MM - Critérios Diagnósticos Flashcards
(15 cards)
Quais são os três elementos essenciais para diagnosticar mieloma múltiplo sintomático segundo os critérios de 2003?
Proteína monoclonal (sérica e/ou urinária) em níveis detectáveis.
Plasmócitos monoclonais ≥ 10% na medula óssea (ou plasmocitoma confirmado).
Dano de órgão relacionado ao mieloma (CRAB ou complicações associadas).
CRAB inclui hipercalcemia, insuficiência renal, anemia e lesões ósseas.
O que significa CRAB no contexto do mieloma múltiplo?
C: hipercalcemia
R: insuficiência renal
A: anemia
B: lesões ósseas (bone lesions)
Essas alterações denotam dano de órgão‐alvo relacionado ao mieloma.
Como se define o mieloma múltiplo assintomático (smoldering) segundo os critérios de 2003?
Proteína monoclonal sérica ≥ 3 g/dL OU proteinúria de cadeias leves significativa.
Plasmócitos monoclonais na medula óssea ≥ 10%.
Ausência de dano de órgão (CRAB negativo).
O mieloma assintomático é uma forma de mieloma que não apresenta sintomas evidentes.
Qual a taxa média de progressão anual de SMM (smoldering myeloma) para mieloma sintomático?
Cerca de 10% ao ano nos primeiros 5 anos, diminuindo gradualmente após esse período.
Como o mieloma assintomático difere da MGUS (gamopatia monoclonal de significado indeterminado)?
SMM tem maior carga tumoral: proteína M ≥3 g/dL e/ou plasmócitos ≥10%.
MGUS apresenta proteína M <3 g/dL e plasmócitos <10%.
Ambos não têm dano orgânico (CRAB negativo).
O que levou a IMWG (em 2014) a modificar os critérios diagnósticos do mieloma múltiplo?
A inclusão de marcadores subclínicos (SLiM) que indicam alto risco iminente de dano, permitindo tratamento precoce antes da ocorrência de CRAB e consequentes lesões irreversíveis.
Quais são os marcadores ‘SLiM’ adicionados no critério de 2014?
S (Sixty): ≥60% de plasmócitos na medula óssea.
Li (Light chain): Relação cadeias leves livres ≥100 (involved/uninvolved).
M (MRI lesions): ≥1 lesão focal em ressonância magnética >5 mm.
Se um paciente tem plasmócitos medulares ≥60% sem CRAB, ele é considerado mieloma ativo?
Sim. Pelo critério SLiM, esse paciente deve ser enquadrado como mieloma múltiplo e requer tratamento, mesmo na ausência de danos clássicos (CRAB).
Como se define o mieloma sintomático segundo os critérios de 2014 (IMWG)?
Presença de plasmócitos monoclonais (≥10% na medula) mais evidências de mieloma ativo, seja por dano de órgão (CRAB) ou qualquer marcador SLiM (≥60% plasmócitos, relação FLC ≥100, lesão focal em RM).
Por que a relação κ/λ ≥100 (ou <0,01) indica mieloma ativo?
Sugere produção desproporcional de cadeias leves por um clone neoplásico de plasmócitos, sinalizando risco iminente de lesão orgânica e evolução rápida para mieloma sintomático.
Qual a importância clínica de diagnosticar mieloma mais cedo (via SLiM) antes de CRAB?
Evita complicações graves e dano irreversível (p. ex. fraturas, insuficiência renal avançada).
Permite intervir precocemente e melhorar prognóstico e qualidade de vida.
Cite exemplos de dano orgânico além do CRAB que justificam diagnóstico de mieloma sintomático nos critérios de 2003.
Infecções recorrentes (≥2 episódios/ano),
Hiperviscosidade sintomática,
Amiloidose secundária à proteína monoclonal,
Outras complicações diretamente atribuíveis à Ig monoclonal.
Resuma o estado de mieloma assintomático após a atualização de 2014.
Paciente sem CRAB e sem marcadores SLiM, mas com proteína M (sérica ≥3 g/dL ou urinária significativa) e/ou plasmócitos ≥10%.
Requer observação até que surjam critérios de mieloma ativo.
O que define a necessidade de tratamento no mieloma segundo os critérios IMWG atuais?
Presença de CRAB ou SLiM (≥60% plasmócitos, relação FLC ≥100, lesões focais ≥5 mm em RM).
Isso confirma o mieloma ativo, exigindo terapêutica.
Em poucas palavras, qual a importância dos critérios IMWG (2003 e 2014) no manejo do mieloma?
Fornecem definições claras para diferenciar MGUS, SMM e mieloma ativo, orientando quando iniciar tratamento, evitando terapias desnecessárias nos estágios indolentes e antecipando intervenção nos casos de alto risco.