O Parto Flashcards

(80 cards)

1
Q

Quais os diâmetros do estreito superior da pelve?

A
  • Transverso: é o maior diâmetro do estreito superior.
  • Conjugata anatômica: borda superior da sínfise púbica ao promontório.
  • Conjugata obstétrica: face interna da sínfise púbica ao promontório (é o menor diâmetro do estreito superior, sendo adequada se > 10,5cm).
  • Conjugata diagonal: borda inferior da sínfise púbica ao promontório (é a única que pode ser medida pelo exame físico).

OBS.: conjugata obstétrica = conjugata diagnonal - 1,5 cm.

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2
Q

Qual o principal diâmetro do estreito médio da pelve?

A
  • Diâmetro transverso ou bi-isquiático (é o menor diâmetro de toda a pelve).
  • É o local onde mais ocorre distócia.
  • Adequado se > 10cm.

OBS.: representa o ponto 0 de DeLee e 3 de Hodge.

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3
Q

Qual o principal diâmetro do estreito inferior da pelve?

A

Conjugata êxitus (única que altera as suas medidas no trabalho de parto).

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4
Q

Quais as características da pelve ginecóide?

A
  • É a mais comum.
  • Apresenta o melhor prognóstico para o parto vaginal.
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5
Q

Quais as características da pelve androide?

A
  • Similar a uma bacia masculina.
  • Possui formato de coração ou triangular.
  • Apresenta distórcias crescentes.
  • É a que apresenta pior prognóstico para o parto vaginal.
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6
Q

Quais as características da pelve antropóide?

A
  • Similar à bacia de um gorila.
  • É a única que apresenta o diâmeteo anteroposterior maior que o transversal.
  • Maior incidências de apresentações diretas (OP ou OS).
  • Se ultrapassar o estreito superior, o parto apresenta bom prognóstico.
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7
Q

Quais as características da pelve platipelóide?

A
  • É a bacia mais rara.
  • É achatada no sentido anteroposterior, apresentando o maior diâmetro transversal.
  • Maior incidência de apresentações transversas.
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8
Q

Quais os planos de DeLee da bacia?

A
  • Apresenta as espinhas isquiáticas como plano zero.
  • Caso a apresentação tenha ultrapassado, são contados centímetros positivos.
  • Caso a apresentação não tenha ultrapassado, sãp contados centímetros negativos.
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9
Q

Quais os planos de Hodge da bacia?

A
  • Primeiro plano: borda superior da do pube.
  • Segundo plano: borda inferior do pube ao meio da segunda vértebra sacra.
  • Terceiro plano: espinha isquiática.
  • Quarto plano: ponta do cóccix.
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10
Q

O que é estática fetal?

A

Relação do feto com a bacia e com o útero.

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11
Q

O que é atitude fetal?

A
  • Relação das diversas partes fetais entre si.
  • Geralmente adquire a postura de flexão generalizada (ovoide fetal).
  • No eixo laterolateral, pode apresentar sinclitismo (sutura sagital equidistante entre o pube e o sacro) ou assinclitismo (a cabeça fetal se inclina sobre um dos parietais).
  • Assinclitismo anterior (obliquidade de Nägele): cabeça próxima ao sacro.
  • Assinclitismo posterior (obliquidade de Litzmann): cabeça próxima ao pube.
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12
Q

O que é situação fetal?

A
  • Relação do maior eixo do feto com o maior eixo do útero.
  • Pode ser longitudinal, transversal ou oblíqua.
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13
Q

O que é posição fetal?

A
  • É a relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo da mãe.
  • Pode ser direita ou esquerda.

OBS.: nas situações transversas pode ser anterior (dorso voltado para o abdome) e posterior (dorso voltado para a coluna).

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14
Q

O que é apresentação fetal?

A
  • Região do feto que se insinua no estreito superior da bacia.
  • Na situação longitudinal, pode ser cefálica ou pélvica.
  • Na situação transversal, só pode ser córmica.
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15
Q

Quais as variedades de apresentação cefálica do feto?

A
  • Fletida (subocciptobregmática): é o menor diâmetro (9,5cm) do feto, tendo como pontos de referência o lâmbida e a sutura sagital.
  • Defletida de 1º grau (occiptofrontal): o ponto de referência é o bregma e a sutura sagitometópica.
  • Defletida de 2º grau (occiptomentoniano): é o maior diâmetro (12cm) do feto, tendo como pontos de referência a glabela e a sutura metópica.
  • Defletida de 3º grau (submentobregmática): o ponto de referência é o mento e a linha facial.

OBS.: a defletida de 2º grau só sai com cesareana, e a de 3º grau, vaginal se posições anteriores.

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16
Q

Quais as variedades de apresentação pelvica do feto?

A
  • Pélvica completa (pelvipodálica): quando as pernas e as coxas estão fletidas.
  • Pélvica incompleta (agripina): coxas fletidas, mas as pernas estão estendidas.
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17
Q

O que é variedade de posição?

A
  • Relação entre os pontos de referência do feto com os pontos de referência da pelve materna.
  • É dada em três letras: a primeira indica a apresentação fetal, a segunda a posição e a terceira a variedade da posição.
  • Ex.: OEA = ocipto-esquerda-anterior.
  • Apenas as posições OP (occiptopube) e OS (occiptosacra) são de duas letras.

OBS.: a maioria dos bebês nascem em OP.

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18
Q

Quais os pontos de referência da pelve materna?

A
  • Sínfise púbica.
  • Iminência iliopectínea.
  • Espinha isquiática.
  • Sinestose sacroilíaca.
  • Sacro.
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19
Q

Quais os símbolos utilizados na apresentação fetal?

A
  • O (occipital): fletida.
  • B (bregama): defletida de 1º grau.
  • N (osso nasal): defletida de 2º grau.
  • M (mento): defletida de 3º grau.
  • S (sacro): pélvica.
  • A (acrômio): córmica.
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20
Q

Quais são os tempos da manobra de Leopold?

A
  • 1º tempo: delimitar o fundo do útero.
  • 2º tempo: identificar o dorso fetal ao deslizar as mãos pela lateral do útero.
  • 3º tempo: sentir o polo fetal no estreito superior da pelve.
  • 4º tempo: colocar as mãos para dentro da pelve.
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21
Q

Quais os pontos da estática fetal são avalidos, respectivamente, pelas manobras de Leopold?

A

SPAA!

  • Situação.
  • Posição.
  • Apresentação.
  • Altura da apresentação (estima a insinuação).
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22
Q

Quais as principais variáveis no estudo do motor uterino?

A
  • Tônus: pressão do útero em repouso.
  • Intensidade: maior valor da pressão na contração uterina.
  • Frequência: número de contrações em 10 minutos.
  • Atividade uterina: intensidade x frequência, fornecida em unidades Montevidéu.

OBS.: no período ativo do trabalho de parto, as contrações são de intensidade de 30 a 40 mmHg e frequência de 2 a 3 em 10 minutos.

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23
Q

O que é o tríplice gradiente descendente?

A

As contração se iniciam e são mais intensas no fundo uterino e se propagam do fundo até o colo.

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24
Q

Quais as principais funções das contrações uterinas?

A
  • Dilatar e apagar o colo do útero.
  • Expulsar o feto.
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25
O que são contrações de Braxton-Hicks?
Contrações fracas, indolores e incoordenadas que surgem no período pré-parto,
26
Quais as indicações de indução do parto?
- Gravidez \> 41 semanas. - Amniorrexe prematura com sinais de infecção ovular. - Morte fetal.
27
Quais as contraindicações de indução do parto?
- Desproporção cefalopélvica. - Obstrução do canal de parto (ex.: placenta prévia, condiloma gigante). - Útero com cicatriz prévia. - Sofrimento fetal agudo. - Gestações múltiplas. - Infecção por herpes genital ou HIV. **OBS**.: uma única cesariana segmentar **NÃO** é contraindicação absoluta para indução do parto (mas sim para o uso de _misoprostol_).
28
Como fazer a indução do parto?
- **Ocitocina (primeira linha)**: só é eficaz se o colo for favorável (índice de Bishop \> 9). - **Misoprostol 25 mcg de 6/6h**: utilizado na preparação de colos desfavoráveis para a ocitocina. - **Método de Krauser**: colar uma sonda de Foley para preparar o colo do útero em mulheres com _cesareana prévia_. **OBS**.: **NUNCA** usar misoprostol em mulheres com cicatriz uterina!!!
29
Quais as características de um colo uterino favorável (Bishop \> 9) para a indução com ocitocina?
**5A’s!** - **A**nterior. - **A**molecido. - **A**berto \> 7cm. - **A**pagado \> 80%. - **A**presentação incinuada (0 de DeLee).
30
Quais as características da hipoatividade uterina?
- Decorre de hipossistolia ou bradissistolia. - A paciente não consegue dilatar o colo uterino nem progredir a apresentação pelo canal de parto. - Tratar com ocitocina.
31
Quais as características da hiperatividade uterina?
- Decorre de hipersistolia ou taquissistolia, geralmente por uso intempestivo de ocitocina. - _Suspender ocitocina_, decúbito lateral e aplicar uterolíticos (ex.: terbutalina).
32
Quais os períodos clínicos do parto?
- Período de dilatação. - Período expulsivo. - Secundamento. - 4º período (de Greenberg).
33
O que é o período pré-parto (fase latente do trabalho de parto)?
- Período onde inicia a dilatação cervical, com perda do tampão mucoso e aumento progressivo das contração, com duração média de 8h. - Ainda não entrou na fase ativa do trabalho de parto. - Nas nulíparas, o colo primeiro apaga para depois dilatar, enquanto nas multíparas dilata e apaga ao mesmo tempo (0,35cm/h).
34
Quais as características do período de dilatação?
- Inicia com a fase ativa do trabalho de parto e termina com a dilatação total do colo uterino (10cm). - **Fase ativa:** 2 a 3 contrações regulares em 10 minutos com o colo dilatado 4cm e formação da bolsa das águas. - O colo se dilata em uma velocidade média de 1,2cm/h (menos que isso é _fase ativa prolongada_).
35
Qual a conduta na fase de dilatação do trabalho de parto?
- Hidratação venosa. - Liberar deambulação. - Posição que a paciente achar mais confortável. - Toques vaginais de 2/2h (4/4h pelo MS). - Ausculta dos batimentos fardíacos fetais de 30/30 minutos. - Analgesia medicamentosa (ex.: peridural contínua → não altera o motor nem o estado hemodinâmico) ou não medicamentosa (banho quente, imersão em água, acumputura, deambulação, etc). - **Evitar**: tricotomia, dieta zero e amniotomia (apenas para correção de distócias funcionais).
36
Quais as características do período expulsivo?
- Vai da dilatação total do colo do útero até a expulsão do concepto. - Deve demurar **até 2h** (mais que isso é _período expulsivo prolongado_).
37
Qual a conduta no período expulsivo?
- Avaliar o bem-estar fetal. - Posição de preferência da paciente para o parto (as verticalizadas são melhores). - Anestesia do períneo (nervo pudendo interno, atrás da espinha isquiática). - Proteção do períneo com manobra de **Ritgen modificada** (compressão do períneo e controlar deflexão da cabeça fetal), episiotomia ou hands-off (só observar). - Corrigir distócias de ombro. - Clampeamento tardio do cordão umbilical.
38
Quais os tipos de episiotomia?
- **Mediana**: mais anatômica, estética, menos sangramento e menos dolorosa, porém tem maior risco de lesão anal. - **Paramediana**: mais dolorosa, mais sangramento e mais lesão muscular, porém protege melhor o reto. **OBS**.: as principais indicações são parto à forcipe, distócias e apresentação pélvica → sempre analgesiar o nervo pudendo!
39
Quais os músuclos seccionados pela episiotomia?
- **Mediana**: bulbocavernoso e transverso superficial do períneo. - **Paramediana**: bulbocavernoso, transverso superficial do períneo e puborretal. **OBS**.: deve ser feita quando a cabeça fetal distende o períneo
40
Quais as manobras para reduzir distócia de ombro?
- **McRoberts + pressão suprapúbica (princiapal)**: hiperflexão das coxas e leve pressão suprapúbica. - **Manobras rotacionais**: Rubin II e Woods. - **Jacquemier**: remoção do braço posterior. - **Gaskin**: posição de quatro apoios. - **Zavanelli**: colocar o feto de volta na cavidade uterina e fazer cesariana de emergência. - **NUNCA** fazer manobra de Kristeller! OBS.: as principais complicações da distócia de ombro são a lesão de plexo braquial (**principal**) e fratura de clavícula.
41
Qual manobra utilizada na cabeça derradeira no parto pélvico?
**Manobra de** **Bracht** (elevação do dorso fetal, em alavanca, para o abdome materno). **OBS**.: no caso de falhas, utilizar o fórcipe de piper.
42
Quais as características do secundamento?
- Corresponde a saída da placenta (**dequitação**). - Pode durar _até 30 minutos_. - Diagnosticado pelo pinçamento do cordão umbilical ou por tração intermitente do mesmo. - **Baudelocque-Schultze**: a placemta sai com a face fetal, com o sangramento saindo em seguida (**"guarda chuva"**). - **Baudelocque-Duncan**: a placenta sai com a face materna juntamente com o sangramento.
43
Qual a conduta no secundamento?
- Ocitocina 10U IM (**principal**). - Tração controlada do cordão umbilical. - **Manobra de Jacob-Dublin**: tração e rotação da placenta. - Sutura da episiotomia de baixo para cima (mucosa retal → musculatura → mucosa vaginal → pele). **OBS**.: se placenta aderida após 30 minutos com essas manobras, proceder a extração manual da placenta (**Manobra de Credé**) ou compressão do útero ( **Manobra de Harvey**).
44
Quais as características do 4º período (de Greenberg)?
- É a primeira hora após o secundamento. - Período mais suceptível a **hemorragias puerperais**. - Ocorre miotamponagem e trombotamponagem dos vasos uteroplacentários.
45
O que é um partograma?
Representação gráfica da evolução do trabalho de parto.
46
Como montar um partograma?
- Iniciar a marcação na **fase ativa do trabalho de parto** (3-4cm de dilatação com 2 a 3 contrações em 10 minutos). - Desenhar uma **linha de alerta** 1h após o início do partograma e uma **linha de ação** 4h após a linha de alerta. - Acompanhar a dilatação cervical (se \< 1cm/h, ultrapassará a linha de alerta e de ação). - Após a dilatação total, o feto deve sair em até 2h.
47
Como é representado a apresentação fetal no partograma?
Com as suturas, fontanelas e variedade de posição.
48
Quais as dicas na avaliação de um partograma?
- **Sempre avaliar o motor**: se estiver fraco, a culpa é dele! - Só avalir o deslocamento do feto se a dilatação estiver _completa_.
49
Quais as distócias do parto avalidas pelo partograma?
- Fase ativa prolongada (distócia funcional primária). - Parada secundária da dilatação. - Período pélvico prolongado. - Parada secundária da descida. - Parto taquitócito.
50
Quais as características da fase ativa prolongada (distócia funcional primária)?
- Dilatação cervical **\< 1cm/h** (podendo até parar a dilatação), ultrapassando as linhas de atenção e alerta. - Decorre de discinesias uterinas (falha do motor), com contrações ineficientes. - Corrigir com _ocitocina_ ou amniotomia. **OBS**.: sempre avaliar a atividade do motor.
51
Quais as características da parada secundária da dilatação?
- Dilatação cervical mantida por por **2 toques consecutivos em 2h** com contrações adequadas. - Geralmente ocorre por desproporção cefalopélvica. - **Conduta**: ocitocina, amniotomia e _cesareana_ (**se falha → maioria dos casos**). **OBS**.: se houver parada na dilatação, mas as contrações **NÃO** forem adequadas, o diagóstico é de **DISTÓCIA FUNCIONAL** (fase ativa prolongada).
52
Quais as características do período pélvico prolongado?
- Descida **lenta** da apresentação fetal com dilatação cervical total. - Geralmente ocorre por _falha no motor_ ou desproporção cefalopélvica relativa. - Corrigir com ocitocina, amniotomia, fórcipe ou cesariana.
53
Quais as características da parada secundária da descida?
- **Parada** da descida fetal após 2 toques consecutivos em **1h** com dilatação cervical total. - A principal causa é desproporção cefalopélvica. - Se desproporção absoluta, o feto _não insinua_ (não passa do ponto 0 de DeLee). - Corrigir com _cesariana_ (**se absoluta**) ou fórcipe (**se relativa**). **OBS**.: cuidado! para o diagnóstico de para secundária da dilatação, os toques tem que ser em _2h_, enquanto na parada secundária da descido, em _1h_.
54
O que é parto taquitócito?
- Duração do **parto \< 4h**. - Mais comum em multíparas. - Apresenta maiores taxas de _atonia uterina_ e _lacerações_ do trajeto.
55
Quais os principais tempos no mecanismo do parto cefálico, bem como os seus tempos acessórios?
- **Insinuação**: flexão. - **Descida**: rotação interna. - **Desprendimento**: deflexão. - **Restituição (rotação externa)**: desprendimento dos ombros.
56
Quais as características da insinuação?
- Passagem do **maior diâmetro cefálico** (biparietal) no estreito superior da pelve. - Diagnosticado pelo toque do vértice no ponto 0 de DeLee. - Também ocorre a flexão da cabeça, reduzindo os diâmetros da apresentação.
57
Qual a variedade de posição que o feto geralmente se insinua?
Occipto-esquerda-anterior (OEA).
58
Quais as características da descida?
- A cabeça adentra mais profundamente as escavas, sofrendo uma rotação interna para sair em OP. - Ocorre **insinuação das espaduas**. **OBS**.: para chegar em OP, o feto faz a rotação com a _menor angulação_ possível.
59
Quais as características do desprendimento?
- É a saída da cabeça da genitália materna. - Ocorre deflexão da cabeça, utilizando o pube como alavanca.
60
Quais as características da restituição?
- Rotação externa da cabeça. - Rotação interna com desprendimento dos ombros.
61
Quais as características do mecanismo do parto pélvico?
- Apresenta dificuldades crescentes. - **Dividido em 3 segmentos**: cintura pélvica, cintura escapular e cabeça derradeira. - **Só apresenta 3 tempos**: insinuação, descida com rotação interna e desprendimento.
62
O que é trabalho de parto prematuro?
Trabalho de parto entre 37 e 22 semanas.
63
O que é ameaça de trabalho de parto prematuro?
Atividade uterina aumentada com apagamento do colo, mas com dilatação _ausente_ ou discreta.
64
Como é o diagnóstico do trabalho de parto prematuro?
- 4 contrações em 20 minutos (ou 8 em 60 minutos). - Dilatação cervical \> 2cm **OU** apagamento cervical \> 80%.
65
Como é feito o rastreio do trabalho de parto prematuro?
- Comprimento do colo uterino (USG) **\< 2,5 cm**. - Dosagem de **fibronectina \> 50** (proteína trofoblástica na adesão uteroplacentária). **OBS**.: não são indicados para gestantes de baixo risco, pois possuem muito falso-positivo (mas elevado valor preditivo negativo).
66
Como é a prevenção do trabalho de parto prematuro?
- **Suplementação com progesterona vaginal até 34 semanas:** se história de trabalho de parto prematuro ou colo uterino \< 2,5cm. - **Cerclagem entre 12 e 16 semanas:** se colo uterino \< 2,5cm. - Tratar vaginose bacteriana e bacteriúria assintomática. - Interromper tabagismo e etilismo. **OBS**.: repouso absoluto, abstinência sexual e tocólise profilática **NÃO** são eficazes.
67
Qual o objetivo da tocólise no trabalho de parto prematuro?
Inibir o parto por 48h para a maturação pulmonar e neuroproteção fetal. **OBS**.: se maturidade pulmonar já alcançada, **NÃO** há necessidade de tocólise (seguir com o trabalho de parto)!
68
Quais os corticóides utilizados para maturação pulmonar no trabalho de parto prematuro?
- Betetasona 2 doses (24/24h). - Dexametasona 4 doses (12/12h).
69
Quais os principais tocolíticos utilizados no trabalho de parto prematuro?
- **Beta-agonista**: contraindicado se cardiopatia. - **Indometacina**: contraindicado se _\> 32 semanas_ (fechamento do ducto arterioso e oligodrâmnia). - **Nifedipina**: contraindicado se hipotensão, cardiopatia ou uso concomitante de sulfato de magnésio. - **Atosiban (antagonista da oscitocina)**: sem contraindicações. **OBS**.: a droga de escolha para gestacões \< 32 semanas é a _indometacina_, e entre 32 e 34 semanas, a _nifedipina_.
70
Quais as contraindicações de tocólise no trabalho de parto prematuro?
- Idade gestacional \> 34 semanas. - Rotura prematura de membranas ovulares. - Corioamnionite. - Sofrimento fetal agudo. - Doença materna grave. - Óbito fetal.
71
Quais as indicações de sulfato de magnésio para neuroproteção no trabalho de parto prematuro?
Idade gestacional \< 32 semanas.
72
Qual profilaxia deve ser feita em todo paciente com trabalho de parto prematuro?
Profilaxia para GBS (se swaab não realizado ou positivo).
73
O que é rotura prematura de membranas ovulares (RPMO)?
Rotura espontânea das membranas amnióticas antes do trabalho de parto (independente da idade gestacional).
74
Quais as principais causas de RPMO?
- Inflamação. - Infecção.
75
Como é feito o diagnóstico de RPMO?
- Visualização da saída de líquido pelo orificio cervical externo (**padrão-ouro**). - Teste da nitrazida com pH vaginal alcalino (6,0 a 7,0). - Teste da cristalização (muco em samambaia). - Presença de células orangiófilas em secreção vaginal. - AmniSure: detecção da alfa-1-microglobulina (muito sensível e específico). - USG com ILA \< 5 (não confirma).
76
Qual a conduta na RPMO em gestações \> 34 semanas?
- **Indução do parto**. - Profilaxia para GBS. **OBS**.: **NÃO** devemos fazer toque vaginal no caso de RPMO (exceto se dinâmica uterina presente).
77
Qual a conduta da RPMO em gestações \< 34 semanas?
- **Sem corioamnionite ou febre**: corticóide, profilaxia para GBS e acompanhar até 34 semans (sem tocólise). - **Com corioamnionite, febre ou taquicardia materna ou fetal**: indução do parto + ampicilina com gentamicina (**não fazer corticóide, cesárea ou tocólise!!!**). **OBS**.: deve-se **SEMPRE** fazer antibiótico na RPMO (ampicilina, amoxacilina e azitromicina), _mesmo sem infecção_, para aumentar o período de latência.
78
Quais as indicações absolutas de cesareana?
- Desproporção cefalopélvica. - Sofrimento fetal agudo com feto viável e fora do período expulsivo (ex.: DPP). - Cicatriz uterina corporal. - Obstrução do canal de parto (ex.: placenta prévia total, condiloma gigante). - Herpes genital ativo. - Morte materna com feto vivo. **OBS**.: parto pélvico só é indicação absoluta de cesariana se \< 34 semanas.
79
Quai as condições para ter parto normal após cesareana?
- Apenas 01 cesareana prévia. - Cicatriz uterina transversa (corporal não).
80
Quando pode-se fazer uma cesareana eletiva?
A partir de 39 semanas de gestação. **OBS**.: a cesareana pode ser feita sem indicação caso a paciente assim o deseje.