Recurso Flashcards

(26 cards)

1
Q

Introdução aos estudos da Neurociência Cognitiva e Afetiva.

Pergunta:

Explique a relação entre a psicologia cognitiva e a neurociência, abordando a necessidade de uma para a outra.

A

Resposta:
A psicologia cognitiva é fundamental para a neurociência, pois estuda processos mentais superiores como pensar, perceber, imaginar e planejar, fornecendo modelos teóricos que ajudam a interpretar as atividades cerebrais observadas.

Por outro lado, a neurociência oferece ferramentas e metodologias, como técnicas de neuroimagem, que permitem explorar as bases neurobiológicas desses processos, dando suporte empírico às teorias psicológicas.

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2
Q

Processos percetivos – O cérebro visual

Pergunta:
Descreva o papel do córtex visual primário (V1) e explique o conceito de cegueira cortical.

A

O córtex visual primário (V1) é responsável por extrair informações básicas da cena visual, como bordas e orientações, organizando-as num mapa retinotópico.

A cegueira cortical ocorre devido a danos no V1, resultando na incapacidade de perceber conscientemente objetos, embora aspectos inconscientes da visão possam ser mantidos devido a outras vias visuais.

Essas vias permitem respostas inconscientes a estímulos visuais, um fenômeno conhecido como blindsight. Pacientes com blindsight não têm consciência da visão, mas podem identificar inconscientemente direção de movimentos ou localizar objetos em seu campo visual “cego”.

Esse fenômeno demonstra que o V1 é essencial para a visão consciente, mas não é a única rota pelo qual o cérebro processa informações visuais. O entendimento desses mecanismos tem implicações práticas no diagnóstico e reabilitação de pacientes com danos visuais.

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3
Q

Sistema nervoso, cognição, emoção e comportamento.

Pergunta: Explique a Teoria de Geração de Emoções de LeDoux, destacando as diferenças entre a via rápida e a via lenta, seus correlatos neuroanatômicos e como essa teoria contribui para o entendimento da relação entre emoção e cognição no comportamento humano.

A

A teoria de LeDoux identifica duas vias principais para a geração de emoções, com base na integração entre sistemas emocionais e cognitivos:

Via rápida:

É uma rota subcortical, envolvendo diretamente o tálamo sensorial e a amígdala.

Permite respostas emocionais imediatas e automáticas a estímulos ameaçadores antes que a informação seja processada conscientemente.

Por exemplo, ao ver algo que parece uma cobra, essa via ativa reações de luta ou fuga rapidamente, mesmo antes de confirmar se o objeto é realmente perigoso.

Essa resposta rápida é adaptativa em situações de perigo iminente, mas pode levar a falsas alarmes.

Via lenta:

É uma rota cortical que envolve o tálamo, o córtex sensorial e o córtex pré-frontal, além da amígdala.

Permite uma análise cognitiva mais detalhada e consciente do estímulo antes de desencadear uma resposta emocional.
Continuando o exemplo da cobra, essa via analisa as características do objeto para determinar se realmente é perigoso ou se é apenas um galho.

Contribuição para a relação entre emoção e cognição:

Essa teoria evidencia a integração entre processos emocionais e cognitivos no cérebro humano.

A via rápida demonstra como as emoções podem ocorrer de forma automática e instintiva, enquanto a via lenta destaca o papel da cognição na regulação e interpretação emocional.

Neuroanatomicamente, as conexões entre o córtex pré-frontal e a amígdala mostram como a cognição pode inibir ou intensificar respostas emocionais, dependendo do contexto.

Essa compreensão é essencial para entender transtornos emocionais, como ansiedade e fobias, onde respostas emocionais rápidas e desreguladas predominam, e para desenvolver intervenções que promovam a regulação emocional, como terapias focadas na reestruturação cognitiva.

A teoria de LeDoux, portanto, não apenas clarifica os mecanismos neurais das emoções, mas também demonstra como esses mecanismos influenciam o comportamento humano em situações cotidianas e em condições patológicas.

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4
Q

Cognição social e comportamento social

Qual é o papel da Teoria da Mente na cognição social?

A

Resposta:

  1. A Teoria da Mente é a capacidade de entender e prever os estados mentais de outros indivíduos, como intenções e crenças. Essa habilidade é fundamental para interações sociais bem-sucedidas, promovendo empatia e compreensão.
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5
Q

Processos cognitivos e afetivos na resposta sexual

  1. Compare os modelos de resposta sexual humana de Masters & Johnson, Kaplan e Janssen.

1.1 Discuta como fatores cognitivos e emocionais interagem na resposta sexual humana, com base nos modelos de Kaplan e Janssen. Analise as implicações dessas interações em intervenções clínicas.

A

O modelo de Masters & Johnson descreve quatro fases lineares da resposta sexual : excitação, platô, orgasmo e resolução.

Kaplan acrescenta o desejo como uma fase inicial, seguido pela fase da exictação e por fim o orgasmo.

Já Janssen et al. Propõe um modelo de processamento da resposta sexual arousal subjetivo. Ou seja, a resposta sexual esta associada desde a fatores neurobiologico que condicionam uma determinada resposta sexual.

Esta interação, entre estimulo e resposta sexual é feita internamente entre a amigdala, insula, hipocampo e neocortex e cortex pré frontal e giro cingulado anterior.

Projetando o tal (estimulo) que é a resposta sexual, á processos automaticos (memoria implicita) para processos concientes (memoria explicita).
Esta interação, entre estimulo, memorias, favorece uma amplificação atencional para a resposta sexual. Neste caso, o autor chama de aerosal subjetivo que foi causado pelo arousal fisiologico genital.

Resposta: 1.1:

O modelo de Kaplan enfatiza o desejo como um precursor essencial da resposta sexual, enquanto Janssen foca na influência do equilíbrio entre excitação e inibição sexual.

Fatores emocionais, como ansiedade, podem prejudicar o desejo, enquanto crenças disfuncionais afetam a regulação inibitória.

Clinicamente, essas interações destacam a necessidade de abordar tanto os aspectos psicológicos quanto biológicos nas disfunções sexuais.

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6
Q

Relação entre Neurociência Cognitiva e Neuropsicologia Clínica

Pergunta:
Explique como a neurociência afetiva contribui para a compreensão de transtornos emocionais, como ansiedade e depressão, detalhando os sistemas afetivos descritos por Panksepp.

Analise os correlatos neuroanatômicos e os moduladores neuroquímicos envolvidos nesses sistemas, e discuta suas implicações para a prática clínica na neuropsicologia.

A

A neurociência afetiva, conforme descrita por Panksepp, identifica sete sistemas afetivos neurobiológicos primários que moldam as emoções humanas. Entre eles, os sistemas FEAR e GRIEF são particularmente relevantes para transtornos emocionais como ansiedade e depressão.

Sistema FEAR (medo/ansiedade):

Neuroanatomia: Está associado à amígdala, ao hipotálamo medial e ao cinza periaquedutal (PAG).
Neuroquímica: Envolve neurotransmissores como o glutamato (+), o CRF (hormônio liberador de corticotropina) e a colecistoquinina (CCK), que promovem respostas de luta ou fuga. A oxitocina (-) pode atenuar essas respostas.

Conexão clínica:
Na ansiedade, ocorre hiperatividade da amígdala, levando a respostas desproporcionais a estímulos neutros ou moderados. Essa disfunção explica sintomas como hipervigilância e evitação.
Sistema GRIEF (tristeza/aflição):

Neuroanatomia:
Inclui o córtex cingulado anterior, o tálamo dorsomedial e o PAG.
Neuroquímica: Envolve o glutamato (+), CRF (+) e opióides endógenos (−), que regulam sensações de dor emocional e perda. A prolactina e a oxitocina também desempenham papéis moduladores.
Conexão clínica: Na depressão, alterações nesse sistema levam a sentimentos de isolamento, abandono e anedonia, associados a uma redução na atividade de neurotransmissores como os opióides endógenos.

Implicações clínicas:
A compreensão desses sistemas oferece bases para intervenções específicas. Por exemplo, o manejo da ansiedade pode envolver técnicas para reduzir a hiperatividade da amígdala (como terapias de exposição ou medicações ansiolíticas). Na depressão, o foco pode estar na modulação dos sistemas GRIEF, utilizando estratégias farmacológicas, como antidepressivos que aumentam a disponibilidade de serotonina e dopamina, ou terapias comportamentais que estimulam a reintegração social.

Assim, a neurociência afetiva fornece um modelo integrado que conecta emoção, cognição e comportamento, permitindo abordagens terapêuticas direcionadas e baseadas nos correlatos biológicos subjacentes.

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7
Q

Como as funções do lobo parietal direito explicam a negligência visual e a assimetria hemisférica na atenção espacial?

A

Resposta:

Negligência visual é uma condição neurológica na qual o paciente não consegue atender ou processar estímulos visuais em um lado do campo visual, geralmente o lado oposto à lesão cerebral.
Essa condição é mais comum após lesões no hemisfério direito, resultando em negligência do campo visual esquerdo. As lesões típicas ocorrem no lobo parietal direito, particularmente na junção parietotemporal, que é crucial para a atenção espacial

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8
Q

Quais mecanismos e estruturas tornam possível a transdução e o processamento auditivo, e qual é o papel central da cóclea nesse sistema?

A

Resposta:
As estruturas responsáveis pela audição incluem:

Ouvido externo: capta e direciona as ondas sonoras para o canal auditivo.
Ouvido médio: contém os ossículos (martelo, bigorna e estribo) que amplificam as vibrações sonoras e as transmitem para a cóclea.
Ouvido interno: onde está localizada a cóclea, um tubo ósseo em espiral cheio de líquido e dividido por membranas.
Processamento do som:

As ondas sonoras chegam ao canal auditivo e vibram o tímpano.
Essas vibrações são transmitidas pelos ossículos até a janela oval da cóclea.
O movimento do líquido dentro da cóclea faz vibrar a membrana basilar, ativando células ciliadas no órgão de Corti, que convertem essas vibrações em sinais neurais.
Esses sinais são enviados ao cérebro pelo nervo auditivo, passando pelo núcleo geniculado medial até o córtex auditivo primário no lobo temporal​

Cóclea:

É a estrutura auditiva do ouvido interno responsável por converter as vibrações mecânicas em impulsos neurais. Sua organização tonotópica permite processar diferentes frequências sonoras, com regiões específicas reagindo a diferentes tons

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9
Q

De que forma o blindsight ilustra a dualidade entre percepção visual consciente e inconsciente, e qual é o papel das vias subcorticais nesse fenômeno?

A

Resposta:

Blindsight é um fenômeno observado em pacientes com lesões no córtex visual primário (área V1), onde eles relatam cegueira em partes específicas do campo visual, mas ainda conseguem responder a estímulos visuais de forma inconsciente.
Isso ocorre porque, embora a via geniculo-estriada (que passa pelo córtex visual primário e é responsável pela visão consciente) esteja comprometida, outras vias visuais subcorticais, como a que conecta a retina ao colículo superior, permanecem funcionais.

Essas vias permitem a detecção inconsciente de características visuais, como movimento e orientação, sem que o paciente tenha consciência visual desses estímulos​

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10
Q

Quais são as principais críticas relação aos modelos clássicos de resposta sexual de Masters & Johnson e Kaplan?

a) Os modelos clássicos falham em incluir a diversidade cultural e social da experiência sexual e dependem excessivamente de fatores psicológicos subjetivos, desconsiderando a importância dos aspectos fisiológicos.

b) Os modelos clássicos são amplamente aceitos devido à sua universalidade e precisão, considerando adequadamente tanto os fatores fisiológicos quanto psicológicos da resposta sexual.

c) Os modelos clássicos são criticados pela artificialidade das fases de resposta sexual e pela dependência excessiva de fatores fisiológicos, negligenciando os componentes psicológicos e subjetivos da experiência sexual.

d) As críticas se concentram apenas na falta de um modelo fisiológico universal, sem levar em conta a influência de emoções e cognições no comportamento sexual.

A

Resposta: C

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11
Q

Quais são as duas formas de empatia e como cada uma contribui para o comportamento social adaptativo e o desenvolvimento moral?

A

As duas formas de empatia são:

Empatia cognitiva:
A capacidade de compreender as perspetivas e sentimentos dos outros, ou seja, entender o que o outro está pensando ou sentindo.

Empatia afetiva:
A capacidade de sentir as emoções dos outros, compartilhando seus sentimentos.
Ambas são essenciais para o comportamento social adaptativo, pois ajudam a pessoa a se conectar com os outros de maneira apropriada.

A empatia cognitiva facilita a compreensão das intenções e desejos dos outros, enquanto a empatia afetiva permite uma conexão emocional profunda, sendo ambas fundamentais para o desenvolvimento moral e social.

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11
Q
A
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12
Q
A
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13
Q

Como o Arousal Subjetivo e o Arousal Fisiológico interagem no contexto das respostas emocionais e sexuais, e qual é sua relevância para a neurociência afetiva?

A

Resposta:
O Arousal Subjetivo e o Arousal Fisiológico são dois componentes interdependentes das respostas emocionais e sexuais:

Arousal Subjetivo: Representa a experiência consciente da excitação sexual, incluindo sensações psicológicas e emocionais associadas ao estímulo.
Arousal Fisiológico: Refere-se a mudanças fisiológicas mensuráveis, como aumento da frequência cardíaca, fluxo sanguíneo genital e alterações hormonais.
Na neurociência afetiva, esses dois aspectos estão conectados aos sistemas neurobiológicos como o SEEKING e o LUST. O sistema SEEKING modula a motivação para explorar estímulos recompensadores, enquanto o sistema LUST governa respostas específicas associadas à sexualidade e à reprodução.

Relevância:
Compreender essa interação é essencial para investigar condições clínicas, como disfunções sexuais ou transtornos emocionais, que podem envolver uma dissociação entre o que é percebido subjetivamente e o que ocorre fisiologicamente. Por exemplo, uma resposta fisiológica pode não ser acompanhada por excitação subjetiva devido a fatores cognitivos ou emocionais. Estudos com medidas subjetivas e objetivas ajudam a esclarecer essas dinâmicas

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14
Q

De que maneira o Modelo Psicobiológico de Temperamento e Caráter explica a influência das interações gene-ambiente no desenvolvimento de traços de personalidade adaptativos?

A

Resposta:

O Modelo Psicobiológico de Temperamento e Caráter (Kedia & Cloninger, 2013) aborda a interação entre fatores biológicos e socioculturais no desenvolvimento da personalidade ao longo da vida:

Temperamento: Determinado por sistemas cerebrais e substratos neurais que influenciam traços básicos, como níveis de busca por novidades (SEEKING) ou resposta ao estresse (FEAR). Esses traços são estáveis e têm forte componente genético.

Caráter: Moldado pelo aprendizado sociocultural e pela interação com o ambiente. O caráter amadurece em etapas progressivas, refletindo adaptações a experiências de vida e pressões ambientais.

Processos Evolutivos:

A evolução selecionou mecanismos neurobiológicos e epigenéticos que permitem ajustes adaptativos às condições ambientais. Por exemplo, a interação entre sistemas como CARE e RAGE influencia tanto comportamentos de cuidado parental quanto a capacidade de competir por recursos.

Exemplo prático: Crianças criadas em ambientes de suporte emocional tendem a desenvolver maior resiliência emocional, demonstrando como o ambiente regula a expressão de traços temperamentais.

Conclusão:
O modelo revela que traços de personalidade são produtos de uma interação complexa entre genética e experiência, enfatizando a flexibilidade adaptativa do ser humano frente a desafios ambientais

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15
Q

Como as teorias de James-Lange, Cannon-Bard e Appraisal diferem em sua abordagem sobre a geração das emoções, e de que forma essas diferenças se conectam aos sistemas subcorticais descritos na neurociência afetiva?

A

Resposta:
Cada teoria oferece uma perspectiva única sobre o papel da fisiologia, percepção e cognição na geração das emoções:

James-Lange: Emoções surgem como uma interpretação de mudanças fisiológicas causadas por estímulos ambientais. Por exemplo, sentir medo porque o corpo apresenta taquicardia.

Cannon-Bard: Emoções e respostas fisiológicas ocorrem simultaneamente e independentemente. A percepção de um estímulo desencadeia uma resposta cerebral que ativa tanto a experiência emocional quanto as mudanças corporais.

Teoria de Appraisal: As emoções resultam de avaliações cognitivas do estímulo. A forma como interpretamos uma situação (ameaça ou oportunidade) determina a emoção gerada.

Conexão com Sistemas Subcorticais:
Na neurociência afetiva, essas teorias se relacionam com sistemas como FEAR e RAGE. Por exemplo:

A teoria de James-Lange pode ser conectada à ativação de respostas automáticas mediadas pela amígdala e pelo hipotálamo.

A teoria de Cannon-Bard enfatiza a simultaneidade do processamento no tálamo e em estruturas subcorticais, como o PAG (periaqueduto cinzento).

A teoria de Appraisal se alinha ao envolvimento do córtex pré-frontal na interpretação e regulação das respostas emocionais.

Conclusão:
Essas teorias oferecem diferentes perspectivas sobre como o cérebro integra informações fisiológicas e cognitivas para gerar emoções, destacando a interação entre sistemas subcorticais e corticais​

16
Q

Qual das ciências pretende explicar os processos cognitivos em termos de mecanismos cerebrais?

A- Neuropsicologia Cognitiva

B- Neurociencia Cognitiva

C- Psicologia Cognitiva

D- Cognição Social

17
Q

Qual das teorias representa a crença de que os conceitos psicológicos acabariam por ser substituídos por conceitos neurocientíficos?

A- Teoria do Duplo aspeto

B- Dualismo

C- Reducionismo

D- Nenhuma da anteriores

A

Resposta:

D-) Reducionismo.
Justificativa: O reducionismo é a ideia de que conceitos complexos podem ser explicados por conceitos mais básicos, ou seja, conceitos psicológicos seriam substituídos por explicações neurocientíficas

18
Q

Qual das seguintes técnicas de neurociência se caracteriza por uma maior resolução temporal?

A- Ressonancia Magnetica Funcional

B- EEG

C- Tomografia

D- Estudo de lesões

A

Resposta:
B) Eletroencefalografia (EEG).
Justificativa: O EEG mede a atividade elétrica do cérebro e possui alta resolução temporal, capturando mudanças em milissegundos.

19
Q

Qual dos seguintes fenômenos diz respeito à capacidade de atender a um único fluxo auditivo na presença de fluxos concorrentes?

A- Cocketl Party

B- Deslocamento Doppler

C- Função de Transferencia Relacionada com a cabeça (HRTF)

D- Timbre

A

Resposta:

A) Cocktail Party.
Justificativa: O efeito “Cocktail Party” refere-se à capacidade de focar em um estímulo auditivo específico em meio a uma multidão de sons.

20
Q

Posner (1980) sugeriu que, mesmo na ausência de movimentos oculares, o “holofote atencional” pode mudar para um local diferente do espaço visual. Esta observação foi interpretada como uma evidência de:

A- Atenção Dividida

B- Atenção Aberta

C- Atenção Coberta

D- Vies de Atenção

A

Resposta:

C) Atenção Coberta.

Atenção encoberta (ou “atenção oculta”) se refere à capacidade de mudar o foco da atenção para uma nova localização no espaço visual sem fazer qualquer movimento ocular ou de cabeça. Esse conceito foi descrito por Posner (1980), que usou o termo “holofote atencional” para sugerir que a atenção pode se deslocar para diferentes partes do campo visual independentemente dos movimentos oculares.

21
Q

Num cérebro não lesionado existe uma tendência natural para atender mais a estímulos apresentados no lado esquerdo do espaço. Que termo é usado para descrever esse fenômeno?

A- Pseudo- Negligencia

B- Cegeurira por inatenção

C- Hermianopsia

D- Inibição do retorno

A

Justificativa:

Pseudo-negligência é um termo utilizado para descrever um fenômeno em que uma pessoa, mesmo sem lesões cerebrais, apresenta uma tendência a prestar mais atenção ao lado direito do espaço e ignorar o lado esquerdo, ou seja, tem uma preferência atencional pelo lado direito do campo visual.

Essa distorção atencional não é causada por uma lesão cerebral, mas ocorre devido a uma tendência natural ou uma predisposição do cérebro não lesionado, que, em média, direciona mais atenção para o lado direito do espaço visual (dominante no processamento visual, especialmente em pessoas destras).

Portanto, o fenômeno da pseudo-negligência é uma forma leve de preferência atencional sem lesões, onde a atenção é focada mais no lado direito e não na totalidade do campo visual, levando à “negligência” do lado esquerdo.

22
Q

Quais das seguintes são características de um sistema de memória a curto prazo? (A) capacidade limitada (B) armazenamento de informações sobre eventos durante um dia ou mais?

A- Apenas (A)

B- Apenas (B)

C- Tanto (A) como (B)

D- Nem (A) nem (B)

A

Resposta:
A) Apenas (A).

Justificativa:
A memória de curto prazo é caracterizada por uma capacidade limitada, enquanto o armazenamento de eventos por um dia ou mais é uma característica da memória de longo prazo.

23
Q

Saber que Madrid é a capital da Espanha é um exemplo de que tipo de memória?

A- Memoria Semantica

B- Memoria Episodica

C- Memoria procedimental

D- Memoria não declarativa

A

Resposta:
A) Memória semântica.

Justificativa: A memória semântica envolve o conhecimento geral sobre o mundo, como fatos e conceitos, incluindo capitais de países

24
Como lesões no hipocampo e no córtex pré-frontal afetam a memória declarativa e não declarativa, além dos processos de codificação, armazenamento e recuperação?
Resposta: Lesões no hipocampo: Memória declarativa: Prejudicam a codificação e consolidação de memórias episódicas, como demonstrado no caso H.M. Memória não declarativa: Preservada, permitindo aprendizado de habilidades motoras. Lesões no córtex pré-frontal (CPF): Afetam a organização e recuperação estratégica de memórias, comprometendo memória de trabalho e prospectiva, essenciais para planejamento e tarefas diárias. Impactos gerais: Codificação: Hipocampo afeta o registro consciente; CPF prejudica a organização. Recuperação: Hipocampo impacta consolidação inicial; CPF dificulta acesso estratégico. Implicações clínicas: Lesões no hipocampo: uso de ferramentas auxiliares. Lesões no CPF: treinamento cognitivo para funções executivas.
25
Pergunta: De que maneira o caso H.M. impulsionou o desenvolvimento de abordagens clínicas e tecnológicas para compensar déficits de memória e aprimorar a reabilitação neuropsicológica?
O caso H.M. destacou a importância do hipocampo na formação de novas memórias, levando ao desenvolvimento de abordagens clínicas para compensar déficits de memória, como o uso de dispositivos auxiliares (agendas, alarmes e aplicativos digitais). Além disso, incentivou a criação de estratégias de reabilitação neuropsicológica focadas no treinamento de habilidades remanescentes, como o fortalecimento da memória implícita e procedimental, e técnicas para melhorar a autonomia em tarefas diárias. Esse caso também impulsionou avanços no uso de tecnologias, como interfaces cérebro-computador e sistemas de apoio à memória.