O Parto Flashcards

(73 cards)

1
Q

O mecanismo do parto possui 6 tempos, que ocorrem em uma sequência?

A

Insinuação

Descida

Rotação interna

Desprendimento (da cabeça)

Rotação externa

Desprendimento das espáduas

Tudo começa com a insinuação do bebê no estreito superior da bacia materna (o famoso “encaixe”). Ao encaixar, o bebê faz o movimento de flexão da cabeça permitindo sua descida até o assoalho pélvico. Na chegada ao assoalho pélvico, como ele ainda está dentro da mãe, ele faz a rotação interna (rodando para occpito púbica ou occipto sacra) para então sair para fora da vagina com o movimento de extensão da cabeça (também chamado de desprendimento). Imediatamente após o desprendimento, ele está fora da mãe, então faz uma rotação externa para a mesma variedade de posição que estava na insinuação. Após sair a cabeça faltam sair os ombros (ou ESPÁDUAS).

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2
Q

O parto possui 4 fases que ocorrem em sequência?

A

1. Dilatação do colo (fases latente e ativa da dilatação)

2. Descida do bebê que vai até a saída do bebê do corpo materno

3. Dequitação/secundamento da placenta

4. Período de Greenberg, que é a primeira hora após a dequitação

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3
Q

Sobre a fase do parto chamada Secundamento ou Dequitação da placenta?

A
  1. Podemos esperar até 30 minutos após a saída do bebê para que a placenta saia. Caso se passem os 30 minutos, partimos para a CURAGEM sob sedação

Apesar de a maioria das dequitações durarem entre 5 a 10 minutos, elas podem durar até 30 minutos sem necessidade de manobras antes desse tempo.

  1. Baudeloque Schultz é a apresentação mais comum da saída da placenta: o lado fetal da placenta se despreende primeiro. Logo, primeiro sai a placenta e depois ocorre sangramento.
  2. Baudeloque Duncan é quando o lado materno se despreende primeiro. Logo, primeiro sangra, e depois a placenta vem para fora.
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4
Q

Sobre o 3º tempo do mecanismo do parto (a rotação interna), quais as variedades de posições mais comuns para qual a cabeça do bebê realiza a rotação?

A

O bebê roda ou para Occipto-Sacra ou para Occipto-Púbica (mas esta última é a mais comum).

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5
Q

Ocorre primeiro o desprendimento do ombro anterior, e o médico pode ajudar nesse desprendimento com movimento para baixo. Na sequência, ocorre o desprendimento do ombro posterior, e o médico pode ajudar nesse desprendimento com movimento para cima. (V ou F?)

A

Verdadeiro.

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6
Q

A saída do tampão mucoso, aquele plug de muco que impede a subida de bactérias pelo óstio cervical externo, ocorre na fase latente da dilatação. O aspecto relatado pelas paciente é “em clara de ovo”. (V ou F?)

A

Verdadeiro.

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7
Q

NÃO EXISTE um tempo máximo para a fase latente da dilatação. (V ou F?)

A

Verdadeiro.

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8
Q

Em primigestas geralmente ocorre primeiro o apagamento do colo depois a dilatação. (V ou F?)

A

Verdadeiro.

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9
Q

A fase ativa da dilatação inicia quando o colo atinge a dilatação de 5cm, geralmente acompanhada de 3-4 contrações a cada 10 minutos. (V ou F?)

A

Verdadeiro.

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10
Q

Sobre a fase ativa da dilatação do colo: Devemos avaliar os batimentos cardiofetais a cada 15-30 minutos. (V ou F?)

A

Verdadeiro.

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11
Q

Sobre a fase ativa da dilatação do colo: avaliamos a dinâmica uterina a cada hora. (V ou F?)

A

Verdadeiro.

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12
Q

Sobre a fase ativa da dilatação do colo: O toque vaginal deve ser realizado a cada 2-4 horas para avaliação do colo. (V ou F?)

A

Verdadeiro.

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13
Q

Parada secundária da dilatação?

A

Quando, após 2 horas, não houve progressão da dilatação na fase ativa.

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14
Q

Parada secundária da descida?

A

Quando, após a dilatação total de 10cm, a apresentação não progride 1 plano de De Lee a cada hora.

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15
Q

Parto taquitócito ou precipitado?

A

Quando a fase ativa dura menos de 4 horas.

Maior risco de sangramentos e lacerações.

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16
Q

As características importantes do partograma para o sucesso do parto via vaginal são os sinais de fase ativa: progressão da dilatação e contrações efetivas, sem passar da linha de alerta. (V ou F?)

A

Verdadeiro.

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17
Q

Parto eutócico?

A

Parto de evolução normal. Feto através da bacia empurrado por contração uterina.

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18
Q

O que é a estática fetal?

A

Relações materno-fetais. Identificadas pela ATITUDE, SITUAÇÃO, APRESENTAÇÃO e POSIÇÃO fetal.

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19
Q

Atitude fetal?

A

Relação entre as partes fetais em flexão generalizada formando o ovóide córmico + ovóide cefálico = ovóide fetal.

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20
Q

Situação fetal?

A

Relação entre os maiores eixos longitudinais fetal e materno. (LONGITUDINAL, TRANVERSA e OBLÍQUA)

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21
Q

Apresentação fetal?

A

Polo fetal que se apresenta ao estreito superior da pelve materna. (CEFÁLICA, PÉLVICA ou CÓRMICA)

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22
Q

Variações da apresentação cefálica?

A

Fletido ou defletido (1° grau bregma, 2° grau naso ou 3° grau mento)

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23
Q

Apresentações cefálicas do tipo defletida de 2° e 3° grau têm como indicação que via de parto?

A

Cesárea.

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24
Q

Posição fetal?

A

Relação do dorso fetal com o lado D ou E materno. (ESQUERDA ou DIREITA)

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25
Anatomia do crânio fetal? (4 suturas e 2 fontanelas)
Sentido anterior—\> posterior: sutura metópica, sutura coronal, sutura sagital e sutura labdoide. Fontanela bregmática (maior) e fontanela labdoide.
26
Principais diâmetros do crânio fetal? (4) Relação com a apresentação cefálica?
Cada apresentação cefálica (a depender da flexão/deflexão) impacta no diâmetro do crânio que percorrerá pelo canal de parto. Suboccipto-bregmático (9,5cm) Suboccipto-frontal (11cm) Occipito-frontal (12cm) Occipito-mentoniano (13,5cm)
27
O canal de parto é composto pelo que?
Trajeto duro (bacia) e trajeto mole (segmento uterino inferior, colo uterino, vagina e régia vulvo-perineal).
28
A mulher tem contração em toda a gestação, mas para se definir trabalho de parto essas contrações precisam ter quais características?
COORDENAÇÃO —\> Tríplice gradiente descendente (começam por células marcapasso no corno uterino predominante no lado direito e se torna mais intenso e duradouro no sentido corno-fundo-corpo-colo e o relaxamento ocorre no sentido contrário), FREQUÊNCIA, DURAÇÃO e INTENSIDADE (começamos a sentir a partir de 20mmHg e a gestante sente a dor a partir de 30mmHg).
29
Funções da contratilidade uterina? (4)
Dilatação do colo. Descida e expulsão fetal. Secundamento (descolamento de placenta). Prevenção de hemorragias.
30
Durante a contração uterina como fica o fluxo sanguíneo para a placenta/feto?
Redução do fluxo no espaço interviloso por compressão dos vasos miometriais que são perpendiculares às fibras do miométrio.
31
O que é mecanismo de parto e quais os tempos? (5)
Movimentos realizados pelo feto ao passar pelo canal de parto. 1. Insinuação (plano 0 de De Lee) e flexão (apresentar menor diâmetro para a bacia) 2. Descida (inicia com o TP e termina com a expulsão) e rotação interna (para colocar o occipcio no pube e fazer hipomóclio) 3. Desprendimento cefálico (hipomóclio -deflexão da cabeça) 4. Rotação externa da cabeça e interna biacromial 5. Desprendimento da cintura escapular
32
Cite as fases clínicas do parto? (4)
1° período-Dilatação 2° período-Expulsão (pélvico) 3° período-Dequitação (secundamento) 4° período (período das hemorragias ou de Greenberg)
33
Período preparatório (ou premonitório ou preliminar)?
Fase clínica que antecende o primeiro período propriamente dito do parto. 1. Antecede o dx do TP cerca de 2 semanas. 2. Há descida do fundo uterino (2-4cm) - feto ENCAIXA (insinua e flete) -Gestante ventila melhor -Piora a dor lombar 3. Modificação das contrações (mais organizadas, mais frequentes) TREINAMENTO; preparo do colo 4. Perda do tampão mucoso NÃO CONFUNDIR COM FASE LATENTE DE DILATAÇÃO (que já é TP).
34
Critérios para diagnóstico de Trabalho de Parto?(4)
1. Contrações dolorosas e rítmicas (2 em 10min at least durante 1-2 horas) 2. Modificação do colo uterino -Primigesta: colo APAGADO e DILATADO 2cm -Multigesta: colo SEMIAPAGADO e DILATADO 3cm 3. Formação da bolsa das águas 4. Perda do tampão mucoso
35
Diagnóstico diferencial entre TP verdadeiro e TP falso?
OBSERVAR e REAVALIAR SEM INTERNAR a gestante em 1-2h 1. Contrações IRREGULARES 2. MELHORAM com repouso 3. Sem alterações de colo
36
Diferença na modificação do colo da primigesta e da multigesta?
Primigesta: apaga/encurta primeiro dilata depois. Multigesta: apaga/encurta ao mesmo tempo que dilata.
37
Características do 1° período do Trabalho de Parto (Dilatação)?
Contrações uterinas efetivas—\>modificações do colo—\>dilatação completa FASE LATENTE: 2-4cm de dilatação lenta -Duração média de 8h! Se prolongada, pode durar \>20h em primigestas e \>14h em multigestas. NÃO INTERNAR NESTA FASE! FASE ATIVA: a partir de 4cm (subdividida em fase de aceleração, inclinação máxima e desaceleração-precede a dilatação total) -Duração de 6h nas primigestas e 3h nas multigestas. INTERNAR NESTA FASE!
38
Em que dase internar a gestante que entrou em trabalho de parto?
Na fase ativa da dilatação.
39
Qual poostura para parto normal?
A gestante é quem escolhe.
40
A gestante precisa ficar de jejum no parto normal?
Não.
41
Durante o parto normal, a ausculta dos BCF e avaliação da dinâmica uterina junto à dilatação deve ser feita de quanto em quanto tempo?
30 min se baixo risco e 15 min se alto risco.
42
Pode ser oferecida à gestante analgesia (parto normal)?
Sim, se ela assim desejar. Pode ser não-farmacológica (banhos) ou farmacológica.
43
Quando iniciar o partograma?
Na fase ativa da dilatação.
44
Partograma?(definição)
Representação gráfica do trabalho de parto.
45
Partograma? (Função)
Acompanhar a evolução do parto, documentar, diagnosticar alterações e indicar condutas apropriadas a partir dessas informações para evitar intervenções desnecessárias.
46
Quais períodos do parto natural estarão registradas no partograma?
Fase ativa da dilatação (1° período) e expulsão (2° período).
47
Qual o intervalo de tempo para realizar o exame de toque vaginal?
A cada 2h.
48
O que é uma evolução eutócica do periódo de dilatação (fase ativa) avaliada pelo partograma?
O ícone triângulo, que representa a dilatação, deve estar evoluindo, ao longo de cada 2h de avaliação pelo TV, ACIMA da linha de alerta.
49
Quando uma intervenção médica deve ser tomada ao se avaliar a dilatação através do partograma?
Quando a linha de ação é ultrapassada.
50
O que fazer quando a dilatação ultrapassa a linha de alerta, mas não a linha de ação ainda?
REAVALIAÇÃO DO TRIPÉ: feto, contração e bacia (trajeto).
51
Qual a velocidade de dilatação na fase ativa do trabalho de parto?
\>=1cm/h.
52
Quando começa e termina o período expulsivo ou 2° período?
Inicia com a dilatação TOTAL do colo e termina com a expulsão fetal.
53
Em qual período do TP o feto realiza o mecanismo de parto (com descida, rotação interna, hipomóclio e rotação externa)?
No 2° período ou expulsivo ou pélvico.
54
Em qual(is) período(s) do TP o feto faz o encaixe e flexão da cabeça?
No premonitório e 1° período ou dilatação.
55
O que são os puxos maternos?
Esforços expulsivos maternos INVOLUNTÁRIOS devido à pressão da passagem do feto sobre o reto e musculatura do assoalho pélvico.
56
Quando levar a parturiente para a sala de parto? (3)
Dilatação total do colo + descida fetal em +1/+2 + vitalidade fetal comprometida.
57
Durante o período expulsivo, como deve ser feito o controle da vitalidade fetal?
Ausculta dos BCF a cada 5min.
58
Indicações de episiotomia (ainda que nível de evidência C e D)? (7)
1. Expulsivo prolongado 2. Feto GIG 3. Sofrimento fetal agudo no expulsivo 4. Puxos maternos insatisfatórios 5. Fórcipe 6. Possibilidade de laceração de 3° grau 7. Exaustão materna
59
Como realizar a proteção de períneo durante o período expulsivo e por que realizar?
Através da Manobra de Ritgen. Para evitar tocotraumatismos maternos e fetais.
60
Manobra de Ritgen?
Proteção do períneo. Apoiar com uma compressa a região perineal com a mão dominante e a região occipital (sem compressa) com a não dominante.
61
Quando clampear o cordão umbilical?
Quando as artérias pararem de pulsar ou pelo menos após 1min.
62
Quando fazer o clampeamento precoce do cordão umbilical?(4)
1. Más condições do RN 2. Mecônio 3. IST 4. Mãe Rh negativo
63
Planos da episiorrafia?
Sutura mucosa vaiginal —\> músculos transverso e bulbo cavernoso —\> mucosa vulvar —\> pele.
64
O que fazer logo após a episiorrafia ou sutura de laceração vaginal?
Toque retal!
65
No que consiste o 3° período ou dequitação ou secundamento?
Descolamento, descida e expulsão da placenta.
66
Que medicamento administrar na puérpera logo após a saída do RN?
10 UI de ocitocina IM ou EV.
67
Quanto termpo dura o 3° período ou dequitação ou secundamento?
Cerca de 30min.
68
O que buscamos evitar durante à tração controlada do cordão umbilical para saída da placenta?
Risco de inversão uterina.
69
O que fazer assim que a placenta é expulsa?
Revisão da placenta, membranas e cordão para confirmar se não ficou restos de tecidos no útero.
70
Qual o risco de permanência de tecidos no ambiente intrauterino após a dequitação da placenta?
Risco hemorrágico e infeccioso.
71
Quando ocorre o 4° período ou das hemorragias ou de Greenberg?
Primeira hora após a dequitação placentária.
72
O que ocorre no 4° período ou das hemorragias ou de Greenberg?(4)
Quatro mecanismos: 1. Miotamponagem 2. Trombotamponagem 3. Indiferença miouterina 4. Contração uterina fixa (globo de segurança de Pinard)
73
No 4° período, o que avaliar clinicamente na puérpera e de quanto em quanto tempo?
Aos 30’, 60’ e 90’. 1. Volume de sangramento 2. Qualidade da contração uterina 3. Sinais vitais 4. Outras queixas