REMIT Flashcards
Como a magnitude da resposta ao estresse cirúrgico está relacionada ao trauma?
Quanto maior o trauma, maior a resposta ao estresse cirúrgico.
Quais são as fases da resposta ao estresse cirúrgico?
Fase EBB (Refluxo Hipodinâmico)
Fase FLOW (Fluxo Hiperdinâmico)
Fase ANABÓLICA (Recuperação)
O que caracteriza a Fase EBB?
Também chamada de fase de choque
Corpo tenta limitar a perda de sangue e manter a perfusão de órgãos vitais
Diminuição do metabolismo, débito cardíaco e fluxo sanguíneo
O que caracteriza a Fase FLOW?
Fase hiperdinâmica com aumento do débito cardíaco e fluxo sanguíneo
Objetivo: remover resíduos e levar nutrientes para a recuperação do tecido
Aumento do metabolismo basal
O que caracteriza a Fase ANABÓLICA?
Também chamada de fase de recuperação
Duração de meses
Objetivo: restaurar o estado fisiológico prévio ao trauma
Quanto tempo dura a fase EBB?
Entre 24 a 72 horas após o trauma.
Qual sistema predomina na fase EBB?
Resposta neuroendócrina, com liberação de hormônios contrarreguladores da insulina.
Quais hormônios aumentam na fase EBB?
Glucagon e Cortisol
O que acontece com a glicose na fase EBB?
Aumento da resistência insulínica → Intolerância à glicose
Hiperglicemia por aumento da gliconeogênese e lipólise
O que acontece com o metabolismo na fase EBB?
Diminuição da taxa metabólica inicial
Diminuição do consumo de oxigênio
Estudos recentes indicam aumento da temperatura e metabolismo
Qual o papel do glicogênio hepático na fase EBB?
Quebra do glicogênio hepático → Mobilização de glicose
Hiperglicemia como resposta ao trauma
O que acontece com os lipídios na fase EBB?
Mobilização dos estoques de gordura
Lipólise → Uso de ácidos graxos como substrato energético
Por que há acidose metabólica na fase EBB?
Perfusão tecidual reduzida leva ao acúmulo de lactato.
O que acontece com a circulação na fase EBB?
Vasoconstrição intensa
Aumento da resistência vascular periférica
Aumento da contratilidade cardíaca e FC
Redução da pré-carga → Diminuição do débito cardíaco
Como a fase FLOW se diferencia da fase EBB?
Aumento do débito cardíaco
Aumento da taxa metabólica
Maior utilização de substratos energéticos
O que determina a intensidade do aumento metabólico na fase FLOW?
A gravidade da lesão:
Cirurgias pequenas → Pequena elevação do metabolismo
Traumas graves (ex.: fratura de ossos longos) → Aumento de até 25% do metabolismo basal
O que acontece com o débito cardíaco na fase FLOW?
Aumento do débito cardíaco para suprir a demanda energética do corpo.
Como o corpo obtém energia na fase FLOW?
Intensa mobilização de substratos energéticos
Maior uso de glicose, lipídios e proteínas para reparar tecidos
O que acontece com a temperatura corporal na fase FLOW?
Aumento da temperatura corporal, tanto com quanto sem infecção, devido à resposta inflamatória ao estresse cirúrgico.
Quais metabólitos aumentam na fase FLOW e de onde vêm?
Lactato e piruvato → Glicogenólise muscular
Glicerol → Metabolismo dos lipídios
Alanina → Proteólise (quebra de proteínas)
O que acontece com a glicemia na fase FLOW?
Glicemia elevada, devido à intensa mobilização de substratos energéticos e resistência insulínica.
Como os hormônios influenciam a insulina na fase FLOW?
Catecolaminas, cortisol e glucagon elevados → Inibição da produção de insulina
Catecolaminas aumentam a resistência insulínica
Qual é a principal consequência do metabolismo elevado na fase FLOW?
Perda proteica, principalmente da musculatura esquelética, levando à atrofia muscular.
O que caracteriza o balanço nitrogenado negativo na fase FLOW?
Estresse cirúrgico pequeno → Diminuição da síntese proteica com catabolismo normal ou ligeiramente aumentado.
Queimaduras graves → Catabolismo proteico intenso com pequeno aumento na síntese proteica.