Pneumologia Asma Flashcards
(39 cards)
O teste com maior acurácia para o diagnóstico de asma é
Teste de broncoprovocação, que investiga a presença de hiper-responsividade brônquica pela inalação de substâncias capazes de promover broncoconstricção - é o oposto da prova broncodilatadora! A rigor, é pouco realizado por ser pouco disponível e pelos riscos de broncoespasmo; além disso, é mais custo-efetivo tratar e observar a evolução.

Capacidade vital forçada (CVF)
mede a quantidade de ar que é expirada dos pulmões após inspiração máxima, geralmente igual à quantidade de ar que entrou. Classicamente, ela está reduzida em pacientes com doenças restritivas (ou seja, com pulmões “pequenos” que não comportam o volume de ar esperado em indivíduos saudáveis).
Volume expiratório final no primeiro segundo (VEF1):
indica velocidade de saída do ar. Oras, mas não é uma medida de volume? Sim, porém ela é feita no primeiro segundo da expiração, dando uma ideia de quão rápido o ar consegue ser exalado. Geralmente mais de 70% da CVF de indivíduos saudáveis é exalada logo no primeiro segundo.
Relação VEF1/CVF:
se não há obstáculos anormais à passagem de ar, a maior parte da capacidade vital forçada é exalada no primeiro segundo (relação VEF1/CVF > 70%). Se houver obstrução ao fluxo de ar, essa relação é reduzida, visto que não será possível exalar tão rapidamente o ar presente nos pulmões.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) incide apenas em tabagistas?
Errado. Não há dúvidas que o tabagismo é o principal fator de risco para DPOC, entretanto, outros fatores ambientais, como exposição a forno de lenha e poeiras ocupacionais também podem desencadear a doença.
Cigarro eletrônico é uma alternativa segura para ajudar na cessação do tabagismo?
Errado. Além de não ser alternativa segura, também possui substâncias tóxicas que podem ocasionar lesão pulmonar.
Paciente com asma pode ter um exame de função pulmonar normal?
Correto. Neste caso, outros exames como teste de broncoprovocação podem ser utilizados para o diagnóstico.
Refluxo laringo-faríngeo não é causa comum de tosse.
Errado. Assim como gotejamento nasal posterior por rinossinusite e asma, o refluxo gastroesofágico é causa comum de tosse crônica.
Omalizumabe é opção terapêutica inicial para asma persistente leve?
Errado. Omalizumabe é imunoterapia anti-IgE indicado para pacientes com asma moderada a grave não controlada com medicações inalatórias otimizadas.
O teste de broncoprovocação como é feito?
é muito pouco realizado na rotina por dificuldades em sua execução; no entanto, tem excelente acurácia para o diagnóstico. A ideia é oposta à da espirometria: enquanto na espirometria avaliamos a presença de obstrução e a reposta ao remédio (broncodilatador), na broncoprovocação “provocamos o brônquio”, observando se ocorrerá broncoconstricção com inalação de “veneno” (substância broncoconstrictora, como histamina, metacolina ou carbacol). Assim, se durante o teste houver piora da função pulmonar, com queda do VEF1, temos hiper-reatividade brônquica, denotando asma.
Diagnóstico de Asma
CLÍNICO sintomas. Tosse, dispneia, chiado no peito, opressão no tórax; no entanto nenhum é específico. O mais importante é a natureza episódica.
periodicidade dos sintomas. Mais comum à noite, e sazonais. história prévia. É comum haver história pessoal na infância e/ou história familiar.
Estigmas de alergia. Rinite alérgica, dermatite atópica podem estar presentes; eosinofilia pode ocorrer.
atenção. Ainda que atopia esteja presente em muitos pacientes, não é fundamental para o diagnóstico; muitos pacientes apresentam padrão de inflamação não alérgica.
Diagnóstico funcional de Asma
espirometria. O clássico é observar distúrbio obstrutivo (VEF1/CVF 200ml E 7% em relação ao previsto ou 12% em relação ao valor basal).
CUIDADO. A espirometria normal não afasta asma; obstrução sem resposta a broncodilatador também não afasta. Espirometria com obstrução e resposta a broncodilatador também não define o diagnóstico isoladamente.
pico de fluxo expiratório, PFE.
Variável espirométrica que pode ser obtida com aparelho portátil; pode se alterar em qualquer doença respiratória, mas na asma é útil para avaliar variações do fluxo de ar espontâneas ou com tratamento
teste de broncoprovocação.
É o teste com maior acurácia, mas pouco usado na prática; ofertamos uma substância broncoconstrictora e avaliamos a piora da função pulmonar.
atenção. Exames de imagem somente são úteis na avaliação inicial, para diagnóstico diferencial.
Asma Níveis de Controle
Avaliar últimas 4 semanas.
Controlada
A doença pode ser considerada controlada se:
sintomas diurnos. Aceitável até 2x por semana.
uso de broncodilatador para alívio. Aceitável até 2x por semana.
despertares noturnos por sintomas. Nenhum no período.
limitação de atividades. Nenhuma no período
Asma Níveis de Controle
Avaliar últimas 4 semanas.
Parcialmente Controlada
sintomas diurnos. Aceitável até 2x por semana.
uso de broncodilatador para alívio. Aceitável até 2x por semana.
despertares noturnos por sintomas. Nenhum no período.
limitação de atividades. Nenhuma no período.
asma parcialmente controlada. Presença de 1 ou 2 dos fatores acima.
Asma Níveis de Controle
Avaliar últimas 4 semanas.
asma não-controlada
sintomas diurnos. Aceitável até 2x por semana.
uso de broncodilatador para alívio. Aceitável até 2x por semana.
despertares noturnos por sintomas. Nenhum no período.
limitação de atividades. Nenhuma no período.
asma não-controlada. Presença de 3 ou 4 dos acima.
A escolha do fármaco incial no tratamento de ASMA
sintomas <2x ao mês.
sintomas <2x ao mês. Usar corticoide inalado e formoterol (broncodilatador de ação prolongada) sob demanda;
outra opção é corticoide inalado e broncodilatador de ação curta conforme a necessidade.
ATENÇÃO. O broncodilatador de ação prolongada que pode ser utilizado para alívio dos sintomas é o formoterol
Exemplo Budesonida + Formoterol
DEFINIÇÃO DA ASMA
A asma é doença heterogênea, uma notícia por crônica das vias aéreas. É definida história de
falta de fluxos, ajustes de ajuste de peito, ajuste ao longo do tempo e de resistência, com limitação de variável do ar e
expiratório.
A escolha do fármaco incial no tratamento de ASMA
sintomas 2 ou mais vezes ao mês, mas que não incomodam na maioria dos dias.
sintomas 2 ou mais vezes ao mês, mas que não incomodam na maioria dos dias. Tanto podemos usar dose baixa de corticoide + formoterol sob demanda, quando usar rotineiramente a associação de corticoide+formoterol.
A escolha do fármaco incial no tratamento de ASMA
sintomas incomodam na maioria dos dias, ou acorda semanalmente por asma.
Usar corticoide e formoterol diariamente (o alívio de sintomas pode ser feito com dose adicional do corticoide+formoterol ou com uso isolado de broncodilatador de ação curta)
A escolha do fármaco incial no tratamento de ASMA
casos mais graves, completamente descontrolados, ou em crise.
iniciar com dose intermediária de corticoide associado a formoterol; alternativas são dose elevada de corticoide inalado isoladamente
Tratamento de Asma
Sem melhora
sem melhora. Se não estiver usando broncodilatador de ação prolongada, associar! Se já estiver usando, considerar aumentar dose de corticoide.
persiste sem melhora. Considerar dose máxima de corticoide/broncodilatador de ação prolongada, considerar fármacos como antileucotrieno OU tiotrópio, OU azitromicina (3x semana); considerar agentes biológicos e corticoide oral em baixas doses
Crise de Asma
Base do Tratamento
aliviar broncoespasmo (broncodilatador inalado) e evitar recorrência (corticoide sistêmico).
