Hanseniase Flashcards

1
Q

patogênese e etiologia da Hanseníase

A

infeção pelo M. leprae (bacilo BAAR; não consegue ser cultivado e período de incubação muito longo) de alta infectividade e baixa patogenicidade adquirida pela inalação de gotículas de VAS contendo bacilo que penetra a mucosa e ocorre por contato intimo e prolongado com portadores. O microrganismos tem predileção por PELE e céls de Schwann no Sistema nervoso periférico (NERVOS: alteração sensibilidade e espessamento da fibra).

A infecção inicial que começa com macula esbranquiçada com alteração sensibilidade LEVE (lesão indeterminada) mas será a resposta imune celular especifica que pode eliminar posteriormente em uma minoria.

  • lesões de pele não são uniformes nem patognomônicas
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2
Q

nervos mais acometidos na hanseníase e implicações

A

Espessamento
Dor, Choque a palpação
Perda de sensibilidade

! ● N. Ulnar no cotovelo
5º dedo e metade do 4º. mão em garra

! ● N. Auricular: no pescoço

● N. Mediano npúnho
1º ao 4 dedo :garra completa

●N. Radial lateral o braço
Dorso da mão; Mão caída

● N. fibular comum: lateral poplitea
dorso do é e m tibial anterior (dorsiflexão pé): pé caído e marcha escarvante

● N. tibial posterior parte medial
ulcera anestésica na região plantar (mal perfurante) e dedo em garra em pés

● Nc V (alteração sensibilidade corneana) e VII (lagoftalmo)

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3
Q

clinica suspeita de hanseniase

A

🔵 formas paucibacilares (≤ 5 lesoes)
▪️FORMA INDETERMINADA: Mancha ou macula hipocromica inicial com rarefação de pêlo com BAAR (-) e que evoluem espontaneamente para cura sem acometimento de nervos perifericos
▪️FORMA TUBERCULOIDE: poucas placas eritematosas delimitadas com BAAR (-); Mitsuda +

🔵 formas multibacilares (> 5 lesoes)
▪️FORMA VIRCHOVIANA: rarefação pelos, nódulos e infiltração
▪️FORMA DIMORFA: placas diversas com BAAR+

● Lesões de pele crônicas que não respondem a tratamento convencionais e com perda de sensibilidade
● Espessamento de nervo periférico com alteracao da sensibilidade e dor ao exame destes ou fraqueza muscular, pe caido, paralisia facial, parestesias e formigamentos em mãos e pés
*n. auricular no pescoco
*n.mediano no punho
*n.ulnar no cotovelo
*n tibial na fossa poplitea
● Relato de perda de sensibilidade no centro lesão
● Perda de pêlos nas áreas das lesões
● Espessamento/protuberâncias em regiões como lobos da orelha e face

achados tardios
- perfuração de septo nasal
- paralisia facial ou lgafotalmo
- pé caído

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4
Q

diferencial para hanseníase

A

● Granuloma anular
lesão anular com bordas eritematosas firmes e papulas com centro claro sem escamas
● Tinea
Começa com escamação pruriginosa, em forma de anel, eritematosa que se espalha de forma centrífuga, com melhjora central e descamação com bordas eritematosas
● Psoriase anular
● Leishmaniose cutanea
● Neurofibromatose
● Sarcoidose

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5
Q

alteração da perda de sensibilidade neurológica na hanseníase

A

TERMICA

DOLOROSA

TATIL

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6
Q

diagnostico de hanseniase

A

CLINICO-EPIDEMIOLOGICO

1 dos abaixo
◾️ Lesão de pele c/ alteração de sensibilidade (formigamento ou parestesias em membros) podendo ter maõ garra, pe caido, paralisia facial, lagoftalmo
◾️ Espessamento de nervo periférico ( tátil ou por meio de espessamento neural por usg em que exame palpável é mais difícil contribuindo para diagnóstico precoce) ou por meio ENMG que detecta padrão desmielinizanfe precoce
◾️ Baciloscopia da pele (+) : em lóbulos de orelha, cotovelo ou na própria lesão – identificando globias.

  • USG espessamento focal, edema intransitável e perda da arquitetura fascicular dos nervos
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7
Q

tratamento da hanseniase
DOSES SUPERVISIONADAS E PARA CASA
(Adultos com peso > 30kg)

A

▪️solicitar : Hb, glicemia, Cr, BT e frações, TGO, TGP
▪️avaliação neurológica 3/3m e ao final do tratamento ou diante de reação hansemica ou novas queixas
▪️ fazer profilaxia para strongiloides com irvemectina ou albendazol (pois Dapsona é imunossupressor)
▪️Notificação compulsória
▪️ supervisão mensal de doses com avaliacao do grau de incapacidade fisica e exame neurologico simples
▪️ referenciar se nao melhora das lesoes ao termino do tratamento ou se reação hansemica ou efeito colateral de medicacoes

🟥 Forma paucibacilar (≤ 5 lesões e 1 nervo )
(6 doses com duração de 6-9 meses e supervisão mensal )
●Rifampicina: 600 mg/mês (2cps de 300mg 1x/mês)
●Dapsona: 100 mg/mês + 100 mg/dia
●Clofazimina: 300 mg/mês (3cps de 100mg) + 50 mg/dia .
————————————————–
🟥 Forma multibacilar (> 5 lesões e > 1 nervo) ou baciloscopia + ou virchovóana
(12 doses com duração de 12-18 meses de supervisão mensal )
●Rifampicina: 600mg/mês - 2cps de 300mg 1x/mes
●Dapsona: 100mg/mês + 100 mg/dia;
●Clofazimina: 300 mg/mês (3cps de 100mg) + 50 mg/dia.

APOS TRATAMENTO, EXAME NEURROLOGICO E DERMATOLOGICO

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8
Q

reações hansêmicas e conduta

A

Não deve-se interromper ou reiniciar o tratamento na vigência de reações hansênicas.

🔴Reação Hansênica tipo 1:
surge ate 6 meses do tratamento e pode ter descamação, além de boa resposta ao corticoide (recidiva apos 1 ano)
Agudização das lesões cutâneas + piora da neuropatia.

Tratamento: corticóide 1-2 mg/kg/dia.
(fazer antes profilaxia p/ strongiloide com irvemectina DU ou albendazol 400mg 3-5dias) e reduzir a dose de corticoide conforme resposta terapêutica
60mg/dia por 7d
50mg/d por 15d
40mg/d por 15d
30mg/d por 15d
20mg/d por 30d
15mg/d por 30d
10mg/d por 30d
5mg/d por 30d

🔴Reação Hansênica tipo 2:
reação mais tardia com aparecimento de eritema nodoso doloroso ao toque (nodulos eritematosos disseminados associados a febre, elevação VHS, artralgia, mal estar)

REFERENCIAR SEMPRE

Tratamento: taliDOISmida 100-400mg/d (se grávidas ou mulher idade fertil: corticóide) com redução da dose conforme resposta terapêutica

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9
Q

Conduta para os contactantes hanseniase cmfirmado

A

INVESTIGAR
- avaliar cartão vacinal e presença de cicatriz vacinal
- Inspeção da pele em toda a superfície corporal em busca de Manchas de pele com alterações de sensibilidade nas áreas e na pele referida de uma área dormente
- avaliar áreas de nódulos infiltrações em face
- sorologia anti-PGL1 ( risco de desenvolver a doença ) e vigilância anual por 5 anos ou até aparecimento do lesões ou queixas para casos positivos
-Avaliação da força motora e de sensibilidade/ queixas de dormência ou formigamentos em membros e nas áreas de nervos perifericos
-Palpação dos nervos periféricos + avaliação sensitiva e motora nas mãos, pés -

Teste de sensibilidade cutânea duvidoso E Avaliação neurológica normal ou inconclusiva OU Comprometimento neural comprovado, com ausência de lesões cutâneas = pedir antipgl1= se positivo, baciloscopia

◾️Sintomáticos: tratar conforme
◾️Assintomáticos sem cicatriz ou menos de 2 doses da bcg: 1 dose de BCG ( exceto gestante, imunossupressão, neoplasia maligna ou uso crônico de corticoide em dose alta )
* vacinados com idade < 1 ano, nao precisa refazer esquema vacinal

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10
Q

QUAIS DROGAS SUPERVISIONADAS E QUAIS as doses tomadas PARA CASA no tratamento da hanseniase em ADULTOS

A

1x/MES SUPERVISIONAR
- RIFAMPICINA 02cp de 300mg
- DAPSONA. 01 cp de 100mg
- CLOFAZIMINA 03 cp de 100mg

para casa, continuar 1x/dia
- DAPSONA 01cp de 100mg
- CLOFAZIMINA 01cp de 50mg

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11
Q

tratamento hanseníase criancas

A

SE CRIANCA COM PESO > 30KG
▪️ Rifampicina: dose mensal 450mg (1 cápsula de 150mg e 1 cápsula de 300 mg) supervisionada,
▪️ Dapsona: dose mensal 01cp de 50mg supervisionada + 50mg 1x/dia
▪️ Clofazimina: dose mensal de 150 mg (3 cápsulas de 50 mg) supervisionada + 50mg/d em dias alternados.

SE CRIANCA COM PESO < 30KG
Rifampicina: 10-20 mg/kg mensal
Dapsona: 1,5 mg/kg mensal + diaria 1,5 mg/kg
Clofazimina: 5mg/kg mensal + diária 1mg/kg.

Em crianças Multibacilares < 8 anos de idade: Retirada da Dapsona, mantém-se o esquema terapêutico apenas com Rifampicina e Clofazimina. Em crianças menores de 8 anos de idade, tanto MB quanto PB, quando houver necessidade de retirada da Rifampicina, este medicamento deverá ser substituído pelo Ofloxacino na dose de 10 mg/kg/dia

A rifampicina também está disponível no SUS sob a forma de suspensão oral com 20 mg/mL;

Peso < 30 Kg, a administração diária clofazimina é dificultada por sua disponibilidade apenas em cápsulas de 50 e 100mg. Desse modo recomenda-se calcular a dose semanal e dividir em 2 ou 3 tomadas. Por exemplo: uma criança com 15 kg deverá receber 105 mg de clofazimina ao longo de 7 dias (1 mg/Kg x 15 Kg x 7 dias = 105 mg), podendo receber uma cápsula de 50 mg 2 vezes por semana

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12
Q

recidiva PARA HANSENIASE

A

volta do sintomas apos > 5 anos de cura; REFERENCIAR

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13
Q

Sorologia anti-pgl1

A

NÃO TEM FINALIDADE DIAGNÓSTICO ( pode vir normal nos pauci e pode positiva em saudáveis ) mas sua titulação guarda relação com carga bacilar de infecção ativa ou subclinica

  • avalair terapêutica
  • para contactantes afim de monitorar risco evolução para formas clínicas
  • marcador de recidiva
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14
Q

Hanseniase na gestação e lactação e ,ulceres férteis

A

Não contraindicar tomada das medicações para as que amamentam apenas esperar 4h da tomada do corticoide para os que precisarem para evitar pico no leite. NUNCA TALIDOMIDA nem na gestação

Na gestante não contraindica as medicações e corticoide nas reações se benefícios superar risco desde que monitore pá e glicemia

Nas mulheres jovens, contracepção oral durante o tratamento especialmente se usar talidomida

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