Farmaco Flashcards

(24 cards)

1
Q

Sobre as penicilinas naturais e suas características farmacocinéticas. V ou F:
1- Só a PEN G CRISTALINA pode ser administrada EV
2- A PEN G BENZATINA é a que tem meia vida mais longa
3- A PEN V é de uso IM
4- Todas as penicilinas naturais precisam ser administradas IM
5- O pico plasmático da PEN G cristalina é de 1h e cai em 6h, enquanto que a procaína cai em 12h
6- A benzatina é responsável por sustentar sua ação por mais tempo, durando em torno de 72h
7- Se eu quero atacar imediatamente uma infecção, minha principal escolha é a benzatina
8- A associação de PEN G cristalina com a benzatina é o clássico benzetacil

A

1- Só a PEN G CRISTALINA pode ser administrada EV (V)
2- A PEN G BENZATINA é a que tem meia vida mais longa (V)
3- A PEN V é de uso IM (F; uso oral)
4- Todas as penicilinas naturais precisam ser administradas IM (F: a cristalina pode ser EV; a pen V deve ser oral)
5- O pico plasmático da PEN G cristalina é de 1h e cai em 6h, enquanto que a procaína cai em 12h (V)
6- A benzatina é responsável por sustentar sua ação por mais tempo, durando em torno de 72h (V)
7- Se eu quero atacar imediatamente uma infecção, minha principal escolha é a benzatina (F; é a cristalina - pico em 1h)
8- A associação de PEN G cristalina com a benzatina é o clássico benzetacil (V)

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2
Q

Qual é o mecanismo de ação das penicilinas naturais?

A

Elas impedem as reações de transpeptidação das bactérias, bloqueando, portanto, a síntese da parede celular, pois não há formação do mucopeptídeo. Sem uma parede formada, o seu conteúdo fica exposto e sofre lise osmótica.

A ação é mais evidente durante o crescimento microbiano (momento em que se forma a parede).

O efeito é bactericida (elimina totalmente), indicada para indivíduos imunocomprometidos (assim como outros beta-lactâmicos)

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3
Q

Qual é o espectro de ação das penicilinas naturais?

A

Bactérias gram positivas (são elas que possuem uma camada mais espessa do mucopeptídeo)

Estreptococos, pneumococos*, anaeróbios (Clostridium tetani), treponema, leptospira sp, meningococos

  • alguns pneumococos já são resistentes
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4
Q

Qual é a exceção da classe das gram positivas que são resistentes às penicilinas naturais? Por quê?

A

Os estafilococos.

A maioria produz a enzima beta-lactamase, responsável por destruir o anel beta-lactâmico (presente em todas as penicilinas)

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5
Q

Por que as gram negativas são resistentes às penicilinas naturais?

A

As gram negativas não possuem a camada espessa de mucopeptídeo (às vezes, possui fina camada). Assim, essa classe de atb não consegue agir sobre elas.

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6
Q

Quais são as indicações terapêuticas de uso de PENICILINA G?

A
  • endocardites por estreptococos
  • febre reumática por estreptococos
  • erisipela
  • faringite bacteriana
  • gonorreia (hoje tem melhores atbs)
  • pneumonia (em associação com aminoglicosídeos)
  • sífilis
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7
Q

Quais são os possíveis efeitos colaterais do uso das penicilinas naturais?

A

As reações de hipersensibilidade podem ser graves:

  • choque anafilático com edema de glote e podendo evoluir para morte (adm adrenalina e corticóide)
  • erupções cutâneas eritematosas

obs: interação com beta-bloqueadores: aumenta o risco de reações alérgicas.
obs2: interação com probenecida (agente uricosúrico - aumenta excreção renal de ácido úrico): essa droga reduz a secreção tubular da pen G, aumentando sua meia vida (pode ser benéfico!)

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8
Q

Quais são as contra indicações do uso de penicilinas naturais?

A
  • qualquer histórico de sensibilidade aos beta-lactâmicos em geral (urticária, angioedema)
  • IR: lembrar que a biotransformação da pen G é pequena e sua eliminação ocorre por secreção tubular ativa
  • lactação e gravidez (principalmente nos primeiros 3 meses)
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9
Q

Sobre as penicilinas semi-sintéticas, V ou F:
1- ambas são administras EV
2-a ampicilina possui maior importância clínica, já que sua meia-vida é maior
3- a amoxacilina sofre pouca interferência de alimentos e sua biodisponibilidade chega a 90%, enquanto a ampicilina tem biodisponibilidade de 50% e é influenciada pela ingestão de alimentos
4- a ampicilina está disponível para aplicação injetável

A

1- ambas são administras EV (F, amoxacilina só VO)
2-a ampicilina possui maior importância clínica, já que sua meia-vida é maior (F: a amoxacilina tem maior importância clínica, pois sua meia-vida é de 8-12h, enquanto que a da ampicilina é de 1-5h)
3- a amoxacilina sofre pouca interferência de alimentos e sua biodisponibilidade chega a 90%, enquanto a ampicilina tem biodisponibilidade de 50% e é influenciada pela ingestão de alimentos (V)
4- a ampicilina está disponível para aplicação injetável (V)

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10
Q

Quais as indicações para o uso de penicilinas semi-sintéticas?

A

Amigdalites (tonsilites) causadas por infecções de estreptococos

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11
Q

Explique a associação de ácido clavulânico com as penicilinas semi-sintéticas

A

O ácido clavulânico é responsável por inibir a beta-lactamase, enzima que quebra o anel beta -lactâmico e, consequentemente, inativa a penicilina.

A estrutura desse ácido conta com um anel muito similar ao anel beta-lactâmico, de forma que a bactéria ataca o ácido e “esquece” da penicilina.

Isso permite usar a combinação em infecções por estafilococos. A associação mais comum é AMOXACILINA + CLAVULANATO (clavulin)

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12
Q

Piperacilina, penicilina semi-sintética (uma evolução na antibioticoterapia)

A

A piperacilina é um derivado semi-sintético da ampicilina com maior espectro de ação

Pode ser usada endovenosa,
mas com pequena ação no líquor – ou seja, não se usa em meningites

Suas indicações principais são pseudomonas
aeruginosa, klebisiella spp e proteus indol positivo.

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13
Q

Sobre as cefalosporinas:

A
  • beta-lactâmicos de largo espectro, podendo ser usadas tanto em gram positivas quanto negativas
  • são classificadas em gerações
  • bactericidas também (mecanismo de ação parecido com a penicilina)
  • há uma evolução crescente de eficácia contra bactérias gram negativas (3ª geração é mais forte que a 2ª, esta mais forte que a 1ª)
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14
Q

Cefalosporinas de 1ª geração:

A
  • ex: CEFALEXINA, cefalotina, cefazolina
  • endocardites, sepcetimias, infecções respiratórias e do trato urinário (podem ser associadas a aminoglicosídeos)
  • gram negativos são resistentes
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15
Q

Cefalosporinas de 2ª geração:

A
  • cefoxitina, cefoproxila
  • profilaxia de infecções em queimados, infecções dos tratos urinário e respiratório (inclusive pneumonia), profilaxia perioperatória em alguns procedimentos
  • agem mais sobre gram negativos que a 1ª geração
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16
Q

Cefalosporinas de 3ª geração:

A
  • Cefotaxima, ceftazidima, CEFTRIAXONA, cefpiroma
  • drogas de escolha (quando outras não funcionam) para infecções graves (urinário e respiratório - pneumonias graves), hospitalares e também imunocomprometidos
  • menos resistentes aos gram negativos que as outras duas gerações
  • sinergismo com aminoglicosídeos
  • em infecções por gram negativos, são drogas de 1ª escolha (incluindo meningite)
17
Q

Imipinem:

A

Beta-lactâmico “carbapenem”

Associação com cilastatina (droga inibidora da diidropeptidase, enzima que inativa o imipenem)

Bactericida de amplo espectro (parecido com as cefalosporinas).

Toxicidade: mioclonias, confusão mental, náusea, dor abdominal, até hipotensão

18
Q

Meropenem (e seu semelhante ertapenem):

A

Beta-lactâmico “carbapenem”

Semelhante ao imipenem, só que mais ativo contra cepas hospitalares de Pseudomonas (menos contra estafilococos)

Uso: infecções respiratórias complicadas (pneumonia), genitourinárias, septicemias etc

19
Q

Sobres as interações medicamentosas das sufonilureias, V ou F:
1- Essa classe de medicamento pode aumentar a biotransformação da digoxina (antiarrítmico)
2- Quando o pct é hipertenso e também apresenta DM 2, não é indicado o uso de betabloqueadores para tratar a HAS, já que ele pode diminuir a liberação de insulina (o que reduz a ação das sufoniluréias)
3- As sufonilureias podem mudar o metabolismo do álcool, formando aldeído, levando a reações do tipo dissulfiram
4- Fenobarbital (antiepiléptico) pode aumentar a biotransformação dessa classe de medicamentos, reduzindo seu efeito

A

1- Essa classe de medicamento pode aumentar a biotransformação da digoxina (antiarrítmico) (V)
2- Quando o pct é hipertenso e também apresenta DM 2, não é indicado o uso de betabloqueadores para tratar a HAS, já que ele pode diminuir a liberação de insulina (o que reduz a ação das sufoniluréias) (V)
3- As sufonilureias podem mudar o metabolismo do álcool, formando aldeído, levando a reações do tipo dissulfiram (V: náuseas, vômitos, confusão mental)
4- Fenobarbital (antiepiléptico) pode aumentar a biotransformação dessa classe de medicamentos, reduzindo seu efeito (V)

20
Q

Fale sobre os aminoglicosídeos e dê exemplos

A

São bactericidas injetáveis (todos) contra AGENTES GRAM NEGATIVOS: estreptomicina (hoje só tuberculose), gentamicina, amicacina

Inibem a síntese de proteínas das bactérias gram negativas: interferem na leitura (transcrição) do RNAm para RNAt

É transporte ativo dependente: não age em anaerobiose!!

21
Q

Explique as interações:
1- aminoglicosídeos e cloranfenicol
2- aminoglicosídeos e penicilinas

A

1- O cloranfenicol inibe a ação dos aminoglicosídeos, pois ambos agem na mesma região (transcrição bacteriana)

2- Sinergismo entre penicilinas e aminoglicosídeos. Isso porque as primeiras agem de forma a inibir a síntese da parede celular, enquanto que a segunda impede a síntese proteica, somando, portanto, as duas ações.

22
Q

Explique o “problema” dos aminoglicosídeos

A

A rapidez com que se desenvolve resistência aos aminoglicosídeos é superior do que qualquer outro atb

Obs: amicacina parece ser menos vulnerável à ação enzimática das bactérias que a gentamicina.

23
Q

Sobre a farmacocinética dos aminoglicosídeos:

A
  • Não são absorvidos pelo TGI (uso IM ou EV)
  • Não ultrapassam BHE (não atua na meningite)
  • Atravessa a placenta: ataca o feto

Posso utilizar os aminoglicosídeos em conjuntivite bacteriana, blefarite, ITUs (nefrite, cistite), e infecções respiratórias, infecções por gram + (associado a vancomicina)

24
Q

Fale sobre a toxicidade dos aminoglicosídeos

A

1- Ototoxicidade é dose dependente: promove lesão agressiva no órgão vestibular (na cóclea, promove alteração na concentração de K+ no líq vestibular) - vertigem, zumbido
2- Nefrotoxicidade dose dependente: há agressão nas células tubulares, com alterações nas mitocôndrias (contraindicado em nefropatia diabética