Fatores de risco (medidas de associação) Flashcards

1
Q

O que é um risco?

A

É uma variável que depende do grau de exposição do indivíduo aos fatores de risco.

Quando o indivíduo se expõe ao fator de risco, ele tem uma chance maior de ficar doente.

O fator de risco constitui uma variável independente, e a doença que ele pode causar é a variável dependente.

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2
Q

Qual o conceito básico de um fator de risco genético?

A

É uma predisposição genética do indivíduo que se constitui em um fator que aumenta a chance desse indivíduo adquirir uma doença.

Ex.: Gene BRCA aumenta o risco do câncer de mama; então esse gene promove alterações morfofisiológicas na célula que aumentam a chance de ocorrer um câncer, sendo, portanto, um fator de risco.

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3
Q

Qual o conceito básico de fator de risco ambiental?

A

São faotes associados ao ambiente que aumentam o risco de adoecimento.

Como a presença de um vetor de certa doença, ou a própria poluição.

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4
Q

Qual o conceito básico de fator de risco social?

A

São fatores associados a pessoas que aumentam o risco de doenças.

Como as aglomerações, que aumentam a chance de transmissã ode doenças respiratórias, ou então o luto, que aumenta a chance de depresão, o estresse,…

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5
Q

Qual o conceito básico de fator de risco comportamental?

A

São fatores associados a hábitos e comportamentos de vida do indivíduo que podem conduzir ao adoecimento dele.

Como o tabagismo, alcoolismo, …

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6
Q

Como o tempo de exposição a um fator de risco aumenta a chance de ocorrência da doença?

A

Existem doenças que só são causadas diante de exposição prolongada a um fator de risco; em que uma única exposição ao fator sequer constitui fator de risco.

Ex.: sair no sol uma vez não vai causar câncer de pele, mas prolongadamente, irá constituir fator de risco.

No entanto, existem doenças em que uma exposição única àquele risco já constitui fator de risco diretamente; Se se expor uma vez, já está arriscando desenvolver a doença.

Ex.: Tomar uma dose muito grande de AAS uma única vez já constitui risco de adoecimento

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7
Q

Como a intensidade de exposição ao fator de risco pode aumentar a predisposição à patologia?

A

No caso, segundo o grau de exposição a ofator de risco pode levar a formas progressivamente mais graves da doença.

Como:
-Câncer não-melanômico: causado por excesso de tempo sob exposição moderada ao sol.

-Câncer melanômico: causado por algumas poucas exposiçòes a um sol muito intenso.

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8
Q

O que é um fator de risco com latência longa?

A

É quando o indivíduo se expõs a um fator de risco há muito tempo, às vezes nem sequer lembra de ter se exposto, e posteriormente essa exposição vem a causar a patologia.

Como por exemplo quando pacientes realizam radioterapia para amigdalite durante a infância, e já em idade avançada vem a desenvolver câncer de tireóide

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9
Q

Uma patologia usualmente é derivada de um único fator de risco ou múltiplos?

A

De múltiplos fatores de risco.

No entanto, se expor a alguns fatores de risco vai trazer muito maior probabilidade de desenvolver a doença do que se expor a outros.

Por exemplo, o principal fator à ICC é aumento de PA, com um risco relativo de 3: os pacientes que possuem HAS têm 3x maior chance de desenvolver a ICC.

Pode haver um fator de risco à ICC com risco relativo só de 1,1. Então, exposição àquele fator aumenta a chance em só 1,1x.

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10
Q

Estudos de risco (à verificação da influência de um fator de risco ao desenvolvimento da patologia) pode ser estudo experimental?

A

Não.

Pois isso constitui um fator antiético, já que é provocado um fator de risco a uma doença, e deixa-o agir sobre o paciente, podendo causar danos permanentes a sua saúde.

Estudos de risco sã oapenas observacionais, sem interferência do pesquisador, mas avalia os hábitos de vida dos pacientes e relaciona estes à ocorrência de patologias.

Principais estudos são:
-Caso controle
-Coorte

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11
Q

O fator de risco é determinante para a ocorrência de uma doença?

A

Não.

O fator de risco é preditivo, ele indica um aumento na incidência da doença nos indivíduos expostos àquele fator, mas não pode dar nenhuma garantia de que aquela doença vai ocorrer no indivíduo exposto.

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12
Q

Como saber que o indivíduo com uma determinada sintomatologia está exposto a determinado fator de risco auxilia no diagnóstico?

A

Existem doenças muito influenciadas pela exposição a fatores de risco.

O paciente pode ter sintomatologia de uma dessas doenças, mas não estando exposto ao fator, esse diagnóstico é descartado.

Por outro lado, se o paciente tem sintoma a uma doença e estava exposto ao fator de risco àquela doença, isso é mais confirmatório.

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13
Q

O que é um marcador de fator de risco?

A

É como se fosse um fator de risco indireto à doença.

Como por exemplo, sabe-se que a presença do HPV no colo uterino é o verdadeiro fator de risco ao desenvolvimento de câncer de colo.

HPV é uma DST, e se forem achados outras DSTs como gonorreia ou clamydia na mulher, isso pode indicar que ela está “exposta ao fator de risco” ao câncer, então a presença de gonorréia ou clamydia é um marcador de fator de risco.

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14
Q

Como é estabelecida e calculada a comparação de riscos em um estudo?

É A CADA QUANTOS HABITANTES? É EM QUE PERÍODO DE TEMPO? QUAL É A “UNIDADE” PARA O VALOR ENCONTRADO?

A

Tem-se o cálculo de casos a cada 1000 indivíduos expostos ao fator de risco por ano.

Ex.:
mortalidade por câncer de pulmão em fumantes= 0,96/1000/ano

mortalidade por câncer de pulmão em não-fumantes=0,07/1000/ano

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15
Q

Qual o conceito de risco absoluto ?

A

É a incidência, ou seja, a quantia de novos casos da doença a cada 1000 hab., por exemplo.

É o risco geral do indivíduo comum adoecer.

Estabelecido no estudo de coorte.

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16
Q

Qual o conceito de risco atribuível (RA)?

A

É “qual o risco adicional do indivíduo adoecer acrescentado pelo fator de risco?”

Ou seja, se o indivíduo não fuma, existe um certo risco de ele desenvolver mesmo assim o câncer de pulmão, mas fumando, esse risco é aumentado.

Esse aumento pode ser calculado pelo estudo, verificando a incidência da doença nos expostos e não expostos.

RA= Ie-Ine

RA= 0,96-0,07=0,89

Ou seja, fumar acresce como risco atribuível ao desenvolvimento de câncer de pulmão 0,89 casos adicionais de câncer a cada 1000 que fumam.

17
Q

Qual o conceito de risco relativo?

A

É uma taxa de quantas vezes maior é o risco de desenvolver uma doença para os expostos ao fator de risco em relação aos não expostos.

Expressão de quão associada a ocorrência da doença está a exposição ao fator de risco.

Ie/Ine

0,96/0,07=13,7

RR=13,7 para câncer de pulmão, logo, os fumantes tem uma chance que é 13,7x a chance do não fumante contrair esse câncer.

13,7x a chance é um acréscimo de 1270% nas chances do indivíduo ter câncer

Se o risco relativo for menor que 1, a exposição ao fator está na verdade protegendo o indivíduo de ter a doença; os não expostos estão mais adoecidos que os expostos

Se o risco relativo = 1; esse fator de risco é irrelevante ao desenvolvimento da doença

18
Q

Qual é o conceito de risco atribuído na população?

A

Quando se calcula o risco atribuído, isso é uma medida individual, ou seja, serve para o indivíduo entender que se ele começar a fumar, a sua chance de desenvolver câncer de pulmão vai de 0,07 a 0,96.

Quando o risco atribuído é aplicado na populaçào geral, pelo RApop, é para avaliar o potencial do fator de risco em produzir doença na população geral.

Isso deve levar em conta o risco atribuído e a porcentagem da população exposta ao fator de risco: se o risco atribuido é 0,89 e 40% da população está exposta a esse risco, então a populaçào como um todo, 100% dela, está com risco atribuido de 0,35/1000/ano -> o indivíduo aleatório tem, na média, esse risco atribuído.

Isso baliza medidas públicas de combate ao fator de risco.

Nesse caso, é por 1000hab. e não pode 1000 fumantes.

Assim, se define o risco atribuído aplicado àquela população.

19
Q

Qual o conceito de incidência total?

A

É o fator de risco geral ao desenvolvimento da doença independentemente da presença do fator de risco.

Quantia de pessoas fumantes que desenvolveram câncer de pulmão + quantia de pessoas não fumantes que desenvolveram câncer de pulmão.

É a soma relativa da incidência levando em conta a porcentagem de pessoas expostas e não expostas.

Faz-se dessa forma:
-Ie= 200/1000/ano
-Ine= 10/1000/ano

Prevalência expostos = 30%
Prevalência não expostos=70%

Se o 200 está para 1000 pessoas, tem-se 60 para 300 pessoas (os 30% expostos)

Se temos 10 para 1000 pessoas, temos 7 para 700 pessoas (70% não expostos)

Incidência total= 60 + 7 = 67 (média do Ie+ine segundo prevalência deles/ponderada)

20
Q

O que é a fração atribuível ao fator de risco?

A

A fração atribuível ao fator de risco parte da incidência (novos casos) de um agravo numa certa cidade.

Essa fração indica, a partir do risco atribuível na população (RApop), a quantia de novos casos que pode ser atribuída à exposição coletiva ao fator de risco.

Incidência= novos casos naquela população
RApop= Exposição média comum ao fator de risco daquela população, apenas o risco acrescido pelo fator de risco à população como um todo.

Ex.: fração atribuível de 70%, logo 70% dos casos da doença derivam da exposição pelo fator de risco.

%= RApop/incidência total