Princípios do Processo Penal Flashcards

1
Q

A dignidade da pessoa humana, como princípio norteador do direito, irradia no direito penal e processual penal tanto no sentido de garantir ao acusado de praticar um crime e ao condenado pela prática de um crime o exercício de seus direitos constitucionais quanto no sentido de proteger, com criminalizações, bens jurídicos essenciais para a vida digna de todos.

A

Correto.

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2
Q

O princípio da presunção de inocência não passa de um desdobramento lógico e adequado ao respeito pela dignidade da pessoa humana, não se devendo considerar culpado alguém ainda não definitivamente julgado.

A

Correto.

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3
Q

Explique os dois aspectos (material e processual) do devido processo legal?

A

É possível apontar dois aspectos no princípio do devido processo legal, um material (penal) e outro procedimental (processual). O primeiro guarda relação com o princípio da legalidade (“não há crime sem lei anterior”) e seus corolários e o segundo com a garantia de um espectro de direitos fundamentais para que o Estado apure e constate a culpa de alguém.

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4
Q

Cite dois princípios que podem ser apontados como derivados diretamente do princípio da presunção de inocência.

A

O princípio da presunção de inocência se desdobra em dois princípios, quais sejam, o princípio da prevalência do interesse do réu (in dubio pro reo ou favor rei) e o princípio da imunidade à autoacusação (nemo tenetur se detegere).

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5
Q

O princípio da imunidade à autoacusação (nemo tenetur se detegere) tem previsão expressa na CF88.

A

Errado. Essa princípio é tido como decorrência lógica do princípio da presunção de inocência, esse sim com previsão expressa na CF88. Não obstante, o nemo tenetur se detegere está expressamente previsto no art. 8º do Pacto San José da Costa Rica, que foi incorporado no direito brasileiro com estatuto constitucional.

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6
Q

A possibilidade de revisão criminal em favor do réu é uma decorrência do princípio da ampla defesa.

A

Correto.

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7
Q

Ampla defesa e plenitude de defesa são duas formas diferentes de se referir a um mesmo conceito.

A

Errado. Enquanto aos réus em processos criminais comuns assegura-se a ampla defesa, aos acusados e julgados pelo Tribunal do Júri garante-se a plenitude de defesa. Amplo quer dizer vasto, largo, muito grande, rico, abundante, copioso; pleno significa repleto, completo, absoluto, cabal, perfeito. O segundo é, evidentemente, mais forte que o primeiro.

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8
Q

De que maneira o princípio da paridade das armas se relaciona com a exigência do contraditório?

A

O contraditório só será efetivo se existir paridade de armas entre o órgão de acusação e a defesa. Portanto, pode-se argumentar que a paridade de armas é uma condição do exercício efetivo do contraditório.

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9
Q

A mera criação de Vara especializada, com o deslocamento de processo para ela, não faz nascer nenhuma espécie de parcialidade, até pelo fato de ser medida genérica e válida para todos os casos relativos à mesma matéria. Desse modo, não caracteriza afronta ao princípio do juiz natural.

A

Correto.

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10
Q

O princípio do juiz imparcial tem o mesmo conteúdo do princípio do juiz natural.

A

Errado. Esses princípios, conquanto relacionados, são distintos. A garantia do juiz natural consiste no direito de o réu ser julgado por órgão jurisdicional previamente estabelecido em lei e competente para julgar sua casa; a garantia do juiz imparcial, por sua vez, consiste no direito de o réu a ser julgado por juiz sobre o qual não recaia causa de suspeição e/ou impedimento.

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11
Q

O princípio do juiz imparcial está previsto de forma implícita na CF88 e de forma explícita no Pacto de San José da Costa Rica, incorporado ao direito brasileiro com estatuto constitucional.

A

Correto

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12
Q

Provas ilegais são aquelas obtidas com violação do direito material, ao passo que provas ilegítimas são aquelas obtidas com violação do direito processual. Ambas são igualmente inadmissíveis e espécies do gênero provas ilícitas.

A

Correto

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13
Q

A vedação das provas ilícitas tem caráter absoluto.

A

Errado. Existem situações em que essa vedação cede lugar a outros valores, como é o caso do uso de prova ilícita para demonstrar a inocência de alguém.

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14
Q

Embora não expresso na CF88, parte da doutrina sustenta que o princípio da duração razoável da prisão cautelar tem previsão implícita na Constituição, como consequência da conjugação do princípio da razoabilidade com o princípio da duração razoável do processo.

A

Correto

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15
Q

A soberania dos vereditos, princípio do Tribunal do Júri, é incompatível com o duplo grau de jurisdição, uma vez que o Tribunal não pode desconstituir a decisão tomada pelo corpo de jurados, que funciona num único grau de jurisdição.

A

Errado. A soberania dos vereditos é incompatível apenas com a reforma do mérito da decisão pelo Tribunal que julgará o recurso. Esse Tribunal, porém, pode anular a decisão recorrida e ordenar a realização de um novo julgamento pelo Júri, que enfrentará novamente o mérito.

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16
Q

Eventual revisão criminal que tenha como objeto decisão condenatória do Tribunal do Júri deve ser realizada pelo juiz togado.

A

Errado. O processo deve ser encaminhado para novo julgamento pelo Tribunal popular.

17
Q

O princípio da verdade real (ou material), aplicável ao processo penal, concede ao juiz ao juiz a faculdade de buscar ativamente provas para firmar sua convicção.

A

Correta. Embora o princípio da verdade real seja alvo de críticas da doutrina mais moderna, especialmente por atentar contra o sistema acusatório, o conteúdo desse princípio está bem descrito na assertiva. A busca da verdade real permite ao juiz uma maior liberdade na instrução probatória em oposição ao que ocorre no processo civil, onde o juiz, ante a discussão de direitos geralmente disponíveis, deve manter uma posição de inércia no tocante a produção de provas.

18
Q

Considerando as discussões no campo da teoria geral do processo, diferencie verdade e realidade e, à luz dessa diferenciação, demonstre a diferença entre verdade real (ou material) e verdade formal (ou processual).

A

A verdade é uma visada ideológica (relativa) da realidade. Nesse sentido, pode-se dizer que existem verdades que se aproximam mais da realidade do que outras. Essa é a chave para distinguir verdade real de verdade formal na teoria geral do processo. Na primeira, a verdade é aquilo que consta nos autos e ela basta para que o juiz profira uma sentença (se o que foi alegado não é contestado, presume-se verdadeiro); na segunda, a verdade não se contenta com o que figura nos autos, tanto que o juiz, para firmar seu convencimento, pode demandar a produção de provas sem provocação das partes e não é possível proferir decisões esteadas em alegações que não puderam ser contestadas (exigência de defesa técnica).

19
Q

Qual é o conteúdo do princípio da imediatidade física do juiz.

A

Significa que o juiz que presidiu a audiência de instrução e debates, tendo contato direto com as provas e os debates orais, deve ser o mesmo que proferirá a decisão.

20
Q

A prova, ainda que produzida por iniciativa de uma das partes, pertence ao processo e pode ser utilizada por todos os participantes da relação processual, destinando-se a apurar a verdade dos fatos alegados e contribuindo para o correto deslinde da causa pelo juiz. Nessa linha de ideias, uma prova oriunda do depoimento de uma testemunha de acusação pode ser utilizada pela defesa e vice-versa. A qual princípio do direito processual penal a assertiva em questão refere-se?

A

Princípio da comunhão das provas.