Teste 02 Flashcards
(16 cards)
Qual modelo explica que é mais fácil reconhecer faces familiares do que desconhecidas, principalmente devido à maior quantidade de informações estruturais disponíveis sobre as faces familiares?
A) Modelo de Bruce & Young
B) Modelo de Vachon
C) Modelo de Kaplan
Resposta: A
Verdadeiro ou falso:
O processamento holístico na identificação de faces não familiares permite reconhecer alguém familiar independentemente da posição do rosto, do uso de óculos, ou até mesmo das condições de iluminação, ou mudanças naturais do rosto devido ao envelhecimento.
Resposta:
Falso.
Justificativa:
O processamento holístico está relacionado ao Face Inversion Effect, que descreve nossa dificuldade em reconhecer rostos quando estão de cabeça para baixo. Esse efeito demonstra a importância da configuração global dos elementos faciais, algo que é prejudicado em situações como a inversão da face.
Como o sistema afetivo neurobiológico interage com o processamento top-down e bottom-up no cérebro, considerando a mediação das emoções básicas (como medo, raiva, prazer e desgosto) pelas estruturas subcorticais (como a amígdala, o hipotálamo e o núcleo accumbens) e sua influência no comportamento humano?
a) O processamento bottom-up é dominado pelas estruturas subcorticais, que detectam estímulos emocionais, enquanto o processamento top-down é responsável pela modulação desses estímulos com base nas expectativas cognitivas, influenciando o comportamento por meio de estratégias conscientes de regulação emocional.
b) O processamento top-down ocorre exclusivamente nas áreas subcorticais e é responsável por ativar as emoções básicas, enquanto o processamento bottom-up envolve a percepção sensorial consciente e não tem relação com as respostas emocionais.
c) O processamento top-down é responsável pela ativação das emoções primárias, como medo e prazer, enquanto o bottom-up modula a resposta emocional por meio de estruturas corticais, gerando reações automáticas baseadas em experiências passadas e contextos sociais.
d) O processamento bottom-up envolve a percepção de emoções primárias, enquanto o top-down é responsável por controlar e suprimir essas respostas emocionais, com ambas as formas de processamento não se influenciando diretamente entre si.
Resposta correta:
a) O processamento bottom-up é dominado pelas estruturas subcorticais, que detectam estímulos emocionais, enquanto o processamento top-down é responsável pela modulação desses estímulos com base nas expectativas cognitivas, influenciando o comportamento por meio de estratégias conscientes de regulação emocional.
Justificativa:
A interação entre o processamento top-down e bottom-up é essencial para a regulação emocional. O processamento bottom-up começa com a detecção sensorial de estímulos emocionais (como uma ameaça percebida ou uma recompensa), ativando as estruturas subcorticais (como a amígdala, que está relacionada ao medo e à raiva, ou o núcleo accumbens, que está associado ao prazer). Esse fluxo de informações é inicialmente automático e instintivo. Já o processamento top-down envolve a modulação consciente dessas respostas emocionais, com base em expectativas cognitivas ou experiências passadas, que são processadas por áreas corticais, como o córtex pré-frontal, que tem um papel importante na regulação emocional e na decisão comportamental. Dessa forma, o sistema afetivo neurobiológico se integra a ambos os processos para gerar respostas emocionais adaptativas e reguladas.
Qual é a diferença entre o Arousal Subjetivo e o Arousal Fisiológico nas medidas de respostas sexuais?
Resposta correta:
Arousal Subjetivo refere-se à percepção consciente das sensações sexuais, enquanto Arousal Fisiológico Genital está relacionado a mudanças nas respostas fisiológicas do corpo, como aumento da frequência cardíaca e alteração na lubrificação genital.
Justificativa:
O Arousal Subjetivo refere-se à percepção consciente e psicológica da excitação sexual, ou seja, como a pessoa se sente em relação ao estímulo sexual. Já o Arousal Fisiológico Genital diz respeito às mudanças fisiológicas observadas no corpo durante a excitação, como alterações na lubrificação genital ou no tônus muscular. Ambas as respostas são medidas em estudos sobre excitação sexual, mas enquanto uma é a experiência subjetiva, a outra é uma resposta fisiológica objetiva.
Como os desequilíbrios nos sistemas dopaminérgico e serotoninérgico podem influenciar o desenvolvimento de transtornos mentais, considerando as interações entre temperamento, genética e fatores ambientais?
Disfunções nos sistemas neurobiológicos, como os sistemas dopaminérgico e serotoninérgico, estão diretamente relacionadas ao temperamento, que é a base biológica das diferenças individuais na reatividade emocional e nos padrões comportamentais.
Esses sistemas regulam aspectos neurobiologicos como:
Reatividade emocional elevada (serotonina), que pode contribuir para transtornos de ansiedade e depressão.
Busca por recompensas ou impulsividade (dopamina), que está associada a transtornos como dependência e esquizofrenia.
Esses traços temperamentais podem interagir com fatores genéticos e ambientais, aumentando a vulnerabilidade a transtornos mentais.
Assim, os desequilíbrios nesses sistemas são fundamentais para entender como o temperamento influencia a predisposição a condições como depressão e esquizofrenia, ajudando a explicar por que algumas pessoas são mais suscetíveis, mesmo em contextos semelhantes.
Explique como a Psicobiologia e o Modelo Psicobiológico de Temperamento e Caráter explica a interação entre fatores genéticos, pressões ambientais e aprendizado sociocultural no desenvolvimento da personalidade ao longo da vida?
Psicobiologia:
Um ramo das neurociências que explora as interseções entre biologia e comportamento. Sendo de caracter fundamental para perceber como que a evolução moldou o nosso codigo genetico enquanto especie.
Enfatiza o impacto das estruturas genéticas nas interações e comportamentos complexos atraves da pressão ambiental
Explora as consequências da evolução humana na biologia e na expressão de variáveis psicológicas.
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Modelo Psicobiológico de Temperamento e Caráter (Kedia & Cloninger, 2013):
Considera os sistemas cerebrais como substratos neurais para traços temperamentais.
O caráter é moldado por aprendizado sociocultural e amadurece em etapas ao longo da vida.
Personalidade & Temperamento:
Personalidade é dividida, ou seja ela pode ser determinante atraves dos
sistemas biológicos, podendo ser mais estável ao longo do tempo.
Caráter:
Influenciado por interações socioculturais e adaptação progressiva.
Envolve sistemas adaptativos complexos que integram variáveis genéticas e ambientais, incluindo interações gene-gene e gene-ambiente.
Como que tudo isso se Interliga?
A interligação da genética, comportamento e psicobiologia esta associada a um nível evolutivo.
- Processos evolutivos:
A pressão seletiva moldou sistemas neurobiológicos e epigenéticos que influenciam comportamentos adaptativos, como a regulação emocional e traços de personalidade.
- Bases genéticas:
A genética oferece a infraestrutura para expressões comportamentais enquanto a epigenética ajusta essas expressões com base em pressões ambientais.
- Comportamentos complexos:
Interações gene-ambiente ajudam a explicar como traços de personalidade e temperamento se desenvolvem e evoluem para se adaptar a desafios ambientais e sociais.
Quais são as diferenças principais entre os modelos de resposta sexual propostos por Masters & Johnson, Kaplan e Janssen, e como esses modelos contribuíram para a compreensão da psicofisiologia da resposta sexual humana?
Modelo de Masters & Johnson (1966):
Diferença principal:
Propuseram um ciclo de resposta sexual composto por quatro fases: Excitação, Platô, Orgasmo e Resolução. Este modelo é puramente fisiológico e descritivo, baseado em observações de comportamento e medições fisiológicas (como mudanças no fluxo sanguíneo genital e contrações musculares).
Contribuição:
Foi pioneiro ao medir as respostas fisiológicas durante a atividade sexual, ajudando a mapear o funcionamento físico do corpo durante o sexo, e é a base para muitos estudos sobre disfunções sexuais.
Modelo de Kaplan (1979):
Diferença principal:
Introduziu uma visão psicológica e cognitiva, com três fases: Desejo, Excitação e Orgasmo. Kaplan enfatizou a importância do desejo sexual como a fase inicial e propôs que a resposta sexual não é apenas física, mas também psicológica.
Contribuição:
Expandiu o entendimento da sexualidade, incluindo o aspecto emocional e cognitivo, e destacou a importância do desejo e da excitação mental para uma resposta sexual satisfatória, influenciando a abordagem do tratamento de disfunções como a falta de desejo.
Modelo de Janssen (2004):
Diferença principal:
Propôs o modelo de duplo controle, no qual a resposta sexual é regida por dois sistemas: facilitação (excitação) e inibição. Esse modelo sugere que a sexualidade humana é influenciada tanto por fatores que facilitam a excitação quanto por fatores que a inibem, e essa interação pode explicar variações individuais na resposta sexual.
Contribuição:
Ajudou a compreender as diferenças individuais na sexualidade, explicando, por exemplo, porque algumas pessoas podem ser mais propensas a inibir ou a facilitar sua excitação sexual, influenciando o tratamento de distúrbios como disfunção erétil e baixo desejo sexual.
Resumo das contribuições para a psicofisiologia da resposta sexual humana:
Masters & Johnson:
Focaram na base fisiológica da resposta sexual, oferecendo uma estrutura de quatro fases para entender o ciclo sexual.
Kaplan: Introduziu a dimensão psicológica, abordando o papel fundamental do desejo e da excitação cognitiva no processo sexual.
Janssen:
Desenvolveu uma teoria baseada no equilíbrio entre excitação e inibição, explicando diferenças individuais na resposta sexual.
Esses modelos juntos contribuem para uma compreensão mais completa da resposta sexual, incluindo tanto os aspectos fisiológicos quanto os psicológicos e individuais.
Como as teorias de James-Lange, Cannon-Bard e Appraisal se diferenciam na explicação da geração das emoções, e como cada uma delas aborda o papel da percepção e da interpretação cognitiva no processo emocional?
Resposta:
As teorias de James-Lange, Cannon-Bard e Appraisal oferecem explicações distintas sobre como as emoções são geradas e a relação com a percepção e interpretação cognitiva:
Teoria de James-Lange sugere que as emoções são uma resposta fisiológica a estímulos ambientais. Ou seja, a percepção de um estímulo causa uma reação fisiológica (como o aumento do ritmo cardíaco), e a emoção é uma interpretação dessa reação. A percepção física é, portanto, o ponto de partida.
Teoria de Cannon-Bard, por outro lado, argumenta que a emoção e a reação fisiológica ocorrem simultaneamente, mas independentemente. Ou seja, a percepção do estímulo gera tanto uma resposta fisiológica quanto uma experiência emocional ao mesmo tempo, sem uma depender da outra.
Teoria de Appraisal (ou avaliação) foca no papel da interpretação cognitiva do estímulo. Segundo essa teoria, a emoção surge de uma avaliação cognitiva da situação. A percepção do estímulo não gera a emoção diretamente; em vez disso, a maneira como avaliamos a situação é que determina a resposta emocional.
Justificativa:
Cada uma dessas teorias destaca o papel da percepção e da interpretação cognitiva de formas diferentes. Enquanto a teoria de James-Lange enfatiza a resposta fisiológica como desencadeadora da emoção, a teoria de Cannon-Bard argumenta que emoção e fisiologia são independentes, ocorrendo simultaneamente. A teoria de Appraisal, por sua vez, coloca a avaliação cognitiva como central, sugerindo que é a forma como interpretamos um estímulo que dá origem à emoção, enfatizando a flexibilidade e a complexidade do processo emocional. Assim, as abordagens variam de acordo com a ênfase em fatores fisiológicos ou cognitivos, ou na interação entre ambos.
Como a evolução da teoria das emoções contribui para a compreensão da multidirecionalidade da experiência emocional, considerando a interação entre estados atencionais, percepção, ação, impacto cognitivo, estado fisiológico e comportamento?
Resposta:
A evolução da teoria das emoções permitiu uma visão mais abrangente e integrada da experiência emocional, considerando não apenas as respostas fisiológicas, mas também como esses processos se interligam de forma dinâmica e multidirecional. A emoção não é mais vista como uma simples reação, mas como uma experiência complexa que envolve vários componentes interativos:
Estados atencionais: As emoções capturam e direcionam a atenção para estímulos significativos, moldando como percebemos e processamos o ambiente ao nosso redor.
Percepção e ação: As emoções influenciam a forma como interpretamos situações e motivam respostas comportamentais adaptativas, como a fuga diante de um perigo.
Impacto cognitivo: As emoções afetam nossos pensamentos, decisões e julgamentos, muitas vezes influenciando a maneira como avaliamos e reagimos a estímulos externos.
Estado fisiológico: As emoções geram respostas fisiológicas no corpo, como alterações no sistema nervoso e em outros processos biológicos, que são interpretadas como parte da experiência emocional.
Comportamento: A emoção impulsiona comportamentos específicos, como ações defensivas ou de aproximação, dependendo do contexto emocional.
Justificativa: Essa visão multidirecional sugere que as emoções não são processos lineares, mas interações complexas entre diferentes níveis de processamento (cognitivo, fisiológico e comportamental), todos influenciados pela percepção e pela atenção. Com a evolução da teoria das emoções, passou-se a entender que a emoção é um fenômeno integrado e adaptativo, essencial para a sobrevivência e o bem-estar, e não apenas uma reação isolada a estímulos.
Como os sistemas afetivos neurobiológicos descrevem as emoções basicas como medo, raiva, prazer e desgosto.
Como essas emoções interagem com as estruturas subcorticais (como a amígdala, o hipotálamo e o núcleo accumbens).
Por fim, como estas emoções podem gerar respostas emocionais adaptativas.
Para si as emoções influenciam o comportamento humano no processo evolutivo e adaptativo?
Resposta:
O sistema afetivo neurobiológico envolve a interação entre estruturas subcorticais e emoções básicas (como medo, raiva, prazer e desgosto), que têm um papel essencial na regulação e adaptação ao ambiente. As estruturas subcorticais, como a amígdala (fundamental para o medo), o hipotálamo (que regula as respostas fisiológicas e comportamentais associadas a emoções como raiva e prazer) e o núcleo accumbens (associado a sistemas de recompensa e prazer), são responsáveis pela ativação dos sistemas afetivos.
Esses sistemas desempenham uma função evolutiva adaptativa, permitindo respostas rápidas e eficazes a estímulos ambientais que envolvem risco ou recompensa. Por exemplo, o sistema de medo, mediado pela amígdala, prepara o indivíduo para uma resposta de luta ou fuga diante de uma ameaça, enquanto o sistema de prazer (relacionado ao núcleo accumbens) incentiva comportamentos de aproximação e busca de recompensas, como alimentação ou socialização.
Essas emoções geradas pelos sistemas afetivos têm uma influência direta no comportamento humano. As respostas de fuga ou luta (como uma reação ao medo) e os comportamentos de aproximação (gerados por emoções como alegria e prazer) são respostas fundamentais para a sobrevivência, ajustando o comportamento do indivíduo de acordo com as exigências do ambiente. Assim, a interação entre esses sistemas afetivos e as estruturas subcorticais não só permite uma regulação emocional, mas também direciona ações comportamentais que aumentam as chances de adaptação e sobrevivência, evidenciando a função evolutiva dessas emoções.
Justificativa:
Esta questão integra os quatro fatores essenciais descritos no documento: a natureza dos sistemas afetivos e suas emoções primárias, a função das estruturas subcorticais na regulação das respostas emocionais, a função evolutiva adaptativa desses sistemas e a interação com o comportamento humano. A resposta mostra como as emoções básicas são mediadas por estruturas cerebrais subcorticais e como essas emoções influenciam diretamente o comportamento em contextos adaptativos, assegurando a sobrevivência e o bem-estar do indivíduo.
Quais são as principais críticas relação aos modelos clássicos de resposta sexual de Masters & Johnson e Kaplan?
a) Os modelos clássicos falham em incluir a diversidade cultural e social da experiência sexual e dependem excessivamente de fatores psicológicos subjetivos, desconsiderando a importância dos aspectos fisiológicos.
b) Os modelos clássicos são amplamente aceitos devido à sua universalidade e precisão, considerando adequadamente tanto os fatores fisiológicos quanto psicológicos da resposta sexual.
c) Os modelos clássicos são criticados pela artificialidade das fases de resposta sexual e pela dependência excessiva de fatores fisiológicos, negligenciando os componentes psicológicos e subjetivos da experiência sexual.
d) As críticas se concentram apenas na falta de um modelo fisiológico universal, sem levar em conta a influência de emoções e cognições no comportamento sexual
Resposta:
Resposta correta:
c) Os modelos clássicos são criticados pela artificialidade das fases de resposta sexual e pela dependência excessiva de fatores fisiológicos, negligenciando os componentes psicológicos e subjetivos da experiência sexual.
Justificativa:
A crítica apresentada no documento destaca que os modelos clássicos de resposta sexual, como os de Masters & Johnson e Kaplan, são excessivamente centrados em fatores fisiológicos, como as fases físicas da excitação, plateau, orgasmo e resolução. Esses modelos são considerados artificiais porque não refletem adequadamente a diversidade das respostas sexuais humanas, que podem variar em resposta a contextos psicológicos, emocionais e culturais. Além disso, a ausência de componentes psicológicos e subjetivos, como emoções e cognições, é uma das principais falhas desses modelos, que não consideram como esses fatores influenciam a experiência sexual de maneira integral e dinâmica.
Pergunta de Desenvolvimento:
Explique as principais diferenças entre o modelo de Bruce & Young (1986) e o modelo de Haxby, Hoffman & Gobbini (2000, 2002) no que se refere ao processamento de faces. Como esses modelos contribuíram para o entendimento da percepção e reconhecimento facial, e de que maneira cada um aborda a interação entre os processos visuais, emocionais e contextuais no reconhecimento de uma face?
Justificativa para a resposta esperada:
Na resposta, o aluno deve destacar que o modelo de Bruce & Young propõe um processamento sequencial e modular das faces, com fases distintas, como codificação estrutural, análise de expressões e identificação de faces familiares. Esse modelo enfatiza a importância de informações contextuais, como leitura labial, para a interpretação das expressões faciais. A contribuição desse modelo foi apresentar uma estrutura organizada e ordenada para o processo de reconhecimento facial.
Por outro lado, o modelo de Haxby et al. propõe um processamento distribuído e holístico, sugerindo que várias áreas cerebrais trabalham em conjunto no reconhecimento de faces, como o córtex fusiforme (FFA), que é altamente especializado no processamento facial. Este modelo destaca a importância da integração de informações emocionais e contextuais com a informação visual no processo de reconhecimento facial, indicando que a percepção de uma face não se limita apenas ao aspecto físico, mas envolve também uma análise emocional e contextual.
A explicação deve incluir como ambos os modelos contribuíram para uma compreensão mais profunda da percepção facial, sendo que o modelo de Bruce & Young ajudou a entender o processamento sequencial e a identificação de faces familiares, enquanto o modelo de Haxby et al. ajudou a expandir a visão para uma rede neural mais ampla, que integra diferentes tipos de informações, como emoções e contexto.
Quais são as implicações da falta de Teoria da Mente em indivíduos com transtornos do espectro do autismo (TEA), como a tarefa de Sally-Anne descreve a Teoria da Mente, e como isso pode afetar sua empatia e interações sociais?
Resposta esperada:
A Teoria da Mente (ToM) é a capacidade de entender que outras pessoas têm pensamentos, crenças e intenções diferentes das nossas, e que essas crenças podem influenciar seu comportamento. Indivíduos com déficits na Teoria da Mente, como é o caso de muitas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), têm dificuldades em compreender as intenções e crenças de outras pessoas. Isso pode dificultar a leitura das intenções sociais e a antecipação do comportamento alheio, impactando negativamente suas interações sociais.
A tarefa de Sally-Anne é um teste clássico usado para avaliar a Teoria da Mente em crianças. No teste, uma criança observa uma situação em que Sally, uma personagem, coloca um objeto em um local e depois sai. Enquanto ela está fora, Anne move o objeto para outro lugar. A tarefa pergunta onde Sally procurará o objeto quando voltar. Para crianças típicas, a resposta correta é que Sally procurará no primeiro local, pois elas compreendem que Sally tem uma crença falsa sobre a localização do objeto (uma crença que não corresponde à realidade). No entanto, crianças com TEA frequentemente falham nessa tarefa, pois têm dificuldade em entender que Sally pode ter uma crença falsa diferente da realidade.
No caso de pessoas com TEA, isso pode afetar suas habilidades em compreender as intenções dos outros e em reagir de maneira apropriada nas interações sociais. Mesmo que indivíduos com TEA possam ser capazes de sentir empatia afetiva (sentir as emoções dos outros), eles frequentemente têm dificuldades em compreender o que os outros estão pensando ou por que estão agindo de determinada forma, o que impacta negativamente suas interações sociais e compreensão de contextos emocionais e sociais.
Essa distinção entre empatia cognitiva e empatia afetiva é crucial para entender como as pessoas com TEA podem interagir com os outros, especialmente em contextos sociais onde a compreensão das intenções e crenças alheias é fundamental para uma comunicação eficaz.
Como a empatia cognitiva se relaciona com a Teoria da Mente, e como elas diferem da empatia afetiva?
Resposta esperada:
A empatia cognitiva está intimamente relacionada à Teoria da Mente (ToM) porque ambas envolvem a compreensão dos estados mentais dos outros (pensamentos, sentimentos, intenções). No entanto, a empatia cognitiva é um processo cognitivo de entendimento, enquanto a empatia afetiva vai além da compreensão e envolve respostas emocionais aos sentimentos do outro, permitindo uma conexão emocional. A ToM, por sua vez, está mais focada na interpretação das crenças e intenções de outra pessoa sem necessariamente compartilhar suas emoções, enquanto a empatia afetiva envolve sentir o que o outro sente.
O que é a Teoria da Mente (ToM) e qual o seu papel na interação social e no desenvolvimento emocional?
Resposta esperada:
A Teoria da Mente (ToM) é a capacidade de compreender que outras pessoas têm pensamentos, crenças e sentimentos diferentes dos nossos. Ela é crucial para a interação social, pois permite que antecipemos o comportamento dos outros com base nas suas crenças e intenções. A ToM é um marco no desenvolvimento cognitivo e social, pois permite a leitura de intenções e desejos alheios, essencial para a compreensão social e para prever as reações das outras pessoas em diferentes situações.
Quais são as duas formas de empatia e como cada uma contribui para o comportamento social adaptativo e o desenvolvimento moral?
Resposta esperada:
As duas formas de empatia são:
Empatia cognitiva:
A capacidade de compreender as perspectivas e sentimentos dos outros, ou seja, entender o que o outro está pensando ou sentindo.
Empatia afetiva:
A capacidade de sentir as emoções dos outros, compartilhando seus sentimentos.
Ambas são essenciais para o comportamento social adaptativo, pois ajudam a pessoa a se conectar com os outros de maneira apropriada. A empatia cognitiva facilita a compreensão das intenções e desejos dos outros, enquanto a empatia afetiva permite uma conexão emocional profunda, sendo ambas fundamentais para o desenvolvimento moral e social.