Neonatologia II: Icterícia e Infecções Congênitas Flashcards

(54 cards)

1
Q

Principal causa de icterícia neonatal:

A

Icterícia fisiológica.

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Q

Excreção fetal de bilirrubina ocorre pela:

A

Placenta (bilirrubina indireta).

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3
Q

Etiopatogenia da icterícia fisiológica (3):

A

(1) produção exagerada de BI (útero = ambiente hipoxêmico ➡️ Ht alto + Hb meia-vida curta);
(2) fígado imaturo;
(3) aumento da circulação êntero-hepática (⬆️ glicuronidase: ainda não há translocação intestinal de bolo fecal): reabsorção e retorno a circulação hepática

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4
Q

Enzima responsável pela reabsorção intestinal de bilirrubina indireta:

A

Glicuronidase.

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5
Q

Enzima responsável pela conjugação de bilirrubina indireta:

A

Glicuroniltransferase.

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6
Q

Como ocorre a conjugação hepática de bilirrubina indireta?

A

BI ➡️ glicuroniltransferase ➡️ BI + ácido glicurônico ➡️ bilirrubina direta

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7
Q

Velocidade de acúmulo da bilirrubina indireta e fase de aparecimento da icterícia fisiológica:

A

⬆️ 3 mg/dL/dia; logo icterícia fisiológica se manifesta apenas em 2-3 dias.

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8
Q

Indícios de provável icterícia não-fisiológica (5):

A

(1) início <24-36 horas;
(2) ⬆️ >5 mg/dl/dia;
(3) nível elevado de bilirrubina (>12 mg/dl ou > zona 3 de Krammer);
(4) icterícia persistente (AT: > 7-10 dias; PT: > 10-14 dias)
(5) sinais de colestase (colúria ou acolia).

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9
Q

Causas de icterícia precoce (anemia hemolítica):

A
  • incompatibilidade materno-fetal;
  • esferocitose;
  • deficiência de G6PD.
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10
Q

Diagnóstico de incompatibilidade materno-fetal Rh:

A
  • mãe Rh (-) ➕ coombs indireto (+) e,

- feto Rh (+) ➕ coombs direto (+).

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11
Q

Diagnóstico de incompatibilidade materno-fetal ABO:

A
  • mãe tipo A e,
  • feto tipo A ou tipo B ➕ cooms direto (+) ou (-)
  • CD (-) não exclui incompatibilidade ABO, mas afasta incompatibilidade Rh.
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12
Q

Cooms direto (-). Quais opções diagnósticas?

A
  • incompatibilidade ABO;
  • esferocitose;
  • deficiência de G6PD.
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13
Q

O que significa o coombs indireto positivo no resultado materno?

A

Sensibilização.

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14
Q

O que significa o coombs direto positivo no resultado fetal?

A

Presença de anticorpos nas hemácias.

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15
Q

Avaliação complementar na icterícia precoce

A

(1) anemia hemolítica:
- bilirrubinograma (⬆️BI);
- hematócrito (⬇️);
- reticulócitos (⬆️);

(2) incompatibilidade materno-fetal:
- tipagem sanguínea;
- fator Rh;
- coomb direto do RN.

(3) esferocitose e incompatibilidade ABO:
- hematoscopia ➡️ esferócitos.

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16
Q

Causas de icterícia persistente ou tardia:

A
  • icterícia do leite materno;

- atresia de vias biliares.

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17
Q

Características da icterícia do leite materno (6):

A
  • ausência de queda/progressão da subida dos níveis de bilirrubina indireta após 4º dia de vida;
  • RN saudável + bom ganho ponderal+ função hepática normal;
  • ausência de hemólise;
  • substância no leite: betaglicuronidase (converte BD ➡️ BI no intestino ⬆️ reabsorção);
  • menor colonização bacteriana intestinal (⬇️ conversão de BD em estercobilina);
  • ⬇️ acentuada da bilirrubinemia com suspensão do leite materno.
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18
Q

Características da atresia de vias biliares (3):

A
  • assintomática nas primeiras 2 semanas de vida ou icterícia fisiológica;
  • icterícia + sinais de colestase a partir da primeira semana;
  • acolia + colúria.
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19
Q

Tratamento da atresia de vias biliares:

A

Portoenterostomia (cirurgia de Kasai), a ser realizada nas primeiras oito semanas de vida.

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20
Q

Quanto tempo tenho para diagnosticar e tratar, consequentemente, fornecendo bom prognóstico para atresia de vias biliares?

A

Oito semanas.

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21
Q

Diagnóstico diferencial da atresia de vias biliares:

A

Hepatite neonatal (idiopática ou infecciosa).

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22
Q

Exame de imagem que diferencia atresia de vias biliares e hepatite neonatal:

A

Nenhum. A ultrassonografia e a cintilografia hepática auxiliam na diferenciação, mas não confirmam diagnóstico.

23
Q

Conduta na suspeita de atresia de vias biliares:

A

Laparotomia exploradora ➡️ colangiografia intraoperatória ➡️ cirurgia de Kasai.

24
Q

Tratamento da hiperbilirrubinemia indireta:

A

(1) fototerapia: tornar bilirrubina hidrossolúvel

(2) exsanguineotransfusão.

25
Indicações (de prova) para fototerapia:
- icterícia nas primeiras 24 horas; | - bilirrubina > 17.
26
Manifestações inespecíficas das infecções congênitas:
PIG, hepatoesplenomegalia, alterações cutâneas.
27
Manifestação ORL da sífilis precoce (<2 anos):
Rinite serossanguinolenta.
28
Manifestações dermatológicas da sífilis precoce (<2 anos):
- pênfigo palmoplantar (precaução de contato!); - condiloma plano (ao redor de orifícios)n - placas mucosas.
29
Manifestações ósseas da sífilis precoce (<2 anos):
- periostite; | - osteocondrite/metafisite (lesão dolorosa) ➡️ pseudoparalisia de Parrot.
30
Avaliação do RN com suspeita de sífilis congênita:
- VDRL (não-treponêmico) do sangue periférico; - hemograma; - análise do LCR; - Rx de ossos longos; - outros: avaliação hepática, eletrólitos.
31
Critérios laboratoriais para diagnóstico de neurossifilis (LCR):
- VDRL (+) ou, - células > 25 ou, - proteína > 150. * em exame coletado <28 dias.
32
Manifestações clínicas da sífilis tardia (>2 anos):
Cicatrizes das manifestações da sífilis precoce.
33
Primeiro passo para tratar sífilis congênita:
Avaliar tratamento materno.
34
Mãe adequadamente tratada
- penicilina benzatina e; - adequado para a fase (doses e intervalo) e; - iniciado até 30 dias antes do parto e; - avaliado risco de reinfecção e; - queda do VDRL (em duas diluições após 3 meses ou quatro diluições após 6 meses).
35
Mãe adequadamente tratada ➕ VDRL RN > materno em duas diluições:
- solicitar exames; - penicilina cristalina se neurossífilis, ou - penicilina procaína.
36
Mãe adequadamente tratada ➕ VDRL RN não-maior que o materno:
- exame físico normal: acompanhamento; - exame físico alterado: - VDRL reagente ➡️ sífilis: solicitar exames e tratar - VDRL não-reagente: avaliar outras infecções congênitas
37
Mãe não tratada ou inadequadamente tratada:
(1) criança é caso: notificar; (2) realizar exames e tratar todos os casos: - LCR alterado ➡️ penicilina cristalina, EV, 10 dias; - qualquer alteração com LCR normal: penicilina cristalina EV ou penicilina procaína, IM, 10 dias; - assintomático com exames normais (VDRL negativo): penicilina benzatina, dose única.
38
Agente etiológico da síndrome da rubéola congênita:
Vírus da rubéola.
39
Período de transmissibilidade da rubéola congênita:
Alta transmissibilidade no primeiro trimestre (transmissível apenas na infecção aguda).
40
Clínica da síndrome da rubéola congênita:
- surdez; - catarata; - cardiopatia congênita (PCA e estenose de artéria pulmonar).
41
Tratamento da síndrome da rubéola congênita:
- manejo das sequelas; | - prevenção da transmissão (até dois anos).
42
Agente etiológico da toxoplasmose congênita:
Toxoplasma gondii.
43
Período de transmissibilidade da toxoplasmose congênita:
Maior no terceiro trimestre, mais grave no primeiro (transmissível na infecção aguda ou na reativação na imunodeprimida).
44
Manifestações clínicas da toxoplasmose congênita:
Tríade de Sabin - coriorretinite (progressiva se não tratada, podendo levar à cegueira); - hidrocefalia (obstrução da drenagem liquórica); - calcificações cerebrais difusas (“toxo=todo”).
45
Tratamento da toxoplasmose congênita:
- sulfadiazina - pirimetamina - ácido folínico * 1º ano - corticóide: coriorretinite grave ou proteinorraquia >1 g/dL.
46
Agente etiológico da citomegalovirose congênita:
Citomegalovírus (herpesvirus).
47
Período de transmissibilidade da citomegalovirose congênita:
Transmissível na infecção aguda ou na reativação.
48
Manifestações clínicas da citomegalovirose congênita:
- assintomático; - microcefalia; - calcificações periventriculares; - surdez (sequela. Primeira causa neurossensorial não-hereditária); - petéquias (inespecífico).
49
Diagnóstico laboratorial de citomegalovirose congênita:
CMV na urina - congênita: primeiras três semanas de vida; - após terceira semana não é possível saber se congênita ou adquirida.
50
Tratamento da citomegalovirose congênita:
- infecção pós natal: não requer tratamento; - infecções congênitas graves: - ganciclovir, EV, seis semanas, ou - valganciclovir, VO.
51
Cuidados na sala de parto, pós parto imediato e alojamento do RN exposto ao HIV:
- parto impelicado; - clampeamento imediato do cordão umbilical; - limpeza da criança com chuveiro e compressas macias ainda na sala de parto; - aspiração suave das vias aéreas se necessário; - lavagem estomacal com soro fisiológico se houver sangue na aspiração gástrica; - prescrever cabergolina, 1 mg, VO, dose única para a mãe; - notificar a vigilância; - prescrever TARV.
52
Orientações para o uso da zidovudina (AZT) no recém-nascido (EV ou VO):
- prescrever a todos RN com exposição; - iniciar ainda na sala de parto ou nas primeiras 4 horas; - manter por 4 semanas.
53
Indicações de uso da Nevirapina ao RN:
- mãe sem uso de TARV; - carga viral desconhecida ou >1.000 cópias no último trimestre; - má adesão; - presença concomitante de outra IST.
54
Posologia e contraindicações ao uso da nevirapina:
- 3 doses, VO, nos primeiros oito dias de vida. - RN com muito baixo peso ao nascer (<1.500 g); - mal formação esofagogástrica (apenas VO).