Pediatria Flashcards

(79 cards)

1
Q

Definição de aleitamento materno exclusivo

A

Somente leite materno

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Q

Definição de aleitamento materno predominante

A

Leite materno + outros líquidos

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3
Q

Definição de aleitamento materno complementado

A

Leite materno + alimentos sólidos ou semissólidos

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4
Q

Definição de aleitamento materno misto ou parcial

A

Leite materno + outros tipos de leite

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5
Q

Até quando deve ser mantido o aleitamento materno?

A

Exclusivo até 6 meses

Complementado até, no mínimo, 2 anos

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6
Q

Vantagens do aleitamento materno para a criança

A
Composição nutricional, metabólica e imunológica ideal para o sistema gastrointestinal e renal em amadurecimento; 
Redução da mortalidade infantil;
Prevenção de doenças crônicas;
Desenvolvimento da cavidade bucal;
Desenvolvimento cognitivo
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7
Q

Vantagens do aleitamento materno para a mãe

A

Prevenção de hemorragia pós-parto;
Método contraceptivo;
Redução do risco de câncer de mama e ovário;
Proteção contra diabetes mellitus tipo 2
Vantagens econômicas e psicoativas para o binômio mãe- bebê

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8
Q

Leite humano x leite de vaca

A

Humano: menos proteínas e eletrólitos; mais gordura e lactose; maior biodisponibilidade do ferro

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9
Q

Fatores de proteção no leite humano

A

IgA secretória, fator bífido, lactoferrina, lisozima, lactoperoxidase, oligossacarídeos, lipase

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10
Q

Definição e função da IgA secretória no leite humano

A

Principal imunoglobulina do leite humano.

Proteção contra diversos agentes infecciosos

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11
Q

Definição e função do fator bífido no leite humano

A

Glicoproteína.
Serve de substrato para o crescimento de flora saprófita intestinal; leva a acidificação das fezes e dificulta a reprodução de enteropatógenos como Shigella, Salmonella e E coli

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12
Q

Definição e função da Lactoferrina no leite humano

A

Proteína bacteriostática.
Inibe a adesão da E coli às células e indisponibiliza o ferro necessário para a sobrevida de vários patógenos intestinais, especialmente E coli e Cândida albicans

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13
Q

Definição e função da Lisozima no leite humano

A

Ação bactericida e e anti-inflamatória.

Destrói E. coli e algumas cepas de Salmonella

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14
Q

Função da Lactoperoxidase no leite humano

A

Efetiva contra Streptococcus

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15
Q

Função dos oligossacarídeos no leite humano

A

Bloqueiam a adesão de alguns agentes ao epitélio intestinal

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16
Q

Função da lipase no leite humano

A

Efetiva contra vários parasitas como Giárdia lamblia, Entamoebs hystolitica, Trichomonas vaginalis

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17
Q

Colostro

A

Primeiros 5 dias
Maior concentração de proteínas, imunoglobulinas, vitaminas A e E
Menor concentração de gordura e lactose

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18
Q

Leite de transição

A

6-10 Dias

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19
Q

Leite maduro

A

> 2 semanas

Maior concentração de lactose, gordura e vitaminas hidrossolúveis

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20
Q

Leite anterior x leite posterior

A

Anterior (início da mamada): mais água, lactose, proteínas, vitaminas e sais
Posterior (final da mamada): mais gordura
*mais gordura no fim do dia

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21
Q

Estrogênio x progesterona na lactação

A

Estrogênio: hiperplasia / ramificação dos ductos mamários

Progesterona: hiperplasia de alvéolos e túbulos

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22
Q

Fases da lactogênese

A

Fase 1: pequena secreção láctea na segunda metade da gestação
Fase 2: após o parto (apojadura) produção láctea independente da sucção
Fase 3 (galactopoiese): produção depende do estímulo e esvaziamento regular da mama

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23
Q

Regulação hormonal da lactação

A

Prolactina: estimula a secreção de leite pelos alvéolos mamários
Ocitocina: Estimula a contração das células mioepiteliais; ejeção do leite; contração uterina no período pós parto reduzindo o sangramento

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24
Q

Técnicas da amamentação

A

Bebê bem apoiado; bebê com cabeça e tronco alinhados; corpo do bebê próximo ao da mãe; rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo
Boca bem aberta; mais aréola visível acima da boca do bebê; lábio inferior virado para fora; queixo tocando a mama

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25
Definição e fatores de risco para Traumas mamilares
Lesões de continuidade lineares e concêntricas à pele do mamilo. Decorrentes do posicionamento e pega incorretos
26
Prevenção de traumas mamilares
Técnica adequada, manter mamilos secos, não retirar proteção natural dos mamilos, evitar o ingurgitamento, não usar protetores de mamilos, não interromper mamada bruscamente
27
Tratamento traumas mamilares
Manter a amamentação, iniciar pela mama menos afetada, ordenhar antes da mamada, variar posições para amamentação, analgesia sistêmica, usar conchas protetoras entre as mamadas
28
Definição de ingurgitamento mamário
Aumento de volume, calor, dor e tensão nas mamas | Entre 3-5 dias pós-parto
29
Prevenção do ingurgitamento mamário
Início precoce da amamentação, amamentação em regime de livre demanda
30
Tratamento do ingurgitamento mamário
Manter a amamentação em livre demanda, ordenhar antes da mamada e após a mamada, massagear as regiões mais afetadas, usar sutiãs de alças largas, compressas frias nos intervalos entre as mamadas por até 20 minutos
31
Definição e fisiopatologia da mastite
Processo inflamatório da mama com ou sem infecção bacteriana causada por estase do leite e lesões de continuidade na pele 2-3 semanas pós-parto Dor, vermelhidão, calor e edema Unilateral, febre, mal estar, náuseas e vômitos
32
Tratamento da mastite
Manter aleitamento, corrigir a técnica da amamentação, analgésicos, antitérmicos e antibiótico (cefalexina ou amoxicilina + clavulanato)
33
Definição de abscesso mamário
Complicação da mastite | Dor intensa, febre e acúmulo de pus
34
Tratamento do abscesso mamário
Drenagem cirúrgica e antibioticoterapia | Amamentação pode ser mantida
35
Definição e características da candidíase mamária
Infecção fúngica dos mamilos acusada pela Cândida albicans | Dor, sensação de prurido, pele hiperemias, brilhante e com fina descamação
36
Tratamento da candidíase mamária
Miconazol ou clotrimazol tópicos ou cetoconazol via oral | Manter mamilos secos e expô-los a luz solar alguns minutos por dia
37
Contraindicações absolutas para amamentar
HIV HTLV 1 e 2 Galactosemia
38
Contraindicações relativas para amamentar
Infecção herpética - não pode ser amamentada na mama que apresentar lesões em atividade Varicela - 5 dias antes até 2 dias após o nascimento da criança Citomegalovírus Doença de Chagas - fase aguda Psicose puerperal Fenilcetonùria
39
Fármacos contraindicados durante amamentação
Amiodarona - risco de hipotireoidismo na criança Antineoplásicos e imunossupressores Bromocriptina - pode inibir a lactação Isotretinoína Compostos radioativos Sais de ouro Linezolida, Ganciclovir Fenindiona - risco de sangramento no bebê Drogas de abuso - amamentação deve ser suspensa por algumas horas (efeitos sobre o SNC e dependência na mãe e na criança)
40
Armazenamento do leite
``` Leite cru (não pasteurizado): geladeira por 12 horas e freezer por 15 dias Descongelar na geladeira e esquentar em banho maria fora do fogo ```
41
Em caso de não poder amamentar, qual leite oferecer?
Fórmula infantil
42
Como diluir o leite de vaca?
<4 meses: leite de vaca diluído a 2/3 - 2/3 leite + 1/3 água + 1 colher de chá de óleo a cada 100 ml
43
Aspectos legais da amamentação
Licença maternidade de 4 meses Direito a creche e 2 descansos de 30 minutos cada um Licença paternidade de 5 dias (20 dias para as empresas participantes do programa Empresa cidadã Direito a garantia de emprego desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto
44
Principal alimento contraindicado para <1 ano
Mel (risco de botulismo)
45
Esquema de alimentação para crianças de 6 meses - 2 anos que estão em aleitamento materno
Ao completar 6 meses: papa de frutas 2x/dia + papa principal 1x/dia Ao completar 7 meses: papa de frutas 2x/dia + papa principal 2x/dia Ao completar 12 meses até 24 meses: frutas picadas 2x/dia + refeição principal da família 2x/dia
46
Suplementação de ferro para a termo em aleitamento materno ou a termo em uso de <500 ml de fórmula infantil por dia
3 meses - 2 anos: 1mg/kg/dia de ferro elementar
47
Suplementação de ferro para pré termo e a termo entre 1500-2500g
30 dias-1 ano: 2mg/kg/dia de ferro elementar | 1 - 2 anos: 1mg/kg/dia de ferro elementar
48
Suplementação de ferro para pré-termo com 1000-1500g
30 dias - 1 ano: 3mg/kg/dia de ferro elementar | 1 - 2 anos: 1mg/kg/dia de ferro elementar
49
Suplementação de ferro para pré-termo <1000g
30 dias - 1 ano : 4mg/kg/dia de ferro elementar | 1 - 2 anos : 1mg/kg/dia de ferro elementar
50
Suplementação de Vitamina A
6-11 meses: 100.000 UI (uma dose) 12-59 meses: 200.000 UI a cada 6 meses * intervalo seguro de administração é de, no mínimo, 4 meses
51
Suplementação de Vitamina D
400 UI/dia para <1 ano e 600 UI/dia para >1 ano | *nao há consenso acerca da duração
52
Classificação da diarreia
Aguda < 14 dias Persistente 14 dias ou mais Crônica > 30 dias
53
Definição de desinteria
Diarreia com sangue e pus. Associada com tenesmos e urgência fecal, pela inflamação do cólon
54
Características da diarreia por Rotavírus
Principal causa de diarreia grave em menores de 2 anos Mecanismo osmótico e secretor Vômitos, febre diarreia líquida, volumosa e explosiva Duração média de 4-8 dias
55
Características da diarreia por E. coli Enterotoxigênica (ETEC)
Endêmica em países em desenvolvimento Diarreia dos viajantes Evacuações abundantes com fezes aquosas Duração de 3-5 dias
56
Características da diarreia por E. coli enteropatogenica (EPEC)
Menores de 2 anos Diarreia aquosa, vômitos, febre baixa Pode causar diarreia persistente
57
Características da diarreia por E. coli EnteroInvasiva (EIEC)
Maiores de um ano Disenteria com febre Semelhante a causada por shigella
58
Características da diarreia por E. coli enterro-hemorrágica (EHEC)
Disenteria sem febre Complicações: SHU (síndrome hemolítica urêmica) Cepa OH157:H7
59
Definição de síndrome hemolítica urêmica (SHU)
Insuficiência renal aguda + anemia hemolítica microangiopatica + tombocitopenia
60
Características da diarreia por Salmonella
Início abrupto com náuseas, vômitos e dor abdominal, diarreia aquosa tornando-se disenteria e febre alta Por evoluir com sepse, meningismo e convulsões
61
Características da diarreia por Shigella
Disenteria, febre alta, dor abdominal intensa, náuseas, vômitos, tenesmos e urgência para defecar Sintomas extraintestinais: cefaleia, meningismo, letargia, confusão e alucinações Complicações: desidratação, SIADH, sepse, CIVD, SHU e crises convulsivas
62
Características da diarreia por Campylobacter jejuni
Semelhante a disenteria por Shigella | Complicações: síndrome de guillain- barre
63
Características da diarreia por vibrio cholerae
Grandes epidemia de diarreia | Diarreia aquosa muito volumosa, fezes em água de arroz
64
Características da diarreia por giárdia lamblia
1-5 anos Quadro assintomático Diarreia aguda com distensão abdominal, flatulência e cólicas
65
Características da diarreia por entamoeba histolytica
Incidência aumenta com a idade | Disenteria, abscesso hepático, megacalote tóxico, peritonite e perfuração intestinal
66
Classificação clínica da desidratação de acordo com o Ministério da saúde
``` Estado geral Olhos Sede Sinal da prega Lágrimas Pulso Tempo de enchimento capilar ```
67
Sem desidratação - características MS
Lágrimas presentes Pulso cheio Tempo de enchimento capilar < 3 segundos
68
Desidratação - características MS
``` Inquieta ou irritada Olhos fundos Bebe avidamente, com sede A pele volta lenta,ente ao estado anterior Lágrimas ausentes Pulso rápido e fraco Enchimento capilar de 3-5 segundos ```
69
Desidratação grave - características MS
``` Letárgica ou insconsciente Olhos fundos Não consegue beber ou bebe muito mal A pele volta muito lentamente ao estado anterior Lágrimas ausentes Pulso muito fraco ou ausente Enchimento capilar > 5 segundos ```
70
Tratamento Plano A (sem desidratação)
1. Aumentar oferta de líquidos 2. Após cada evacuação oferecer 50-100ml para <1 ano e 100-200ml para >1 ano 3. Suplementação de Zinco por 10 dias com 10 mg/dia para <6 meses e 20mg/dia para >6 meses 4. Manter alimentação habitual
71
Utilidade do zinco nos casos de desidratação
Reduzir gravidade, recorrência e duração
72
Tratamento Plano B (desidratação)
1. Terapia de Reidratação oral na unidade de saúde 2. SRO 75ml/kg em 4 horas 3. Alimentação deve ser suspensa até que a desidratação desapareça . Crianças em aleitamento materno podem continuar recebendo leite materno O plano B termina quando desaparecem o sinais de desidratação, mesmo que o volume inicia, de SRO não tenha sido todo administrado - Liberar com plano A para domicílio - retornar dieta * vômito não é contraindicação para início da TRO
73
Tratamento Plano C (desidratação grave)
1. Hidratação venosa em unidade de saúde 2. RL ou SF 0,9% 100ml/kg sendo: < 1 ano - 30ml/kg em 1 hora + 70ml/kg em 5 horas > 1 ano - 30ml/kg em 30 minutos + 70ml/kg em 2h30min 3. Reavaliar criança a cada 1-2 horas Se criança já é capaz de beber: TRO 5ml/kg/h 4. Reavaliar criança após término da infusão venosa e reclassificar para continuar tratamento
74
Indicações de gastróclise
Desidratação grave quando não é possível iniciar logo a hidratação venosa Perda de peso após as primeiras duas horas Vômitos persistentes após o início da TRO (>= 4 episódios/hora) Distensão abdominal (com peristalse presente) Dificuldade de deglutição
75
Características da gastróclise
SRO administrado por sonda nasogástrica | 20-30ml/kg/hora
76
Indicação de antibiótico na diarreia
Casos de disenteria, cólera, salmonelose, amebíase e giardíase
77
Antibiótico de escolhe para diarreia por shigella ou Salmonella
Ciprofloxacino
78
Antibiótico de escolha para diarreia por amebíase ou giardíase
Metronidazol
79
Antibiótico de escolha para diarreia por cólera
Doxicilina