Estudos Epidemiológicos Flashcards
(44 cards)
Estudos epidemiológicos
Assim como a clínica estuda os pacientes, a epidemiologia estuda a sociedade: descrevendo os agravos, apontando os determinantes e orientando a indicação dos meios de controle e profilaxia. Relação entre os agravos e os determinantes
Como podem ser classificados os estudos epidemiológicos
- Descritivo: apenas descreve algo que aconteceu. Não tenta provar nada. Ex.: Relato de caso, série de casos, ecológico. Podem levantar hipóteses, só não testam.
- Analítico: tenta provar relação de causa e efeito. Ex.: ensaio clínico, caso controle, coorte.
Quais são as principais variáveis para desenhar um estudo epidemiológico quando aos Investigados
- Investigados:
- População: agregados (variáveis são observadas para um grupo de indivíduos)
- Indivíduos: individuado (as variáveis são observadas e registradas individualmente e depois totalizada)
Quais são as principais variáveis para desenhar um estudo epidemiológico quando aos Investigadores
- Observação
- Intervenção: ensaio
Quais são as principais variáveis para desenhar um estudo epidemiológico quando ao tempo analisado
- Transversal (foto): seccional/prevalencia
- Longitudinal (filme): podemos acompanhar os indivíduos do fator de risco até o agravo (prospectivo) ou do agravo ate o fator de risco (retrospectivo)
Estrutura do estudo epidemiológico Ecológico
Agregado, observação, transversal
Estrutura do estudo epidemiológico Série Temporal
Agregado, observação, longitudinal (ecológico ao longo do tempo)
Estrutura do estudo epidemiológico Ensaio Comunitário
Agregado, intervenção, longitudinal. Ex.: vacinação
Estrutura do estudo epidemiológico Inquérito
Individuado, observacional, transversal
Estrutura do estudo epidemiológico Coorte e Caso Controle
Individuados, oversavcionais, longitudinais (prospectivo ou retrospectivo)
Estrutura do estudo epidemiológico Ensaio Clínico
Individuado, intervenção, longitudinal
Características do estudo Ecológico
Agregado, observacional, transversal. Fácil, rápido e barato de fazer; utiliza dados secundários, já produzidos (indicadores de saúde).
Gera hipóteses mas não confirma!!
Ex.: Câncer de pulmão e tabagismo. O fator de risco e a consequências são apresentadas juntos, sem poder analisar o que veio antes.
Falácia Ecológica
Erro induzido no estudo ecológico. Ocorre quando tenta individualizar o achado do agregado.
Característica do Estudo de Coorte
- Individuado, observacional, longitudinal prospectivo. Demora muito tempo, pode surgir a partir de uma hipótese levantada por estudo transversal
- Define riscos, confirma suspeitas. Melhor estudo para avaliar incidência (número de casos novos) e estudar o curso natural de uma doença.
- Avalia o indivíduo entre exposto e não exposto a um fator de risco.
Fator de risco -> doente
-> Não doente
Sem fator de risco -> doente
-> não doente - é caro, demorado, sujeito a perdas durante o percurso.
- É bom para doenças com pequeno período de incubação, ruim para doenças muito longas e doenças raras.
- Pode analisar várias doenças; O fator de risco pode ser raro; Pode avaliar mais de um fator de risco,
Qual o estudo de coorte mais famoso da história
Estudo de Framingham (45anos)
Coorte histórica
Risco -> doença (aconteceu antes do início da pesquisa). A seleção dos grupos de estudo aconteceu em algum lugar do passado com os resultados também buscados no passado.
Características do estudo de Caso-Controle
Individuado, observacional, longitudinal retrospectivo. Parte de doente ou não doente para avaliar exposição a fator de risco no passado. Estudo rádio, fácil e barato.pode analisar vários fatores de risco ao mesmo tempo.
Fator de riso viés de memória: pacientes doentes conseguem lembrar-se melhor dos fatores de exposição.
Qual a diferença do estudo Caso Controle para o de Secção transversal
O que diferencia entre o estudo longitudinal retrospectivo do transversal é o tipo de questionário utilizado. O longitudinal interroga hábitos pregressos, enquanto que o transversal avalia o fator de risco em momento único.
Principais características dos Ensaios Clínicos
Interferir no fator causal depois de achar o risco. Melhor estudo para provar o risco. “Usa cobaia”. Compara grupos que são submetidos a uma nova intervenção e grupos submetidos a placebo/droga atual. Grande relevância em discussões de ética.
Individuado, intervenção, longitudinal.
São estudos longos, caros, com perdas, complexos, e com importante cunho social e ético
Obs.: é possível controlar todos os fatores!
Como é a evolução de uma nova droga para o mercado?
- Fase Pre Clínica: testar a droga em animais (aproximadamente 90% das drogas são abandonadas nessa fase)
- Fase Clínica: testar em humanos
- Fase I: testar a segurança da droga em humanos (poucas pessoas)
- Fase II: estabelecer a dose máxima terapêutica
- Fase III: Ensaio clínico -> estudos comparativos com o placebo -> comparar a droga com o tratamento mais tradicional, e para a droga entrar no mercado não pode ser pior do que a que já existe
- Fase IV: Vigilância pôs comercialização: após ser aprovado pela anvisa, FDA. Fase que analisa os efeitos colaterais em grande escala, podendo ser retirado do mercado se necessário.
Além do efeito específico das drogas, o ensaio clínico pode apresentar outros efeitos inespecificas
- Efeito Hawthorne: efeito comportamental devido ao fato de estar sendo observado
- Efeito Placeno: efeito causado devido à aplicação de uma intervenção semelhante a droga terapêutica.
Ensaio clínico Controlado
Presença de grupo controle. Seleção de dois grupos que serão submetidos a intervenções diferentes.
Evita o erro de interpretação: os efeitos aparecem nos dois grupos e se anulam. A amostragem deve ser probabilística.
Ensaio Clínico Randomizado
Através de sorteio. Evitar erros sistemáticos, como o erro de seleção (evitar que os pacientes com melhor quadro clínico sejam agrupados no grupo com a nova intervenção) e evitar o erro de confusão (equilibra os fatores desconhecidos)ué
Garantir que os dois grupos sejam o mais homogêneo possível.
Ensaio clínico mascarado
Evitar o erro de aferição. Pode ser aberto (quando o paciente e o médico sabem do tratamento, ex qt e cirurgia), simples cego (só o paciente não sabe), duplo cego (paciente e médico assistente não sabem), triplo cego (paciente, médico assistente e outro profissional que participa não sabem)