Interações Medicamentosas Flashcards
Quais os objetivos das interações medicamentosas?
• Potencialização dos efeitos terapêuticos
• Diminuição dos efeitos colaterais
• Diminuição das doses terapêuticas
• Proporcionar maior comodidade ao paciente
Quais as possíveis consequências das interações medicamentosas?
O fármaco A provoca um efeito igual a 1, logo, de 100%. O fármaco B, separadamente, também, provoca um efeito igual a 1. Chamado de indiferença farmacológica, pois ambos estão gerando o efeito total de 100%.
O paciente vai utilizar o fármaco A (efeito =1) e entra com o fármaco B. O efeito de A (referencial) vai ser menor do que 1. Ou seja, como o fármaco B influenciou no fármaco A. Isso caracteriza um quadro de antagonismo.
O paciente utiliza um fármaco A (efeito =1) e entra com o fármaco B, aumentando o efeito do fármaco A. Essa interação que aumenta o efeito é chamado de sinergismo.
Quais as interações farmacocinéticas à nível da absorção?
Alteração no pH gastrintestinal:
• Fármaco A e, posteriormente, o fármaco B modifica o pH gastrointestinal e pode aumentar (sinergismo) ou diminuir (antagonismo) o efeito de A.
• Se o medicamento A for ácido e o medicamento B for base, a interação entre eles forma uma fração ionizada, logo, diminui a absorção do fármaco A. Interação de antagonismo.
Alteração na motilidade gastrointestinal:
• A motilidade ajuda ao esvaziamento do TGI. O fármaco A e o B aumenta a peristalse (motilidade). Em termos gástricos, o medicamento sairá mais rapidamente no estômago e chegará ao intestino, diminuindo a absorção. Isso diminui a concentração efetiva, diminuindo o efeito, sendo uma interação de antagonismo.
Má absorção causada por fármacos:
• A absorção está dependente do fluxo sanguíneo, do número de vasos sanguíneos que se tem em uma determinada área. O fármaco A provoca um efeito esperado. Ao entrar com um fármaco B, o qual tem um efeito vasoconstrictor. Na presença do fármaco B, o que pode acontecer com a absorção do fármaco A? Diminuir. Logo, diminui concentração efetiva, diminui efeito, interação de antagonismo.
• Se inverter esses efeitos a interação pode ser de sinergismo.
Quais as interações farmacocinéticas à nível da distribuição?
Competição na ligação a proteínas plasmáticas:
• O fármaco B tem maior taxa de ligação as proteínas plasmáticas, logo, essa maior afinidade desloca algumas moléculas do fármaco A da sua ligação as proteínas plasmáticas. Isso aumenta a fração livre do fármaco A, aumentando a distribuição, aumentando a concentração efetiva, aumentando o efeito, logo, um quadro de sinergismo.
Quais as interações farmacocinéticas à nível da biotransformação?
Indução enzimática:
• Exemplo: O fármaco com capacidade de agir a nível do hepatócito, aumentando o número das enzimas responsáveis pela metabolização.
• O fármaco A introduzido provoca seu efeito. Enquanto o fármaco B provoca a indução enzimática, aumentando o número de uma determinada CYP. Essa enzima é responsável pela metabolização do fármaco A, metabolizando-o mais rapidamente, logo, sua concentração efetiva irá diminuir, efeito diminui, sendo uma relação de antagonismo.
Inibição enzimática:
• Na inibição há um fármaco que vai atuar a nível do hepatócito, diminuindo a síntese de uma determinada enzima, do sistema citocromo p-450. Esta, que teve sua síntese reduzida, é responsável pela metabolização do fármaco A. Com um menor número de enzimas há menos metabolização, aumento da concentração efetiva, aumentando o efeito, ou seja, uma relação de sinergismo.
Quais as interações farmacocinéticas à nível da excreção?
Alteração no pH urinário:
• Se há um medicamento A ácido chegando a nível de túbulo renal e alcaliniza a urina, mudando seu pH, quando o fármaco A chegar na região de túbulo contornado distal, ioniza o fármaco, logo, não consegue ser absorvido, sendo eliminado junto a urina. Logo, diminui sua concentração efetiva, sendo uma relação de antagonismo.
Alteração na secreção tubular renal:
• A secreção tubular envolve a passagem do fármaco através da membrana da célula epitelial. Na maioria das vezes considera uma secreção ativa, dependente de transportadores, que estão trabalhando com um transporte ativo secundário, dependente de energia química.
• A nível dos túbulos renais, há transportadores para substâncias ácidas e básicas. Ao utilizar dois fármacos ácidos, A e B, eles irão competir pelo mesmo transportador de substância ácida. Isso pode fazer com que o fármaco A não consiga ser transportado para dentro da luz tubular para ser secretado, diminuindo sua eliminação renal, logo, sua concentração efetiva estará aumentada, aumentando o efeito, sendo uma relação de sinergismo.
Alteração no fluxo sanguíneo renal:
• A taxa de filtração glomerular depende do fluxo sanguíneo renal. Um paciente que utiliza um medicamento A, que desencadeou em um quadro hemorrágico e começa a caminhar para uma situação de choque. Isso diminui o fluxo sanguíneo renal do paciente, diminui a filtração, aumentando a concentração de medicamento na corrente sanguínea, logo, aumenta a concentração efetiva. Isso pode intoxicar o paciente.
— Aumenta o fluxo, favorece o processo de filtração, aumenta a eliminação, diminui a concentração efetiva, diminui o efeito, antagonismo.
— Diminui o fluxo, diminui a filtração, diminui a eliminação, aumenta a concentração efetiva, aumento do efeito, sinergismo.
Afinidade x eficácia - diferencie
O que é Ka e Kd?
Ka — constante de afinidade
Kd — constante de dissociação (fármaco vai sendo biotransformado e eliminado
Como é a eficácia e a afinidade de uma substância agonista e antagonista?
Uma substância A considerada como agonista. Esta, se liga ao receptor. Logo, ligado ao receptor há também uma resposta, ou seja, uma eficácia. Substância agonista: tem afinidade e eficácia.
Uma substância B considerada como antagonista. Esta, se liga ao receptor. Ao se ligar, não realiza nenhuma resposta. Por não haver resposta (não tem atividade intrínseca), tem afinidade por ligar ao receptor, mas não tem eficácia.
DE50 — o que é?
Dose necessária para produzir 50% do efeito máximo.
Qual o nome desse gráfico?
Curva dose-resposta
Qual a importância do Kd?
Afinidade da droga com o receptor. Quanto menor o Kd, maior a afinidade da droga com o receptor.
Kd = EC50.
À medida que aumenta a dose aumenta o efeito. Até chegar no limite máximo. Um Kd muito alto, quer dizer que está se distanciando muito, logo, a afinidade é baixa, não está produzindo muito o efeito.
Um Kd baixo significa que o fármaco está produzindo efeito, logo se dissocia pouco, tem alta afinidade.
Analise o gráfico e comente sobre a afinidade dos fármacos A e B ao medicamento.
A droga B encontra um Kd B mais para a direita, logo, mais longe do zero, sendo maior.
Se o Kd B é maior, quer dizer que ele se dissocia com mais facilidade. Para conseguir ter o efeito de 50% foi preciso aumentar a dose. Foi preciso usar uma dose de B maior para alcançar 50% da sua eficácia.
Quais os parâmetros principais da curva dose-resposta?
• Potência
— É a quantidade do fármaco para desencadear uma resposta.
— Depende: da eficácia e afinidade do receptor e do número de receptores e acessibilidade de um tecido.
• Eficácia
— Resposta máxima produzida pelo fármaco.
— Depende: do número de complexos fármaco-receptores formados.
— Agonista parcial, não consegue chegar ao efeito máximo, mesmo se aumentar a dose*
Como é o gráfico de um agonista total e parcial?
• Agonista total: a eficácia chega a 100% (é igual a 1).
• Agonista parcial: algumas drogas são agonistas (possuem afinidade e eficácia), mas a eficácia está entre 0 e 1 → não pode produzir uma eficácia máxima mesmo se aderir a todos os receptores.