfina se dor intensa
581
Qual é a dose de Rocurônio para intubação?
1 mg/kg ## Footnote A dose de Rocurônio varia de acordo com a situação clínica, mas a dose comum é de 1 mg/kg.
582
Quais são as indicações para Ventilação Não Invasiva (VNI)?
* DPOC * EAP * Imunossuprimidos ## Footnote A VNI é utilizada em pacientes com dificuldades respiratórias, particularmente em condições crônicas ou agudas.
583
Quais são as contraindicações para VNI?
* Vômito * Rebaixamento * Trauma facial ## Footnote Essas contraindicações são importantes para evitar complicações durante a ventilação.
584
Quais são os modos de ventilação?
* VCV (volume) * PCV (pressão) ## Footnote O modo VCV é o mais utilizado, enquanto o PCV é indicado para pulmões não complacentes.
585
Quais são os parâmetros iniciais para ventilação?
* Volume corrente: 6–8 mL/kg peso ideal * Frequência respiratória: 12–18 rpm * FiO2: iniciar com 100%, reduzir conforme SatO2 * PEEP: 5 cmH2O (aumentar conforme necessidade) ## Footnote Esses parâmetros são cruciais para a ventilação mecânica eficaz.
586
Quais parâmetros são monitorados durante a ventilação?
* Gasometria * Complacência * Pressão de platô (< 30 cmH2O) ## Footnote A monitorização é essencial para ajustar o tratamento e garantir a eficácia da ventilação.
587
Quais são os critérios para desmame da ventilação?
* Frequência respiratória < 35 * Volume tidal > 5 mL/kg * Índice de Tobin < 105 ## Footnote Esses critérios ajudam a determinar a prontidão do paciente para desmame da ventilação mecânica.
588
Quais são os tipos de choque?
* Hipovolêmico * Cardiogênico * Distributivo (séptico, anafilático) * Obstrutivo ## Footnote A identificação do tipo de choque é fundamental para o tratamento adequado.
589
Qual é a pressão arterial média (PAM) ideal?
≥ 65 mmHg ## Footnote A PAM é um indicador importante da perfusão tecidual e da condição hemodinâmica do paciente.
590
Qual é a conduta inicial em caso de choque?
* SF 0,9% 30 mL/kg em 1h * Noradrenalina: iniciar com 0,05–0,1 mcg/kg/min * Monitorar: diurese, lactato, PAM ## Footnote Essas intervenções iniciais são essenciais para estabilizar o paciente em choque.
591
Quais são as intervenções para choque séptico?
* Antibioticoterapia na 1ª hora * Volume * Vasopressor ## Footnote O tratamento rápido é crucial para melhorar o prognóstico do choque séptico.
592
Quais são os parâmetros básicos de monitorização hemodinâmica?
* FC * PA * Diurese * SpO2 * Perfusão periférica ## Footnote Esses parâmetros ajudam a avaliar o estado hemodinâmico do paciente.
593
Quais são os parâmetros avançados de monitorização hemodinâmica?
* PVC (3–8 mmHg) * SvO2 (65–70%) * Lactato (< 2) * PAI * Delta-VPP ## Footnote Esses parâmetros fornecem informações mais detalhadas sobre a condição hemodinâmica do paciente.
594
O que indica a responsividade à fluidos?
VPP > 13%, elevação passiva de pernas ## Footnote Esses testes ajudam a determinar a necessidade de fluidos em pacientes críticos.
595
Quais são os cuidados com o potencial doador de órgãos?
* PAM > 65 * SatO2 > 95% * Evitar hipotermia * Vasopressores se necessário ## Footnote Esses cuidados são essenciais para maximizar a viabilidade dos órgãos para transplante.
596
Qual é o tratamento de AVC isquêmico? <4.5hr
* Trombolítico se < 4,5h: alteplase 0,9 mg/kg (máx. 90 mg) * PA: manter < 185/110 pré-trombólise ## Footnote A rápida identificação e tratamento do AVC isquêmico são cruciais para a recuperação do paciente.
597
Quais são os cuidados para AVC hemorrágico?
* PA < 140 mmHg * Controle de PIC * Suspender anticoagulação * Reverter coagulopatias ## Footnote O manejo cuidadoso é necessário para evitar complicações adicionais.
598
Quais são os princípios dos cuidados paliativos?
* Alívio do sofrimento * Comunicação clara * Decisão compartilhada ## Footnote Esses princípios são fundamentais para oferecer cuidados de qualidade em situações de fim de vida.
599
Quais são os sintomas comuns tratados em cuidados paliativos?
* Dor: morfina 2–4 mg EV 4/4h * Dispneia: morfina baixa dose * Ansiedade: lorazepam 0,5–1 mg VO ## Footnote O manejo eficaz dos sintomas é crucial para a qualidade de vida dos pacientes em cuidados paliativos.
600
Quais são as escalas de prognóstico na UTI?
* APACHE II: gravidade geral * SOFA: falência orgânica * qSOFA: sepse (FR ≥ 22, alt. mental, PAS ≤ 100) ## Footnote Essas escalas ajudam a avaliar a gravidade da doença e a orientar o tratamento.
601
Qual é o diagnóstico de morte encefálica?
* Coma não perceptivo * Apneia * Ausência de tronco encefálico * 2 exames clínicos + 1 complementar (EEG, doppler, etc) ## Footnote O diagnóstico preciso é fundamental para a decisão de doação de órgãos.
602
Quais são os tipos de tromboembolismo venoso?
* Trombose venosa profunda (TVP) * Tromboembolismo pulmonar (TEP) ## Footnote A identificação correta dos tipos de TEV é essencial para o manejo clínico adequado.
603
Quais são os sinais de TVP?
* Sinal de Homans * Edema * Dor em panturrilha ## Footnote Esses sinais ajudam no diagnóstico clínico da TVP.
604
Qual é a anticoagulação recomendada para TVP?
* Enoxaparina 1 mg/kg 12/12h SC * Rivaroxabana 15 mg 12/12h por 21 dias ## Footnote O tratamento anticoagulante é crucial para prevenir complicações relacionadas à TVP.
605
Quais são as condições frequentes na saúde da mulher na emergência?
* Dor pélvica * Sangramento uterino anormal * Gravidez ectópica * Aborto ## Footnote A identificação e manejo dessas condições são essenciais no atendimento de emergência.
606
Qual é o tratamento para gravidez ectópica estável e pequena?
Metotrexato 50 mg/m² IM ## Footnote O tratamento com metotrexato é uma abordagem menos invasiva para a gravidez ectópica.
607
Qual é a primeira linha de tratamento para cetoacidose diabética?
* SF 0,9% 1 L/h * Insulina 0,1 U/kg/h EV * Reposição de K+ se < 5,3 mEq/L ## Footnote O tratamento imediato é vital para prevenir complicações graves da cetoacidose.
608
Quais são os sintomas de crise tireotóxica?
* Febre * Taquicardia * Confusão ## Footnote Esses sintomas são indicativos de uma emergência endócrina e requerem intervenção rápida.
609
Qual é o tratamento para anemia aguda?
* Concentrado de hemácias: 10 mL/kg → ↑ Hb ≈ 1–1,5 g/dL ## Footnote A transfusão de hemácias é uma medida crítica em casos de anemia aguda.
610
Quais são os sinais de crise falcêmica?
* Dor óssea intensa * Febre ## Footnote O manejo da crise falcêmica é importante para aliviar a dor e prevenir complicações.
611
Qual é o tipo ideal de transfusão de plaquetas na dengue?
Concentrado de plaquetas ABO idêntico. ## Footnote Transfusões devem ser realizadas considerando a compatibilidade ABO para evitar reações adversas.
612
Quando é aceitável usar plaquetas de heterogrupo ABO?
Quando não há alternativa, especialmente em: * Plaquetopenia grave (<10.000) ou com sangramento ativo * Dengue hemorrágica/choque. ## Footnote A transfusão deve ser cuidadosamente monitorada para reações transfusionais.
613
Quais cuidados devem ser tomados ao usar plaquetas na dengue?
Usar plaquetas com volume de plasma reduzido e monitorar reações transfusionais e resposta terapêutica. ## Footnote A lavagem das plaquetas pode ser necessária para reduzir o volume de plasma.
614
Como é classificada a dengue sem sinais de alarme?
Hidratação oral + sintomáticos. ## Footnote Sintomáticos incluem o uso de medicamentos como dipirona ou paracetamol.
615
Quais sinais de alarme devem levar a hidratação intravenosa na dengue?
Dor abdominal, vômitos persistentes, sangramentos, hepatomegalia, queda de plaquetas. ## Footnote A hidratação deve ser de 0,5-1 mL/kg/h.
616
O que caracteriza a dengue grave?
Choque, sangramento grave, falência de órgãos. ## Footnote A dengue grave requer internação em UTI e reposição volêmica rápida.
617
Quais medicamentos são recomendados para tratamento sintomático da dengue?
Dipirona ou Paracetamol. ## Footnote Deve-se evitar o uso de AAS/NSAIDs.
618
Quais são os sintomas leves do Zika?
Exantema, febre baixa, artralgia. ## Footnote O tratamento é sintomático e inclui repouso e hidratação oral.
619
Qual é o cuidado especial para gestantes com Zika?
Investigar malformações fetais com USG + pré-natal rigoroso. ## Footnote O acompanhamento deve ser feito devido ao risco de complicações congênitas.
620
Quais são os sintomas agudos da Chikungunya?
Febre + poliartralgia intensa. ## Footnote O tratamento sintomático deve evitar AINEs na fase aguda.
621
Qual é o tratamento sintomático recomendado para Chikungunya?
Dipirona, Paracetamol, hidratação oral. ## Footnote O uso de anti-inflamatórios deve ser evitado na fase aguda.
622
O que caracteriza a fase subaguda da Chikungunya?
Dor persistente entre 14-90 dias. ## Footnote Anti-inflamatórios como Ibuprofeno e Naproxeno podem ser usados se plaquetas >100.000.
623
Como é definida a fase crônica da Chikungunya?
Artrite/reumatismo pós-viral (>3 meses). ## Footnote O paciente deve ser encaminhado para reumatologia para avaliação e possível tratamento.
624
Qual a recomendação geral para uso de AAS e anti-inflamatórios na fase aguda de todas as doenças?
Evitar AAS e anti-inflamatórios se houver risco de sangramento. ## Footnote Isso é crucial para prevenir complicações hemorrágicas.
625
Qual o tratamento para taquicardia supraventricular estável?
Adenosina 6mg IV bolus, repetir com 12mg. Alternativa: Metoprolol 2,5-5mg IV, máx 15mg.
626
Qual o tratamento para taquicardia supraventricular instável?
Cardioversão elétrica sincronizada.
627
Qual o tratamento para taquicardia ventricular estável?
Amiodarona 150mg EV + manutenção em BIC. Alternativa: Lidocaína 1,5mg/kg.
628
Qual o tratamento para taquicardia ventricular instável?
Cardioversão elétrica.
629
Qual o tratamento para fibrilação atrial e flutter estáveis?
Amiodarona em BIC, Metoprolol/Verapamil, anticoagulação se FA >48h.
630
Qual o tratamento para fibrilação atrial e flutter instáveis?
Cardioversão elétrica.
631
Quais são os medicamentos para síndrome coronariana aguda?
* AAS 300mg * Clopidogrel 300-600mg ou Ticagrelor 180mg * Enoxaparina 1mg/kg SC 12/12h * Nitrato SL e Tridil IV * Metoprolol * Atorvastatina 40-80mg VO
632
Qual o tratamento para ICAD/edema agudo pulmonar?
* Furosemida 1-1,5mg/kg EV * VNI * Vasodilatadores (Nitroprussiato/Nitroglicerina) * Dobutamina em BIC se baixo débito
633
Quais os medicamentos para cefaleia?
* Dipirona * Paracetamol * Ibuprofeno VO * EV: Cetoprofeno + Dexametasona
634
Qual o tratamento para enxaqueca aguda?
Sumatriptano SC ou VO.
635
Quais são as alternativas para tratamento de enxaqueca?
Cetoprofeno EV + Dexametasona.
636
Quais são os medicamentos para vertigem?
* Dimenidrato * Cinarizina * Meclizina VO ou EV
637
Qual o tratamento para convulsão?
* Diazepam 10mg EV ou Midazolam 10mg IM * Fenitoína ou Fenobarbital se refratária * Refratária grave: sedação contínua com Midazolam, Propofol ou Tiopental
638
Qual o tratamento para otite média?
Clavulin 875+125mg 12/12h por 10 dias.
639
Quais são as alternativas para tratamento de otite média?
Azitromicina ou Claritromicina.
640
Qual o tratamento para sinusite?
Clavulin VO 10 dias, + Budesonida nasal, Dipirona, Prednisolona VO.
641
Qual o tratamento para faringoamigdalite?
Penicilina benzatina IM dose única.
642
Qual a alternativa para o tratamento de faringoamigdalite?
Clavulin ou Azitromicina.
643
Qual o tratamento para asma leve/moderada?
Salbutamol + Prednisolona VO.
644
Qual o tratamento para asma grave?
Salbutamol + Ipratrópio + Hidrocortisona EV.
645
Qual o tratamento para DPOC?
* Salbutamol + Ipratrópio inalatório * Prednisolona VO * ATB: Clavulin, Azitromicina ou Levofloxacino
646
Qual o tratamento para pneumonia sem comorbidade?
Clavulin ou Azitromicina por 5-7 dias.
647
Qual o tratamento para pneumonia com comorbidade?
Clavulin + Azitromicina/Claritromicina.
648
Qual o tratamento para diarreia?
* Probiótico (Floratil) * Racecadotrila * Sais de reidratação oral
649
Qual o tratamento para diarreia infecciosa?
Ciprofloxacino + Metronidazol.
650
Qual o tratamento para HDA?
* Omeprazol 40mg EV 12/12h * Varicosa: Terlipressina ou Octreotide + profilaxia PBE (Ceftriaxona) * Suporte hemodinâmico
651
Qual o tratamento para HDB?
* Omeprazol * Suporte * Dieta suspensa * EDA se necessário
652
Qual o tratamento para encefalopatia hepática?
* Lactulose VO 20-40ml 12/12h * Rifaximina ou Metronidazol VO * Suporte clínico
653
Qual o tratamento para pancreatite aguda?
* Hidratação vigorosa (SF 0,9% ou RL) * Analgésicos: Dipirona, Tramadol ou Morfina * Se infecção: Meropenem EV
654
Qual o tratamento para colangite?
* Analgesia + Ondansetrona * ATB: Ciprofloxacino EV ou Piperacilina-Tazobactam * Alternativa: Metronidazol + Cefepima
655
Qual o tratamento para RGE?
* Omeprazol 20-40mg VO 1x/dia ou 12/12h * Domperidona ou Bromoprida 10mg 8/8h
656
Qual o tratamento para anemia ferropriva?
* VO: Sulfato ferroso 300mg 8/8h * EV: Noripurum 100mg diluído em SF 0,9%, 1-3x/semana
657
Qual o tratamento para cetoacidose diabética / EHH?
* Insulina regular: bolus 0,1-0,15 U/kg + BIC 0,1 U/kg/h * Hidratação com SF 15-20 mL/kg/h na 1ª hora * Reposição de potássio conforme K sérico
658
Qual o tratamento para controle glicêmico em glicemia >180?
Insulina EV 2-4ml/h.
659
Qual o tratamento para glicemia <60 mg/dL?
SG 50% 40ml, suspender BIC.
660
Qual o esquema para controle glicêmico basal-bolus?
Esquema Basal-Bolus com NPH e Regular.
661
Qual o tratamento para cistite?
Nitrofurantoína 100mg VO 6/6h por 7 dias.
662
Qual o tratamento para pielonefrite?
* Clavulin 875+125mg 12/12h ou Ciprofloxacino 500mg 12/12h * Grave: Piperacilina-Tazobactam ou Meropenem EV
663
Qual o tratamento para candidíase?
Fluconazol 150mg dose única ou creme intravaginal.
664
Qual o tratamento para vaginose?
Metronidazol ou Clindamicina VO 12/12h por 7 dias.
665
Qual o tratamento para tricomoniase?
Metronidazol 2g dose única ou 250mg 12/12h 7 dias.
666
Qual o tratamento para uretrites gonocócicas?
Ceftriaxona 500mg IM + Azitromicina 1g VO.
667
Qual o tratamento para uretrites não-gonocócicas?
Azitromicina 1g VO ou Doxiciclina 100mg 12/12h.
668
Qual o tratamento para ureterolitíase?
* Cetoprofeno * Dipirona * Morfina EV * Tansulosina 0,4mg à noite por 10 dias
669
Qual o tratamento para intoxicação por paracetamol?
Até 8h: N-acetilcisteína IV conforme protocolo.
670
Qual o tratamento para intoxicação por organofosforados?
Atropina EV + Pralidoxima se disponível.
671
Qual o tratamento para intoxicação por cocaína?
Diazepam ou Midazolam.
672
Verdadeiro ou falso: Não usar betabloqueador isolado em intoxicação por cocaína.
Verdadeiro.
673
Qual o tratamento para anafilaxia?
* Adrenalina 0,5mg IM (1:1000) * Repetir 5/5min se necessário * SF EV rápido + Hidrocortisona 500mg EV + anti-histamínicos
674
Quando administrar hemocomponentes CH?
Anemia sintomática.
675
Quando administrar hemocomponentes plaquetas?
<10.000 ou <50.000 com sangramento.
676
Quando administrar hemocomponentes PFC?
Coagulopatias.
677
Qual o tratamento pré-intubação?
Fentanil, Lidocaína.
678
Qual o tratamento de indução para intubação?
Etomidato, Midazolam ou Quetamina.
679
Qual o bloqueador neuromuscular (BNM) para intubação?
Succinilcolina ou Rocurônio.
680
Qual o tratamento pós-intubação?
Midazolam + Fentanil BIC.
681
Qual é a dose de Adrenalina?
0.01–1mcg/kg/min ## Footnote Solução: 4ml (1mg/ml) + 246ml SG5% [16mcg/ml]
682
Quais são as indicações da Adrenalina?
* Choque anafilático * Broncoespasmo * Bradicardia refratária ## Footnote Eventos adversos incluem hipertensão, taquiarritmias, cefaleia, edema agudo de pulmão
683
Quais são os eventos adversos da Adrenalina?
* Hipertensão * Taquiarritmias * Cefaleia * Edema agudo de pulmão
684
Qual é a dose de Noradrenalina?
0.05–1mcg/kg/min (até 3.3mcg/kg/min em choque refratário) ## Footnote Solução: 4 ampolas (4mg/4ml) + 234ml SG5% [64mcg/ml]
685
Quais são as indicações da Noradrenalina?
Choques com hipotensão grave ## Footnote Eventos adversos incluem isquemia de extremidades, bradicardia reflexa, necrose por extravasamento
686
Qual é a dose de Dopamina?
5–20mcg/kg/min ## Footnote Solução: 250mg + 200ml SG5% [1mg/ml]
687
Quais são as indicações da Dopamina?
* Sem noradrenalina disponível * Alternativa em bradicardia ## Footnote Eventos adversos incluem arritmias, taquicardia, hipotensão em doses dopaminérgicas
688
Qual é a dose de Vasopressina?
0.01–0.04 UI/min (independe do peso) ## Footnote Solução: 20UI + 99ml [0.2UI/ml]
689
Quais são as indicações da Vasopressina?
Segundo vasopressor em choque séptico ## Footnote Eventos adversos incluem isquemia de extremidades, hiponatremia, rebote de hipotensão ao suspender
690
Qual é a dose de Nitroprussiato de Sódio?
0.3–2mcg/kg/min (máx 10mcg/kg/min por 10min) ## Footnote Solução: 2ml + 248ml SG5% [200mcg/ml]
691
Quais são as indicações do Nitroprussiato de Sódio?
* Hipertensão grave * IC perfil C ## Footnote Eventos adversos incluem hipotensão, toxicidade por cianeto e tiocianato, aumento PIC
692
Qual é a dose de Nitrogllicerina?
0.5–6mcg/kg/min ## Footnote Solução: 10ml (5mg/ml) + 240ml SG5% [200mcg/ml]
693
Quais são as indicações da Nitrogllicerina?
* IAM * IC congestiva * Angina * Pré-carga elevada ## Footnote Eventos adversos incluem cefaleia, taquicardia reflexa, hipotensão
694
Qual é a dose de Dexmedetomidina?
0.2–0.7mcg/kg/h (sem bolus) ## Footnote Solução: 2ml (200mcg) + 98ml soro [2mcg/ml]
695
Quais são as indicações da Dexmedetomidina?
* Sedação leve com estabilidade * Analgesia com pouca depressão respiratória ## Footnote Eventos adversos incluem hipotensão, bradicardia, sedação prolongada
696
Qual é a dose de Dobutamina?
2–20mcg/kg/min ## Footnote Solução: 250mg + 250ml [1mg/ml] ou 2 amp + 210ml [2mg/ml]
697
Quais são as indicações da Dobutamina?
* Choque cardiogênico * IC perfil C * Aumento de débito cardíaco ## Footnote Eventos adversos incluem taquicardia, arritmias ventriculares, morte súbita em ICC
698
Qual é a fórmula de conversão para vasopressores?
ml/h * (concentração / 60) = mcg/kg/min * peso ## Footnote Mnemônico: 'MULHER CON 60 ESTÁ FELIZ NESSE PESO'
699
Quantas microgotas existem em 1ml?
60 microgotas ## Footnote 10ml/h = 10 microgotas/min
700
Como deve ser feito o desmame da vasopressina?
Reduzir 3ml/h a cada 30min após retirada da nora ## Footnote Fentolamina ou Terbutalina pode ser usado para extravasamento de vasoativos
701
O que é traqueomalácia?
Fraqueza ou flacidez anormal da parede traqueal, com colapso da via aérea durante a respiração
702
Quais são as classificações da traqueomalácia?
1. Congênita 2. Adquirida
703
Quais são as causas adquiridas da traqueomalácia?
* Intubação prolongada * Traqueostomia * Infecções respiratórias graves * Trauma cervical * Inflamações crônicas
704
Qual é a fisiopatologia da traqueomalácia?
Cartilagem traqueal enfraquecida e membrana posterior excessivamente complacente
705
Como ocorre o colapso da luz traqueal na traqueomalácia?
Com o ciclo respiratório (inspiração ou expiração dependendo da localização)
706
Quais são as manifestações clínicas da traqueomalácia?
* Estridor inspiratório * Ruído bifásico ou sibilo monofônico * Tosse seca, tipo 'latido de foca' * Dispneia ou taquipneia persistente * Infecções respiratórias recorrentes * Dificuldade de eliminar secreções * Piora em posição supina ou esforço
707
Qual é o padrão-ouro para o diagnóstico de traqueomalácia?
Broncoscopia dinâmica
708
Quais são os métodos de diagnóstico além da broncoscopia dinâmica?
* TC de tórax com reconstrução dinâmica * Avaliação da deglutição e cordas vocais
709
Quais são as opções de tratamento para casos leves de traqueomalácia?
* Fisioterapia * Evitar irritantes * Observação
710
Quais são as opções de tratamento para casos moderados a graves de traqueomalácia?
* CPAP ou VNI * Cirurgia (traqueoplastia, stent) * Corticoides sistêmicos se inflamação associada * Tratar infecções respiratórias
711
Qual a importância clínica da traqueomalácia?
Diagnóstico diferencial relevante em pacientes com ruído respiratório e taquipneia após extubação
712
Verdadeiro ou Falso: A traqueomalácia pode mimetizar obstrução de via aérea alta.
Verdadeiro
713
A traqueomalácia congênita pode ser associada a outras malformações, como _______.
[fístula traqueoesofágica]
714
Quais são os sinais clínicos de um paciente 1 dia após extubação?
- Taquipneia - Ruído inspiratório (estridor) - Sem desconforto respiratório - Saturação: 98% em O2 2L/min - Gasometria: alcalose respiratória, lactato normal - Relação P/F: 380 ## Footnote Sinais clínicos importantes para avaliação pós-extubação
715
Qual é a hipótese principal para o quadro clínico apresentado?
Edema de via aérea superior pós-extubação (glote/laringe) ## Footnote Hipótese baseada nos sinais clínicos de estridor e taquipneia
716
O que indica o estridor em um paciente?
Obstrução de via aérea superior (laringe/glote) ## Footnote O estridor é um som respiratório anormal que sugere obstrução
717
O que representa a alcalose respiratória no contexto apresentado?
Hiperventilação compensatória ## Footnote Refere-se à compensação do organismo em resposta a alterações respiratórias
718
Qual a relação P/F e lactato que indicam a ausência de hipoxemia ou falência respiratória?
P/F > 300 e lactato normal ## Footnote Esses valores são importantes para avaliar a oxigenação do paciente
719
Quais são os diagnósticos diferenciais para edema de via aérea superior pós-extubação?
1. Edema de laringe/glote (pós-extubação) 2. Disfunção/paralisia de cordas vocais 3. Laringotraqueomalácia transitória 4. Ansiedade com hiperventilação ## Footnote Diagnósticos que devem ser considerados na avaliação clínica
720
Qual a conduta recomendada para o paciente com estridor pós-extubação?
- Videolaringoscopia (se disponível) - Nebulização com adrenalina + corticoide sistêmico (ex: dexametasona 4–8mg EV) - Monitorar evolução clínica - Repetir gasometria se sintomas persistirem ## Footnote Essas medidas visam tratar e monitorar a condição do paciente
721
(HDA) Qual pró-cinético utilizar antes da EDA?
- Eritromicina 250mg EV 30 min antes da EDA - Metoclopramida como segunda opção - Melhora visualização do procedimento - Diminui necessidade de 'second look' ## Footnote Eritromicina é utilizada para melhorar as condições da EDA, facilitando a visualização e reduzindo a necessidade de procedimentos adicionais.
722
(HDA) Como prevenir coagulopatia durante transfusões maciças?
- A cada 4 CH → administrar 1 PFC (CH não tem fatores) - A cada 500ml de hemoderivados → 10-20ml de gluconato de cálcio - Prevenir coagulopatia por citrato ## Footnote PFC se refere ao plasma fresco congelado, que contém fatores de coagulação essenciais.
723
(HDA) Quando realizar IOT em pacientes com HDA?
- IOT não deve ser realizada profilaticamente - Indicações: insuficiência respiratória ou rebaixamento do nível de consciência ## Footnote A intubação orotraqueal (IOT) é indicada apenas em situações críticas, não como medida preventiva.
724
(HDA) Quais medicamentos usar no manejo da HDA?
- IBPs - Pró-cinéticos - Vasopressores esplâncnicos - Antibióticos (Apenas para HDA varicosa) ## Footnote IBPs são inibidores da bomba de prótons, usados para reduzir a acidez gástrica e estabilizar coágulos.
725
(HDA) Qual o papel dos IBPs na HDA?
- Aumentam pH gástrico e duodenal → estabilizam coágulo - Uso EV até 48h após estabilização do sangramento - Omeprazol 80mg IV + 40mg 12/12h por 3 dias ## Footnote O uso de IBPs é crucial para o manejo do sangramento, pois ajuda a estabilizar os coágulos formados.
726
(HDA) Como reverter anticoagulantes na coagulopatia?
- Varfarina → Vitamina K + Complexo Protrombínico - Rivaroxaba/Apixabana → Andexanet - Dabigatrana → Idarucizumab ## Footnote A reversão de anticoagulantes é essencial em casos de sangramentos significativos.
727
(HDA) Como ressuscitar e evitar sangramento?
- Evitar transfusões desnecessárias (Hb <7) - Evitar > 2000ml de cristaloides - Usar SF ou RL aquecidos - Corrigir plaquetas <100.000, RNI >2, coagulopatia por diluição/citrato - Endoscopia: plaquetas > 20.000 e RNI < 2,5 ## Footnote A ressuscitação adequada é vital para evitar complicações adicionais durante o tratamento da HDA.
728
(HDA) Deve-se passar sonda nasogástrica (SNG)?
- Não usar de rotina - Associada a complicações - Indicar em EDA com grande volume de resíduo ## Footnote O uso de SNG deve ser cuidadosamente avaliado devido ao risco de complicações associadas.
729
(HDA) Qual o papel dos vasopressores esplâncnicos?
- Reduzem aporte sanguíneo e pressão portal → ↓ sangramento - Terlipressina é droga de escolha - Octreotida/somatostatina como segunda opção - Usar até 5 dias, reduzir dose pela metade após controle ## Footnote Vasopressores esplâncnicos são utilizados para controlar o sangramento, especialmente em casos de hemorragia varicosa.
730
(HDA) Qual dose de terlipressina e octreotida usar?
- Terlipressina: 4mg bolus → 2mg 4/4h, depois 1mg 4/4h após controle - Octreotida: 50mcg bolus → 50mcg/h em BIC ## Footnote A dosagem correta é fundamental para o controle eficaz do sangramento.
731
(HDA) Quais medidas adjuvantes devem ser adotadas?
- Para todas as HDAs: * IBPs endovenosos * Procinéticos pré-EDA - Para varicosas: * Terlipressina ou Octreotide * ATB profilático para PBE ## Footnote Medidas adjuvantes são essenciais para otimizar o tratamento e prevenir complicações.
732
(HDA) Qual o papel dos antibióticos na HDA varicosa?
- HDA é fator de risco para PBE - Meta-análises mostram que profilaxia reduz mortalidade e complicações infecciosas - Dose e duração variam - Razoável usar quinolonas - Ceftriaxone é opção em locais com resistência a quinolonas ## Footnote A profilaxia com antibióticos é uma estratégia importante em pacientes com HDA varicosa para prevenir infecções graves.
733
Quais alterações fisiológicas resultam da hipertensão portal?
- Varizes gastroesofágicas (⇒ HDA) - Síndrome porto-pulmonar - Circulação colateral - Encefalopatia hepática ## Footnote HDA: Hemorragia Digestiva Alta
734
O que o hiperesplenismo causa nos pacientes com cirrose?
Plaquetopenia ## Footnote Plaquetopenia é a redução do número de plaquetas no sangue.
735
Qual complicação está associada à ascite na cirrose?
PBE (Peritonite bacteriana espontânea) ## Footnote PBE é uma infecção do líquido ascítico.
736
Quais alterações metabólicas proteicas ocorrem na cirrose?
- Redução da ureia ⇒ Acúmulo de amônia - Queda do anabolismo ⇒ Hipoalbuminemia ## Footnote Hipoalbuminemia é a diminuição da albumina no sangue.
737
Como a cirrose afeta o metabolismo dos carboidratos?
Provoca glicemias lábeis ## Footnote Glicemias lábeis referem-se a flutuações nos níveis de glicose no sangue.
738
Qual alteração ocorre na excreção biliar na cirrose?
Hiperbilirrubinemia ## Footnote Hiperbilirrubinemia é o aumento da bilirrubina no sangue.
739
Como a cirrose afeta a coagulação?
Diminuição da produção de fatores de coagulação ## Footnote Isso pode levar a um aumento do risco de sangramentos.
740
Quais sinais resultam do hiperestrogenismo na cirrose?
Eritema palmar e ginecomastia ## Footnote O hiperestrogenismo é um aumento dos níveis de estrogênio.
741
Quando devemos puncionar ascite?
Em casos moderados e severos ## Footnote A punção é realizada para diagnóstico e/ou tratamento.
742
Quais critérios diagnósticos de PBE?
- Neutrófilos >250/µL - Proteína total <1,5 g/dL (risco aumentado) - GASA ≥1,1 g/dL (hipertensão portal) ## Footnote GASA: Gradiente de Albumina Serum Ascítico.
743
O que caracteriza a encefalopatia hepática?
- Manifestação neuropsiquiátrica da doença hepática avançada - Causada por acúmulo de amônia ## Footnote A encefalopatia hepática pode levar a confusão e alterações de comportamento.
744
Quais medicamentos são utilizados na encefalopatia hepática?
- Lactulose, Rifaximina, Metronidazol, LOLA ## Footnote LOLA: L-ornitina-L-aspartato, utilizado para reduzir o acúmulo de amônia.
745
Qual o mecanismo da lactulose na EH?
Acidifica o meio intestinal, convertendo NH4+ em NH3 + H+ ## Footnote Isso ajuda a reduzir a absorção de amônia.
746
Como é definida falência no tratamento da PBE?
- Queda <25% nos leucócitos - Piora clínica ## Footnote A falência indica que o tratamento não está sendo eficaz.
747
Como prevenir síndrome hepatorrenal após PBE?
- Albumina 1,5g/kg no D1 - Albumina 1g/kg no D3 ## Footnote A albumina ajuda a manter a pressão oncótica e a função renal.
748
Quais indicações para profilaxia primária de PBE?
PT no líquido ascítico <1,5 g/dL + cirrose avançada e disfunção renal ## Footnote PT: Proteína Total.
749
Como é feita a profilaxia secundária de PBE?
Norfloxacino 400 mg/dia VO até transplante ou óbito ## Footnote O uso de antibióticos visa prevenir novas infecções.
750
Quais as principais causas de LRA no cirrótico?
- Pré-renal (70%) - NTA - SHR - Outras causas ## Footnote LRA: Lesão Renal Aguda; NTA: Necrose Tubular Aguda; SHR: Síndrome Hepatorrenal.
751
Como é feito o manejo inicial da LRA no cirrótico?
- KDIGO 1A: Cristaloide - KDIGO >1A: Albumina 1g/kg por 2 dias ## Footnote KDIGO: Kidney Disease: Improving Global Outcomes, diretrizes para manejo de LRA.
752
O que pensar se não houver melhora em 2 dias de expansão com albumina?
SHR ## Footnote A falta de resposta sugere uma condição mais grave.
753
O que é a síndrome da circulação hiperdinâmica?
- Vasodilatação esplâncnica e periférica ⇒ ↓ volume circulante efetivo ## Footnote Essa síndrome pode levar a complicações circulatórias.
754
Quais hormônios estão envolvidos na fisiopatologia da SHR?
- Ativação do SRAA e ADH ⇒ Retenção de Na+ e água ⇒ Ascite e SHR ## Footnote SRAA: Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona; ADH: Hormônio Antidiurético.
755
Como diagnosticar SHR?
- Diagnóstico de exclusão - Presença de cirrose e ascite - Ausência de choque - Falha de melhora após 2 dias com albumina ## Footnote O diagnóstico é complexo e depende da avaliação clínica.
756
Critérios para excluir SHR renal estrutural?
- Ausência de drogas nefrotóxicas - Urina I limpa - USG renal normal ## Footnote Urina I refere-se à análise de urina inicial.
757
Características do SHR tipo 1?
- Rápido, associado à descompensação - Creatinina >2,5 em até 2 semanas ## Footnote O tipo 1 é mais grave e de rápida progressão.
758
Características do SHR tipo 2?
- Progressivo, associado à ascite refratária - Estágio final, alta recorrência ## Footnote O tipo 2 é mais crônico e menos responsivo ao tratamento.
759
Qual o tratamento farmacológico da SHR?
- Albumina (expansão volêmica) - Vasoconstritores esplâncnicos (terlipressina, midodrina, octreotida, norepinefrina) ## Footnote O tratamento visa melhorar a perfusão renal.
760
Qual o tratamento não farmacológico da SHR?
TIPS (shunt portossistêmico intra-hepático transjugular) ## Footnote O TIPS é um procedimento para aliviar a pressão portal.
761
Quais contraindicações ao TIPS?
- MELD >14 - Child >9 - Encefalopatia hepática ## Footnote MELD: Model for End-Stage Liver Disease; Child: Classificação de Child-Pugh.
762
Quais são os principais gêneros de cobras peçonhentas no Brasil?
* Bothrops (jararaca) * Crotalus (cascavel) * Lachesis (surucucu) * Micrurus (coral verdadeira) ## Footnote N/A
763
Qual é o gênero mais comum nos acidentes ofídicos no Brasil?
Bothrops (jararaca), responsável por cerca de 90% dos acidentes. ## Footnote N/A
764
Quais os principais sintomas do acidente botrópico (jararaca)?
* Dor e inchaço local * Equimose * Bolhas * Sangramentos (gengivorragia, hematúria) * Necrose * Coagulopatia ## Footnote N/A
765
Qual o tratamento para acidente com jararaca (Bothrops)?
* Soro antibotrópico (SAB) * Limpeza local * Analgesia * Hidratação * Monitorar função renal e coagulograma ## Footnote N/A
766
Quais os principais sintomas do acidente crotálico (cascavel)?
* Fraqueza muscular * Visão turva * Miose * Ptose palpebral * Insuficiência respiratória * Rabdomiólise (urina escura) * Oligúria ## Footnote N/A
767
Qual o tratamento para acidente com cascavel (Crotalus)?
* Soro anticrotálico (SAC) * Suporte respiratório * Controle de eletrólitos * Hidratação vigorosa * Monitorar função renal e CPK ## Footnote N/A
768
Quais os sintomas do acidente laquético (surucucu)?
* Dor * Edema * Necrose * Sintomas vagais (bradicardia, hipotensão, sudorese) * Sangramentos intensos ## Footnote N/A
769
Qual o tratamento para acidente com surucucu (Lachesis)?
* Soro antilaquético (SAL) * Medidas de suporte * Hidratação * Controle hemodinâmico ## Footnote N/A
770
Quais os principais sintomas do acidente elapídico (coral verdadeira)?
* Início insidioso com paralisia muscular progressiva * Fala pastosa * Ptose * Insuficiência respiratória * Pouca ou nenhuma reação local ## Footnote N/A
771
Qual o tratamento para acidente com Micrurus (coral verdadeira)?
* Soro antielapídico (SAE) * Suporte respiratório precoce * Intubação se necessário ## Footnote N/A
772
Qual o tempo ideal para administração do soro antiofídico?
Idealmente nas **primeiras 6 horas**, mas pode ser útil até 24 horas após o acidente. ## Footnote N/A
773
Como se calcula a dose do soro antiofídico?
A dose é **pré-definida por tipo de acidente**, **independente do peso** do paciente. ## Footnote N/A
774
Quais cuidados gerais devem ser tomados após o acidente?
* Não fazer torniquete * Não cortar ou sugar o local da picada * Manter paciente em repouso * Membro em posição funcional * Encaminhar rapidamente para hospital com soro disponível ## Footnote N/A
775
O que fazer com o animal após a picada?
* Levar o animal morto (com segurança) ou foto para identificação * Não é obrigatório para iniciar tratamento ## Footnote N/A
776
Quais exames devem ser solicitados no hospital?
* Hemograma * Coagulograma * CPK * Função renal * Eletrólitos * EAS ## Footnote N/A
777
Qual o tratamento e dose para acidente com jararaca (Bothrops)?
Soro antibotrópico (SAB): 4 a 8 ampolas, IV ## Footnote Diluir em 100 a 250 mL de SF 0,9%, infundir em 30–60 min
778
Qual o tratamento e dose para acidente com cascavel (Crotalus)?
Soro anticrotálico (SAC): 5 a 10 ampolas, IV ## Footnote Diluir em 100 a 250 mL de SF 0,9%, infundir em 30–60 min
779
Qual o tratamento e dose para acidente com surucucu (Lachesis)?
Soro antilaquético (SAL): 5 a 10 ampolas, IV ## Footnote Diluir em 100 a 250 mL de SF 0,9%, infundir em 30–60 min
780
Qual o tratamento e dose para acidente com coral verdadeira (Micrurus)?
Soro antielapídico (SAE): 10 ampolas, IV ## Footnote Diluir em 100 a 250 mL de SF 0,9%, infundir em 30–60 min
781
Como identifico uma alcalose mista na gasometria?
pH > 7,45, HCO₃⁻ alto (metabólica), PaCO₂ baixo ou normal (respiratória) ## Footnote A identificação correta é essencial para o manejo adequado do paciente.
782
Qual é o perigo de uma alcalose mista com pH muito elevado?
Pode causar encefalopatia, arritmias, vasoconstrição coronariana e crises convulsivas ## Footnote Esses efeitos adversos podem comprometer a função cerebral e cardiovascular.
783
Qual o erro comum ao tentar corrigir a alcalose metabólica com ventilação mecânica?
Reduzir demais o PaCO₂ tentando 'normalizar' → isso gera alcalose respiratória adicional ## Footnote A ventilação deve ser ajustada com cautela para evitar complicações.
784
Qual o alvo de PaCO₂ em DPOC com alcalose metabólica crônica?
PaCO₂ entre 55–60 mmHg, sem tentar normalizar para 40 mmHg ## Footnote Manter níveis elevados de PaCO₂ é importante para evitar hipoventilação.
785
Como tratar uma alcalose metabólica com PaCO₂ cronicamente elevado?
Tratar causa base (diuréticos, vômitos, hipocalemia), manter ventilação que preserve pH ~7,4 ## Footnote A abordagem deve ser focada na causa subjacente da alcalose.
786
O que deve ser tratado: o HCO₃⁻, o PaCO₂ ou o pH?
O pH. O HCO₃⁻ é compensatório e renal (lento); o PaCO₂ não deve ser reduzido agressivamente ## Footnote A correção do pH é prioritária para a estabilidade do paciente.
787
Por que não devemos usar FR alta em paciente com DPOC na VM?
Porque aumenta o risco de aprisionamento aéreo e auto-PEEP, o que eleva ainda mais a PaCO₂. ## Footnote O aprisionamento aéreo pode levar a complicações respiratórias graves.
788
Como o aumento do tempo expiratório ajuda pacientes com DPOC?
Permite maior esvaziamento alveolar, reduzindo hiperinsuflação dinâmica. ## Footnote A hiperinsuflação dinâmica ocorre quando há dificuldade na expiração total do ar dos pulmões.
789
Por que aumentar o volume corrente com cautela pode ajudar na hipercapnia?
Porque aumenta a ventilação minuto efetiva, ajudando a lavar CO₂ sem necessidade de aumentar FR. ## Footnote A hipercapnia é o aumento de CO₂ no sangue, que pode causar acidose respiratória.
790
Qual o alvo de pH em paciente com DPOC hipercápnico?
Manter o pH entre 7,35–7,40. Não tentar normalizar completamente a PaCO₂. ## Footnote O pH ideal ajuda a evitar complicações e sintomas graves.
791
Por que não tentamos reduzir rapidamente o HCO₃⁻ em pacientes com alcalose metabólica crônica?
Porque o controle do HCO₃⁻ é renal e lento. O foco é controlar o pH agindo sobre o PaCO₂. ## Footnote A alcalose metabólica crônica pode ocorrer em várias condições, incluindo vômitos prolongados.
792
Quais os parâmetros ventilatórios ideais em DPOC?
FR 12–18 rpm, Vt 6–8 mL/kg, I:E de 1:3 a 1:4, FiO₂ < 50%, PEEP mínima (≤5 cmH₂O). ## Footnote Estes parâmetros ajudam a otimizar a ventilação em pacientes com DPOC.
793
Quando iniciar dieta enteral em paciente crítico?
Entre 24–48h após admissão, se hemodinamicamente estável. ## Footnote A estabilidade hemodinâmica é crucial para iniciar a dieta enteral em pacientes críticos.
794
Quais critérios definem estabilidade para iniciar dieta?
PAM ≥ 65 mmHg com vasopressores estáveis ou em queda, lactato em queda, FiO₂ <60%, PEEP <10. ## Footnote Esses critérios são usados para garantir que o paciente esteja em condições adequadas para tolerar a dieta.
795
O que é dieta trófica?
Volume mínimo de dieta (10–20 mL/h) com objetivo de manter integridade intestinal e prevenir atrofia de mucosa. ## Footnote A dieta trófica é importante para preservar a função intestinal em pacientes críticos.
796
Quando evitar iniciar dieta enteral?
Choque não controlado, lactato em elevação, distensão abdominal importante, íleo ou intolerância. ## Footnote Esses fatores indicam que o paciente pode não tolerar a dieta, aumentando o risco de complicações.
797
O que fazer se a dieta for mal tolerada?
Pausar dieta, investigar distensão/resíduo, considerar sonda pós-pilórica. ## Footnote A investigação é necessária para identificar a causa da má tolerância e ajustar a abordagem nutricional.
798
Em paciente em uso de noradrenalina, posso iniciar dieta?
Sim, se dose for estável (ex: <0,2 mcg/kg/min) e sem sinais de hipoperfusão. ## Footnote A administração de noradrenalina não é uma contraindicação se o paciente estiver estável.
799
Quais foram os principais achados na gasometria inicial do paciente Leandro?
Acidose metabólica grave (pH 7,14), lactato 8,43, HCO₃⁻ 14, BE -13, com PaCO₂ normal. ## Footnote Esses achados indicam uma condição crítica que requer intervenção imediata.
800
O que indicava a melhora clínica na segunda gasometria de Leandro?
pH 7,42, PaCO₂ 31 mmHg, HCO₃⁻ 21, lactato 2,0 → melhora da perfusão e possível hiperventilação leve. ## Footnote A melhora nos parâmetros gasométricos sugere uma resposta positiva ao tratamento.
801
Reduzir a FR para tratar alcalose respiratória é seguro nesse caso?
Sim, se PaCO₂ <35 com pH >7,45 e estabilidade clínica → reduzir FR pode ajudar a normalizar pH. ## Footnote A redução da frequência respiratória pode ser uma intervenção adequada para corrigir a alcalose.
802
Quando é aceitável usar glicose EV no lugar da dieta enteral?
Em choque instável ou contraindicação temporária à dieta enteral. ## Footnote A glicose EV pode ser uma alternativa quando a alimentação enteral não é viável.
803
Qual a principal indicação para SG 10% EV contínuo no paciente crítico?
Fornecer substrato energético mínimo e evitar hipoglicemia até estabilização hemodinâmica. ## Footnote A administração contínua ajuda a manter a energia necessária sem causar flutuações bruscas nos níveis de glicose.
804
Qual o risco de usar SG 50% em bolus em vez de SG 10% contínuo?
Maior risco de hiperglicemia e flutuação metabólica. ## Footnote O uso de bolus pode resultar em picos de glicose que são indesejáveis em pacientes críticos.
805
Quando suspender glicose EV e iniciar dieta?
Quando o paciente estiver com PAM estável com drogas, lactato em queda, e sem sinais de íleo ou intolerância. ## Footnote A transição para a dieta deve ocorrer quando o paciente demonstrar estabilidade suficiente.
806
Quando iniciar dieta enteral em paciente crítico?
Entre 24–48h após admissão, se hemodinamicamente estável. ## Footnote A estabilidade hemodinâmica é crucial para a segurança do início da dieta enteral.
807
Quais critérios definem estabilidade para iniciar dieta?
PAM ≥ 65 mmHg com vasopressores estáveis ou em queda, lactato em queda, FiO₂ <60%, PEEP <10. ## Footnote Estes critérios ajudam a assegurar que o paciente pode tolerar a dieta sem complicações.
808
O que é dieta trófica?
Volume mínimo de dieta (10–20 mL/h) com objetivo de manter integridade intestinal e prevenir atrofia de mucosa. ## Footnote A dieta trófica é uma abordagem inicial para garantir a função intestinal em pacientes críticos.
809
Quando evitar iniciar dieta enteral?
Choque não controlado, lactato em elevação, distensão abdominal importante, íleo ou intolerância. ## Footnote Evitar a dieta nessas condições é essencial para prevenir complicações adicionais.
810
O que fazer se a dieta for mal tolerada?
Pausar dieta, investigar distensão/resíduo, considerar sonda pós-pilórica. ## Footnote A avaliação cuidadosa é necessária para ajustar a abordagem nutricional.
811
Em paciente em uso de noradrenalina, posso iniciar dieta?
Sim, se dose for estável (ex: <0,2 mcg/kg/min) e sem sinais de hipoperfusão. ## Footnote A noradrenalina pode ser compatível com a dieta enteral em doses controladas.
812
Quais foram os principais achados na gasometria inicial do paciente Leandro?
Acidose metabólica grave (pH 7,14), lactato 8,43, HCO₃⁻ 14, BE -13, com PaCO₂ normal. ## Footnote Esses valores indicam uma condição crítica que requer atenção imediata.
813
O que indicava a melhora clínica na segunda gasometria de Leandro?
pH 7,42, PaCO₂ 31 mmHg, HCO₃⁻ 21, lactato 2,0 → melhora da perfusão e possível hiperventilação leve. ## Footnote A normalização dos parâmetros gasométricos sugere resposta positiva ao tratamento.
814
Reduzir a FR para tratar alcalose respiratória é seguro nesse caso?
Sim, se PaCO₂ <35 com pH >7,45 e estabilidade clínica → reduzir FR pode ajudar a normalizar pH. ## Footnote A ventilação controlada pode ser ajustada conforme os níveis gasométricos.
815
Quando é aceitável usar glicose EV no lugar da dieta enteral?
Em choque instável ou contraindicação temporária à dieta enteral. ## Footnote A glicose EV oferece uma solução alternativa em situações críticas.
816
Qual a principal indicação para SG 10% EV contínuo no paciente crítico?
Fornecer substrato energético mínimo e evitar hipoglicemia até estabilização hemodinâmica. ## Footnote A administração contínua de glicose é importante para a manutenção energética.
817
Qual o risco de usar SG 50% em bolus em vez de SG 10% contínuo?
Maior risco de hiperglicemia e flutuação metabólica. ## Footnote O uso de bolus pode causar picos de glicose que são indesejáveis em pacientes críticos.
818
Quando suspender glicose EV e iniciar dieta?
Quando o paciente estiver com PAM estável com drogas, lactato em queda, e sem sinais de íleo ou intolerância. ## Footnote A transição para a dieta enteral deve ser feita com base na estabilidade clínica do paciente.
819
Quais as causas possíveis de hipercalcemia?
Desidratação grave, acidose metabólica, rabdomiólise, malignidade, erro laboratorial ## Footnote Confirmar com cálcio ionizado e albumina.
820
Como calcular o cálcio corrigido pela albumina?
Fórmula: Ca_corrigido = Ca_total + 0,8 × (4 – albumina) ## Footnote Usar para avaliar se a hipercalcemia é verdadeira em pacientes com hipoalbuminemia.
821
Qual a escolha entre SF 0,9% e Ringer para hidratar na cetoacidose diabética?
SF 0,9% é a escolha inicial. Ringer pode ser usado após 2–3 L de SF se houver acidose hiperclorêmica ## Footnote Evitar Ringer no início devido ao lactato.
822
Em que situações a relação ureia/creatinina sugere azotemia pré-renal?
Quando > 20:1 ## Footnote Exemplo: ureia 330 mg/dL / creatinina 4,8 mg/dL ≈ 68,7 → fortemente sugestiva de azotemia pré-renal.
823
Qual o critério laboratorial para definir azotemia?
Ureia > 50 mg/dL e/ou creatinina > 1,3–1,5 mg/dL ## Footnote Relação ureia/creatinina auxilia na diferenciação do tipo de azotemia (pré, renal ou pós-renal).
824
Qual o risco de hidratar um paciente com DRC com SF 0,9% a 64 mL/h?
É seguro desde que o paciente não esteja congesto ou anúrico ## Footnote Monitorar ausculta pulmonar, PA e diurese. Útil para corrigir hipoperfusão.
825
Como a uretrite pode descompensar um paciente diabético?
Infecções como uretrite gonocócica podem causar liberação de citocinas e estresse fisiológico ## Footnote Elevando a glicemia e precipitando cetoacidose diabética em pacientes com DM descompensado.
826
Onde ocorre a lesão na síndrome do cone medular?
No cone medular, localizado entre T12–L1 ## Footnote Extremidade inferior da medula espinhal
827
Onde ocorre a lesão na síndrome da cauda equina?
Nas raízes lombossacras abaixo de L2 ## Footnote Fora da medula espinhal propriamente dita
828
Qual estrutura é acometida em cada síndrome?
Cone medular: medula espinhal e raízes; Cauda equina: somente raízes nervosas periféricas
829
Como é a distribuição da fraqueza na síndrome do cone medular?
Geralmente simétrica, com predomínio distal
830
Como é a distribuição da fraqueza na síndrome da cauda equina?
Assimétrica, flácida, com reflexos abolidos
831
Como está a sensibilidade perineal nas duas síndromes?
Anestesia em sela é típica das duas, mas mais proeminente no cone medular
832
Qual síndrome costuma cursar com dor radicular intensa?
A síndrome da cauda equina, frequentemente associada a dor lombossacra e irradiada
833
Incontinência e retenção urinária aparecem primeiro em qual síndrome?
Mais precocemente na síndrome do cone medular
834
Quais reflexos estão alterados?
Cone medular: variáveis (podem estar presentes ou abolidos); Cauda equina: abolidos nos territórios comprometidos
835
Quais são as causas comuns da síndrome do cone medular?
Tumores intramedulares, trauma medular, isquemia, mielite transversa
836
Quais são as causas comuns da síndrome da cauda equina?
Hérnia discal volumosa, estenose do canal, fraturas, tumores extradurais, abscessos
837
Qual é a urgência clínica de ambas as síndromes?
Ambas são urgências neurológicas com necessidade de RM urgente e, muitas vezes, descompressão cirúrgica