Hemorragias na gravidez: Primeira metade da gestação Flashcards
Quais hemorragias da primeira metade da gestação?
Quais hemorragias da segunda metade da gestação?
-Abortamentos
Gestação ectópica
Gestação molar
Outros Sangramentos vaginais
-Descolamento prematuro de placenta
Placenta prévia
Rotura Uterina
Vasa prévia
Rotura de seio marginal
Qual o único sangramento normal na gestação?
O sangramento relativo a nidação
É leve e ocorre 5-7 dias após a fertilização
Qual a possibilidade de sangramentos não obstétricos?
Doenças do colo uterino
Traumatismos genitais
Qual é a definição de abortamento?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), abortamento é definido como a interrupção dagestação com feto com idade gestacional inferior a 20 semanas ou pesando menos de 500 gramas
Como saber se é um abortamento se me faltar dados?
Se eu não sei a IG e o feto pesa < 500 g: Abortamento.
Se eu não souber a IG e não souber o peso, medir o feto. Se < 16,5 cm: Abortamento.
E se a IG for > 22 semanas e o peso < 500 g? IG prevalece. Penso que a causa pode ter sido, por exemplo, uma infecção congênita.
Obs.: O aspecto do feto no momento da expulsão também vai nos trazer informações (é um abortamento ou uma expulsão fetal?).
Quais as classificações do aborto?
I.
* Aborto espontâneo
* Abortamento habitual / recorrente
* Incompetência istmo-cervical
* Aborto provocado
II.
* Aborto precoce
* Aborto tardio
III.
* Morte ovular
* Morte embrinonária
* Morte fetal
Quais fatores de risco?
Alterações cromossômicas
Sd de Turner, trissomia 16 (>90%), 21 (80%), triploidia e tetraploidia
História de perda anterior
Idade materna avançada
Doença materna grave
Traumas
Infecções
Intoxicações
Principal causa de abortamento: Trissomia do cromossomo 16.
Na prática, trauma não é um fator de risco tão comum.
Qual o quadro clínico de aborto?
Qual o diagnóstico diferencial?
-Idade reprodutiva
Atraso menstrual
Sangramento uterino / vaginal
Dor abdominal tipo cólica
-CAUSA OBSTÉTRICA:
abortamento em si
GE: gravidez ectópica
DTG: doenças trofoblásticas gestacionais
CAUSA GINECOLÓGICA:
MIPA: moléstia inflamatória pélvica aguda (mais conhecida como DIP)
Mioma em parturição
Trauma de colo/ vagina
Tumorações de colo uterino
Quais as formas clínicas do aborto?
Ameaça de abortamento / iminente
Abortamento inevitável
Abortamento completo
Abortamento incompleto
Abortamento infectado
Abortamento retido
Abortamento habitual
Insuficiência cervical
Qual a diferença entre ameaça de aborto e aborto iminente?
Qual o quadro clínico da ameaça de abortamento?
-Qual a propedêutica?
-Ameaça de abortamento: Houve uma ameaça, mas ela não necessariamente vai se confirmar. Tem em torno de 85% de chance de evoluir para uma gestação normal. Abortamento iminente: Tem em torno de 85% de chance de evoluir para um abortamento.
-Sangramento na gestação + dor abdominal ou lombar
Colo sempre fechado
Tamanho uterino compatível com a IG
No aborto iminente o colo tende a abrir
-Sintomáticos+USTV
Beta-hCG seriado e/ou nível de progesterona
O que caracteriza o abortamento inevitável ou em curso ou em evolução?
Como deve ser a conduta?
-Presença de dilatação cervical
Membranas amnióticas rotas ou herniadas
Evolução do quadro:
Dor/cólicas–> sangramento–> Rotura das membranas amnióticas
Precede um abortamento incompleto ou um abortamento completo
-Conduta:
Internar a paciente e espera a bolsa romper
O destino desse abortamento é um abortamento incompleto ou completo (ou saí parte do produto ou saí tudo)
Esvaziamento da cavidade uterina se abortamento incompleto–> Curetagem ou AMIU. Se colo fechado solicitar USG
Se abortamento completo, sintomáticos e US se houver dúvida
O que caracteriza o aborto retido e qual é a conduta?
O que caracteriza o aborto infectado e qual é a conduta?
-Segundo FEBRASGO
Ausência de BCF em embrião com CCN>5mm
SG>18mm sem embrião
SG>8mm sem vesícula vitelínica
Obs: CCN= Comprimento cabeça-nádegas
SG= Saco gestacional
Duas condutas:
Aguardar e esperar expulsão espontânea. Reduz risco de infecção
Ou internação e indução da expulsão
-É a terceira maior causa de morte materna
Quadro clínico:
* febre (TAx ≥ 39ºC)
* dor hipogástrica e à mobilização do colo
* corrimento fétido e purulento
Colo aberto
Abortamento espontâneo quase nunca gera infecção. Geralmente o que gera é o abortamento provocado.
95% foram provocados. Portanto, se você perguntar para a gestante se ela teve febre, já vai ter uma forte hipótese de que foi um abortamento provocado se a resposta for positiva.
Consequências clínicas:
* endomiometrite
* parametrite
* peritonite
* septicemia
* endocardite (raro)
* SARA
* CIVD
* Podem gerar sinequias uterinas
É classificado em tipo I, Tipo II ou Tipo III
Obs: CIVID= Coagulação vascular disseminada
SARA= Síndrome da angústia respiratória aguda
A conduta é antibioticoterapia seguido por esvaziamento uterino
Histerectomia não deve ser a primeira opção mas não deve ser protelada. ATB amplo espectro por 48h, se não melhorou, histerectomia
Se endométrio menor ou igual a 15mm, abortamento completo. Se maior que 15mm continua-se a propedêutica
Opções terapêuticas: Clinda e Genta; Clinda e Ceftriaxone; Amp+Genta+Metro
Colo fechado: Conduta expectante até 30 dias a depender do quadro
Colo aberto: Esvaziamento da cavidade–> IG<12 semanas curetagem/AMIU.
IG 12-15 semanas Misoprostol e depois curetagem/AMIU.
IG>15semanas Ocitocina e depois curetagem/AMIU
O que caracteriza o abortamento habitual/de repetição?
O que caracteriza a incompetência istmocervical?
-03 ou mais perdas gestacionais precoces consecutivas
Avaliação é realizada fora do período gestacional
Causas: Anormalidades cromossomiais; Aloimunes; Trombofilias; Fatores endócrinos; Fatores anatômicos; Fatores imunológicos
Principal causa é SAAF (síndrome do anticorpo antifosfolipídeo)
-A incompetência istmocervical tem etiologia desconhecida
É a falha da contenção estrutural da gestação
São exames subsidiários: HSG/USG/passagem da vela de Hegar número 8
USG pode verificar herniação das membranas
Conduta: Cerclagem profilática
Momento ideal é 12-16semanas
Contraindicado se contrações uterinas, sangramentos, feto morto ou grandes malformações e rotura das membranas
O que caracteriza a gestação molar?
Quais as apresentações e o tratamento?
-Grupo de doenças caracterizado por desordens placentárias de origem genética
Confirmação histológica não é necessária para definir o tratamento.
Achados clínicos e dosagem sérica de beta-hCG são suficientes.
Existem vários tipos de doenças trofoblásticas gestacionais. Existem vários tipos de alterações placentárias e cada um deles gera uma alteração diferente. O mais comum é a mola hidatiforme.
- Mola hidatiforme
completa
parcial - Neoplasia trofoblástica gestacional
Mola invasora (coriocarcinoma destruens)
Coriocarcinoma
Tumores trofoblásticos de implantação
Tumor trofoblástico epitelioide
O tratamento é o mesmo do abortamento (esvaziar a cavidade uterina)
- Mola hidatiforme
O que caracteriza a mola hidatiforme?
Quais são os fatores de risco?
Qual o quadro clínico?
- Doença benigna não metastática com
potencial maligno (5-20%) - Anormalidades de vilosidade coriônica
- proliferação trofoblástica e edema do
estroma viloso - degeneração trofoblástica com manutenção
da estrutura vilositária - Diagnóstico presuntivo: dosagens de hCG +
USG - Diagnóstico definitivo: exame histopatológico
- Obs.:
- Ocasionalmente pode-se desenvolver de
forma ectópica. - Risco maior nos primeiros 4 meses após
esvaziamento uterino.
imagem “clássica” ao US + beta HCG incompatível com IG + sangramento = pensar em mola
Qualquer gestação pode gerar mola (não necessariamente precisa ser intraútero). Até mesmo restos de abortamento podem gerar uma mola.
- Doença benigna não metastática com
-* FATOR DE RISCO:
* Idade: adolescentes e > 35 anos (2x).
Maiores do que 40 (10x).
* Gestação molar prévia
* Uso prolongado de COC
* Tabagismo
* Hipovitaminose
* Idade paterna avançada
Obs: COC= Contraceptivo Oral Combinado
-* Quadro clínico:
* sangramento vaginal irregular
* anemia
* hiperemese gravídica
* perda gestacional precoce
* eliminação uterina de massa de vesículas
em cacho
* rápido aumento do volume uterino sem
detecção de BCF
* Níveis elevados de tiroxinas livres e TSH
diminuídos
* Pré-eclampsia precoce
* Outros
Cistos tecaluteínicos (20%):
hiperestimulação ovariana - níveis elevados
do β-hCG sobre a teca dos ovários
frequentemente bilaterais, multiloculados
desenvolvimento secundário ao efeito LH-like
Ocorrem pela hiperestimulação ovariana
devido aos níveis de beta HCG.