Infecções respiratórias da infância Flashcards

(115 cards)

1
Q

Como determinar a topografia de um quadro de infecção respiratória aguda?

A

Presença de dispneia / taquipneia – acometimento de vias aéreas inferiores

Presença de estridor – acometimento de via aérea média

Sem taquipneia e sem estridor – IVAS

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2
Q

A partir de qual frequência respiratória é considerado como taquipneia?

A

até 2 meses de idade: ≥ 60 irpm

2 meses - 1 ano: ≥ 50 irpm

1 - 5 anos: ≥ 40 irpm

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3
Q

Qual o principal agente etiológico do resfriado comum?

A

Principal: Rinovírus

Outros: coronavírus, influenza, vírus sincicial respiratório

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4
Q

Qual o quadro clínico característico do resfriado comum?

A

Coriza: presença de secreção hialina até o 3º dia; a partir disso, torna-se mucopurulenta

Tosse: principalmente noturna (gotejamento pós nasal)

Febre: pode estar presente

Obstrução nasal, hiperemia de mucosas, odinofagia

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5
Q

Como é feito o diagnóstico de um resfriado comum?

A

Clínico!

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6
Q

Qual o tratamento a ser instituído em casos de resfriado comum?

A
  • Sintomáticos: antipiréticos (exceto AAS – risco de desenvolver Sd de Reye)
  • Lavagem nasal abundante
  • Aumentar ingesta de líquidos: fluidificar secreções
  • Mel: ajuda no combate à tosse noturna / só usado em >1 ano (risco de botulismo)
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7
Q

Quais as principais complicações relacionadas ao resfriado comum?

A

Otite média aguda e Sinusite bacteriana

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8
Q

Por que a OMA é muito comum em < 2 anos?

A

Devido à anatomia das tubas auditivas nesta idade, que são mais curtas e horizontalizadas. Isso facilita a ascensão de bactérias patogênicas oriundas da nasofaringe

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9
Q

Qual a fisiopatologia relacionada à OMA?

A

Disfunção tubária (inflamação decorrente da nasofaringe) + acúmulo de secreção na orelha média (tuba não consegue drenar) + colonização bacteriana

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10
Q

Quais os principais agentes etiológicos relacionados à OMA?

A
  • Streptococcus pneumoniae
  • Haemophilus influenzae não tipável
  • Moraxella catarralis (menos comum)
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11
Q

Qual o achado em exame físico mais específico da OMA?

A

Abaulamento de membrana timpânica

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12
Q

Qual o quadro clínico característico da OMA?

A
  • Otalgia
  • Otorreia (nem sempre está presente; apenas em caso de perfuração da membrana timpânica)
  • Febre
  • Irritabilidade e choro excessivo
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13
Q

Qual o tratamento que deve ser instituído em caso de OMA?

A

Sintomáticos + ATB (se indicado)

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14
Q

Quais as indicações de se utilizar antibioticoterapia em casos de OMA?

A

< 6 meses: todos os casos

6 meses - 2 anos: OMA bilateral - grave* - otorreia

> 2 anos: grave* - otorreia

  • Quadros graves: febre >39ºC, sintomas >48h, dor moderada/intensa
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15
Q

Quais os principais mecanismos de resistência dos agentes etiológicos no quadro de OMA?

A

S. pneumoniae: promove menor afinidade nas PBP (Proteínas ligadoras de penicilinas – penicillin binding protein)

H. influenzae: produção de beta lactamase (100% de resistência)

M. catarrallis: produção de beta lactamase (50% de resistência)

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16
Q

Qual antibiótico de escolha para o tratamento da OMA?

A

Amoxicilina
- 40-50 mg/Kg/dia : H. influenzae e M. catarrallis
- 80-90 mg/Kg/dia : S. pneumoniae

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17
Q

Quais são as indicações para instituir Amox + Clavulanato em pacientes com OMA?

A
  • Falha terapêutica com uso de Amoxicilina
  • OMA + conjuntivite = quadro promovido por Haemophilus influenzae (portanto, há 100% de resistência a amoxicilina)
  • ATBterapia há <30 dias
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18
Q

Quais as principais complicações de um quadro de OMA?

A
  • Otite média serosa (por efusão)
  • Mastoidite aguda
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19
Q

Qual o quadro clínico e conduta diante de um quadro de otite média serosa?

A
  • QC: otorreia com origem em orelha média abundante, porém sem sinais de inflamação e abaulamento em membrana timpânica
  • CD: observação por 3 meses; após isso, caso continue a secreção, optar por timpanoplastia
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20
Q

Qual o quadro clínico e conduta diante de um quadro de mastoidite?

A
  • QC: paciente com apagamento do sulco retroauricular, desvio do pavilhão auditivo, dor intensa em região mastoidea
  • CD: TC + ATB parenteral + miringotomia (drenagem)
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21
Q

Quais os agentes etiológicos mais relacionados ao quadro de mastoidite aguda?

A
  • H. influenzae nao tipável
  • S. pneumoniae
  • Streptococcus grupo A
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22
Q

Quais seios paranasais tipicamente são acometidos em quadro de sinusite bacteriana aguda em crianças?

A

Seios etmoidais e maxilares, pois são os únicos formados até os 5 anos de idade

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23
Q

Quais os agentes etiológicos mais comuns em quadro de sinusite bacteriana?

A

Os mesmos da OMA:

  • Streptococcus pneumoniae
  • Haemophilus influenzae não tipável
  • Moraxella catarralis (menos comum)
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24
Q

Quando pensar em uma complicação bacteriana de uma infecção viral?

A
  • Duração dos sintomas >10 dias
  • Piora súbita do quadro
  • Quadro grave (febre >39ºC)
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25
Qual o tratamento a ser instituído em quadros de sinusite bacteriana?
Suporte + ATB terapia (amoxicilina) ATB deve ser mantido por até 7 dias após a resolução do quadro clínico
26
Qual é a possível complicação resultante de um quadro de sinusite bacteriana?
Celulite orbitária
27
Qual o quadro clínico da celulite orbitária? Qual o tratamento?
QC: - Edema palpebral - Proptose ocular - Dor à movimentação ocular Tratamento: - Internação + ATB parenteral
28
Como diferenciar um quadro de celulite orbitária de celulite periorbitária?
Na celulite periorbitária, não há acometimento de planos mais profundos. Portanto, não há comprometimento da motricidade ocular, apenas edema e hiperemia palpebral
29
Quais os possíveis diagnósticos diferenciais da sinusite bacteriana e como diferenciá-los?
Rinite alérgica - Presença de intenso prurido nasal; secreção nasal rica em eosinófilos Sífilis congênita - <3 meses de idade (o que é incomum na sinusite), pênfigo palmoplantar, hepatoesplenomegalia... Corpo estranho - Rinorreia fétida UNILATERAL
30
Qual o principal agente etiológico em casos de faringite bacteriana aguda?
Streptococcus beta-hemolítico do grupo B (S. pyogenes)
31
Quais as potenciais complicações extra-amigdalianas de um quadro de faringite bacteriana?
Febre reumática e GNPE
32
Qual o quadro clínico da faringite bacteriana?
Odinofagia, febre, manifestações inespecíficas NÃO TEM: tosse, coriza (se presente, pensar em faringite viral) EF: presença de exsudato tonsilar, pétequias no palato, linfonodomegalia cervical
33
Como é feito o diagnóstico da faringite bacteriana?
Na maioria das vezes, o diagnóstico é clínico. Porém, sempre que possível, realizar confirmação bacteriológica com teste rápido + cultura.
34
Como é feita a interpretação dos testes rápidos na faringite bacteriana?
Teste rápido positivo: tratar faringite bacteriana Teste rápido negativo: solicitar cultura; cultura negativa: acompanhamento; cultura positiva: tratar faringite bacteriana
35
Para se realizar a profilaxia da febre reumática, a ATBterapia deve ser instituída até quantos dias após o início do quadro?
Até 9 dias
36
Qual o antibiótico de escolha para casos de faringite bateriana?
1) Pen G benzatina - dose única IM 2) Amoxicilina por 10 dias 3) Azitromicina (apenas para alergia a penicilina)
37
Qual o quadro clínico típico de um abscesso peritonsilar?
Paciente com odinofagia e febre não tratada, que evolui com sialorreia, disfagia e trismo. Ao exame físico, cúpula tonsilar aumentada, com desvio da úvula.
37
Quais as principais complicações supurativas da faringite bacteriana?
- Abscesso peritonsilar - Abscesso retrofaríngeo
38
Quais os principais agentes etiológicos envolvidos em um quadro de abscesso peritonsilar?
Etiologia polimicrobiana (gram + / anaeróbios)
39
Qual o tratamento a ser instituído em quadro de abscesso peritonsilar?
Drenagem + ATB
40
Qual o quadro clínico típico de paciente com abscesso retrofaríngeo?
Febre alta, odinofagia, disfagia, dor à mobilização do pescoço
41
Qual o principal diagnóstico diferencial de abscesso retrofaríngeo?
Torcicolo
42
Quais os achados radiográficos típicos de um paciente com abscesso retrofaríngeo?
Aumento do espaço retrofaríngeo
43
Qual o agente etiológico mais comum e o quadro clínico típico de um paciente com febre faringoconjuntival?
Ag etiológico: adenovírus Febre + conjuntivite + adenomegalia pré-auricular
44
Quais os principais diagnósticos diferenciais da faringite bacteriana?
- Faringites virais: a) Febre faringoconjuntival b) Herpangina c) Mononucleose infecciosa - PFAPA
45
Qual o agente etiológico e o quadro clínico típico da Herpangina?
Ag etiológico: vírus Coxsackie A QC: odinofagia, com presença de úlceras em cavidade oral muito dolorosas
46
Qual o principal diagnóstico diferencial da Herpangina?
Sd mão-pé-boca (mesmo ag etiológico)
47
Qual o agente etiológico da mononucleose infecciosa?
Vírus Epstein Barr
48
Qual o quadro clínico característico da mononucleose?
Odinofagia, febre, linfadenopatia generalizada, esplenomegalia EF: presença de exsudato purulento amigdaliano Laboratório: linfocitose com atipias
49
Qual o agente etiológico da Epiglotite?
Haemophilus influenzae tipo B (mais comum)
50
Qual o marco importante a ser relatado na questão sobre epiglotite?
Desconhecimento da situação vacinal da criança (provavelmente não foi vacinada para Haemophilus)
51
Qual a clínica de um quadro de epiglotite?
- Febre alta, com sinais de toxemia - Estridor - Dificuldade respiratória - Posição do tripé - Evolução rápida
52
Quais os achados radiográficos de um quadro de epiglotite?
Sinal do polegar ao RX Obs.: não é necessário solicitar exames nesse quadro
53
Qual o tratamento a ser instituído em um quadro de epiglotite?
VA artificial + ATB
54
Qual o agente etiológico mais comum em um quadro de laringotraqueíte viral aguda?
Vírus parainfluenzae
55
Qual a clínica da laringotraqueíte viral aguda?
- Pródromos catarrais - Crupe viral (estridor + tosse metálica + rouquidão/afonia)
56
Quais são os sintomas característicos do CRUPE VIRAL?
Estridor + tosse metálica + rouquidão/afonia
57
Qual o tratamento a ser instituído na laringotraqueíte viral aguda?
- Nebulização com adrenalina - Corticoterapia IM ou EV Após 2h, ausência de estridor ao repouso: apenas corticoide
58
Quais os achados radiográficos típicos da laringotraqueíte viral aguda?
Sinal da ponta do lápis ou sinal da torre
59
Quais as possíveis complicações de um quadro de laringotraqueíte viral aguda?
Traqueíte bacteriana
60
Qual o agente etiológico causador da traqueíte bacteriana?
S. aureus
61
Quando desconfiar de um quadro de traqueíte bacteriana?
Febre alta + piora clínica + não responsividade a tratamento com adrenalina
62
Qual tratamento a ser instituído na traqueíte bacteriana?
VA artificial + ATB
63
O que é encontrado na luz traqueal em quadros de traqueíte bacteriana?
Secreção purulenta
64
Qual o principal diagnóstico diferencial da laringotraqueíte viral aguda? Qual o QC?
Laringite estridulosa (espasmódica) QC: crupe + sem pródromos catarrais
65
Quais as causas não infecciosas de estridor?
Estridor agudo: - Anafilaxia - Aspiração de corpo estranho Estridor crônico: - Laringomalácia
66
Qual o quadro clínico da PFAPA?
Quadros recorrentes de febre, aftas, faringite e adenite (acrônimo PFAPA). Não é uma doença infecciosa.
67
Qual o tratamento da fase aguda da PFAPA?
Corticoterapia
68
Qual quadro clínico nos faz pensar em um quadro de otite média necrotizante?
Paciente com manutenção do quadro de otorreia e febre, apesar de já estar em uso de antibioticoterapia convencional (amoxicilina). Características: perfuração ampla da membrana timpânica + resistência à antibioticoterapia simples
69
Qual o exame padrão ouro para o diagnostico de amigdalite estreptocócica?
Cultura de orofaringe
70
Quais os principais agentes etiológicos de pneumonia bacteriana típica em crianças?
<2 meses - Streptococcus agalactiae (grupo B) - E. coli >2 meses - Streptococcus pneumoniae - Haemophilus influenzae - Staphilococcus aureus
71
Quais os sinais que indicam gravidade na pneumonia bacteriana?
- Tiragem subcostal - Batimento da asa do nariz - Gemência - Cianose - SatO2 <92%
72
Quando considerar um quadro de pneumonia como recorrente?
- Dois ou mais episódios de pneumonia em 1 ano; OU - Três ou mais episódios de pneumonia ao longo da vida
73
O que pensar diante de um quadro de pneumonia recorrente?
Presença de algum comprometimento de base. Possíveis etiologias: - Imunossupressão - Fibrose cística - Enfisema lobar - DRGE - Mal formações
74
Como realizar o diagnóstico da pneumonia?
Clínico! Não há necessidade de se realizar radiografia de tórax
75
Quando está indicado realizar Rx de tórax diante de um quadro de pneumonia?
-Evolução atípica - Manutenção dos sintomas mesmo em vigência do tratamento com ATB (avaliar presença de complicações)
76
Quais os achados radiográficos característicos de um quadro de pneumonia?
- Opacidade alveolar em padrão de consolidação - Broncogramas aéreos - Pneumatoceles: pensar em infecção por S. aures - Pneumonia redonda: pensar em infecção por S. pneumoniae
77
Quais as possíveis complicações de um quadro de pneumonia?
- Derrame pleural parapneumônico: presença de exsudato em cavidade pleural - Empiema: presença de pus na cavidade pleural (colonização bacteriana do exsudato) - Pneumatocele: imagem cavitária - Abscesso: presença de nível hidro aéreo
78
Ao encontrarmos o sinal do Barco a Vela no Rx de tórax, o que pensar?
Radiografia normal. Presença do timo aumentado, muito comum em crianças <2 anos.
79
Quais as indicações de tratamento hospitalar na pneumonia típica?
1. <2 meses 2. Presença de sinais de gravidade (tiragem subcostal, batimento da asa do nariz, gemência, SatO2<92%...) 3. Comprometimento do estado geral (inapetência, vômitos) 4. Presença de quadro de base 5. Presença de complicações radiográficas
80
Como é feito o tratamento ambulatorial da pneumonia bacteriana típica?
Amoxicilina 40-50mg/kg/dia por 7-10 dias OU Pen Procaína IM
81
Como é feito o tratamento hospitalar da pneumonia bacteriana típica?
< 2 meses: - Ampicilina (S. agalactiae) + Gentamicina (E. coli) >2 meses: - Pen G cristalina EV (S. pneumoniae) / Ampicilina / Amox + Clav
82
Como é feito o tratamento hospitalar de pneumonias muito graves?
Oxaciclina + Ceftriaxone
83
De acordo com os critérios de Light, como podemos definir que o derrame pleural é um EXSUDATO e não um TRANSUDATO?
EXSUDATO: presença de um dos critérios abaixo - Relação proteína do LP/proteína sérica > 0,5 - Relação LDH LP / LDH sérica > 0,6 - LDH LP > 2/3 do limite superior do soro *LP = Líquido Pleural
84
Como diferenciar o EXSUDATO do EMPIEMA?
EMPIEMA - Purulento - pH < 7,2 - Glicose <40 - Presença de bactérias em cultura
85
Quando suspeitar e qual a conduta diante de um empiema?
Considerar empiema em caso de falha do tratamento após 48-72h Condutas: - Pleuroscopia + Drenagem (empiema só se resolve quando for drenado) - MANTER TRATAMENTO COM ATB JÁ INSTITUÍDO
86
Qual a conduta diante de um quadro de derrame parapneumônico e a avaliação evidencia presença de exsudato?
Nenhuma. Manter ATB já instituído. Exsudato terá resolução espontânea.
87
Quando pensar em infecção por S. aureus?
- Presença de foco cutâneo: furúnculos, infecção de pele... - Presença de pneumatoceles e abscessos - Histórico recente de internação ou trauma
88
Quais os agentes mais comuns da pneumonia atípica?
- Mycoplasma pneumoniae - Clamidophyla pneumoniae
89
Qual o quadro clínico clássico da pneumonia atípica?
Início insidioso, quadro arrastado - Febre baixa ou ausência - Sintomas catarrais leves - Duração dos sintomas >10 dias - Cefaleia, odinofagia, rouquidão
90
Qual o quadro clínico clássico da pneumonia atípica?
Início insidioso, quadro arrastado (duração >10 dias) - Febre baixa ou ausente - Cefaleia, odinofagia, rouquidão - TOSSE + TAQUIPNEIA
91
Como é feito o diagnóstico da pneumonia atípica?
- Clínico - Pesquisa das crioaglutininas (pesquisa de anticorpos --> títulos > 1:64 = infecção por Mycoplasma)
92
Quais os achados clássicos em Rx de pneumonia atípica?
Infiltrado intersticial
93
Qual o tratamento da pneumonia atípica?
Macrolídeos - Azitromicina - Claritromicina - Eritromicina
94
Quais os agentes etiológicos mais comuns da Pneumonia Afebril do Lactente?
- Chlamydia trachomatis - Ureoplasma urealyticum
95
Qual o sítio em que geralmente encontramos a Chlamydia e qual a relação com o quadro clínico?
A clamídia é geralmente encontrada no trato genital feminino. Portanto, em bebês nascidos por via vaginal, poderá haver a infecção por clamídia, gerando o quadro de pneumonia após 1-3 meses.
96
Qual o quadro clínico típico da Pneumonia Afebril do Lactente?
- Parto vaginal - Conjuntivite neonatal - TOSSE E TAQUIPNEIA
97
Quais os achados em exames complementares da Pneumonia Afebril do Lactente?
- Eosinofilia - Infiltrado intersticial em Rx
98
Qual o tratamento da Pneumonia Afebril do Lactente?
Macrolídeos
99
Qual o principal agente etiológico da Bronquiolite Viral Aguda?
Vírus sincicial respiratório
100
Qual o quadro clínico clássico da Bronquiolite Viral Aguda?
- SIBILOS - Pródromos catarrais - Febre baixa e tosse Tipicamente <2 anos
101
Quais os achados radiográficos da Bronquiolite Viral Aguda?
- Atelectasias - Hiperinsuflação pulmonar Pode estar normal!
102
Qual o diagnóstico diferencial da Bronquiolite Viral Aguda? Quando suspeitar?
Asma Quando suspeitar: - Crianças que sibilaram até os 3 anos e permanecem sibilantes após os 6 anos; OU - Crianças que só começaram a sibilar após os 6 anos Hfam positiva Histórico de atopias Eosinofilia
103
Qual o tratamento da Bronquiolite Viral Aguda?
- Suporte respiratório NÃO REALIZAR - Corticoterapia - Beta 2 agonistas - Fisioterapia respiratória
104
Como é feita a prevenção da Bronquiolite Viral Aguda?
- Lavagem das mãos - Pavilizumabe Indicações: a) <6 meses nascidos entre 29-32 sem de IG b) <1 ano nascidos com <29 sem de IG c) <2 anos com cardiopatia congênita ou doença pulmonar da prematuridade
105
Qual o agente etiológico da Coqueluche?
Bordetella pertussis
106
Qual o quadro clínico da Coqueluche?
Fase catarral: - Pródromos catarrais: tosse, congestão nasal... Fase paroxística - Acessos de tosse, que podem ser emetizantes e com presença de guincho inspiratório - <3 meses: pode haver apneia e cianose nos acessos de tosse - NÃO TEM TAQUIPNEIA! Fase de convalescença - Melhora dos sintomas
107
Como é feito o diagnóstico da Coqueluche?
Laboratório: leucocitose + linfocitose Cultura de escarro Rx: coração felpudo
108
Como é feito o tratamento da Coqueluche?
Azitromicina
109
Paciente que inicia quadro de sintomas catarrais e evolui para estridor e tosse ladrante. Devo pensar em que?
Laringotraqueíte viral aguda. Na epiglotite, não há a presença de sintomas catarrais e tosse ladrante.
110
Qual a conduta IMEDIATA a ser estabelecida na epiglotite aguda?
VA artificial
111
Qual o principal agente etiológico da pneumonia necrosante?
S. pneumoniae
112
O que é BRUE?
Brief Resolved Unexplained Event Cursa com cianose ou palidez na infância não explicados por outros fatores São eventos não explicáveis, de curta duração e rapidamente resolvidos em crianças menores de 1 ano. É, portanto, um diagnóstico de exclusão, onde não se encontram causas para o evento ocorrido.
113
Como definir o diagnóstico de BRUE?
Presença de uma ou mais das seguintes manifestações: - Cianose central ou palidez - Mudança na frequência respiratória (apneia, hipopneia) - Alteração de tônus muscular (hipo ou hipertonia) - Alteração de responsividade (letargia, sonolência) Essas manifestações devem ser encontradas em < 1 ano e o episódio deve ter duração de < 1 min
114
Quais os critérios para definir se criança que apresentou BRUE é de alto risco?
- < 2 meses de vida - Prematura (<32 IG) - Outros episódios semelhantes - Necessidade de RCP - Exame físico alterado