ICC Flashcards

1
Q

Qual é o conceito de insuficiência cardíaca?

A

Sindrome complexa com alterações estrutural e funcional no coração (alteração no enchimento ou ejeção ventricular).

Há incapacidade do coração em adequar a sua ejeção às necessidades metabólicas (de nutrientes) do organismo ou quando o coração consegue fornecer esses nutrientes sob elevadas pressões de enchimento.

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2
Q

O que é pressão de enchimento?

A

Pressão nas câmaras cardíacas ao final da diástole

> Lembrar que sua elevação está relacionada com vários sintomas da IC.

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3
Q

Qual é a epidemiologia de IC no Brasil?

A

Responsável por grande número de internações no Brasil.

De todas as internações por afecções cardiovasculares, 1/4 é por IC.

  • Lembrar que IC tem aumentado no mundo, pelo aumento dos fatores de risco
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4
Q

Quais os fatores de risco para IC?

A
  • DAC - principal
  • Tagabismo
  • HAS
  • Obesidade
  • DM
  • Valvulopatia
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5
Q

Quais a etiologia da IC?

A

A IC é uma via final comum de várias doenças;

Etiologias: DAC (principal!), idiopática, valvar, HAS (importante em países em desenvolvimento, miocardite, periparto, HIV, isquêmica, abuso de drogas, etc.

Chagas no Brasil - lembrar

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6
Q

Explique a classificação de IC em A, B, C e D (classificação estrutural):

A
  • A: Alto risco para desenvolver IC. Paciente não desenvolveu ainda IC, mas possui os fatores de risco.
  • B: Há doença cardíaca estrutural, sem sintomas/clínica de IC.
  • C: Doença estrutural cardíaca com sintomar de IC.
  • D: IC Terminal apesar de TTO otimizado
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7
Q

Classifique a IC em relação ao débito cardíaco:

A
  1. IC de baixo débito
  2. IC de alto débito
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8
Q

Quando falamos que uma IC é de baixo débito?

A

Quando há baixo DC

OU

Quando o DC é mantido normal às custas de elevada pressão de enchimento

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9
Q

Quais as causas mais comuns de IC de alto débito? Qual a característica comum dessas causas?

A

São causas que geram hiperdinamismo cardíaco.

Exemplos: tireotoxicose, anemia, fístulas, beriberi

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10
Q

Classifique a IC quanto a localização da disfunção:

A

1. Disfunção ventricular esquerda (lembrar que os TTO existentes agem em redução de mortalidade principalmente nesse grupo)

2. Disfunção ventricular direta

3. Disfunção Biventricular

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11
Q

Classifique a IC quanto à fração de ejeção do VE (função ventricular):

A
  1. FEr reduzida: FEVE < 40% (lembrar que os TTO existentes agem em redução de mortalidade principalmente nesse grupo. Os demais grupos o TTO é sintomático apenas)
  2. FEi intermediária: FEVE 40 - 49 %
  3. FEp preservada: FEVE > ou = 50%
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12
Q

Como Classificar a IC de acordo com os sintomas (especialmente a dispneia)?

Classificação NYHA - Classificação Funcional

A

Classificação NYHA: para qual tipo de esforço o paciente tem dispneia.

NYHA I
NYHA II
NYHA III
NYHA IV

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13
Q

Quais fatores estão relacionados à fisiopatologia da IC?

A

1. Fatores mecânicos (relacionados ao DC): FC, pré carga, pós carga, contratilidade ventricular (função sistólica), função diastólica ventricular

2. Teoria neuro-hormonal - relacionada a fatores (prostaglandinas, SRAA, SNA, citocinas, etc.) que influenciam no REMODELAMENTO cardíaco e dos vasos.

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14
Q

Quais os sintomas de IC?

A
  • Dispneia progressiva (aos esforços > ortopneia > DPN > congestão elevada > edema agudo de pulmão)
  • Tosse seca
  • Cianose
  • Edema
  • Hiporrexia e náuseas (por edema em alças intestinais)
  • Dor em hipocôndrio D (hepatomegalia congestiva)
  • Fadiga
  • Lipotímia
  • Indisposição
  • Mialgia
  • Rebaixamento de sensório (IC de DC muito reduzido)
  • Emagrecimento/caquexia

Progessão dos sintomas: sindrome congestiva pulmonar > sind. congestiva sistêmica > sínd. de baixo débito > “emagrecimento/caquexia cardíaca” > choque cardiogênico

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15
Q

Quais os achados clínicos PODEM estar presentes no EXAME FÍSICO do paciente com IC?

A

A presença dos sinais varia com a gravidade da IC sua localização (VE, VD, bilateral)!

Pulso arterial alternans (pulso forte alternando com pulso fraco) - sinal de mal prognóstico

Turgência jugular (PVJ aumentada)

Presença de reflexo hepatojugular

Ictus de VE aumentado, desviado p/ esquerda e p/ baixo

Ictus de VD palpável

B1 hipofonética

B3

Sopro sistólico (secundário à insuf. mitral por dilatação de VE ou à insuf. tricúspide por dilatação de VD)

Crepitações pulmonares finas tele-meso inspiratórias

Sinais de derrame pleural

Hepatomegalia

Repiração de Cheynes-Stokes (hiperpneia alternada com apneia)

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16
Q

Quais os EXAMES LABORATORIAIS socilitar no paciente com IC?

A

Hemograma

Glicemia de jejum

Função renal

Função hepática

Íons

Lípides

Tireóide

* Estabelecer causas, contraindicações de medicamentos, outras afecções do paciente

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17
Q

Quando pedir BNP?

A

Cada vez mais pedido de rotina para paciente com IC, mas não é consenso.

Usado para estabelecer prognóstico - quanto maior o BNP, maior a mortalidade

Mais útil para descartar o diagnóstico de IC (quando baixo) do que para dar o diagnóstico em si

Usado no PA para diferenciar dispneia cardíaca versus dispneia pulmonar

18
Q

Quais outros EXAMES COMPLEMENTARES você pediria de rotina para o paciente com IC?

A

Rotina: auxiliam no diagnóstico (+ Anamnese e Ex. físico)
ECG
RX tórax (área cardíaca)
Ecocardiograma (fala de FEVE e morfologia)

Contexto espefíco: NÃO é rotina
RM
biópsia miocárdica, HIV, ferritina - estabelecimento de outras causas
ergoespirometria - prognóstico

19
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial deve ser descartado numa suspeita de IC?

A

Coronariopatia!

Descarto por meio de:
Exames de prova funcional
Exames anatômicos

20
Q

Quais os principais objetivos do TTO de IC?

A

Redução de sintomas (especialmente congestão pulmonar e sistêmica)

Aumentar sobrevida (reduzir mortalidade) - factível em paciente com FEVE < 40%

21
Q

Em que consiste o tratamento básico de IC?

A

Mudança de estilo de vida (MEV)

+

Tratamento medicamentoso

22
Q

Quais as mudanças do estilo de vida básicas?

A
  • Sódio entre 3 e 6g/dia
  • Restrição hídrica em casos refratários
  • Interromper tabagismo e etilismo
  • Perda de peso/controle de obesidade
23
Q

Quais os pricipais medicamentos disponíveis para TTO da IC com FEVE reduzida?

A
  • Betabloqueadores
  • IECA
  • BRA
  • Antagonista do Aldosterona - Espironolactona
  • Hidralazina + Nitrato
  • Digoxina
  • Ivabradina
  • Sucubitril-Valsartan
  • Diuréticos - Furosemida
24
Q

Quais medicamentos agem na redução de mortalidade de pacientes com IC?

A
  • IECA
  • BRA (muito menos que IECA - preferir IECA)
  • Betabloqueador
  • Espironolactona (Antagonista de aldosterona)
  • Hidralazina + Nitrato
  • Ivabradina
  • Sucubitril-Valsartan
25
Q

Quais as duas classes de medicamento devemos usar em todo paciente com IC FEVE < 40% ?

(desde que não haja contraindicações absolutas)

A

Betabloqueador

+

IECA

26
Q

Quando usar a Furosemida?

Cite suas principais características.

A

Apenas em pacientes hipervolêmicos/congestos! (medicamento sintomático) - Usar quando há congestão pulmonar ou sistêmica.

Características:

  • Não reduz mortalidade
  • Preferir o uso em doses fracionadas (8h da manhã e 16h da tarde)
27
Q

Qual o efeito do IECA?

A

Efeito: Vasodilatação + remodelamento

Lembrar:

  • Enalapril é o mais estudado
  • Usr em TODOS os pacientes com FEVE < 40 %, de qualquer classe funcional.
28
Q

Quando usar BRA?

A

Reservar para pacientes que tiveram tosse ou angioedema com IECA

  • Sempre preferir IECA, pelo efeito maior em mortalidade!
29
Q

Quais os principais betabloqueadores usados no TTO da IC?

A
  • Carvedilol
  • Succionato de Metropolol
  • Bisoprolol

IMPORTANTE:

Efeito na redução de mortalidade é dose-dependente : SEMPRE tentar chegar à dose máxima desses medicamentos (respeitar a tolerância do paciente)!

30
Q

Quando acrescentar a Espironolactona ao TTO da IC?

A
  • Indicação:
    • FEVE < ou = 35% e CF II-IV (paciente sintomático)
    • pós-IAM com FEVE <=40% e sinais clínicos de ICC (congestão) ou DM
31
Q

Como a combinação Hidralazina + Nitrato age?

A

Hidralazina: Vasodilatador arterial;

Nitrato: vasodilatador venoso;

JUNTOS = melhora da pré e pós carga à facilitando a ejeção cardíaca.

32
Q

Quando a combinação Hidralazina + Nitrato está indicada?

A
  • Paciente CF III e IV com tratamento otimizado - (Paciente já está com IECA em dose máx, tem uma pressão que tolera mais medicação e está sintomática, podemos acrescentar Hidralazina + Nitrato)
  • Pacientes que não puderem usar IECA ou BRA (Ex: insuficiência renal grave)
33
Q

Como age a Digoxina?

Qual o principal efeito colateral?

A
  • Efeito inotrópico – aumenta força de contração ventricular
  • Aumenta tônus parassimpático – ação antiadrenérgica (benéfica na IC)
  • Comprovação de redução de sintomas e internação

. Efeito colateral: intoxicação por digoxina (nível sérico > 1,0)

34
Q

Quando a Digoxina pode ser usada?

A

Paciente com ICC SINTOMÁTICA, com TTO otimizado

35
Q

Como a Ivabradina age?

A

Inibidor seletivo do nó sinusal: reduz FC – benéfico para ICC

36
Q

Em quais sintuações a Ivabradina pode ser usada?

A
  • Indicação restrita:
    • Ritmo sinusal
    • FEVE < 35% e FC > 70 já em uso de betabloq em dose máxima tolerada
37
Q

Qual o mecanismo de ação do Sucubitril-Valsartan?

A
  • Droga recente
  • Age na redução de mortalidade cardiovascular (maior que enalapril de acordo com os estudos)
  • Sacubritil – inibidor da neprilisina (ezima que degrada BNP, bradicinina, etc) – vasodilatação
  • Valsartan: BRA
38
Q

Quando usar o Sucubitril-Valsartan para TTO de IC ?

A
  • Paciente em uso de IECA, com TTO otimizado, está evoluindo mal – posso trocar IECA por esse novo medicamento
39
Q

Cite outros TTO especiais disponíveis para casos mais complexos de IC:

A
  • Ressincronização
  • Implante de CDI
  • Transplante cardíaco
40
Q

Quando usar a Ressincronização?

> É um marcapasso especial para dar sincronia ao movimento de contração dos átrios e ventrículos

  • Aumento da FEVE
  • Reversão do remodelamento
  • Aumento da tolerância aos medicamentos
  • Aumenta variabilidade da FC
A

Liberada no SUS:

  • FEVE < ou = 35%
  • Ritmo sinusal
  • BRE
  • QRS > 120 ms
  • CF II, III ou IV (sintomáticos mesmo com TTO otimizado, graves)
41
Q

Quando implantar CDI?

A
  • Usado para prevenção de morte súbita

Indicações:

  • FEVE < ou = 35% e CF II e III (IV se aguardando transplante)
  • FEVE < 30 %
  • Mais de 40 dias pós IAM, 3 meses pós revascularização
  • TTO otimizado
  • Sobrevida esperada > 1 ano
42
Q

Qual a indicação do transplante cardíaco?

A

Indicado para pacientes refratários a todos os TTO existentes. Procedimento de exceção.