FRATURA DO ÚMERO PROXIMAL Flashcards

1
Q

Fratura do úmero proximal

  • Epidemiologia:
A
  • 4° fratura osteoporótica mais comum
    • 1° vértebra // 2° fêmur proximal // 3° rádio distal
  • Corresponde a cerca de 4 a 5% das fraturas
  • 2° fratura mais comum do ombro (perde para clavícula)
  • 70% em mulheres
  • Pico unimodal aos 84 anos
  • Geralmente decorrem de trauma de baixa energia
  • Maioria sem desvio
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2
Q

Fratura do úmero proximal

  • Fatores de risco:
A
  • Mulher
  • Osteoporose
  • Idade avançada
  • Magra
  • Calcasiana
  • Pós menopausa
  • Outros:
    • DM
    • Drogas (álcool / anticovulsivantes)
    • Déficit visual e auditivo
    • Depressão
    • Outra fratura por osteoporose
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3
Q

Fratura do úmero proximal

  • Fatores de proteção(2):
A
  • Reposição hormonal
  • Suplementação com Cálcio
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4
Q

Fratura do úmero proximal

  • Mecanismo de trauma:
A
  • Queda da própria altura
    • Impacto do úmero vs glenóide → fratura na articulação glenoumeral (head-split)
    • Força de tensão do manguito rotador → fratura da tuberosidade maior
    • Fratura em dobradiça → fratura geralmente o colo cirúrgico, com desvio em varo ou valgo
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5
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais são os parâmetros radiográficos de redução?
A
  • Cobertura articular → 160°
  • Ângulo cervicodiafisário → 135°
  • Distância cabeça-TM → 8 a 10 mm
  • Retroversão → 30°
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6
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais os dois padrões de fratura mais comuns?

Relacionados ao colo cirúrgico

A
  • Varo → diminuição do ângulo cervicodiafisário
  • Valgo → aumento do ângulo cervicodiafisário
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7
Q

Fratura do úmero proximal

  • Com relação ao mecanismo de trauma, como ocorrem os padrões de fratura em valgo e varo?
A
  • Varo → Trauma direto em adução
  • Valgo → Trauma em flexão anterior + abdução + rotação interna (paciente tentou apoiar o membro na queda)
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8
Q

Fratura do úmero proximal

  • Principais lesões associadas (2):

De forma geral, não são comuns

A
  • Fratura de rádio distal (3%)
  • Fratura de fêmur proximal (2%)
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9
Q

Fratura do úmero proximal

  • Associação com lesão vascular é comum? Qual a artéria mais acometida?
A
  • É incomum, porém grave
    • Pode ocorrer lesão da artéria axilar
    • Há necessidade de amputação em 21% dos casos
    • Comum a ocorrência nas fraturas do colo cirúrgico com desvio acentuado para medial
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10
Q

Fratura do úmero proximal

  • Associação com lesão neurológica é comum? Qual a artéria mais acometida?
A
  • É bem comum (66%) → relacionada a fratura do colo cirúrgico desviada e luxações
    • Lesão do n. axilar em 58% dos casos (aparência de sub-luxação inferior no RX)
      • O n. axilar é responsável pelo tônus do m. deltóide
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11
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual a distribuição, por idade, da associação com lesão do manguito rotador (MR)?
A
  • < 60 anos → 6% apresentam lesão de MR
  • > 60 anos → 30% apresentam lesão de MR
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12
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais as incidências radiográficas da “série trauma” de ombro?
A
  • Ap (Grashey)
  • Perfil escapular (“Y” de Neer)
  • Axilar
  • Axilar de Velpeau
  • Axilar de Codman
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13
Q

Fratura do úmero proximal

  • Incidência Ap (Grashey):
A
  • O raio central é direcionado para o processo coracóide, geralmente angulado 20º no sentido caudal
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14
Q

Fratura do úmero proximal

  • Incidência perfil escapular (“Y” de Neer):
A
  • Esse posicionamento produz uma imagem de perfil verdadeiro da escápula e da articulação glenoumeral, demonstrando a posição da cabeça do úmero em relação à fossa glenoide
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15
Q

Fratura do úmero proximal

  • Incidência de Velpeau:
A
  • Modificação da incidência axilar (evitada na luxação glenoumeral)
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16
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual o padrão ouro de exame de imagem?
A
  • Tomografia
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17
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais as indicações de ressonância magnética (2)?
A
  • Fratura oculta
  • Fratura patológica
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18
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais os fragmentos de Codman?
A
  • Tuberosidade maior
  • Tuberosidade menor
  • Diáfise
  • Cabeça umeral
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19
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual a localização dos colos anatômico e cirúrgico?
A
  • Colo anatômico → intra-articular e acima da tuberosidade maior
  • Colo cirúrgico → abaixo das tuberosidades e extra-articular
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20
Q

Fratura do úmero proximal

  • Porque é importante identificar o cabo longo do bíceps?
A
  • O cabo longo do bíceps é um “norte” durante a cirurgia
  • Orienta onde se encontra a tuberosidade maior e menor, auxiliando assim na redução
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21
Q

Fratura do úmero proximal

  • Como é a vascularização da cabeça umeral?
A
  • Partem dois ramos da artéria axilarart. circunflexa anterior e art. circunflexa posterior
    • Art. circunflexa anteriorart. arqueada (ascende lateral ao sulco do bíceps)
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22
Q

Fratura do úmero proximal

  • Anatomia aplicada - Qual artéria é mais importante na vascularização da cabeça umeral?
A
  • Art. circunflexa anterior. No entanto, o do Livro do Geraldo Motta menciona estudos da importância da art. circunflexa posterior
  • A art. circunflexa posterior compensa em prováveis lesões da art. circunflexa anterior advento da própria fratura ou da cirurgia
23
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais estruturas demarcam o espaço quadrangular (quadrilátero) e o que passa em seu interior?
A
  • Limites
    • Redondo Menor (Superior)
    • Redondo Maior (Inferior)
    • Diáfise / Cabeça lateral (curta) do tríceps (lateral)
    • Cabeça longa do tríceps (medial)
  • Passa em seu interior
    • Nervo axilar
    • Art. circunflexa posterior umeral
24
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual o desvio da tuberosidade maior em caso de fratura?

Bizu: pensar nas inserções musculares

A
  • Desvia para posterior
    • Ocorre tração pelo rotadores externos
25
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual o desvio da face articular da cabeça umeral em caso de fratura da tuberosidade maior?

Bizu: pensar nas inserções musculares

A
  • Desvia para posterior
    • Subescapular rotaciona interno
26
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual o desvio da tuberosidade menor em caso de fratura?

Bizu: pensar nas inserções musculares

A
  • Desvia para anterior
    • Subescapular medializa / roda interno o fragmento
27
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual o desvio da face articular da cabeça umeral em caso de fratura da tuberosidade menor?

Bizu: pensar nas inserções musculares

A
  • Desvia para anterior
    • infraespinal rotaciona externo
28
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual o desvio dos fragmentos em caso de fratura do colo cirúrgico umeral?

Bizu: pensar nas inserções musculares

A
  • A diáfise umeral é aduzida (medializada) por ação do peitoral maior
  • A cabeça é abduzida por ação do manguito rotador (supraespinal)
29
Q

Fratura do úmero proximal

  • Pela classificação de Neer, qual a definição de “uma parte”?
A
  • Desvio > 1 cm (geralmente utilizado para tuberozidades) OU
  • Angulação > 45° (geralmente utilizado para colo cirúrgico)
  • Exceção → ascensão de 0,5 cm da tuberosidade maior é considerada uma parte → impacto e perda de força
30
Q

Fratura do úmero proximal

  • Classificação de Neer:
A
  • 1 parte → 50% dos casos
  • 2 partes → 37% dos casos (fratura do colo cirúrgico corresponde a 28%)
  • 3 partes → 9% dos casos
  • 4 partes → 3% de todos os casos

obs: a classificação de Neer não engloba alguns tipos especiais de fratura

31
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual a definição de Head split e qual o sinal característico na radiografia?
A
  • Fratura articular da cabeça umeral
  • Sinal do duplo contorno é evidenciado
32
Q

Fratura do úmero proximal

  • Classificação AO:
A
33
Q

Fratura do úmero proximal

  • V ou F:
  • A classificação de Mayo - Fundação Jimene Diaz (FJD) é descritiva e leva em consideração o padrão de fratura.
A
  • Verdadeiro
34
Q

Fratura do úmero proximal

  • Classificação de Mayo FJD - Características de fraturas em varo posteromedial:
A
  • Mais frequente
  • Cominuição posteromedial
35
Q

Fratura do úmero proximal

  • Classificação de Mayo FJD - Características de fraturas em valgo:
A
  • Maior chance de PSA
  • Cominuição lateral
  • Maior chance de osteonecrose
  • Maior chance de impacto
36
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual a escolha do tratamento cirúrgico na maioria dos casos?
A
  • RAFI com placa bloqueada
  • 36% de complicações
37
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual a indicação de tratamento conservador nas fraturas:
  • Colo cirúrgico ?
  • Tuberosidades ?
  • Valgo ?
  • Varo ?
A
  • Colo cirúrgico → quando há bom contato ósseo
  • Tuberosidades → < 1,0 cm de desvio (0,5 cm para TM) ou menos de 20% de cobertura da cabeça
  • Valgo → quando a cabeça não está superolateral - ângulo cervicodiafisário < 180° ou desvio < 45° de valgo
  • Varo → ângulo cervicodiafisário > 90° ou desvio < 45° em varo

ângulo cervicodiafisário é de 135°

38
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual é a indicação de tratamento cirúrgico?
A
  • Colo cirúrgico → sem contato ósseo
  • Tuberosidades → > 1,0 cm de desvio (0,5 cm para TM) ou mais de 20% de cobertura da cabeça
  • Valgo e Varo → desvio > 45° para varo ou valgo (ângulo cervicodiafisário > 180° ou < 90°)
  • Fratura Head split
  • Fraturas luxações
39
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais os principais tipos de acesso (2)?
A
  • Delta peitoral
    • Maior dissecção de partes moles
    • Pior acesso posterior
  • Lateral
    • Cuidado com n. axilar
  • Melhor acesso para TM com desvio posterior
40
Q

Fratura do úmero proximal

  • No tratamento cirúrgico, quais os critérios para definição de qual síntese utilizar?
A
  • Fratura de 3-4 partes em idosos
  • Fratura Head Split > 40% de acometimento da articulação
  • Fraturas / luxações
  • Espessura da diáfise < 4 mm (osteoporose)
  • Alta chance de osteonecrose (critérios de Hertel)
  • Não preencheu os critérios → RAFI com placa bloqueada
  • Preencheu os critérios → Artroplastia reversa de ombro
41
Q

Fratura do úmero proximal

  • No tratamento com RAFI, qual deve ser o posicionamento da placa e o que pode ser feito para diminuir a possibilidade de perda de redução?
A
  • Distância cabeça-TM (A) → 8 a 10 mm
  • Distância placa-cabeça (B) → 13 a 18 mm
  • Distância TM-paca (B-A) → 5 a 8 mm
  • A placa deve estar posicionada 0,5 a 1,0 cm lateral ao sulco do bíceps
  • Amarrilha do manguito rotador diminui a chance de perda de redução
  • O enxerto ósseo diminui a chance de perda de redução em fraturas de 3-4 partes

Bizu: 5 (TM-placa) → 10 (cabeça-TM) → (placa-cabeça) 15

42
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais a importância do parafuso no cálcar?
A
  • Dá suporte à fratura e evita falha → evita desvio em varo
43
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais as principais indicações (2) e complicação da HIM no tratamento de fraturas de úmero proximal?
A
  • Indicações
  • Fratura do colo cirúrgico isolado
  • Fratura do colo cirúrgico e tuberosidade maior sem cominuição
  • Complicação
  • Dor no ombro, visto que a inserção da haste é no manguito rotador
44
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais as indicações da hemiartroplastia?
A
  • Fratura de 3-4 partes em idosos
  • Fratura Head Split > 40% de acometimento da articulação
  • Fraturas / luxações
  • Espessura da diáfise < 4 mm (osteoporose)
  • Alta chance de osteonecrose (critérios de Hertel)
  • Resultado mais imprevisível que a ARO
  • Depende da consolidação das tuberosidades

Mesmas indicações da artroplastia reversa de ombro (ARO)

45
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais as indicações e vantagens da artroplastia reversa do ombro (ARO)?
A
  • Fratura de 3-4 partes em idosos
  • Fratura Head Split > 40% de acometimento da articulação
  • Fraturas / luxações
  • Espessura da diáfise < 4 mm (osteoporose)
  • Alta chance de osteonecrose (critérios de Hertel)
  • Resultado mais previsível que a hemiartroplastia
  • Não depende da consolidação das tuberosidades
46
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais as vantagens e complicações da pinagem percutânea?
A
  • Vantagens
    • Menor agressão de partes moles
    • Menor risco de osteonecrose
  • Complicações
    • Infecção no trajeto dos pinos
    • Perda de redução
    • Lesão do n. axilar
47
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais as principais complicações das fraturas do úmero proximal (6)?
A
  • Rigidez articular (mais comum)
  • Perfuração condral com parafusos (trat. com RAFI)
    • Primária → iatrogência
    • Secundária → osteonecrose (parafuso migra)
  • Consolidação viciosa (trat. conservador)
  • Osteonecrose
  • Pseudoartrose (incomum)
  • Perda de redução
48
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual complicação mais comum?
A
  • Rigidez articular
    • Multifatorial
    • Ganho até 1 ano de fisioterapia
49
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual a principal complicação do tratamento conservador?
A
  • Consolidação viciosa
    • Bem tolerado pelo paciente
50
Q

Fratura do úmero proximal

  • Qual a complicação mais comum da síntese com placa e parafusos em úmero proximal?
A
  • Perfuração condral com parafusos
    • 20% dos casos
51
Q

Fratura do úmero proximal

  • Quais os principais critérios de Hertel para osteonecrose da cabeça umeral ? (3)
A
  • Desvio do calcar medial > 2,0 mm
    • desvio da diáfise ou da cabeça umeral
  • Extensão metafisária < 8 mm
    • Quanto < → pior o prognóstico
  • Fraturas articulares (colo anatômico e head split)
  • Combinação destes 3 critérios → 97% de chance de isquemia
52
Q

Fratura do úmero proximal

  • Evolução com PSA é comum?
A
  • Não!
  • Quando ocorre, o padrão de fratura mais comum são as do colo cirúrgico com grande desvio
53
Q

Fratura do úmero proximal

  • Como prevenir a perda de redução na RAFI?
A
  • Melhorando as técnicas cirúrgicas
    • Amarrilha do manguito
    • Enxerto (em fratura de 3-4 partes)
    • Parafuso no calcar
    • Placa bloqueada