PNEUMONIA - DIAGNÓSTICO E ETIOLOGIA Flashcards
(21 cards)
qual o agente etiológico mais comum como causador de pneumonia? Adultos
Nos adultos sem doença pulmonar estrutural, os agentes mais frequentemente relacionados à pneumonia são S. pneumoniae (diplococo gram-positivo), H. influenzae (bacilo gram negativo), M. catarrhalis (cocos gram negativos) como “germes típicos”, e Legionella, Mycoplasma pneumoniae e Chlamydophyla pneumoniae, “germes atípicos”.
qual o agente etiológico mais comum como causador de pneumonia? Em Crianças
diferentes faixa etárias, diferentes microorganismos. Nos neonatos, os germes são aqueles associados à sepse neonatal (Streptococcus grupo B é o principal), enquanto em bebês até 1 ano temos que pensar também em Chlamydia trachomatis, Mycoplasma hominis e Ureaplasma (muitas vezes, causando a “pneumonia afebril”). As bactérias mais associadas a pneumonia em crianças de 1 a 5 anos são S. pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis, S. pyogenes e S. aureus (as infecções por bacterias atípicas aumentam com a frequencia escolar). Acima de 5 anos, a flora é igual a dos adultos.
qual o agente etiológico mais comum como causador de pneumonia? Pacientes com doença estrutural
SEMPRE devemos pensar em infecções por Pseudomonas em pacientes com doença estrutural crônica.
A pneumonia por Mycoplasma muitas vezes pode se manifestar associada a outros achados clínicos clássicos, como:
Manifestações neurológicas (meningite asséptica, Guillain-Barré), erupções cutâneas, otite e miringite bolhosa, anemia hemolítica autoimune (anticorpos frios).
Pneumonia é
Infecção aguda do parênquima pulmonar. A rigor é “quadro respiratório febril agudo + mancha no pulmão”
suspeita diagnóstica.
Suspeitar sempre que um “quadro gripal” vier acompanhado de: febre
prolongada, toxemia importante, taquicardia, taquipneia/dispneia/hipoxemia, crepitações
localizadas.
definição diagnóstica.
Exame de imagem (se indisponível – o que definitivamente não é o ideal-,
é aceitável considerar o diagnóstico em casos muito sugestivos.
radiografia.
Método útil; se normal pode não afastar em casos muito suspeitos.
ultrassonografia.
Ainda pouco usada, mas é superior à radiografia.
tomografia.
Melhor método; reservada para casos de dúvida na radiografia.
Podemos usar como avaliação complementar para real necessidade de imagem.
Leucograma, PCR, procalcitonina não confirmam nem afastam o diagnóstico
Onde tratar
CURP-65. Utilizar as variáveis confusão mental, ureia >50mg/dl, frequência respiratória >30ipm, pressãoarterial
ambulatorial. Considerar se tiver até 1 critério.
hospitalar. Considerar se houver mais que 2 critérios.
UTI. Considerar se 4 ou 5 itens presentes.
A melhor forma de avaliar a necessidade de UTI por critérios é se houver 1 maior : necessidade de ventilação mecânica ou choque séptico; ou mais de 2 menores: fr>30ipm, pao2/fio2<90mmhg.
Se não tiver ureia para definir critérios de internação
CRP-65. Alternativa ao curp-65, sem uso da ureia.
ambulatorial. Considerar se nenhum critério estiver presente.
hospitalar. Considerar se houver 1 ou mais critérios.
Escolha do Antibiótico
pneumonia típica x atípica. o quadro clínico/apresentação radiográfica não são suficientes para definir a etiologia; no entanto os termos “típicos” e “atípicos” acabaram sendo preservados por peculiaridade terapêutica – é oque os germes atípicos não respondem aos betalactâmicos.
germes “típicos”. Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhralis.
germes “atípicos”. Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila sp., Legionella sp
Escolha do Fármaco
tratamento ambulatorial. Depende do cenário.
sem comorbidade, sem risco para resistência (como imunossupressão), sem uso recente de antibiótico. Amoxicilina OU amoxicilina-clavulanato OU macrolídeo.
com fatores de risco para resistência, doença mais grave, uso recente de antibióticos betalactâmico + macrolídeo.
se alergia: quinolona respiratória.
Escolha do Fármaco
tratamento no hospital. Depende se UTI ou enfermaria.
enfermaria. Cefalosporina de 3ª geração OU ampicilina/sulbactam + macrolídeo; OU quinolona em monoterapia. Se for excluída legionella (antígeno urinário negativo), podemos usar apenas cefalosporina ou amoxicilina/clavulanato.
UTI. Sempre associação: cefalosporina de 3ª geração ou ampicilina/sulbactam + macrolídeo OU cefalosporina de 3ª geração + quinolona respiratória
Tempo de Tratamento
ambulatorial. 3-7 dias, dependendo do fármaco – azitromicina pode ser considerada por 3 dias; os demais por 5-7.
hospitalar. Em geral 7 dias; pode ser prolongada conforme evolução.
Derrame Parapneumônico
derrame que acompanha a pneumonia.
Classicamente é um exsudato com predomínio de neutrófilos, e ADA elevada…mas isso é meio irrelevante….importante é que se houver DERRAME +PNEUMONIA, temos um derrame parapneumônico….e aí, as perguntas são: quando realizar toracocentese? quando drenar? quando abordar a pleura cirurgicamente?
Quando realizar a toracocentese?
Sempre que o derrame for significativo (>10mm na radiografia em decúbito lateral), OU se houver loculações.
quando drenar?
Sempre que houver germe OU indícios de inflamação exuberante (glico
quando abordar a pleura cirurgicamente?
Se não melhorar com dreno OU se houver múltiplas lojas
Atenção: Alguns grupos usam a ultrassonografia como abordagem inicial: se houver septações é feita drenagemou cirurgia; se não houver, fazem toracocentese e retiram o máximo de volume de líquido (geralmente até 1,5L); seo esvaziamento não resolver, considerar drenagem/abordagem cirúrgica.