Glicopeptídeos, lipopeptídeos, oxazolidinonas Flashcards

1
Q

Características gerais glicopeptídeos:

A
► Características Gerais
• Resistentes às β-lactamases
• Incapazes de utilizar o mecanismo de
transporte das células do TGI
• Não atravessam com facilidade a BHE
• Bactérias aeróbias e anaeróbias
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2
Q

Mecanismo de ação glicopeptídeos:

A
► Mecanismo de Ação
• Ação BACTERICIDA!
• Inibição da síntese da parede celular
− Bactérias em multiplicação ativa
− Lise osmótica 
• Antagonistas competitivos
− Fixam-se às pontes que ligam as unidades de peptídeo
− Impedem a polimerização da cadeia peptideoglicana
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3
Q

Espectro de ação glicopeptídeos:

A

► Espectro de Ação - NAO AGE EM GRAM -
• Staphylococcus aureus, staphylococcus
epidermidis, Streptococcus sp., Bacillus anthracis, Corynebactrium, Actinomyces, Clostridium sp., MRSA, Enterococos resistentes à ampicilina e Pneumococos resistentes à penicilina.

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4
Q

Farmacocinética Vancomicina:

A

1) Vancomicina
▪ Via de Administração: IV(gotejamentolento e muito diluída); IM (evitar, pois pode gerar dor e flebite); Peritoneal (em caso de peritonite por ORSA); Intraventricular (em caso de meningite). Pobre absorção pelo TGI.
▪ Distribuição: Ligação a proteínas plasmáticas 10 – 55%; Presente em líquidos pericárdico, pleural, sinovial, ascítico, LCR com meningite, urina, fígado, pulmão, coração, aorta e interior de abscessos, ossos e bile; T 1⁄2: 6 – 8h.
▪ Metabolismo: Não é metabolizada.
▪ Eliminação: Mais de 80% em 24h por via renal (filtração glomerular) – droga ativa;
Mínima pela bile.

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5
Q

Efeitos adversos vancomicina:

A

▪ Efeitos Adversos: Síndrome do homem/pescoço vermelho; Leucopenia; Eosinofilia; Náuseas; Nefrotoxicidade (diminui clearance de creatinina); Ototoxicidade.
OBS: Síndrome do homem/pescoço vermelho − Reação eritematosa, com prurido e hipotensão, acometendo face, pescoço e tronco. Apresenta relação com doses altas e maior velocidade de infusão da droga.

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6
Q

Farmacocinética teicoplanina:

A

Teicoplanina
▪ Via de Administração: IV(gotejamento lento
e muito diluída); IM ; Peritoneal (em caso de peritonite por ORSA); Intraventricular (em caso de meningite). Pobre absorção pelo TGI.
▪ Distribuição: Ligação a proteínas plasmáticas 90 – 95%; Maior dose na endocardite e não penetra no LCR; T 1⁄2: 70h.
▪ Metabolismo: 5% é metabolizada em droga ativa.
▪ Eliminação:Viarenal–25%em24h;48%em 96h e 59% após 8 dias.

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7
Q

Efeitos adversos teicoplanina:

A

Efeitos Adversos:
− Erupção maculopapular transitória,
exantema urticariforme, febre, leucopenia transitória e diminuição da audição para sons de alta frequência – Menos de 5% dos pacientes
− Potencial de nefrotoxicidade e ototoxicidade menor do que a Vancomicina
− Raramente pode causar o quadro da síndrome do homem vermelho
OBS: Para ambas as drogas, em caso de IR ou câncer, pode haver acúmulo do fármaco, devendo-se ajustar a dose se administração parenteral.

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8
Q

Usos clínicos glicopeptídeos:

A

Usos Clínicos
• Infecções estafilocócicas graves
− Pacientes alérgicos às penicilinas e cefalosporinas
− Resistentes à meticilina e oxacilina
✓ Pneumonias, osteomielites, sepses, celulites, abscessos e endocardites estafilocócicas – Vancomicina e
Teicoplanina
✓ Meningoencefalites – Vancomicina
• Endocardites por estreptococos em alérgicos às penicilinas (e profilaxia)
• Infecções graves por pneumococos multirresistentes
• Sepses e meningites causadas por Listeria monocytogenes
• Colite causada por Clostridium difficile

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9
Q

Interação Medicamentosa glicopeptídeos:

A

• Potencialização da nefrotoxicidade e
neurotoxicidade de ambas as drogas quando associadas a aminoglicosídeos.
• Frasco: Hidrocortisona, cloranfenicol,
meticilina e heparina.
• Oral: Colestiramina (colite
pseudomembranosa) Dois remédios para uma mesma doença que não podem ser usados simultaneamente

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10
Q

Resistência a glicopeptídeos:

A

► Resistência
• GISA: Staphylococcus aureus com resistência intermediária aos glicopeptídeos
• GRSA: Staphylococcus aureus resistentes aos
glicopeptídeos
• VRE: Enterococcus resistentes à vancomicina
– Enterococcus faecium, Enterococcus faecalis, Enterococcus to-negativos e Staphylococcus aureus
• VRSA: Gene vanA-Enterococcus

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11
Q

Características gerais lipopeptídeos :

A

► Características Gerais
• Primeiro representante derivado sintético
para uso clínico é a Daptomicina (Cubicin®).
• Espectro de ação similar ao dos glicopeptídeos − Staphylococcus aureus, staphylococcus epidermidis, Streptococcus sp., Bacillus anthracis, Corynebactrium, Actinomyces, Clostridium sp., MRSA, Enterococos resistentes à ampicilina e Pneumococos resistentes à penicilina.

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12
Q

Ação lipopetídeos:

A

• Ação BACTERICIDA!
− Ligação à membrana citoplasmática das bactérias gram-positivas, levando à: 1) Despolarização da membrana; 2) Efluxo de potássio e outros íons; 3) Perda de ATP e enzimas.
− Inibição da síntese do peptideoglicano da parede celular bacteriana.
− Inibição da síntese do ácido lipoteicoico da membrana citoplasmática.
− Tem efeito pós-antibiótico contra Staphylococcus e Enterococcus prolongado, por até 6h.

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13
Q

Espectro de ação lipopeptídeos:

A
  • MRSA
  • Staphylococcus epidermidis
  • Listérias*
  • VRE
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14
Q

Farmacocinética lipopeptídeos:

A

► Farmacocinética
• Via de Administração: IV.
• Distribuição: Ligação a proteínas
plasmáticas 94%; Não atravessa a BHE; T 1⁄2
6h.
• Eliminação: 86% por via urinária sob sua
forma ativa.

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15
Q

Usos clínicos lipopeptídeos:

A

► Usos Clínicos
• Ineficaz contra infecções bronco-
pulmonares, pois interage com o surfactante pulmonar e sofre inibição seletiva da sua atividade microbiana no fluido que reveste o epitélio pulmonar.
• Sepse e endocardite estafilocócica.
• Infecções causadas por bactérias gram- positivas resistentes à Vancomicina e à
Teicoplanina.
• Infecções de pele e tecido celular
subcutâneo por Staphylococcus e Streptococcus.

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16
Q

Efeitos adversos lipopeptídeos:

A

► Efeitos Adversos
• Miosite (fraqueza muscular e mialgia das
mãos, punhos e antebraços, precedida de elevação da CPK sérica) – É reversível com a retirada da droga e não há qualquer alteração na musculatura cardíaca ou em músculos lisos.

17
Q

Considerações gerais oxazolidinonas:

A

► Características Gerais
• Principal representante: Linezolida (Zyvox®)
• Não apresentam resistência cruzada com
qualquer outro antimicrobiano.
• Pode ser administrada em crianças.
• Somente em situações de elevada gravidade
está justificado seu uso durante a gestação e lectação.

18
Q

Mecanismo de ação a oxazolidinonas :

A

► Mecanismo de Ação
• Ação BACTERIOSTÁTICA!
− Liga-se à subunidade 50s do ribossomo, impedindo o início da síntese proteica.

19
Q

Espectro de ação oxazolidinonas:

A

• Gram-positivos: ORSA e VRSA,
Pneumococcus sp. resistentes à Penicilina, Enterococcus faecalis e faecium resistentes à Ampicilina e à Vancomicina, Streptococcus pyogenes, Corynebacterium, Listeria e Clostrídios.
• Anaeróbios: Não possuem boa atividade contra Bacterioides fragilis e Prevotella.
• Gram-negativos: Não possuem atividade!

20
Q

Farmacocinética oxazolidinonas:

A

► Farmacocinética
• Via de administração: VO – 100% de
absorção. Alimento não afeta a atividade. Atinge a concentração sanguínea máxima em 1 a 2h.
• Distribuição: T 1⁄2 4 – 6h. −
• Metabolismo: Parcialmente no fígado, pelo
processo de oxidação – Derivado inativo.
• Excreção: 70% por via renal, sendo 30% como droga não modificada; Outra parte por
via biliar.
OBS: Não é necessária a correção da dose em DRC leve e moderada e insuficiência hepática. Em caso de diálise, sua administração deve ser feita após a mesma.

21
Q

Usos clínicos oxazolidinonas:

A

• Infecções por microorganismos resistentes
• Pacientes alérgicos aos β-lactâmicos
• Infecções pulmonares nosocomiais ou
adquiridas na comunidade, de pele e tecido subcutâneo causadas por estafilococos resistentes à oxacilina.
• Infecções causadas por enterococos, incluindo infecção urinária, infecção intra- abdominal e sepse, especialmente as causadas por bactérias resistentes à ampicilina ou à vancomicina – MSSA, MRSA, VRSA e VRE.
• Neutropenia e endocardite por estafilococos e enterococos.
• Meningite por estafilococos e enterococos, além de ventriculites pós-neurocirurgia.
• NÃO está indicada para osteomielite,
infecção de corrente sanguínea associada a cateter e endocardite infecciosa. Nesses casos:
− Vancomicina, se MRSA
− Daptomicina, se VRSA

22
Q

Efeitos adversos oxazolidinonas:

A

• De maneira geral, é bem tolerado.
• Efeitos colaterais de BAIXA gravidade:
Náuseas, dor abdominal, vômito, diarreia, descoloração da língua, cefaleia e alteração do paladar.
• Efeitos colaterais de LONGA duração
− Depressão medular com trombocitopenia, anemia e granulocitopenia – Duração > 14 dias, sendo reversível com a suspensão da
Neuropatia periférica com acometimento de fibras sensoriais e motoras, levando ao entorpecimento nas mãos, pernas, pés e sensação dolorosa, principalmente nos pés e perda sensorial nas mãos e nos pés, além de alteração visual bilateral, diminuição da acuidade visual e alteração visual para cores.

23
Q

Fármacos de grande peso molecular versus farmacocinética:

A

Ex. glicopeptídeos

Causam liberação de histamina se foram administrado rapidamente, como na Síndrome do Homem do Pescoço Vermelho.

24
Q

Interações medicamentosas oxazolidinonas:

A


Interações Medicamentosas
• Interage com simpaticomiméticas e recaptação de serotonina.
− Síndrome da Serotonina: Pseudoefedrina, fenilpropanolamina, paroxetina, citalopram e outros.
• Não interfere com o sistema do citocromo P450, logo, não modifica a concentração de medicamentos que são metabolizados por este sistema enzimático, como varfarina, teofilina, digoxina, midazolan e outros.

25
Q

Panicilinas versus Glicopeptídeos:

A

Por conta do mecanismo de ação, o espectro de ação de glicopeptídeos (Staphylococcus, Enterococcus) e betalactamicos é semelhante.