Patologias das Glândulas Salivares Flashcards

(77 cards)

1
Q

Qual relação do nervo facial com a parótida?

A

Nervo facial divide a parótida em porção superficial e porção profunda e possuem íntima relação.

Normalmente, o tumor estão localizados no lobo superficial, ou seja, SOBRE o nervo facial

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2
Q

Queixa comum: aparecimento de um caroço na frente da orelha

Hipótese?

A

Até que se prove o contrário, é uma doença da glândula parótida, provavelmente adenoma pleomórfico

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3
Q

O que são glândulas salivares menores? Onde se encontram?

A

São uma unidade funcional = ácino + ducto excretor

Local: em toda via aerodigestiva = na língua, palato, mucosa jugal, assoalho bucal, laringe, nasofaringe, seios da face, amígdala e traqueia

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4
Q

Qual o tumor +comum de parótida?

A

Adenoma pleomórfico

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5
Q

Nódulo na região parotídea (na frente da orelha) + dor

Hipótese?

A

Suspeitar de lesão inflamatória

*porém, neoplasia maligna –> podem infiltração do NCVII

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6
Q

Nódulo na região parotídea (na frente da orelha) + paralisia hemifacial ispilat

Hipótese?

A

Suspeitar de neoplasia maligna –> podem infiltração do NCVII

Tumores benigno NÃO causam paralisia facial

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7
Q

Nódulo na região parotídea (na frente da orelha)

Conduta em relação pescoço:

A

SEMPRE palpar!!

Tumores malignos de parótida normalmente se disseminam para cadeias linfonodais do pescoço.

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8
Q

Nódulo na região parotídea (na frente da orelha) + comprometimento de pele (infiltração, alteração cor)

Hipóteses?

A

Suspeitar de lesão inflamatória, como parotidite e abscesso parotídeo.

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9
Q

Nódulo na região parotídea (na frente da orelha)

Hipótese (todas possíveis)?

A
  • linfonodo palpável – parótida é rica em linfonodos
  • patologia parótida:
    inflamatória
    neoplásica = benigna ou maligna | primária ou secundária/metástase
  • patologia não glandular:
    congênita ou adquirida
    tecido conjuntivo, muscular, nervoso
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10
Q

Relação tamanho glândula X incidência de tumor maligno/benigno

A

MENOR = mais tumor maligno
*glândulas sublinguais e glândulas menores

MAIOR = mais tumor benigno
*parótida

OBS: submandibular = tamanho médio »» 50% malignos

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11
Q

Nódulo na região parotídea (na frente da orelha)

Conduta?

A
  • US = primeiro exame – avaliar consistência, dimensão, relação com estruturas, conteúdo; a mandíbula dificulta a avaliação do lobo inferior
  • TC/RM = complementar – principalmente em suspeita de tumores do espaço parafaríngeo (tumor de lobo inferior)
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12
Q

Nódulo na região parotídea (na frente da orelha) + clínica de adenoma + ECO compatível com adenoma

Conduta?

A

PAAF

  • porém, não é mandatória = indicação cirurgia mesmo sem ela, principalmente quando clínica forte de adenoma
  • indicações: dúvida clínica | insegurança do paciente | suspeita de malignidade –> possibilidade de lesão facial/sequela após cx
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13
Q

Deve se realizar biópsias em casos de suspeita de neoplasia de glândulas salivares?

A

Não!!
Biópsia inadvertida = contraindicada, porque:
- maior causa de recidivas
- +risco de implantação neoplásicos no trajeto da biópsia
- +risco de malignização lobo inferior → ou seja = PROG-
*indicadas em situações especiais → ex: paciente clinicamente inoperável

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14
Q

Qual o tumor benigno +comum de glândulas salivares?

A

Adenoma pleomórfico

*mais comum da glândula parótida e submandibular

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15
Q

Características anamnese do adenoma pleomórfico:

A
  • geralmente 4ª e 5ª década de vida = adultos/idosos
  • evolução lenta (meses ou anos)
  • massa ou caroço na região parotídea
  • normalmente sem sintomas associados
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16
Q

Características do EF do adenoma pleomórfico:

A
  • massa ou nódulo na região parotídea
  • tamanho variável (geralmente 2cm)
  • limites bem definidos na palpação
  • móvel e indolor na palpação
  • consistência sólida e com áreas endurecidas
  • nervo facial preservado

OBS: quando tumores de lobo profundo = crescimento silencioso, difícil palpação, podem se exteriorizar na orofaringe | estão sob nervo facial

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17
Q

Qual exames solicitar em caso de adenoma pleomórfico?

A

ECO → tumor sólido

*se dificuldade na palpação (tumores de lobo profundo) = TC ou RNM

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18
Q

Características anamnese do tumor de Warthin:

A
  • homem > 50 anos
  • fumante
  • crescimento lento (como adenoma)

*suspeitar principalmente se bilat (10% casos)

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19
Q

Qual o 2º tumor mais frequente na parótida?

A

Tumor de Warthin

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20
Q

Conduta cx de tumor de Warthin:

A

Cx = tto definitivo

Porém, pode-se optar por apenas acompanhamento (conduta conservadora)

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21
Q

Complicação aguda de tumor de Warthin:

A

Infecção, com sintomas doloroso e crescimento súbito

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22
Q

Conduta cirúrgica de tumores benignos de parótida, principalmente adenoma pleomórfico:

A

Cx = tto definitivo → parotidectomia com preservação do nervo facial
- preferível resseção radical | retirada apenas do nódulo aumenta o risco de recidivas
- Principais complicações:
> parestesia
> hipoestesia
> síndrome de Frey (suar sobre a glândula)

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23
Q

Características do cistos de parótida:

A

Macios à palpação.

Presença de líquido durante ECO

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24
Q

Causa do cistos simples de parótida:

A

Obstrução do ducto + acúmulo de secreção

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25
Doença infecciosa causa cistos linfoepiteliais
HIV crônico
26
Exame que sempre deve se solicitar em pacientes com lesões císticas nas parótidas
anti-HIV
27
Tto dos cistos de parótida:
Cx para fins estéticos
28
Risco de neoplasia primária maligna de parótida em crianças
- 50% são malignos = carcinoma mucoepidermóide e de células acinares - 50% são benignos = adenoma pleomórfico
29
Massa na região parotídea em crianças Hipótese?
Lesões vasculares, provavelmente hemangioma. *linfangiomas também são dx diferencial
30
Exame solicitado na suspeita de hemangioma
ECOdoppler
31
Fatores de risco para tumores malignos de glândulas salivares:
- radioterapia prévia - outros tumores prévios - genética (HRAS, p16, etc) - exposição a pó de sílica *não há documentação da relação do tabagismo com doenças malignas das glândulas salivares
32
Qual melhor exame complementar para avaliar na suspeita de lesão de glândulas salivares?
US é a mais importante! | → tamanho da lesão, acometimento de linfonodos, relação com outras estruturas vizinhas, etc
33
Quando solicitar TC/RNM durante a investigação de lesão de glândulas salivares?
Tumores avançados, para os que não ficam bem caracterizados na US (profundos), principalmente os do espaço parafaríngeo.
34
Papel da PAAF na investigação de lesão de glândulas salivares:
PAAF = complementar à US | acurácia de 86-91% em diferenciar tumores malignos e benignos. - indicações: sempre se suspeita uma lesão maligna ou lesão em submandibulares (+risco de malignidade) OBS: história + exame físico = característicos de um adenoma pleomórfico → PAAF não é mandatória!!
35
Característica da evolução de hemangiomas na região parotídea em crianças:
Hemangioma apresenta um crescimento progressivo, até iniciar um processo de involução espontânea. Ou seja, não necessariamente precisa de tto. *TTO = medicamentoso → propanolol | raramento cx
36
Sinais de malignidade:
- acometimento do facial - envolvimento primário da pele - massa cervical associada → acometimento de linfonodos
37
Características de tumores malignos de glândulas salivares:
- período de evolução variável = rápidos ou insidiosos - mais específico para malignidade = comprometimento do nervo facial, envolvimento primário da pele e massa cervical associada - pode dor → comprometimento nervoso - simulam processo inflamatório → hiperemia, comprometimento de pele - sempre suspeitar de metástases → perguntar sobre tumores cutâneo | principalmente massa na região parotídea
38
Características do exame físico tumores malignos de glândulas salivares:
- palpação com limites imprecisos | +endurecido | aderido aos planos profundos ou a pele = imóvel - comprometimento do nervo facial e da pele, - adenopatia cervical
39
Características do carcinoma em adenoma pleomórfico (ex-tumor misto):
- processo de malignização = tumor benigno que virou maligno: normalmente a partir de adenoma pleomórfico de longa data ou com sucessivas recidivas (**biópisias) - muito agressivos - 40% com metástases ganglionares - características do AP que indicam malignização: necrose, calcificações e hemorragia
40
Tumor maligno + preocupante de glândulas salivares
carcinoma em adenoma pleomórfico
41
Características do carcinoma adenoide cístico:
- crescimento lento e indolente → confundido com tumor benigno - invasão neuronal = neurotropismo → pode dor, paralisia, expansão tumoral pelo nervo - metástases → pulmão, fígado.
42
Tto do carcinoma adenoide cístico:
apenas cx | responde mal a quimio e radio | *altamente recidivante
43
Subtipo maligno mais comum de glândulas salivares menores:
carcinoma adenoide cístico
44
Subtipo maligno mais comum de parótida
carcinoma mucoepidermoide
45
Quando suspeitar de | carcinoma mucoepidermoide?
- na palpação = massa sólido - na US = presença de líquido/secreção (cístico) *Possui células mucosas e escamosas, sendo assim áreas sólidas e císticas
46
Tto de tumores malignos de glândulas salivares:
- cirurgia c/ ressecção completa e radical | - radio → apenas em tumores irressecáveis, residuais, margens positivas, etc
47
Indicação de esvaziamento cervical em caso de tumores malignos de glândulas salivares:
- presença de massa cervical - na ausência de massa cervical: carcinoma mucoepidermóide de alto grau, ex-tumor misto, carcinoma epidermoide e adenocarcinoma de alto grau
48
Tumor benigno mais comum de glândula submandibular:
adenoma pleomórfico
49
Tto de tumor submandibular:
submandibulectomia com congelação → sempre remover toda glândula!!
50
Local +comum tumor de glândulas menores
mais comum em palato
51
Qual a indicação de biópsia para suspeita de tumor de glândulas menores?
Pode-se realizar pequenas biópsias (incluir mucosa) → porque lesão está na luz = sem pele como cobertura
52
Qual a sialoadenite mais comum?
Parotidite viral aguda = caxumba *origem bacteriana é uma ocorrência relativamente incomum
53
Manifestações clínicas da caxumba
- pródromo: mal-estar geral, anorexia e febre baixa - aumento da glândula progressivo, sem secreção purulenta, doloroso - acometimento bilateral → principalmente parótidas
54
Principais glândulas acometidas das sialoadenite viral aguda
- 95% tem aumento da parótida | - 10% acomete submandibular e sublingual
55
TTO da caxumba
TTO sintomático: - modificações dietéticas para minimizar a atividade glandular - hidratação adequada - repouso absoluto → para evitar complicações - reclusão p/ evitar contágio → doença muito contagiosa
56
Principais complicações da caxumba:
meningite, encefalite, tireoidite, hepatite e miocardite, orquite, ooforite, e mais raramente surdez e pancreatite
57
Características das parotidite recorrente da infância:
- são parotidite bacteriana crônica e reincidivantes - frequentemente diagnosticada erroneamente como "caxumba de repetição" - 73% bilaterais - +comum em meninos
58
Manifestações clínicas da parotidite recorrente da infância:
- edema difuso súbito da parótida → persistir por dias, semanas ou meses - sinais inflamatórios locais = hiperemia, dor - saliva purulenta ou grumos de secreção purulenta ao ordenhar a glândula - febre baixa é comum
59
Manejo da parotidite recorrente da infância
- TTO durante as crises = corticóide (curto prazo) e curso prolongado de ATB - maioria resolve espontaneamente na chegada à adolescência → sem necessidade de cx na maioria dos casos
60
Quando suspeitar de parotidite recorrente da infância?
queixa: "caxumba de repetição"
61
Fator de risco associado com sialoadenite crônica
Sialolitíase → muito comum ser a origem da sialoadenite crônica
62
Local mais comum de sialolitíase
submandibular → drenagem contra gravidade, saliva mais alcalina, viscosa e com mais oxalato de cálcio OBS: sem relação com causas sistêmicas
63
Em caso de parotidite que reincidiva, sempre suspeitar/investigar:
investigar sialolitíase com US
64
Diagnóstico de sialolitíase:
- US | - Rx: na submandibular = 90% radiopacos | na parótida = 90% radiolúcidos
65
TTO sialolitíase
remoção cx do cálculo ou exérese glandular
66
Complicações da sialolitíase:
- ectasia e estenose de ductos | - recorrência = 20% casos
67
Causa de sialoadenite supurativa aguda
migração retrógrada de bactérias pelos ductos das glândulas salivares maiores
68
Qual glândula é mais comumente acometida pela sialoadenite supurativa aguda?
mais comum na parótida → produz a saliva menos bacteriostática (menor conteúdo mucoide)
69
Manifestações clínicas da sialoadenite supurativa aguda
- história abrupta/aguda - edema doloroso da região da parótida, especialmente durante alimentação - outros sinais inflamatórios locais (hiperemia, calor) - saliva purulenta ou grumos de secreção purulenta ao ordenhar a glândula
70
Complicação de +comum de sialoadenite supurativa aguda
abscesso de parótida - desconfiar quando não está respondendo ao ATB - necessária avaliação por TC ou RNM - TTO: drenagem
71
Agentes etiológicos +comuns para sialoadenite supurativa aguda
- em pacientes saudáveis: mais comum a colonização por S aureus e streptos - em imunocomprometidos temos mais Pseudomonas e E coli
72
Característica da sialolitíase em parótica
mais raros, mas mais difíceis de manejar.
73
Relação de Síndrome de Sjogren com parotidites
Causa parotidite crônica linfocítica: - doença compromete ácinos glandulares e ductos terminais - aumento lento e progressivo das glândulas salivares, mais prevalente nas parótidas, por um infiltrado de linfócitos → formação de nódulos - parotidite = sem edema/dor → apenas aumento glandular
74
Quadro clínico Síndrome de Sjogren
- olho seco - boca seca - parotidite recorrente sem dor/edema
75
Relação da parotidite crônica linfocítica do Sjogren com Linfoma
- risco de patologia linfoproliferativa em 5% dos casos → em caso de sialoadenite linfoepitelial ou sialoadenite mioepitelial
76
Nódulo de parotidite crônica linfocítica de paciente com Sjogren que começa a crescer mais que os outros (evolução atípica) Hipótese?
suspeitar de linfoma
77
TTO cirúrgico de sialoadenites crônicas
raramente indicados - parotidectomia total com preservação do nervo facial para parotidite crônica com qualquer etiologia - submandibulectomia em sialolitíase intra-glandular e sialoadenite crônica.