HT17 - Medicina Transfusional (2) Flashcards

1
Q

Fatores de Coagulação - Indicação?

A

► FI - Hipofibrinogenemia
► FVII - Hemofilia com Inibidores
► FVIII - Hemofilia A
► FIX - Hemofilia B
► FII,VII,IX,X - Reversão muito urgente de anticoagulantes orais; Insuficiência hepática e cirurgia emergente ou hemorragia major
► AT III - Deficit AT III

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2
Q

Processo Transfusional?

A

► Muitas etapas.
► Começa com a decisão de transfundir, importante explicar ao doente os benefícios e os riscos, obter consentimento informado é obrigatório.
► Registar no processo clínico a decisão da transfusão e as indicações.
► Preenchimento das requisições.
► Colher a amostra de sangue e colocar uma pulseira.
► A correta identificação do doente é um passo fundamental para evitar erros.
► Enviar ao serviço de imunohemoterapia a amostra e o pedido.
► Conservar o sangue de forma adequada.
► Administrar o produto com vigilância do doente.
► Tem de estar a ser vigiado durante o processo transfusional para garantir que não está a acontecer nenhuma reação transfusional aguda que possa pôr em causa a segurança do doente.
► Enviar as folhas da vigilância para o serviço de sangue, registo de todas as reações que tenham acontecido.
► O último passo é avaliar o efeito clínico da transfusão, perceber se o doente melhorou (da dispneia, da hemorragia, etc) e avaliar se boa recuperação/ recuperação esperada. Se isto não se verificou, temos de perceber o que se passou.

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3
Q

O que deve constar no processo clínico?

A

► Racional da decisão
► Componentes e quantidades que se pretendem administrar
► Tempo de perfusão (incluído na requisição eletrónica)
► Necessidade de pré-medicação e/ou necessidades especiais (incluído na requisição eletrónica)
► Informação ao doente

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4
Q

Pedido Emergente?

A

► Em situações muito emergentes, estes pedidos eletrónicos não permitem a rapidez necessária.
► Faz-se o pedido em PAPEL, tem menos informações, chega mais rápido e vai mais facilmente ser administrado.
► O que se dá na transfusão emergente são concentrados eritrocitários O Rh negativos (existe um stock disponível na sala de emergência).
► Selecção de CE O Rh Negativo
► Registo de saída informática
► Envio
► Após o envio, provas laboratoriais:
– Grupo ABO e Rh
– Pesquisa de Anticorpos Irregulares
– Provas de Compatibilidade
► Numa fase seguinte, o mais brevemente possível, o doente passa a receber sangue compatibilizado

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5
Q

Tipos Especiais de Transfusão?

A

► Transfusão Intrauterina
– Quando os fetos têm anemias importantes que comprometem o seu desenvolvimento e sua vida e por isso têm de ser transfundidos.
► Exsanguíneotransfusão
– Em recém-nascidos em que há uma quase substituição total da sua volemia.
► Transfusão em Neonatologia
– Estado imunológico, peso, comorbilidades - desafios.

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6
Q

Exsanguíneotransfusão?

A

► Quadros de hiperbilirrubinemia e anemia grave pós-parto imediato – DHRN
► Remoção de GR revestidos por Atc (estes atcs são a causa da hemólise)
► Remoção de Atc materno (que estão em circulação)
► Remoção de bilirrubina em excesso (que é extremamente tóxica para o bebé, um dos objetivos mais importantes!)
► Substituição GR afectados – Tratamento anemia

► 2 x Volemia RN ⇒ remoção 90% GR e 50% Bilirrubina intravascular.

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7
Q

Transfusão em Neonatologia?

A

► Prematuros internados na UCI – Pertencem ao grupo de receptores mais transfundidos do Hospital.
► Indicação mais comum para transfusão de GR – Anemia causada pelo sangue perdido para efectuar frequentes testes laboratoriais.
► Ou seja, não têm uma doença que causa anemia, tem anemia por expoliação para se fazerem repetidos estudos. Temos de ter isto em atenção.

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8
Q

Segurança Transfusional?

A

► Não existem transfusões com zero risco.
► Existe sempre um certo risco e o objetivo é sempre minimizá-lo, o máximo possível.

► Segurança do Produto Sanguíneo
► Segurança do Processo Clínico Transfusional

► É importante que todas as reações transfusionais sejam reportadas para que depois se possa perceber onde é que se pode melhorar em termos de segurança.

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9
Q

Transfusão de sangue errado por erros de identificação?

A

► A causa mais importante de reacções graves.
► Transfusão de sangue errado por erros de identificação
► Pode acontecer nestes momentos:
a) Pedido da transfusão
b) Colheita da amostra de sangue para provas de compatibilidade
c) Administração da transfusão
► Ir verificando de forma regular se tudo está bem.

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10
Q

Reação Adversa?

A

► Resposta indesejável ou efeito num doente associado temporalmente com a administração de um componente sanguíneo.
► Pode ser o resultado de um erro ou da interacção entre o receptor e o sangue, um produto biologicamente activo.

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11
Q

Monitorização de Sinais Vitais?

A

► Assumindo que sempre que se faz uma transfusão, o doente está em risco de desenvolver uma reação adversa, temos de monitorizar sempre!

► Antes da Transfusão (sinais,sintomas)
► Ao fim de 10-15 minutos
► No fim da transfusão
► 1 hora após fim transfusão

► Estar atentos, observar reações transfusionais agudas e atuar o mais precocemente possível e reportar.

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12
Q

Se suspeita de R. Transfusional?

A

► 1. Parar imediatamente a transfusão
► 2. Manter veia permeável com soro fisiológico
► 3. Chamar médico de serviço
► 4. Confirmar a identificação do doente com a identificação que consta nas unidades
► 5. Monitorizar sinais vitais
► 6. Pedir bioquímica - ionograma e função renal
► 7. Urina tipo II – avaliação de hemoglobinúria
► 8. Estudo da coagulação
► 9. Enviar amostras de sangue para SIH, juntamente com o sistema da transfusão
► 10. Avaliar débito urinário
► 11. Hemoculturas se hipertermia

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13
Q

Reação Adversa - Com Febre e Sem Febre?

A

COM FEBRE
► Aguda (< 24H)
– hemólise aguda
– reação febril não hemolítica
– sépsis
– TRALI
► Retardada
– hemólise retardada
– doença enxerto contra hospedeiro

SEM FEBRE
► Aguda (< 24H)
– reação alérgica
– hipotensão
– dispneia associada transfusão
– sobrecarga circulatória
► Retardada
– r. serológica tardia
– púrpura pós transfusional
– sobrecarga de ferro

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14
Q

Reações sem Febre?

A

REAÇÃO ALÉRGICA (Ac do receptor contra proteínas do dador)
► Sintomas
– Eritema
– Urticária
– Prurido
► Tratamento
– Anti-histamínico ev lento. (Continuar a transfusão se o doente melhorar)

REAÇÃO ANAFILÁTICA (Ac anti IgA do receptor)
► Sintomas
– Sintomas de gravidade crescente após 1ºs mL
– Tosse, broncospasmo e dispneia
– Arritmia, hipotensão, síncope
– Urticária, prurido, angioedema
► Tratamento
– Adrenalina: 0.3-0.5 mg sc adulto; 0.01 mg/Kg na criança.; Corticoides; salbutamol; aminofilina;
– O2

SOBRECARGA CIRCULATÓRIA
► Sintomas
– Sintomas de falência ventricular esquerda; hipertensão
► Tratamento
– Se edema pulmonar:
– Sentar o doente; furosemida; sedação;
– vasopressores (se indicado); continuar a transfusão mais lentamente caso se controlem os sintomas

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15
Q

Reações Transfusionais Tardias?

A

NÃO INFECIOSAS
► Hemólise – aloanticorpos não detectados
► Refractariedade às plaquetas – aloanticorpos HLA ou plaquetários
► Púrpura pós-transfusional
► Doença do enxerto contra o hospedeiro
► Imunomodulação
► Sobrecarga de ferro
INFECIOSAS
► Hepatite B
► Hepatite C
► HTLV
► VIH
► Malária
► CMV

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16
Q

Desleucocitação Universal?

A

► Todas as unidades de sangue são desleucocitadas.
► Método simples, que teve um impacto brutal na segurança do sangue.
► As reações transfusionais deste género diminuiram imenso.
► Diminui:
1. Alo-imunização
2. Imunomodulação
3. Transmissão vírus intraleucocitários
4. Doença Creutzfeld Jacob

17
Q

DEVH?

A

► Células do dador (linfócitos) que atacam quaisquer células do doente que tenham à superfície antigénios que são reconhecidos pelas células do dador como estranhos.
► A doença aguda atinge principalmente a pele, o fígado e o tubo digestivo.
► Mortalidade elevada.

► Transfusão de linfócitos imunocompetentes.
► Diferenças de histocompatibilidade entre o enxerto e o hospedeiro.
► Receptor não imunocompetente

18
Q

DEVH - Indicações?

A

► Transplante de M.O.
► Imunodeficiência congénita
► Transfusão intra-uterina
► Concentrados de granulócitos
► Produtos celulares provenientes de familiar em 1º grau
► Doença Hodgkin

19
Q

Transfusão Unitária?

A

► O HSJ defende que se deve transfundir 1 unidade de concentrado de eritrócitos, depois avaliar o resultado terapêutico da transfusão e depois decidir se há ou não necessidade de uma segunda transfusão.
► Excepções:
– Emergência
– Hemorragia activa
– Bloco operatório
– Doente H. Dia com Hg < 7
– Hemodiálise

20
Q

Política Restritiva?

A

► A partir de determinados valores de hemoglobina, em determinados contextos, as transfusões não são benéficas para o doente e portanto temos de ter targets de Hb bem definidos, targets de recuperação clínica bem definidos, indicações para transfusão bem definidas.
► A decisão de transfundir tem de ser bem clara

21
Q

Patient Blood Management?

A

► Acredita-se que estas medidas permitem otimizar o sangue que é consumido nos hospitais e diminuir o número de transfusões realizadas.
► Programas desenvolvidos muito para contextos cirúrgicos - contextos em que há um consumo importante de sangue.
► Estes programas têm 3 pilares.
– 1. No momento antes das manobras invasivas que podem levar a perdas sanguíneas devem estar otimizados. Não devemos levar ao bloco doentes com Hbs/ anemias não corrigidas. Corrigir anemias com ferro/ eritropoetina. Otimizar o doente do ponto de vista da coagulação.
– 2. No bloco, usar técnicas e métodos cirúrgicos e anestésicos que minimizem ao máximo a perda de sangue.
– 3. Tratar a anemia pós-operatória da forma mais otimizada possível, de forma atempada.

22
Q

Alternativas à Transfusão Homóloga?

A

► Colheita de unidades de sangue no pré-operatório
– quando se sabe que o doente vai gastar muito sangue e doente tem um grupo sanguíneo raro
► Hemodiluição isovolémica pré-operatória
► Recuperação per-operatória “cell saver”
► Recuperação pós-operatória

► Situações em que se pode transfundir o sangue do próprio doente ao doente, quer porque o colhemos antes, quer porque há uma recuperação do sangue perdido nas manobras.
► Situações específicas, que implicam alto grau de conhecimento.

23
Q

Transfusão Autóloga Pré-operatória?

A

► Vantagem: redução dos riscos infeciosos e imunológicos
► Em cirurgia programada:
– Grande probabilidade de gastar transfusões
– Nunca é utilizado noutros doentes
– Não se pode utilizar no próprio se tiver marcadores víricos positivos
► Contra-indicações:
– Hb < 11 g/dL
– Carcinomas
– Patologia infeciosa
– Patologia cardiovascular
► Importante em casos raros em que é difícil obter sangue compatível

24
Q

Hemodiluição Isovolémica Pré-operatória?

A

► Colheita de sangue imediatamente antes da cirurgia até atingir hematócrito de 20% e substituído por colóides ou cristalóides.
► Realizado no bloco
► Necessário:
– Hemoglobina > 11 g/dL
– Perdas hemostáticas previstas superiores a 1 litro
– Estudo coagulação normal
► Contra-indicado:
– Carcinomas
– Patologia infecciosa
– Patologia cardiovascular ou renal

25
Q

Recuperaçõa Per-Operatória?

A

► Equipamento Cell-Saver
– Reaproveitamento do sangue recolhido do campo operatório, depois de centrifugado e lavado
► Necessário:
– Pessoal treinado
– Perdas previstas superior a 1,5 L
► Utilizado: Cirurgia Torácica e Cirurgia Vascular
► Contra-indicações:
– Cirurgia víscera oca
– Cirurgia infectada
– Cirurgia de neoplasia