PRE 2 (1) Flashcards
(40 cards)
Como podem ser divididos os estudos epidemiológicos quanto aos investigados?
.Agregado: população
- avalia a média dos indivíduos
- os indivíduos não participam do estudo (realizando exames, respondendo questionários, etc.), ao invés disso o pesquisador coleta dados da população
.Individuado
-avalia a resposta de cada indivíduo
Como podem ser divididos os estudos epidemiológicos quanto ao investigador?
.Observação
.Intervenção (ensaio)
Como podem ser divididos os estudos epidemiológicos quanto ao tempo?
.Transversal/seccional/prevalência:
- foto
- fator e doença analisados ao mesmo tempo
.Longitudinal:
-filme
Qual o estudo epidemiológico?
Agregado
Observação
Transversal
Ecológico
Qual o estudo epidemiológico?
Agregado
Observação
Longitudinal
Série temporal
Qual o estudo epidemiológico?
Agregado
Intervenção
Longitudinal
Ensaio comunitário/populacional
Qual o estudo epidemiológico?
Individuado
Observação
Transversal
Inquérito
Qual o estudo epidemiológico?
Individuado
Observação
Longitudinal
Coorte (daqui pra frente) Caso controle (daqui pra trás)
Qual o estudo epidemiológico?
Individuado
Intervenção
Longitudinal
Ensaio clínico
Qual a utilidade do estudo ecológico?
Por ser transversal, ele é de fácil realização, rápido e barato, mas não permite confirmar com certeza a relação de causa-efeito (problema da falácia ecológica). Sua maior utilidade é gerar suspeitas para relações encontradas
.Falácia ecológica: não podemos atribuir a um indivíduo um resultado de dados de aglomerados (comunidade). Por exemplo, um estudo ecológico encontrou taxa de suicídio de 4 a cada 1000 pessoas. Se pegarmos 10000 pessoas e tivermos 30 suicídios, não podemos afirmar que mais 10 suicidarão…
Quais as características da coorte?
.Daqui pra frente (prospectivo)
.Fator de risco»_space;» doença
.Desvantagem: mais difícil, mais vulnerável a perdas, ruim para doenças raras ou com longo período de incubação
Quais as características do caso-controle?
.Daqui pra trás (longitudinal retrospectivo)
.Doença»_space;> fatores de risco
.Melhor utilidade para doenças raras ou de longo período de incubação
.Desvantagem: depende da correta informação em prontuários, não define com exatidão os fatores de risco, ruim para fator de risco raro
O que é uma variável dependente e uma variável independente? O que isto tem a ver com o viés de confusão?
.Variável independente: fator de risco
.Variável dependente: doença (depende do FR)
.Viés de confusão: há uma outra variável, que está associada à variável independente (FR) e que também é FR para a variável dependente (desfecho)
ex: estudo avaliando HAS x DCV. Na amostra, há muitos obesos. Esse é um viés de confusão, pois também é FR para DCV.
O que é o efeito Hawthorne do ensaio clínico?
.Mudança comportamental: só pelo fato de estar participando do ensaio, os pacientes mudam o próprio comportamento (melhora alimentação, fuma menos, etc.), assim melhora os exames e parece que a droga é melhor do que realmente é
O que é o efeito placebo do ensaio clínico?
.Paciente se sente melhor só por estar no ensaio, por isso a importância do grupo controle
O que é o erro de seleção do ensaio clínico?
.Enviesamento da amostra: alocação dos pacientes mais graves no grupo convencional e os menos graves no grupo do tratamento
.Importância da randomização e análise por intenção de tratamento
-randomização: grupos mais homogêneos
-análise por intenção de tratamento: durante um estudo, há 200 casos e 200 controles. Durante o estudo, vários saem do estudo, outros morrem, outros emigram, etc. Assim, perde-se a proporção programada inicialmente, o que é um viés de seleção (sobraram 150 casos e 100 controles). A análise por intenção de tratamento é sobre computar todos os pacientes: se saíram do estudo, se ele tiver curado da doença, compute isso, se não, compute aquilo. Antes de morrer, se ele tiver curado da doença, compute isso, se não compute aquilo, etc.
O que é o enviesamento da intervenção no ensaio clínico?
.Paciente e/ou médico sabem qual é droga e qual é placebo
.Importância do mascarado
-aberto: às vezes não tem como (cirurgia vs droga)
-simples-cego (paciente)
-duplo-cego (paciente e médico)
-triplo-cego (paciente, médico, radiologista, etc.)
Quais as fases de um ensaio clínico para liberação de medicação?
Fase pré-clinica: avaliar segurança em animais
- SEGURANÇA: aplicação em indivíduos saudáveis para avaliar vias de administração, doses, segurança, interações
- SEGURANÇA + EFICÁCIA: aplicação em indivíduos com a doença para avaliar a segurança e eficácia
- GRANDES ESTUDOS: aplicação em larga escala e comparação com grupo controle para avaliar a segurança e eficácia da nova droga
- COMERCIALIZAÇÃO + EFICIÊNCIA: liberação no mercado, monitoramento dos efeitos adversos, avaliar custo-benefício
Qual a medida de associação do caso-contROle?
.Odds-ratio: estimativa do risco de contrair a doença na presença de tal fator
OR = ad/bc
O que é o viés de memória do caso-controle?
.SUPERestima o OR
Indivíduos doentes (A) lembram melhor da exposição ao fator em estudo do que os indivíduos não doentes (B). Logo, há um maior número em A (o que é o certo) mas um menor número em B (errado, porque na realidade é só que indivíduos colocados em D esqueceram que foram expostos), assim o OR fica supervalorizado
O que é o viés de seleção do caso-controle?
.SUBestima o OR
é o contrário do viés de memória: seleciona-se no estudo uma população controle que tem uma doença semelhante à doença em estudo. Dessa forma, o grupo controle relembra mais da exposição ao fator estudado, aumentando o valor de B e, assim, reduzindo o OR
Qual a medida de associação da cooRRte?
.Risco relativo (RR)
-incidência da doença no exposto: a/a+b
-incidência da doença no não-exposto: c/c+d
RR = IE/INE
Qual a medida de associação do ensaio clínico?
.Risco relativo (RR)
-incidência de adoecimento na droga: a/a+b
-incidência de adoecimento no controle: c/c+d
RR = ID/IC
<1: reduz o risco
>1: aumenta o risco
O que significam essas medidas do ensaio clínico:
a) Redução do risco relativo (RR)
b) Redução absoluta do risco (RAR)
c) NNT
d) Custo-benefício
a) Redução do risco relativo (RRR): o quanto % de redução do risco foi alcançado com a intervenção
RRR = 1 - RR
b) Redução absoluta do risco (RAR): valor bruto de redução do risco com a intervenção
RAR = IC - ID
c) NNT: quantos preciso intervir para ter o benefício
NNT = 1/RAR
d) Custo-benefício: quanto preciso gastar para ter o benefício
Cb = NNT x custo