Espirometria Flashcards
(8 cards)
O que é a espirometria?
A espirometria é um exame feito para documentar a função pulmonar basal, para fazer uma avaliação diagnóstica preliminar, ou para monitorar os pacientes à medida que a doença pulmonar ou cardíaca evolui e responde ao tratamento, além de predizer
aqueles com risco de desenvolver disfunção respiratória.
Como é feita a espirometria?
- PARA SER REALIZADA, PACIENTE DEVE TER CESSADO USO DE QUALQUER MEDICAÇÃO
BRONCODILATADORAS NAS ÚLTIMAS 24 – 48 HORAS - PROCEDIMENTO: INSPIRAÇÃO MÁXIMA SEGUIDA DE EXPIRAÇÃO FORÇADA MÁXIMA
A espirometria mede o volume e os fluxos aéreos derivados de manobras inspiratórias e expiratórias máximas forçadas ou lentas
Quais os parâmetros avaliados na espirometria?
CAPACIDADE PULMONAR TOTAL (CPT): é a quantidade de ar nos pulmões após uma inspiração máxima.
CAPACIDADE VITAL (CV): representa o maior volume de ar mobilizado em uma expiração. Pode ser obtida através de manobras forçadas (CVF) ou lentas (CVL).
VOLUME RESIDUAL (VR): é a quantidade de ar que permanece nos pulmões após a exalação máxima.
CAPACIDADE VITAL FORÇADA (CVF): é o volume eliminado em manobra expiratória forçada desde a CPT até o VR.
VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO PRIMEIRO SEGUNDO (VEF1): é a quantidade de ar eliminada no primeiro segundo da manobra expiratória forçada. É considerado uma das variáveis mais úteis clinicamente.
PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE): representa o fluxo máximo de ar durante a manobra de CVF. Guarda dependência com o esforço, o que o torna um bom indicador da colaboração na fase inicial da expiração.
RELAÇÃO VEF1/CV: razão entre volume expiratório forçado no primeiro segundo e a capacidade vital, sendo muito importante para o diagnóstico de um distúrbio obstrutivo. Para isto, podemos considerar tanto o VEF1 /CVF quanto o VEF1 /CVL.
FLUXO EXPIRATÓRIO FORÇADO INTERMEDIÁRIO (FEF25-75%): representa o fluxo expiratório forçado médio obtido durante a manobra de CVF, na faixa
intermediária entre 25 e 75% da CVF.
CURVA FLUXO-VOLUME: é uma análise gráfica do fluxo gerado durante a manobra de CVF desenhado contra a mudança de volume; é usualmente seguido por uma manobra inspiratória forçada, registrada de modo semelhante. Os fluxos no início da expiração, próximos ao PFE, representam a porção esforço-dependente da
curva, porque podem ser aumentados com maior esforço por parte do paciente. Os fluxos após a expiração dos primeiros 30% da CVF são máximos após um esforço expiratório modesto e representam a chamada porção relativamente esforço-independente da curva.
O que é o índice de Tiffeneau?
SE VEF1/CVF (TIFFENAU) < 70%, O QUE SIGNIFICA?
- SE VEF1/CVF (TIFFENAU) < 70%: doença OBSTRUTIVA!
Se existe obstrução, seja por asma, seja por DPOC, o paciente vai ter mais dificuldade em jogar o ar para
dentro ou expulsar o ar? Os dois… Mas, qual o detalhe? A inspiração é um processo ativo e a expiração é um
processo passivo! Portanto, como é ativo, o processo de inspiração consegue vencer essa obstrução com
mais facilidade! Mesmo assim, ainda entra pouco ar. E, como entra pouco ar, também haverá uma expulsão
desse ar menor do que a prevista! Portanto, tanto o VEF1 como o CVF vão cair! Entrou menos, saiu menos…
Mas a pergunta é a seguinte: quem, proporcionalmente, cai mais? VEF1 ou CVF? Já ficou claro que o paciente
terá muito mais dificuldade para expirar, certo? Para isso, inclusive, aquele processo que era passivo para a
expulsão do ar, agora vai ter que ser ativo – o paciente “aperta o tórax” para expelir esse ar – como tem
dificuldade, essa expiração é mais prolongada! Mas, como é somente após os primeiros segundos de
expiração que ‘o tórax percebe que há obstrução’, proporcionalmente, VEF1 cai mais que a CVF! Como a
saída de ar está prejudicada, há aumento do volume residual.
Qual a diferença entre uma doença obstrutiva e restritiva?
Como funciona as doenças restritivas?
E como funciona nos DISTÚRBIOS RESTRITIVOS (pneumopatias intersticiais difusas, silicose, sarcoidose)?
Numa restrição, o pulmão está duro! Há dificuldade para encher o pulmão, mas não há dificuldade de esvaziar esse pulmão (não há obstrução à saída). Mas, como entra pouco ar, também sai pouco ar (apesar de não haver problema na expiração)! É por isso que o Tiffeneau pode ser variável, pois isso pode ser proporcional, a depender da doença! Aqui, o volume residual CAI! Entrou pouco, mas esse pouco que entrou, sai.
Com fica o VEF1, CVF, VEF1/CVF E O VOL.RESIDUAL EM PACIENTES COM DOENÇAS OBSTRUTIVAS E RESTRITIVAS?