N2 Flashcards

1
Q

Qual a importância dos hormônios tireoidianos quais são as consequências do hipotireoidismo agudo na infância e no adulto e do hipertireoidismo?

A

É vital para a manutenção da vida

• hipotireoidismo na infância —> cretinismo (Teste do pezinho avalia os níveis de TSH)
• hipotireoidismo no adulto —> coma hipotireoide com tamponamento cardíaco e morte (pois T3 e T4 impede a super produção de fibroblastos e ácido hialurônico)
•hipertireoidismo —> morte por crise tireotóxica

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2
Q

Explique o metabolismo do iodo (formação dos hormônios tireoidiano)

A

1- tireoglobulina (é uma glocoproteina e a base da síntese de T3 e T4) formada no RER e armazenada no coloide
2- o iodo vem do sangue e entra no coloide pelo NIS (sódio-iodo simporte) e se oxida em iodeto (auxiliado pela tiretoxidase) e iodifica a tireoglobulina
3- formação dos precursores Diiodotirosina e monoiodotirosina

• di + di = T4
• di + mono = T3

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3
Q

O que é o efeito Wolff-Chaikoff?

A

É o bloqueio da da tireoide e faz parte da auto regulação da tireoide sem a participação do
TSH, onde há um limiar intratireoide de iodo (de 10 a -9) se houver uma sobrecarga de iodo (por uso de contraste iodato em radiologia ou uso de amiodarona (um antiarrítmico que tem 75mg de iodo)

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4
Q

O que é o bócio?

A

É QUALQUER aumento de volume da glândula tireoide
(Não necessariamente altera os hormônios)
Normal: 20-30g

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5
Q

Alterações funcional do hipotireoidismo (11 )

A

1- bradicardia
2- hipertensão arterial (por excesso de catecolaminas - noradrenalina, adrenalina e dopamina)
3- pele seca
4- voz rouca e fala lenta
5- diminuição do apetite com ganho de peso por retenção hídrica
6- constipação
7- perda de cabelo
8- depressão secundaria com esquecimento e dificuldade de ideação
9- pele amarelada (carotenodermia)
10- Metrorragia (aumento do fluxo menstrual)
11- pode estar associado a anemia megaloblastica

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6
Q

Alterações funcionais no hipertireoidismo (12)

A

1- taquicardia
2- hipertensão arterial (por alta sensibilidade as catecolaminas)
3- pele úmida e sudorese alta (calorigênicos e catabolicos)
4- hipertermia
5- agitação e nervosismo
6- aumento do apetite com perda de peso
7- perda de cabelo
8- insônia
9- evacuações frequente e diarreia/desinteria
10- fraqueza e cansaço
11- fotofobia
12- exoftalmia

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7
Q

Cite as características da tireoidite de Hashimoto (5)

A

• Mais comum nas mulheres
• Pode ter hipotireoidismo subclinico/compensado ou patente
• Pode ter graus de fibrose
• No hipotireoidismo administrar hormônios tireoides
• Os autoanticorpos anti-tireoperoxidase (ou anti-TPO) são considerados marcadores biológicos da doença;

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8
Q

Quais são as duas categorias clinicas essenciais do câncer de tireoide ?

A

1- carcinomas bem diferenciados - papilifero* e folicular —> são tratáveis e curáveis (sensíveis á supressão de TSH)

2- carcinomas pouco diferenciados - medular e anaplásico —> agressivos e metastáticos (insensíveis a supressão de TSH)

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9
Q

Quais exames laboratoriais e de imagem pedir? (Tireoide)

A

• Hemograma
• T4 livre, T3 livre e TSH ultrassensível
• Anti-TPO
• Anti-tireoglobulina
• Dosagem de Calcitonina
• US da tireoide com Doppler
- se T-rads 3 E nódulo ≥ 2,5cm pedir PAAF da tireoide
•Cintilografia tireoide com iodo radioativo (iodo-123, iodo-131, 99Tcm)
- hipercaptante (ou quente, no hipertireoidismo),
- normocaptante (normal)
- hipocaptante (ou frio, hipotireoidismo ou câncer);

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10
Q

Como fazer o acompanhamento das patologias tireoidianas?

A

US semestrais ou anuais (se necessário PAAF)

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11
Q

Como fazer o tratamento do hipotireoidismo ?

A

◦ Administrar hormônio tireoide (T4) em doses crescentes semanalmente (p. ex., aumento de 25 mcg/semana) para pacientes com hipotireoidismo, até dose ideal; (geralmente é 100mcg porém pode diferenciar de pessoa para pessoa)

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12
Q

Como fazer o tratamento do hipertireoidismo ?

A

◦ Repouso absoluto(desejável);
◦ Administrar medicamentos antitireoides de síntese (metimazol, cp de 5mg e 10 mg) para pacientes com hipertireoidismo; —> tomar cuidado pois tbm é imunomodulador, diminuindo o sistema imunológico, sempre prefira as doses mínimas
◦ Administrar propranolol 40mg (betabloqueador) a pacientes com hipertireoidismo, o qual diminui a conversão de T4 em T3 e normaliza o quadro taquicardia; —> o único que inibe a monodesiodase

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13
Q

Como a vitamina D e o PTH atuam no metabolismo ósseo ?

A

• Os osteoblastos e osteoclastos possuem receptores de PTH e vitamina D auxiliando na homeostase ossea
Uma vez que os osteoblastos estimulam a diferenciação e ativação dos osteoclastos através da Vit D e o do PTH que aumentam a expressão de RANKL formando o complexo RANK-RANKL + OPG que entram em contato com o fator kappa beta que orienta o macrófago a se expressar como osteoclasto

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14
Q

Quais sãos os marcadores de formação óssea?

A

• Fosfatase alcalina total e especifica óssea
• Osteocalcina
• Pró-peptídeo carboxiterminal do pró-colágeno tipo 1

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15
Q

Quais são os marcadores de reabsorção óssea?

A

• Hidroxiprolina
• Piridinolina
• Deoxiperidinolina
• Telepeptídeos carboxi- e amino- terminais de colágeno 1
• Fosfatase ácida tartarato resistente

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16
Q

Qual molécula é a precursora da vitamina D?

A

Colesterol

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17
Q

Características do colesterol

A

É anfipática (polar e apolar)
É assimétrica (dois planos å e ß)
Possui dupla ligação entre os carbonos 5 e 6 do ciclo pentano do plano å

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18
Q

Descreva passo a passo o metabolismo da vitamina D

A

• Nos queratinócitos da pele temos o ergosterol (que possui aneis) e 7-dehidrocolesterol
• os raios UVB de 280-320 fazem fotólise do anel B do ergosterol (formando pré-D2) e do 7-dehidrocolesterol (formando pré-D3)
• o calor faz rodar o anel dessas moléculas formando ergocalciferl (D2) e colecalciferol (D3)
• a vitamina D circula no plasma ligada a vitamina D-binding protein (VDBP) e a albumina para chegar no fígado
• no fígado a enzima 25-hidroxilase faz a conversão de colecalciferol (D3) em 25 OH vitamina D (forma fraca)
• no Rim faz conversão de 25 OH vitamina D em 1,25 (OH)2 vitamina D (forma ativa) e 24,25 vitamina D (menos potente)

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19
Q

Qual o valor de referência da vitamina D?

A

No adulto = 30-60UI
Abaixo de 20UI = carência profunda
Acima de 100UI = toxicidade (hipercalcemia, sede e mal estar)

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20
Q

Quais as principais funções da vitamina D?

A

• transporte intestinal de cálcio por meio da calbindina
• imunidade inata
• promoção do ciclo do folículo piloso (pelo cálcio)
• estimulo de secreção de insulina (pâncreas) e prolactina (hipófise anterior)
• inibe PTH (paratireoide), renina (rim) e peptídeo natriurético (coração)

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21
Q

Caracteristicas da calcitonina

A

É hipocalcemiante
Secretado pelas células parafoliculares
Função ligada a inibição dos osteoclastos protegendo contra a reabsorção ossea excessiva

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22
Q

Ação do PTH

A

Hipercalcemia no:
• intestino (indireta)
• rins (reabsorção ossea)
• osso (reabsorção ossea)

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23
Q

Função do FGF23

A

Inibidor da síntese de vitamina D
Atua no osso

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24
Q

Alimentos ricos em Vitamina D (9)

A

Salmão selvagem
Sardinha enlatada
Sardinha fresca
Atum fresco
Fígado de boi
Ovo de galinha
Leite
Cogumelo* único de origem vegetal
Manteiga

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25
Grupos de risco para deficiência de vitamina D
Vegetarianos Obesidade Doenças ósseas Gestantes Idosos Doenças renais Lactantes
26
Fatores que aumentam o risco de hipovitaminose D
• Baixa exposição ao sol • Uso de protetor solar • Cor da pele (negros) • Idade (alteração da derme) • Excesso de gordura (inflamação) • Vegetarianos • Doenças (autoimunes)
27
Valores de referência de Vitamina D de acordo com cada necessidade
Pessoas normais: 30-40ng/mL ou 75-100nmol/L Pacientes com síndrome metabólica: > 40ng/mL ou >100nmol/L
28
Suplementação de manutenção de vitamina D
Crianças até 1 ano = 400UI/dia Entre 1 e 70 anos = 600UI/dia Acima de 70 anos = 800UI/dia Dose de cavalo = 50.000UI/semana por 1 mês
29
Qual o melhor horário para tomar vitamina d e porque?
Após o almoço ou jantar pois é quando comemos mais quantidade de gorduras (ácidos graxos de cadeia longa auxiliam na absorção de vitamina D.
30
O que diminui a vitamina D?
• Medicamentos como anticonvulsionantes, corticosteroides, óleo mineral podem causar depleção de vitamina D —> deve-se aumentar a dose de vitamina D e orientar tomar em horários diferentes desses medicamentos • Excesso de Fe, Cu e Mn diminui a capacidade de absorção da vitamina D • Fibras podem aumentar a eliminação de vitamina D • idosos possuem redução da eficiência da síntese cutânea
31
Relação entre vitamina D, glicose e insulina
• Quanto maior a vitamina D menor a glicose e resistência insulínica • a vitamina D estimula a secreção de insulina e reduz a inflamação pois ela é imuno moduladora
32
Como a vitamina D age em pessoas com autismo ?
• Diminui a produção de citocinas pró-inflamatórias no cérebro, melhorando a função cognitiva, • Estimula a liberação de neurotropina (neuroprotetora), • Diminui os níveis tóxicos de cálcio e mercúrio (quelante de metais pesados), • Inibe a produção de óxido nítrico e aumenta a Glutationa (antioxidante natural do cérebro) —> melhora a qualidade de vida desses pacientes pois deixa os pensamentos mais organizados • Doses grandes para fazer esses efeitos (2.000-3.000)
33
Correlacione os níveis de cálcio, vitamina D e fosfato em relação os PTH
• A deficiência de cálcio aumenta PTH • A vitamina D inibe PTH • Fosfato aumentado aumenta PTH
34
Quais são os hormônios estimulados pelo eixo hipotalâmico-hipofisário?
• cortisol • estradiol •testosterona • FSH • LH • IGF-I (somatomedina C) • prolactina • T3 livre
35
Quais são as manifestações clinicas e laboratoriais da deficiência corticotrófica (ACTH) ?
Emagrecimento Hipotensão Despigmentação do rosto, aréolas, mamilo e bolsa escrotal Hiponatremia, hipoglicemia (**), diminuição de cortisol
36
Quais são as manifestações clinicas e laboratoriais da deficiência gonadotrófica (FSH, LH)
Queda de pelo axilar-pubiana, amenorreia sem fogacho, esterilidade, frigidez, impotência, atrofia testicular e peniana Diminuição de testosterona, estradiol
37
Quais são as manifestações clinicas e laboratoriais da deficiência lactotrófica (PRL)?
Diminuição da prolactina (PRL)
38
Quais são as manifestações clinicas e laboratoriais da deficiência somatotrófica (GH)?
Retardo do crescimento na criança Hipoglicemia (**) Diminuição de GH e IGF-1
39
Sintomas do hipopituitarismo (15)
‣ Cansaço excessivo e diminuição da energia; ‣ Fraqueza muscular; ‣ Pelos corporais reduzidos; ‣ Oligomenorreia ou amenorreia; ‣ Impotência; ‣ Fertilidade reduzida; ‣ Diminuição do desejo sexual; ‣ Ganho de peso; ‣ Aumento da sensibilidade ao frio; (no caso de hipotireoidismo) ‣ Constipação; ‣ Pele seca; ‣ Aparência pálida; **** é o principal do hipopituitarismo ‣ Pressão arterial baixa e tontura ao ficar em pé (hipotensão postural); ‣ Dores de cabeça; ‣ Perturbação da visão
40
Quais são as outras causas de hipopituitarismo? (5)
• Síndrome de Sheehan (resultante de necrose da hipófise anterior após trabalho de parto ou aborto hemorrágico) • Hemocromatose (deposição anormal de ferro nos órgãos) • Síndrome da sela túrcica vazia (por hérnia da aracnóide), ou aracnoidocele selar (déficits hormonais parciais) • Apoplexia hipofisária (hemorragia; sinal de brudzinski e kernig) • Síndrome da linha mediana (malformação congênita que compromete a hipófise anterior e outras estruturas cerebrais)
41
Princípios terapêuticos do hipopituitarismo
GH — antes de dormir Cortisol — depois do café da manhã — hidrocortisona 10-20mg/dia VO 2-3 tomadas (retém sódio então HAS fazer 15mg/dia e dieta hipossódica) T4 — em jejum 1h antes da refeição • se deficiência em T3 e cortisol simultaneamente — 1º administrar a reposição do cortisol com glicocorticoides como a hidrocortisona e depois T3 (risco de insuficiência suprarrenal aguda e falência orgânica global) Estrogênio — 0,3 a 1,25mg/dia VO Testosterona: cipionato de testosterona 200mg IM 2-4 semanas GH humano recombinante: 0,1-0,3mg/dia SC a noite e aumentar até 0,43mg/dia homens e 0,53mg/dia mulheres (investigar tumores) Levotiroxina sódica: 25-100µg/dia VO e aumentando gradual de 25µg por semana — reavaliação após 2 meses
42
Qual a principal causa de hiperpituitarismo?
Adenomas no lobo anterior da hipófise
43
O que é hiperprolactineia?
Aumento na concentração plasmática de prolactina para níveis além do limite superior da faixa de normalidade segundo o método de laboratório utilizado; (VR: até 30) (qualquer valor acima do LSN pode ser um microadenoma) Aumento durante o período de sono e queda logo após o despertar; A dosagem basal (de base) deve ser feita às 10 horas da manhã;
44
Quais são as causas de hiperprolactinemia?
• Orgânica - Adenomas das células lactotróficas - Tumores hipofisário - Lesões hipotalâmicas destruidoras dos sítios de produção de dopamina • Funcionais - Estado emocional - Estresse importante - Medicamentos aumento a PRL (antidepressivos, domperidona, metoclopramida, metopimazina, alfametildopa, reserpina, cimetidina, estrogenios, fluoxetina, benzamidas, fenotiazinas, opiáceos e verapamil) • Idiopáticas
45
Quais são as manifestações clinicas da hiperprolactinemia ?
◦ Na mulher: ‣ Anovulação com menstruações irregulares, ou amenorreia, ou ainda oligomenorreia; (fluxo normal: 3-5 dias) ‣ Infertilidade; ‣ Dispareunia por déficit estrogênico; ‣ Diminuição da libido; ‣ Galactorréia ‣ Mal-estar, ganho de peso; ◦ No homem: (tardias) ‣ Impotência frequente, disfunção erétil, diminuição da ejaculação; ‣ Diminuição da libido; ‣ Galactorréia excepcional; ‣ Ginecomastia ◦ Na criança: ‣ Puberdade retardada
46
Tamanho dos micro e macroprolactinomas?
Micro = entre 100 e 200 ng/mL Macro = > 200 a 250 ng/mL podendo exceder 1.000ng/mL
47
Diagnóstico e tratamento do hiperprolactinoma?
Ressonância Magnética ◦ tto: Cabergolina (agonista dopaminérgico) dose de 0,5 mg antes de dormir (devido a possíveis náuseas, tonturas), duas vezes por semana, com aumentos progressivos mensais até a normalização da PRL (2 anos, com IRM semestrais (50% das pacientes podem ser curadas só com o medicamento);
48
O que desencadeia o inicio da puberdade?
A passagem do aumento diário para o aumento pulsátil do hormônio liberador das gonadotrofinas hipofisárias (GNRH) que desencadeia uma elevação da secreção de FSH e LH que controlam a esteroidogênese (síntese dos hormônios sexuais) e gametogênese
49
Valores normais da puberdade nos meninos e meninas?
Meninas = 8-13 anos (mama- telarca {1-5}; menstruação - menarca até 5 anos pós o inicio da puberdade ) Meninos = 9-14 anos (aumento do volume testicular 2-4ml para 10-15ml) (1-5) Pubarca = desenvolvimento de pelos pubianos em ambos os sexos por um aumento do sulfato de dehidroepiandrosterona (1-5+)
50
Qual a velocidade de crescimento normal em crianças?
5-6cm por ano após 3 anos de idade Após a puberdade é 8cm/ano nas meninas e 10cm/ano nos meninos (por 4 anos)
51
Eixo de regulação do GH
GHRH (no hipotálamo) —> GH (na hipófise) —> IGF-1 (no fígado) —> corpo —> no sangue o IGF-1 liga-se às proteínas de transporte plasmático IGFB-3 modulando as ações de IGF-1 nos tecidos-alvo
52
Principais causas de baixa estatura
Geral: desnutrição Endócrinas: ‣ Hipotireoidismo primário; ‣ Excesso de glicocorticoides; (asma) ‣ Deficiência de GH (isolada ou associada a outras falências hipofisárias); ‣ Resistência ao GH (defeito no receptor); ‣ Deficiência de IGF-1
53
Qual a diferença entre gigantismo e acromegalia?
◦ Quando a secreção excessiva de GH se inicia antes do fechamento das placas epifisárias de crescimento, acontece crescimento linear excessivo e gigantismo, enquanto o excesso de GH após a fusão epifisária gera acromegalia; Ou seja, gigantismo na infância e acromegalia no adulto
54
Manifestações do gigantismo
• podem apresentar manifestações acromegálicas se o estimulo de GH continuar excessivo mesmo após o fechamento epifisário (acromegalogigantismo) • + em meninos • Evolução gradual e insidiosa • Pode chegar a 2,10-2,40 metros • Músculos esqueléticos inicialmente bastante desenvolvidos, mas, ocorrendo insuficiência hipofisária e sobrevindo fraqueza muscular;
55
Manifestações da Acromegalia (17)
• Pode ter insuficiência hipofisária associada • cefaleia • configuração facial grosseira • espessamento da pele • intolerância ao calor, suor excessivo e malcheiroso • prognatismo • má oclusão dentaria progressiva • voz grave • bócio multinodular • litíase associada a hiperparatireoidismo • hiperostose e osteoporose • alterações glicêmicos • cifose • compressão do túnel do carpo • hepatomegalia • esqueleto e vísceras aumentadas principalmente extremidades • mulheres amenorreicas e homens se libido e impotentes TTO: cirúrgico do tumor hipofisário
56
Cite o mecanismo de FEEDBACK do cortisol
Nível terciário: hipotálamo produz e secreta (no núcleo paraventricular) o CRH ↓ estimula Nível secundário: hipófise anterior produz e secreta ACTH (derivado da POMC) ↓estimula Nível primário: Suprarrenais produz e secreta cortisol principal glicocorticoide (pico máximo as 8h e mínimo as 00h) Além disso há o controle da interface imunoendócrina: • macrófagos e adipócitos produzem TNF-å e interleucina 1, 2 e 6 que estimulam a secreção de CRH e ACTH levando a secreção de cortisol
57
Como o LDL participa do controle da secreção de cortisol ?
LDL é a lipoproteína mais rica em cortisol O catabolismo do LDL (em quase todas as células do corpo mas principalmente nos hepatócitos) libera colesterol para os órgãos (ovários, testículos e suprarrenais) que sintetizam hormônios esteroides (incluindo sexuais)
58
Como é feita a síntese de cortisol nas suprarrenais e como detectar um tumor na suprarrenal ?
O LDL libera colesterol na suprarrenal que se transforma em pregnenolone que forma progesterone e 17OHpregnenolone formando respectivamente Cortisol e DHEA (Dehydroepiandrosterone) DHEAS é a forma sulfatada secretada exclusivamente na suprarrenal e o melhor exame para verificar se o tumor produtor de cortisol é da suprarrenal
59
Qual o mecanismo de ação do cortisol em curto, medio e longo prazo?
• curto prazo: o cortisol + aldosterona + androgênicos tem efeito sobre as atividades das moléculas de transdução de sinal com a Proteína quinase C, o diacilglicerol e o IP3 (inositol trifosfato) • médio e longo prazo: síntese de proteínas
60
Quais os principais efeitos do cortisol?
• Ossos: ↓ osteoblastos; ↑ osteoclastos (osteoporose); • Músculos: ↓ colágeno; ↓ síntese proteica (miopatia; pele fina; estrias; ↓ cicatrização); • Rim: ↑ da clearance de água livre (↑ de volume de plasma sanguíneo depurado de água livre de soluto por unidade de tempo); • Fígado: ↑ gliconeogênese; ↓ captação de glicose no organismo (diabetes); • Sistema imune: ↓ linfocinas*; ↓ de prostaglandinas; • Trato gastrointestinal: ↓ absorção de cálcio (osteoporose); • Cérebro: mecanismo desconhecido (depressão; psicose)
61
Quais são as causas de síndrome de Cushing dependentes de ACTH?
◦ Doença de Cushing (68%); ◦ ACTH ectópico (12%): secretado fora da hipófise; de origem tumoral ‣ Carcinoma de pequenas células (75%); ‣ Tumor carcinoide; ‣ Carcinoma medular; ‣ Feocromocitoma; ◦ Pseudo-Cushing: quadro clínico cushingoide (depressão; alcoolismo)
62
Quais as causas de síndrome de Cushing independentes de ACTH?
◦ Iatrogênico (resultante da prática médica), muito frequente; ◦ Tumor suprarrenal (10% adenoma; 8% carcinoma); ◦ Micronodular (nodular pigmentado), 1% dos casos, dos quais 50% em crianças; ◦ Macronodular
63
Quais são as manifestações da síndrome de Cushing ?
◦ Pele fina; ◦ Obesidade central (ou androide mesmo na mulher); ◦ Fragilidade vascular pela inibição do colágeno; ◦ Equimoses (manchas na pele, de coloração variável, decorrentes de extravasamento de sangue); ◦ Estrias violáceas; ◦ Fácies típica (em lua cheia); por causa da congestão de receptores de cortisol na face ◦ Gibosidade de búfalo; ◦ Pletora (congestão) facial; ◦ Hirsutismo; ◦ Acne; ◦ Astenia; miopatia proximal; ◦ Alterações menstruais; ◦ Osteoporose, necrose avascular; ◦ Depressão, psicose, labilidade emocional; ◦ Infecções, especialmente tuberculose, micoses principalmente do gênero Cândida ◦ Hipertensão; ◦ Edema; ◦ Hipocalemia
64
Como fazer o diagnostico de síndrome de Cushing?
Laboratorial: • teste de responsividade com dexametasona (1mg a noite) - ver se inibe o tumor • supressão com dexametasona (0,5mg de 6/6h por 2 dias) • dosar cortisol a meia noite • dosar ACTH basal • dosar cortisol na urina de 24h Imagem: •RM hipofisário (excluir doença de Cushing - adenoma) •TC de abdômen (excluir tumor de suprarrenal ou adrenal)
65
Quais são os achados para diagnóstico diferencial de síndrome de Cushing?
• Virilização severa, evolução rápida, massa abdominal: pensar em carcinoma suprarrenal; • Suprarrenal contralateral atrofiada: tumor suprarrenal; • Hiperpigmentação: ACTH ectópico; deficiência de vitamina B12 • Supressão com dexametasona, 8 mg, overnight: adenoma - doença de Cushing
66
Qual o tratamento da síndrome de Cushing ? (Doença de Cushing, ACTH ectópico, tumor suprarrenal)
• Doença de Cushing: ◦ Cirurgia transesfenoidal; ◦ Radioterapia em caso de metástases; ◦ Adrenalectomia bilateral ◦ Cetoconazol (as 10h da manhã) e metirapona • ACTH ectópico: ◦ Ressecção do tumor; ◦ Medicamentos; ◦ Adrenalectomia bilateral • Tumor suprarrenal: ◦ Ressecção cirúrgica: ◦ Medicamentos: ‣ Adenoma: cetoconazol; metirapona; ‣ Carcinoma: mitotano, espironolactona, RU-486 (mifepristone)