Onco - tireoide Flashcards
(45 cards)
Sobre o carcinoma de tireoide bem diferenciado, responde às perguntas abaixo: 1) Qual é o bem diferenciado mais comum? 2) Qual que acomete com mais frequência mulheres com mais de 40 anos? 3) Qual que a disseminação é hematogênica?
1) Papilífero 2 e 3) Folicular PAPILÍFERO: - Mais comum e de melhor prognóstico - Mulheres 20-40 anos - Disseminação é LINFÁTICA - PAAF –> CORPOS DE PSAMOMA FOLICULAR: - Mulheres >40a - Disseminação é HEMATOGÊNICA - PAAF –> células foliculares e de Hurthle* *Não confirma! <u>O diagnóstico é HISTOPATOLÓGICO.</u> Logo, se <ou= 2cm, sempre realizar: - Lobectomia total + istetectomia (= Tireoidectomia parcial+ istetectomia)
Carcinomas bem diferenciados, como o ….. e o …… representam cerca de …..% dos casos de neoplasias malignas
- Papilífero - Folicular - 90%
Adenoma folicular é uma neoplasia maligina bem diferenciada. Isso é V ou F?
Falso! - Adenoma papilífero e folicular são neoplasias benignas - Carcinoma papilífero e folicular são neoplasias malignas, mas bem-diferenciadas, com melhor prognóstico
Sobre o carcinoma papilífero, considere V ou F: ( ) A disseminação tumoral se dá por meio de sistema linfático ( ) Apresenta maior prevalência para tamanhos menores de 1cm ( ) Corpos psamomatosos são agregações concêntricas de material calcificado visíveis no interior das papilas e estroma tumoral ( ) Por apresentar alterações intra-celulares pouco típicas, sua identificação pela PAAF não é o suficiente para confirmar o carcinoma, sendo necessário submeter o paciente a uma biópsia
V / V / V / F - Por apresentar alterações intra-celulares típicas, sua identificação pela PAAF é o suficiente para permitir o diagnóstico PRÉ-OPERATÓRIO do carcinoma.
Sobre o carcinoma de tireoide bem-diferenciado, qual seria sua conduta para o caso abaixo? - Paciente feminina de 26 anos, assintomática, com nódulo de 2cm em região de tireoide, com PAAF confirmando presença de corpos psamomatosos e núcleos celulares de tamanho aumentado, com presença de fissuras em aspecto “grão-de-café”
Carcinoma PAPILÍFERO! Conduta para essa paciente: TIREOIDECTOMIA TOTAL Papilífero: <ou= 1cm –> tireoidectomia parcial >1 cm –> tireoidectomia total
Carcinoma folicular é uma neoplasia maligna bem-diferenciada em que sua prevalência não se associa com com a deficiência de iodo. Isso é V ou F?
Falso! É uma doença rara em países onde não há deficiência de iodo!
O que são células oxifílicas na PAAF?
Células de Hurthle Não confirmam carcinoma folicular! O diagnóstico deste, na ausência de achados típicos de carcinoma papilífero, é HISTOPATOLÓGICO, que inclusive pode definir o carcinoma folicular em: - minimamente invasivo x - extensamente invasivo
No seguimento clínico de carcinomas diferenciados, considere V ou F: ( ) Pacientes devem ser submetidos a exames periódicos, normalmente semestrais, como TSH, Tireoglobulina e USG, por aproximadamente 3 anos ( ) Após 3 anos de acompanhamento, o paciente não precisa mais realizar acompanhamento para recidiva de câncer de tireoide ( ) O paciente deve manter supressão de TSH (0,5 uU/mL) com o uso de Levotiroxina
V / F / V Após 3 anos, o acompanhamento é ANUAL, com os mesmos exames (TSH, Tireoglobulina e USG)
A tireoidectomia total está indicada nos pacientes com corpos psamomatosos e alterações nucleares típicas de carcinoma papilífero quando …..
Nódulo for <span>>1cm</span> - Parcial se <ou= 1cm* - Total se > 1cm *Se o anatomopatológico confirmar carcinoma diferenciado, devemos totalizar a cirurgia Não confundir com o carcinoma folicular: - Parcial se <ou= 2cm - Total se > 2cm
O tratamento com tireoidectomia parcial no paciente com nódulo pequeno (<1cm) também recebe o nome de …..
Lobectomia total com istetectomia Esse procedimento é indicado nas seguintes situações: 1) Nódulo <ou= 1cm em paciente cuja PAAF pré-operatória mostrou corpos psamomatosos e alterações nucleares típicas de carcinoma papilífero 2) Nódulo <ou 2cm em paciente cuja PAAF pré-operatória apresentou citologia indeterminada, sem achados compatíveis com carcinoma papilífero
Qual a conduta no paciente que é diagnosticado com carcinoma diferenciado de tireoide em exame anatomopatológico durante tireoidectomia parcial?
Se após lobectomia (= parcial), o anatomopatológico confirma carcinoma diferenciado, é realizada totalização! A taxa de carcinoma diferenciado bilateral é elevada independente da classificação de paciente de baixo ou alto risco. Obs: isso se dá devido a um maior risco de multicentricidade bilateral
O risco de complicações como paralisia de nervo laríngeo recorrente e hipoparatireoidismo permanente é semelhante tanto na tireoidectomia parcial como na total. Isso é V ou F?
Verdadeiro! Obs: hipoparatireoidismo transitório é relativamente comum (>10%) após o procedimento
Sobre o acompanhamento clínico de pacientes que realizaram tireoidectomia por carcinoma bem-diferenciado, considere V ou F: ( ) Os pacientes devem realizar radioterapia com iodo 131 após cerca de 3 meses para determinar se toda a glândula tireoide foi removida ( ) O seguimento clínico se dá periodicamente com TSH e exame físico, basicamente ( ) USG cervical semestral ou Cintilografia de corpo inteiro com iodo são exames que fazem parte do seguimento ( ) Pacientes devem manter uso de levotiroxina para manter supressão do TSH
F / F / V / V - Os pacientes devem realizar radioterapia com iodo 131 após cerca de 6-12 meses para determinar se toda a glândula tireoide foi removida - O seguimento clínico se dá periodicamente com TSH e TIREOGLOBULINA Obs: USG cervical associada aos exames laboratoriais tem se mostrado mais sensível, além de não expor o paciente à radiação (cintilografia) e de oferecer menor custo
Qual o procedimento para maliginidade de tireoide que não está indicado em nenhum tipo de intervenção, não apresentando vantagens?
NODULECTOMIA (< lobectomia) Então, quais são os outros procedimentos que são usados para tratamento da malignidade de tireoide? 1) Lobectomia com istetectomia (Tireoidectomia PARCIAL): tem vantagem de proteger melhor as paratireoides e os nervos contralaterais, além de preservar a tireoide 2) Tireoidectomia TOTAL: tem a vantagem de tornar a ablação por iodo pós-operatória mais eficaz. Entretanto, apresenta maiores taxas de lesão dos nervos e de hipocalcemia 3) Tireoidectomia QUASE TOTAL* *Mais recomendável em doenças comprovadamente benignas de tireoide e hipertireoidismo
Associe o procedimento com a melhor indicação possível: 1. Nodulectomia 2. Hemitireidectomia 3. Tireoidectomia Subtotal 4. Tireoidectomia Total ( ) Nódulo de 1,5cm de citologia indeterminada ( ) Nódulo de 1cm com PAAF com achados de corpos psamomatosos e alterações nucleares ( ) Doença multinodular extensa ( ) Doença comprovadamente benigna da tireoide e hipertireoidismo
2 / 2 / 4 / 3 1) Lobectomia com istetectomia (Tireoidectomia PARCIAL ou Hemitireoidectomia): - Papilífero <ou=1cm / Possível folicular <ou=2cm Tem vantagem de proteger melhor as paratireoides e os nervos contralaterais, além de preservar a tireoide 2) Tireoidectomia TOTAL: - Doença multinodular extensa / Câncer de tireoide Tem a vantagem de tornar a ablação por iodo pós-operatória mais eficaz. Entretanto, apresenta maiores taxas de lesão dos nervos e de hipocalcemia 3) Tireoidectomia QUASE TOTAL (Subtotal): - Doenças BENIGNAS / Hipertireoidismo Mais recomendável em doenças comprovadamente benignas de tireoide e hipertireoidismo <u>4) NÃO SE FAZ NODULECTOMIA!!</u>
Podemos tratar um paciente com adenoma e hipertireoidismo de tireoide com tireoidectomia total?
Sim, pode. Mas também pode ser subtotal, o que é até preferível se existir doença comprovadamente benigna 1) Lobectomia com istetectomia (Tireoidectomia PARCIAL ou Hemitireoidectomia): - Papilífero <ou=1cm / Possível folicular <ou=2cm Tem vantagem de proteger melhor as paratireoides e os nervos contralaterais, além de preservar a tireoide 2) Tireoidectomia TOTAL: - Doença multinodular extensa / Câncer de tireoide Tem a vantagem de tornar a ablação por iodo pós-operatória mais eficaz. Entretanto, apresenta maiores taxas de lesão dos nervos e de hipocalcemia 3) Tireoidectomia QUASE TOTAL (Subtotal): - Doenças BENIGNAS / Hipertireoidismo Mais recomendável em doenças comprovadamente benignas de tireoide e hipertireoidismo <u>4) NÃO SE FAZ NODULECTOMIA!!</u>
1) A prevalência de nódulos de tireoide palpáveis, ou complementados com USG, é mais comum em : a) homens e jovens b) homens e idosos c) mulheres e jovens d) mulheres e idosos 2) Complete: cerca de ….% dos nódulos correspondem a carcinoma de tireoide. a) 1-2% b) 5-15% c) 15-35% d) 35-50%
1) D 2) B
Em que situação um carcinoma diferenciado de tireoide pode ser apenas acompanhado?
Se <1cm + Restrito à tireoide + Idade >60a + Citologia não for agressiva Conduta: USG periódica Obs: raro de acontecer!
Quando se deve realizar linfadenectomia cervical em paciente com carcinoma diferenciado de tireoide?
- Se for Papilífero , confirmado pela citologia após PAAF com tamanho > 4cm - Invasão extratireoidiana - Metástase à distância Obs: Papilífero é o que mais causa disseminação linfática. O folicular faz disseminação hematogênica
Considerando o caso abaixo: - Nódulo de 1cm que sugere malignidade associado a gânglios cervicais aumentados e citologia típica de papilífero, após realização de punção por agulha fina, nos leva a qual conduta?
Tireoidectomia total com linfadenectomia cervical Apesar de ser um carcinoma papilífero de 1cm, o <u> paciente apresenta metástases linfonodais.</u> Para outras indicações de tireoidectomia total nesses casos, incluem-se: - Tamanho >4cm - Bilateralidade - Invasão extratireoidiana - Citologia “AGRESSIVA” - Metástases
Paciente que, após tireoidectomia total devido a um carcinoma diferenciado de 3cm, apresenta sintomas formigamento na boca e extremidades, náuseas e vômitos, devemos pensar em …..
Hipocalcemia Tratamento: reposição de Ca e calcitriol
O tratamento cirúrgico inicial do carcinoma diferenciado da tireoide é o fator mais importante para redução do risco de recidiva e disseminação metastática (V ou F?) , sendo o tratamento com iodo radioativo adjuvante, na maioria dos pacientes (V ou F?) . Para pacientes sem disseminação linfática ou hematogênica e sem sinais de doença multifocal ou invasão extratireoidiana por exames de imagem, a radioterapia pode até ser dispensável em um primeiro momento (V ou F?) . Se o exames laboratoriais e de imagem forem normais após um período de 12 meses de acompanhamento, o paciente manterá um acompanhamento anual até completar 3 anos (V ou F?) .
V / V / V / F Iodo radioativo é adjuvante, mas a grande maioria faz! Esse tratamento d iminui a recidiva e a umenta a sobrevida livre da doença, incluindo a global. Pacientes sem sinais potenciais de recidiva ou disseminação após tireoidectomia, no seguinte clínico, não precisam se submeter, necessariamente, à ablação por iodo 131, exceto em algumas poucas exceções (lobectomia em nódulo < 1cm, unilateral, confinado à tireoide, em paciente jovem) <span>Normalmente, o acompanhamento é semestral por um período de 3 anos. Após 3 anos, o acompanhamento é anual.</span>
Paciente que, após realização de tireoidectomia total devido a um carcinoma diferenciado, precisa ser submetido a uma ablação por iodo radioativo, deve apresentar as seguintes condições para a realização do exame: …… ou ……
1) Suspender Levotiroxina por 3-4 semanas antes, ou mais ou 2) Receber administração de TSHr por 2 semanas, normalmente<span>*</span> <span>*</span> É preferível, já que evita suspender a Levotiroxina (Levotiroxina (T4) –> suprime TSH** –> evita formação novas células malignas) **Meta: <0,1 mU/L Em outras palavras, <span>o paciente precisa estar em HIPOTIREOIDISMO (TSH > 25-30 mU/L) para realizar o exame!</span>
Após realização da ablação por iodo radioativo no tratamento de pós-tireoidectomia de carcinoma diferenciado de tireoide, qual seria a conduta para o paciente?
- Cintilografia de corpo inteiro ou PET-Scan após 5-7 dias da ablação - Orientar evitar ter filhos ou engravidar nos próximos 3-6 meses - Evitar contato com crianças pequenas e gestantes nos primeiros dias