Leucemias Flashcards

(119 cards)

1
Q

Definição de Leucemias

A

Patologia hematológica clonar de transformação maligna hematopoietica (Mieloide/Linfóide; Aguda/Crónica)

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2
Q

Grupos etários da LLinfoblastica Aguda e da LMA

A

LLA - crianças

LMA - adultos

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3
Q

2 ECDs importantes no diagnóstico inicial de leucemias

A

Esfregaço de sangue periférico e mielograma

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4
Q

Qual a leucemia mais frequente em adultos ?

A

LMA (80-90% dos diagnósticos)

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5
Q

As Leucemias agudas resultam de transformação maligna de células hematopoiéticas em fase … (inicial/tardia) de maturação.

A

inicial

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6
Q

Que tipo de leucemias podem ser secundárias ?

A

Leucemias secundárias a SMielodisplásicos e LMC

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7
Q

Que tipo de alterações genéticas ocorrem nas leucemias agudas ?

A

Alterações cromossómicas

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8
Q

3 tipos de leucemias agudas

A

Leucemia linfoblástica aguda; Leucemia mielóide aguda e Leucemia promielocítica aguda

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9
Q

Grupos etários por tipo de Leucemia aguda

A

LLA - Crianças (90% das leucemias em crianças)

LMA - Adultos (90% das leucemias em adultos)

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10
Q

Característica morfológica no esfregado que distingue LMA de LLA

A

Na LMA há presença de bastonetes de auer

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11
Q

V/F

A taxas de sobrevivência de LMA são muito variáveis por serem um grupo heterogéneo de doenças

A

Verdadeiro

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12
Q

Grupo etário de LMA

A

Idosos (maioria dos diagnósticos após 65 anos)

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13
Q

De que resulta a apresentação clínica sintomática de LMA ?

A

Resulta de citopénias, devido à infiltração de blastos na MO com consequente insuficiência medular.

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14
Q

Sintomas/Sinais de LMA

A

Anemia (fadiga, palidez); Neutropénia (infeções; úlceras orais); Trombocitopénia (petéquias, hemorragia –> + característico de LMA); hipertrofia gengival (massa mielomonocítica); Hepatoesplenomegália (-)

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15
Q

A linfadenopatia e hepatoesplenomegália são mais frequentes na … (LMA/LLA)

A

LLA

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16
Q

Exames complementares de diagnóstico

A

Hemograma; esfregaço de sangue periférico; Bioquímica (com LDH, ácido único, cálcio); Imunofenotipagem e citoquímica; Mielograma; Cariótipo e Citogenética

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17
Q

Alterações no hemograma da LMA

A

Anemia e Trombocitopénia (Bicitopénia)
Leucocitose com neutropénia e aumento de blastos
Hiato leucémico (ausência de diferentes graus de maturação)

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18
Q

Alterações na Bioquímica

A

Hiperuricémia; aumento da LDH

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19
Q

Alterações no mielograma na LMA

A

Infiltração por blastos ( >20%); Morfologia de linhagem mielóide - Bastonetes de Auer

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20
Q

Como fazer diferenciação de SM e LMA pelo mielograma ?

A

Percentagem de blastos (por 500 células). Se >20% - LMA; Se <20% - SM.

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21
Q

O que se considera um cariótipo de alto risco ?

A

> 3 mutações - cariótipo complexo; Estratificação do risco com base nos genes alterados - NPM1, FLT3, CEBPA

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22
Q

4 alterações genéticas patognomónicas de LMA

A

inv16; t(16,16); t(15,17); t(8,21)

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23
Q

Modos de classificação da LMA

A

FAB (mais antiga, baseada na morfologia, e citoquímica) e da OMS (inclui imunohistoquímica e citogenética)

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24
Q

Marcação Citoquímica específica de alteração mielóide

A

Mieloperoxidase; Sudão Negro; (esterases - mielomonocítica)

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25
Importância da imunohistoquímica
Classificação e diagnóstico de leucemias; definição de prognóstico pela identificação de doença residual mínima
26
V/F | O PAS é um marcador específico de LMA
Falso (de leucemia linfoblástica B)
27
3 diagnósticos diferenciais importantes de LMA
Síndrome Mielodisplásico (Mielograma - percentagem de blastos) LLA (imunofenótipo e idade) Reação Leucemóide (infeção ativa)
28
8 subtipos de classificação FAB
M0 - diferenciação mínima (<3% de coloração específica; pouca diferenciação miolo/linfo) M1 - sem maturação; M2 - com maturação M3 - LPromielocítica aguda (Núcleo bilobado dismórfico com grânulos) M4 - Mielomonocítica (Monócitos, basófilos, nucléolos, cromatina laxa) M5 - Monocítica/Monoblástica M6 - Eritroleucemia (>50% de eritroblastos) M7 - Megacarioblástica (detetada apenas por Imunohisto)
29
V/F | A leucemia pode apresentar duplo fenótipo (lindo/mielo)
Verdadeiro
30
V/F | Marcação específica se cora 3% dos blastos
Verdadeiro
31
Alterações cromossómicas típicas de subtipos de LMA
inv16 - M4 (mielomonocítica) t(15,17) - M3 Promielocítica t(8,21) - M2 (com maturação)
32
Subtipos da classificação da OMS
Anomalias genéticas recorrentes Secundária a Mielodisplasia Secundária a terapêutica (sem classificação; sarcoma mielóide; SDown; linhagens, ambígua)
33
Algumas anomalias genéticas recorrentes
t(8,21); inv16; t(16,16); PML-RARa; inv3; t(3,3); megacarioblástica t(1,22); NPM1; CEBPA; RUNX1; BCR/ABL
34
Marcadores de imunohistoquímica de LMA
CD117, CD65, MPO, Negro do Sudão, CD14 + CD64 --> Monocítica; Megacar - CD41, CD61; Eritroleucemia - CD235a e CD36
35
Fatores clínicos de mau prognóstico
Idade, LMA secundária, fraca resposta terapêutica, leucocitose (>20000), aumento da LDH
36
Fatores genéticos de mau prognóstico
t(6,9), inv3, t(3,3), t(9,22) - BCR/ABL, Mut FLT3, monossomias
37
Fatores genéticos de bom prognóstico
t(8,21); inv16; NPM1; CEBPA
38
Diagnóstico de Leucemia Promielocítica aguda
>20% de promielócitos atípicos no sangue/MO; translocação específica t(15,17) com proteína de fusão PML/RARa
39
Que percentagem de LMAs nos adultos são LPA ?
10 a 15%
40
Grupo etário de incidência de LPA
Adulto jovem (40 anos)
41
Características morfológicas (sangue/MO) na LPA
Promielócitos imaturos, com grânulos de grandes dimensões eosinófilos (azurófilos), bastonetes de Auer e núcleo bilobado
42
Que apresentação clínica é específica de LPA ?
Coagulação intravascular disseminada (grânulos pró-coagulantes) com trombocitopénia grave e hemorragia importante. Restante clínica semelhante à das outras LMAs
43
Risco elevado em LPA
leucocitose >10000
44
Como é o prognóstico da LPA ?
Bom prognóstico
45
Terapêutica para LPA
ATRA (inibição da proteína PML/RARa que impede a diferenciação granulocítica); se recidiva - trióxido de arsénio
46
Leucemia Linfoblástica aguda: Definição e diagnóstico inicial
Afeta a linhagem linfóide; normalmente antes dos 6 anos; >20% de linfoblastos no sangue/MO
47
Qual o fenótipo mais frequente da LLA ?
Linhagem B (75%)
48
Qual a alteração genética de mau prognóstico na LLA que deve ser sempre pesquisada ? Em que percentagem de casos ?
t(9,22) - BCR/ABL Cromossoma de Philadelphia. Presente em 30% dos casos
49
Classificação FAB das LLA
L1, L2, L3 (pouco útil)
50
Classificação LLA pela OMS
Pré-T ou Pré-B
51
Que via de sinalização está frequentemente afetada nas LLA-T ?
NOTCH1
52
Qual a particularidade dos linfoblastos no que toca a invasão residual ?
Conseguem invadir locais de privilégio imunológico (SNC, olho, testículo), ao contrário dos mieloblastos
53
Características gerais da apresentação clínica da LLA
Resulta de citopénias e ocorre com Sintomas B
54
Citopénias presentes no hemograma
Anemia; Trombocitopénia; Neutropénia (com leucocitose)
55
ECD
Hemograma (com LDH aumentada e hiperuricémia); Mielograma com imunofenótipo; FISH BCR/ABL; TC corpo - excluir linfoma; Punção Lombar - infiltração do SNC
56
V/F | A MPO no mielograma exclui linhagem linfóide
Verdadeiro (específico de mielóide)
57
Como se distingue LLA T e B ?
Imunofenótipo dos linfoblastos no mielograma
58
Identificação de Fenótipo B e T
B - (2 de 3) CD19, CD20 CD79b | T - CD3
59
V/F | A LLA tem fatores de risco conhecidos
Falso
60
Como é percebido muito do prognóstico da LLA ?
Com base na resposta ao tratamento
61
Classificação OMS
B: Pró, Pré (IgM), Comum (CD10), Madura (IgM; k ou lambda) T: Pró (CD3 cito e CD7), Pré (+ CD2/5/8), Cortical (3 + CD1a), IV (CD3 núcleo e cito; C1a)
62
Cariótipo complexo na LLA
> ou = 5 mutações
63
Fatores de Mau prognóstico na LLA
``` <2A ou >10A Leucocitose (B>30/T>100) T (e formas mais imaturas de imunofenótipo) Hipodiplóide Maculino; Raça africana Massa mediastínica DRM (após indução) Citogenética: Alteração do MYC; t(8,14); t(2,8); t(8,22); BCR/ABL; complexo; Del6q,7q ```
64
Tempo ate remissão de bom prognóstico
7-14 dias
65
Alterações citogenéticas de bom prognóstico
t(12,21); Mutação NOTCH1
66
Fases terapêuticas das Leucemias Agudas
1º - Remissão (<5% de blastos na MO e hematopoiese eficaz); LMA - idarrubicina e citarabina; LLA - Vincirstina, antra, ciclofosf, prednisona. 2º - Intensificação/Consolidação; Manutenção - Só LLA 3º - Transplante
67
Necessidade de Transplante
Alterações de mau prognóstico; LLA - recidiva em meses/anos com baixa sobrevida
68
Contra-indicação para transplante
Idosos (>65A)
69
Leucemia Crónica
Evolução insidiosa; células malignas diferenciadas e maduras, sem blastos. Se não tratada culmina em leucemia aguda. 2 tipos: LMC e LLC (mielo/linfo)
70
Alteração genética da LMC
Aquisição do cromossoma de Ph e expansão clonal maligna.
71
V/F | A prevalência de LMC aumenta com a idade
Verdadeiro
72
Atualmente, pós-terapêutica com TKI, qual a sobrevivência a 10 anos ?
85%
73
V/F | Os doentes com LMC sem mutação BCR/ABL têm melhor prognóstico
Falso (formas atípicas têm pior prognóstico)
74
Como se inicia a LMC e qual a evolução sucessiva?
Início como SMielodisplásico; Granulocítica, eritróide e megacariocítica
75
Translocação mais comum na LMC
t(9,22)
76
Qual a causa de sintomas/gravidade nas fases ativas de LMC ?
Supressão da hematopoiese normal com insuficiência medular. (Citopénias durante a crise = LAguda)
77
V/F | Na LMC em fase ativa, deixam de existir células estaminais normais na MO
Falso (continuam a existir células estaminfis normais que asseguram a hematopoiese em caso de controlo terapêutico)
78
Em que percentagem dos adultos saudáveis está presente o gene BCR/ABL ?
25%
79
Apresentação de LMC a nível de sintomas
50% - assintomáticos | 50% - sintomas B + esplenomegália
80
Sinal de possível transformação
Aumento do número de blastos e basófilos na MO face ao sangue periférico
81
3 fases da LMC
Fase crónica; Fase acelerada; Fase blástica
82
Após a crise blástica, que proporção desenvolve LLA e LMA ?
LLA - 1/3 | LMA - 2/3
83
Diagnósticos diferenciais de LMC
Reação leucemóide (infeção; vários estádios maturativos) | Outros síndromes MP
84
ECD na LMC
Hemograma; Mielograma; Biópsia da Medula óssea; FISH - BCR/ABL
85
Alterações do hemograma na LMC
Leucocitose (>500mil); Basofilia (com + histamina - prurido); anemia (1/3); trombocitopénia (aguda)/trombocitose; hiperuricémia; aumento da LDH e B12
86
Percentagem de blastos no mielograma em fase crónica
<5% de blastos; células em todos os estados maturativos
87
Alterações na Biópsia de MO
Hipercelular; todos os estádios maturativos; fibrose reticulínica
88
Qual a principal utilidade do FISH ?
Monitorização da resposta terapêutica
89
V/F | 40% dos doentes com LMC estão assintomáticos na altura do diagnóstico
Verdadeiro
90
Em que fase é diagnosticada a maioria dos doentes com LMC (90%) ?
Fase crónica
91
Duração de cada fase
Fase crónica - 3 a 5 anos | Fase acelerada - 6 a 9 meses
92
Sintomas de entrada em fase acelerada
Febre; aumento da histamina - flushing, prurido, diarreia; esplenomegália; (adenopatias; alt plaquetárias
93
Proporção de blastos por fase de LMC
Fase acelerada: 10-19% | Crise Blástica: >20%
94
Outros indicadores de fase acelerada
Leucocitose persistente, esplenomegália, trombocitose ou pénia, aumento de basófilos (>5%)
95
Linhagem afetada na Leucemia linfocítica crónica
Linfócitos B maduros (pequenos)
96
Por quanto tempo devem estar presentes as alterações no hemograma para diagnóstico de LLC ?
>3 meses
97
Alterações da LLC no hemograma
Leucocitose com linfocitose (>50mil) + citopénias (anemia; trombocitopénia); hiperuricémia e aumento da LDH
98
Sinal característico de LLC no esfregaço
Sombras nucleares de Gumprecht (artefacto por destruição mecânica de de linfócitos friáveis)
99
V/F | Na LLC há infiltração celular da MO por pelo menos 30% de clones linfóides malignos maduros
Verdadeiro
100
Alterações da LLC no Imunofenótipo
Restrição às cadeias leves de Ig (k e lambda) | Marcadores: CD23;CD19,20,5
101
Alterações da LLC no mielograma
>30% de clones linfóides maduros; ( se IgVH mutado --> Bom prognóstico)
102
Alterações em cromossomas detetadas por FISH
Cromossoma 13, 12, 11, 17
103
Alterações cromossómicas/genes que conferem mau prognóstico
Cromossomas 11 e 17; Genes TP53 e NOTCH
104
Qual o propósito de realização de TC na LLC ?
Deteção de adenopatias e organomegálias
105
V/F | A presença de >10% de pró-linfócitos em circulação indica forma agressiva de LLC
Verdadeiro
106
Formas de apresentação clínica da LLC
Hemograma de rotina: leucocitose com linfocitose Infeções frequentes (com adenopatias e sintomas B) Hipogamaglobulinémia Fenómenos imunes: Anemia hemolítica autoimune (Coombs +) ou trombocitopénia imune
107
Em que pode haver transformação da LLC ?
Linfoma difuso de grandes células B (5%; elevada mortalidade)
108
Diagnósticos diferenciais de LLC
Linfocitose reativa a infeção Linfoma em fase leucemia (zona marginal, folicular) Linfoma do manto (CD23 negativo e ciclica D1+; t(11,14))
109
Estadiamento de LLC
A - Baixo risco; linfocitose sem adenopatias (ate´2 áreas gg). B - Intermédio; com adenopatias; 3 áreas gg C - Elevado; anemia e trombocitopénia (citopénias)
110
Apresentação clínica de Síndromes mieloproliferativos
Leucocitose, trombocitose, eritrocitose; esplenomegália; MO hipercelular
111
De que resultam as complicações de SMP ?
Excesso de uma linhagem hematopoética no sangue, que não sofre regulação e prolifera independemente
112
Alterações genéticas presentes nos SMP
LMC - t(9,22) | PV, TE, MFP - Mut JAK2 (V617F)
113
Alterações da Hb e EPO na PV
Hb >18,5/16,5 e EPO baixa
114
Alterações presentes na trombocitémia essencial
Proliferação de megacariócitos e aumento de plaquetas (>500); aumento da agregação plaquetária; plaquetas hipogranulares.
115
Sintomas de TE
Hemorragias, trombose, toracalgia e fenómenos vaso-oclusivos.
116
Fisiopatologia da Mielofibrose
Hiperplasia de megacfariócitos com produção de PDGF
117
Sinais de MF
Esfregaço: eritrócitos "em lágrima"; plaquetas gigantes; percursores mielóides Leucocitose
118
Sintomas de MF
Hipermetabolismo (suores; febre; perda ponderal); saciedade precoce; hepatoesplenomegália
119
Tratamento da MF
Transplante alogénico e esplenectomia