Osteoporose Flashcards

(47 cards)

1
Q

Conceito

A

Doença metabólica progressiva que diminui a densidade mineral óssea com deterioração da estrutura óssea

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2
Q

Diferença entre osteoporose e osteomalácia

A

Osteoporose - diminui densidade óssea

Osteomalácia - Taxa de mineralização óssea baixa (e não da densidade em si)

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3
Q

Quando ocorre pico de massa óssea

A

Pico de massa óssea ~30 anos → estabilização de massa por ~10 anos → perda de massa óssea de ~2%/ano por 10 anos → taxa de perda desacelera

Pico de perda coincide com menopausa

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4
Q

Quais hormônios responsáveis pela homeostase óssea? (4)

A

equilíbrio entre osteoblastos e osteoclastos via controle PTH, calcitonina, estrogênio, vitamina D e outros

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5
Q

Principal consequência da osteoporose em fisiopatologia

A

Há diminuição da espessura do córtex e tamanho das trabéculas → mais porosidade

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6
Q

Principal consequência clínica

A

Fraturas por fragilidade - fratura que ocorre após trauma menor do que esperado para fraturar um osso normal (Queda da própria altura, queda de leito)

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7
Q

Quais os principais locais de fratura por fragilidade? (6)

A
  • Coluna
  • Colo do fêmur
  • Trocânter maior
  • Rádio distal
  • Úmero proximal
  • Pelve
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8
Q

Classificação (2)

A
  • Primária
  • Secundária
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9
Q

Osteoporose primária - epidemiologia, causas

A

Mulheres pós menopausa e homens velhos por insuficiência gonadal

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10
Q

Osteoporose primária idiopática - conceito

A

Fraturas por fragilidade em crianças, adolescentes, mulheres pré-menopausa ou homens com < 50 anos com função gonadal normal e nenhuma causa secundária identificada

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11
Q

Osteoporose primária - fatores de aceleramento

A
  • Diminuição de ingesta de cálcio
  • Baixos níveis de vitamina D
  • Hiperparatireoidismo
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12
Q

Osteoporose secundária - conceito e epidemiologia

A
  • <5% em mulheres e ~20% em homens
  • Podem acelerar a perda óssea e aumentar risco de fratura na osteoporose primária
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13
Q

Osteoporose secundária - causas (12)

A
  • Mieloma múltiplo
  • DRC
  • Medicamentoso (outro flash)
  • Doenças endócrinas (outro flash)
  • Hipercalciúria
  • Hipofosfatasia
  • Hipofosfatemia crônica
  • Hipovitaminose D
  • Imobilização
  • Doença hepática
  • Alcoolismo
  • Tabagismo
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14
Q

Osteoporose secundária - causas medicamentosas (8)

A
  • Corticoide
  • Anticonvulsivantes
  • Medroxiprogesterona
  • Inibidores de aromatase
  • Pioglitazona
  • Levotiroxina
  • Heparina
  • IBP
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15
Q

Osteoporose secundária - doenças endócrinas (6)

A
  • Hiperplasia adrenal com hipercorticoide
  • Hiperparatireoidismo
  • Hipertireoidismo
  • Hipogonadismo
  • Hiperprolactinemia
  • DM
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16
Q

Quadro clínico

A

Assintomático até que tenha fratura por fragilidade

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17
Q

Quadro clínico da fratura vertebral

A
  • Dor aguda sem irradiação
  • Agrava ao pegar peso
  • Sensibilidade em ponto espinhal
  • Diminui em ~1 semana, mas a dor residual pode durar meses
  • Se constante, suspeitar de fraturas adicionais ou doenças subjacentes
  • Se múltiplas torácicas → cifose dorsal com lordose cervical exagerada
  • Dispneia (por diminuição do volume intratorácico)
  • Saciedade precoce (por diminuição da cavidade abdominal conforme tórax se aproxima de pelve
  • Estresse em musculatura espinhal → dor crônica, persistente e limitante
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18
Q

Diagnóstico - exames disponíveis

A
  • RX
  • DMO
  • Avaliar causas secundárias
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19
Q

Dx - achados em RX

A

Sugere baixa densidade mineral óssea (aumento do risco de fratura) - diminuição da radiodensidade e perda da estrutura trabecular - mas não serve pra dx

  • Identifica as fraturas em si
    • Compressão vertebral - perda de altura do corpo vertebral, maior biconcavidade, encunhamento ventral; + em nível torácico
    • OBS: suspeitar de malignidade ou trauma se fratura acima do nível torácico médio
20
Q

Quando suspeitar de fratura de coluna? Qual exame pedir?

A

Pedir RX

  • Idosos com dor lombar intensa e sensibilidade espinhal vertebral localizada
  • Relato de perda de altura > 3 cm
21
Q

Indicações DMO (4)

A
  • Homem > 70a, mulher > 65a
  • Mulher > 50a com fator de risco para fratura (1 causa secundária ou 2 estilo de vida)
  • Fratura de fragilidade em > 50 anos
  • Evidência de osteoporose em RX simples

OBS: repetir a cada 5 anos se normal; a cada 2 se tto

22
Q

DMO Classificação T - o que é, valores de referência

A
  • Nº de desvios padrões que diferencia a densidade do paciente para um pico de massa óssea de um jovem do mesmo sexo
  • T < -1,0 e > -2,5 = osteopenia
  • T ≤ -2,5 = osteoporose
23
Q

DMO Classificação Z - o que é, quando usamos e valores de referência

A
  • Nº de desvios padrões que diferencia a densidade do paciente para uma pessoa do mesmo sexo e idade
  • Usado em crianças, mulheres pré-menopausa, homens < 50 anos
  • Z ≤ -2,0 = densidade baixa para a idade, considerar causas secundárias
24
Q

Exames para investigar causas secundárias

A
  • Íons - Ca, Mg, P
  • 25-hidroxi-vitamina D
  • Função hepática (avaliar hipofosfatasia)
  • PTH (avaliar hiperparatireoidismo)
  • Testosterona em homens (hipogonadismo)
  • Cálcio e creatinina em urina/24h (hipercalciúria)
  • Outros ACM
    • TSH (hipertireoidismo)
    • Cortisol urinário livre
    • Hemograma
    • Investigar distúrbios TGI se relato de perda de peso
25
Tratamento - objetivos (4)
- Preservar massa óssea - desacelera com medicamentos, mantém com cálcio, vit D e atividade física - Prevenir fraturas - Diminuir dor - Preservar funcionabilidade
26
Tratamento - o que suplementamos?
- Cálcio - Vitamina D
27
Tratamento - suplementação Cálcio - alvo diário, via
- Deve ingerir pelo menos 1000mg de cálcio elementar/dia em geral - Pelo menos 1200 mg/dia se mulher pós menopausa, homens velhos, crescimento puberal, gestação e lactação - Preferencialmente via alimentar e suplementar se necessário - Citrato de cálcio ou Carbonato de cálcio 500-600 mg 2x/dia
28
Tratamento - suplementação Vitamina D - dose diária e alvo sérico
- 600-800 UI/dia via colicalciferol (+ comum) ou ergocalciferol - Se deficiência pode precisar de doses mais elevadas - Alvo de 25-hidroxi-vitamina D ≥ 30 ng/ml
29
Medicamentos antirreabsortivos (4)
- Bifosfonatos - Denosumabe - Raloxifeni - Estrogênio
30
Medicamentos antirreabsortivos - Bifosfonatos - vias, medicamentos, tempos de uso e indicações
VO - Alendronato ou Risedronato por 5 anos EV - Ácido zoledrônico por 3 anos, se intolerância ao VO
31
Bifosfonatos - contraindicações a via VO
Se ClCr < 35 Se distúrbios esofagianos (pode causar irritação esofagiana) Sintomas TGI superior
32
Bifosfonatos - por que limitamos uso em tempo? Há exceções? Uso intermitente é permitido?
Uso prolongado aumenta o risco de fraturas femorais atípicas Pode-se prolongar uso em 5-10 anos em pacientes com osteoporose e fraturas ou fatores de risco adicionais significativos para perda óssea e fraturas futuras Pode-se fazer uso intermitente, com tempo de descanso de 1 ano ou mais - na pausa, monitorizar com DMO rigorosamente
33
Medicamentos antirreabsortivos - Denosumabe - como funciona, indicações, tempo de uso, uso intermitente
- Anticorpo monoclonal contra RANKL → inibe formação de osteoclastos - Usado se não tolera ou não responde a biofosfonatos ou se função renal prejudicada - Pode ser usado até 10 anos - NÃO deve fazer pausa - descontinuar pode causar perda da densidade mineral e aumenta risco de fraturas
34
Denosumabe - o que fazer quando suspender, contraindicação
- Quando interromper, transicionar para bifosfonato por pelo menos um ano e mais se houver risco contínuo de fratura - Contraindicação - Hipocalcemia - pode causar hipocalcemia profunda
35
Medicamentos antirreabsortivos - Raloxifenu - o que é, como funciona, risco (1)
- Modulador seletivo de receptor de estrogênio - Uso em mulheres com osteoporose que não pode usar Bifosfonato ou Denosumabe - Não estimula útero e antagoniza efeitos estrogênicos na mama - Pode aumentar risco de tromboembolismo
36
Medicamentos antirreabsortivos - Estrogênio - como funciona, indicações, contraindicações (3)
- Preserva densidade e previne fraturas - Uso limitado pois tem terapêuticas melhores - Aumenta risco de tromboembolismo, CA endométrio e mama - Se associado com progesterona diminui risco de CA endométrio mas aumenta risco de CA mama, DAC, AVC e doença biliar
37
Anabolizantes - como funcionam
Aumentam massa óssea, estimulando neoformação óssea e reduzindo risco de fraturas OBS: Romosuzumab tem efeito anabolizante e antirreabsortivo
38
Anabolizantes - indicações (4) e contraindicação (1)
- Não toleram / não pode antirreabsortivo - Não respondem a antirreabsortivo, cálcio, vit D e exercícios - novas fraturas, perdem densidade - Osteoporose grave (T < -3,0) ou múltiplas fraturas vertebrais por fragilidade - Osteoporose por glicocorticoides (Teriparatida) Não pode se ClCr < 35 ml/min
39
Anabolizantes - como usar com antirreabsortivos
- Devem ser usados antes dos antirreabsortivos - ganha mais massa - Considerar uso no intervalo dos biofosfonatos
40
Anabolizantes - tempo de uso, controle após fim do tto
- Geralmente uso limitado a 2 anos (pode ser individualizado e aumentar) - Risco de desenvolver osteossarcoma nos estudos iniciais) - **Após o término do curso de tratamento com um agente anabólico, os ganhos de densidade mineral óssea são rapidamente perdidos se o paciente não passar rapidamente para um agente antirreabsortivo**
41
Monitoramento de resposta ao tratamento - qual exame pedir
Via DMO - comparamos a densidade mineral (g/cm2) e não o T
42
Monitoramento de resposta - frequência
- Se bifosfonatos VO - após 2-3 anos de tto - Pode ser mais frequente se justificativa clínica, como uso de corticoide - Se bifosfonatos EV - após 3 anos de tto - Se anabolizantes - ao término do tto (18-24m se Teriparatida ou Abaloparatida, 1 ano se Romosozumabe) - para documentar a melhora da densidade mineral óssea com o tratamento anabólico e estabelecer uma nova linha de base - Identifica pacientes com baixa resposta → maior risco de fraturas
43
Sinais de má resposta ao tratamento e o que fazer:
- Densidade mineral menor em DMO controle apesar de tratamento - Novas fraturas durante tratamento - Investigar - Causas secundárias - Má absorção dos medicmentos - Adesão medicamentosa
44
Além da mineralidade óssea, qual outro fator importante a ser abordado na terapêutica?
Dor e funcionalidade - Analgésicos - Calor úmido - Massoterapia - Exercícios de fortalecimento - Evitar carregar pesos - Repouso mínimo e consistente - encorajar exercício com carga
45
Prevenção de osteoporose - indicações
- Mulheres pós-menopausa - Homens mais velhos - Pcte com Osteopenia - Pcte com Osteoporose (previne piora) - Pcte em uso de corticoide altas doses/longo prazo ou inibidores de aromatase - Pcte com causas secundárias de perda óssea
46
Medidas de prevenção (7)
- Ingestão adequada cálcio - Níveis adequados de vitamina D - Prática regular de atividade física (~30 min/dia) - Se sem alimentação adequada → perda de peso → amenorreia → acelera perda óssea - Exercícios com suporte de peso - Dieta adequada - Prevenção de quedas - Ingesta moderada de álcool (2 doses/homem, 1 dose/mulher) - Cessar tabagismo
47
Quando indicar tratamento no paciente com osteopenia?
tratamento farmacológico se osteopenia + risco de fratura aumentado (ex: uso de corticoide, inibidor de aromatase)